Interações medicamentosas lasilactona

LASILACTONA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de LASILACTONA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com LASILACTONA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Medicamento – medicamento
Interações podem ocorrer quando LASILACTONA é administrada concomitantemente a outros tipos de medicamentos e substâncias. Tais interações podem ser atribuídas a somente uma ou a outra ou ambas as substâncias ativas, furosemida e espironolactona.

Associações desaconselhadas
Quando espironolactona é administrada concomitantemente com sais de potássio (ex.: cloreto de potássio), com medicamentos que reduzem a excreção de potássio (ex.: triantereno e amilorida), com AINEs (ex.: ácido acetilsalicílico, indometacina) ou com inibidores da ECA, pode ocorrer um aumento nos níveis séricos de potássio e uma hiperpotassemia severa.
A furosemida pode potencializar os efeitos ototóxicos dos aminoglicosídeos e de outras substâncias ototóxicas. Como tais alterações da audição podem ser irreversíveis, o uso concomitante dessas substâncias com LASILACTONA deve ser restrito a indicações vitais.
Sensações de calor, ataques de sudorese, cansaço, náusea, elevação da pressão arterial e taquicardia ocorreram em casos isolados após a administração intravenosa cloral. Tal reação pode também ocorrer com LASILACTONA. Portanto, o uso da LASILACTONA concomitantemente com hidrato de cloral, não é recomendado.

Precauções de uso
Existe risco de ototoxicidade quando da administração concomitante de cisplatina e furosemida. Além disto, a nefrotoxicidade da cisplatina pode ser aumentada caso a furosemida não seja administrada em baixas doses (por exemplo, 40 mg em pacientes com função renal normal) e com balanço de fluidos positivo quando utilizada para obter diurese forçada durante o tratamento com cisplatina.
A furosemida diminui a excreção de sais de lítio. Isto pode levar a um aumento nos níveis séricos de lítio, resultando em aumento do risco de toxicidade do lítio, incluindo aumento do risco de efeitos cardiotóxicos e neurotóxicos do lítio. Desta forma, recomenda-se que os níveis de lítio sejam cuidadosamente monitorizados quando os pacientes receberem tratamento concomitante com sais de lítio.
LASILACTONA e sucralfato não devem ser administrados dentro de um intervalo menor de 2 horas um do outro, pelo fato do sucralfato reduzir a absorção da furosemida pelo intestino e, assim, diminuir o seu efeito. Os pacientes que estão recebendo diuréticos podem sofrer hipotensão severa e deterioração da função renal, incluindo casos de insuficiência renal, especialmente quando um inibidor da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II é administrado pela primeira vez ou tem sua dose aumentada pela primeira vez. Deve-se considerar a interrupção da administração da furosemida temporariamente ou ao menos reduzir a dose de furosemida por 3 dias antes de iniciar o tratamento com, ou antes de aumentar a dose de um inibidor da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II.

Uso concomitante com risperidona
Em estudos controlados de risperidona com placebo em pacientes idosos com demência, foi observada uma maior incidência de mortalidade em pacientes tratados com furosemida mais risperidona (7,3%; idade média de 89 anos, entre 75-97 anos) quando comparados com pacientes tratados somente com risperidona (3,1%; idade média de 84 anos, entre 70-96 anos) ou somente furosemida (4,1%, idade média de 80 anos, entre 67-90 anos). O uso concomitante de risperidona com outros diuréticos (principalmente diuréticos tiazídicos usados em baixa dose) não foi associado com achados similares.
Não foi identificado um mecanismo patofisiológico para explicar este achado, e não foi observado um padrão consistente para a causa das mortes. Todavia, cautela deve ser adotada e os riscos e benefícios desta combinação ou cotratamento com outros potentes diuréticos devem ser considerados antes da decisão de uso. Não houve aumento na incidência de mortalidade entre pacientes usando outros diuréticos como tratamento concomitante com risperidona. Independentemente do tratamento, desidratação foi um fator de risco geral de mortalidade e, portanto, deverá ser evitada em pacientes idosos com demência (vide CONTRAINDICAÇÕES).

Levotiroxina
Altas doses de furosemida podem inibir a ligação de hormônios tireoidianos às proteínas transportadoras e, assim, levar a um aumento transitório de hormônio tireoidiano livre, seguido de uma redução geral nos níveis de hormônio tireoidiano total. Os níveis de hormônio tireoidiano devem ser monitorados.

Associações a considerar
A administração concomitante com AINEs, incluindo o ácido acetilsalicílico, pode reduzir o efeito de LASILACTONA. Em pacientes com desidratação ou hipovolemia pré-existente, os AINEs podem causar insuficiência renal aguda. A furosemida pode aumentar a toxicidade do salicilato.
Uma interferência mútua nos efeitos da espironolactona e carbenoxolona (para o tratamento de úlcera péptica) pode ocorrer quando da utilização concomitante. Grandes quantidades de alcaçuz podem comprometer a ação da espironolactona, e agir do mesmo modo que a carbenoxolona.
Corticosteroides, carbenoxolona, alcaçuz em grandes quantidades e o uso prolongado de laxantes podem levar ao desenvolvimento de hipopotassemia.
A espironolactona pode causar elevação nos níveis séricos de digoxina; além disso, algumas alterações eletrolíticas (ex.: hipopotassemia, hipomagnesemia) podem potencializar a toxicidade de alguns fármacos (por exemplo: das preparações digitálicas e fármacos que induzem a síndrome do prolongamento do intervalo QT) devido à furosemida.
A fenitoína pode atenuar a ação de LASILACTONA.
Se outros agentes anti-hipertensivos, diuréticos ou outros fármacos que podem levar à diminuição na pressão arterial são administrados concomitantemente com LASILACTONA, uma queda mais pronunciada da pressão arterial pode ser esperada.
Colestiramina: hiperpotassemia pode ocorrer no contexto da acidose metabólica hiperclorêmica com administração concomitante de espironolactona e colestiramina.
Devido à furosemida, os efeitos de hipoglicemiantes e de fármacos simpatomiméticos que elevam a pressão arterial (ex.: epinefrina e norepinefrina) podem ser atenuados, enquanto que os efeitos de relaxantes musculares tipo curare ou da teofilina podem ser potencializados.
Pode ocorrer comprometimento da função renal em pacientes que recebem tratamento concomitante de furosemida e doses elevadas de certas cefalosporinas.
A furosemida pode potencializar os efeitos nocivos de fármacos nefrotóxicos nos rins.
Probenecida, metotrexato e outros fármacos que, assim como a furosemida, são secretados significativamente por via túbulo-renal, podem reduzir o efeito da furosemida. Por outro lado, a furosemida pode diminuir a eliminação renal desses fármacos. Em caso de tratamento com altas doses (em particular, de ambos medicamentos), pode levar ao aumento dos níveis séricos e dos riscos de efeitos adversos devido à furosemida ou à medicação concomitante.
O uso concomitante de ciclosporina A e furosemida está associado com aumento do risco de artrite gotosa secundária à hiperuricemia induzida por furosemida e à redução na excreção renal de urato induzida pela ciclosporina.
Pacientes de alto risco para nefropatia por radiocontraste tratados com furosemida demonstraram maior incidência de deterioração na função renal após receberem radiocontraste quando comparados à pacientes de alto risco que receberam somente hidratação intravenosa antes de receberem radiocontraste.

Medicamento – Alimentos
A absorção da espironolactona é marcadamente aumentada se tomada juntamente com alimentos. Não é conhecido se os alimentos interferem na absorção da furosemida.