Características farmacológicas vepesid

VEPESID com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de VEPESID têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com VEPESID devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS
VEPESID (etoposídeo, comumente conhecido por VP-16-213 ou VP-16) é utilizado no tratamento de determinados tipos de neoplasia.
É muito solúvel em metanol e clorofórmio, pouco solúvel em etanol e levemente solúvel em água e éter. Torna-se mais miscível com água em meio contendo solventes orgânicos. Tem peso molecular de 588,58 e a seguinte fórmula molecular C29H32013.

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
O efeito macromolecular predominante de VEPESID parece ser a indução à ruptura da alça dupla do DNA em virtude de uma interação com a DNA-topoisomerase II ou a formação de radicais livres.

Farmacocinética
Distribuição
Na administração intravenosa, as áreas sob as curvas de concentração plasmática versus tempo (AUC) e os valores máximos de concentração plasmática (Cmáx) aumentam linearmente com a dose. O etoposídeo não se acumula no plasma após administração diária de 100 mg/m2 por 4 a 6 dias. O etoposídeo atravessa pouco para o líquido cérebro-espinal. As concentrações de etoposídeo são maiores em pulmões normais do que em metástases pulmonares, e são similares em tumores primários e tecidos normais do miométrio. In vitro, o etoposídeo liga-se fortemente (97%) às proteínas do plasma humano. Uma relação inversa entre os níveis de albumina no plasma e o clearance renal do etoposídeo é encontrada em crianças. Num estudo dos efeitos de outros agentes terapêuticos sobre a ligação in vitro do etoposídeo 14C a proteínas séricas humanas, apenas a fenilbutazona, o salicilato de sódio e o ácido acetilsalicílico deslocaram o etoposídeo ligado às proteínas a concentrações geralmente atingidas in vivo. A taxa de ligação do etoposídeo relaciona-se diretamente à albumina sérica em pacientes com câncer e voluntários normais. A fração não ligada do etoposídeo relaciona-se significativamente com a bilirrubina em pacientes com câncer. Parece haver significativa relação inversa entre a concentração de albumina sérica e a fração de etoposídeo livre (vide PRECAUÇÕES).

Eliminação
Após a administração intravenosa de etoposídeo 14C (100 – 124 mg/m2), a recuperação média da radioatividade na urina foi de 56% da dose a 120 horas, 45% da qual foi excretada como etoposídeo. A recuperação fecal da radioatividade foi de 44% da dose a 120 horas.
A excreção biliar da droga inalterada e/ou de seus metabólitos é uma importante via de eliminação do etoposídeo, já que a recuperação fecal da radioatividade é de 44% da dose intravenosa.
Em adultos, o clearance corpóreo total do etoposídeo está correlacionado ao clearance de creatinina, à baixa concentração de albumina sérica e ao clearance não renal.

Populações especiais
Insuficiência renal
Pacientes com função renal prejudicada recebendo etoposídeo exibiram clearance corpóreo total reduzido, AUC aumentada e volume de distribuição maior no estado de equilíbrio (vide POSOLOGIA).

Insuficiência hepática
Em pacientes adultos com câncer e disfunção hepática, o clearance corpóreo total do etoposídeo não é reduzido.

Crianças e adolescentes
Em crianças, aproximadamente 55% da dose é excretada na urina como etoposídeo em 24 horas.
O etoposídeo é eliminado por processo renal e não renal, isto é, por metabolismo e excreção biliar. O efeito de doenças renais sobre o clearance plasmático do etoposídeo é desconhecido em crianças.
Em crianças, os níveis séricos elevados da TGP estão associados ao clearance corpóreo total reduzido da droga. O uso anterior de cisplatina também pode resultar em diminuição do Clea rance corpóreo total do etoposídeo em crianças.