Reações adversas vimblastina

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Antes da administração do sulfato de vimblastina, o paciente deve ser alertado da possibilidade de sintomas indesejáveis. No geral, a incidência de reações adversas relativas ao uso do sulfato de vimblastina é dose-dependente. Com exceção de alopecia, leucopenia e manifestações neurológicas, as reações adversas não persistem, geralmente, por mais de 24 horas. Os efeitos neurológicos não são comuns, mas quando ocorrem, têm freqüência de mais de 24 horas. A reação adversa mais comum é leucopenia, normalmente dose-dependente. Hematológicas: A leucopenia é uma reação adversa clinicamente esperada, onde o número de leucócitos constitui um fator importante para a terapia com este fármaco (dose-limitante). Este quadro clínico não é permanente e os leucócitos retornam aos níveis normais após o período de indução da leucopenia pelo fármaco. O período de maior supressão dos leucócitos pode ocorrer 5 a 10 dias após o último dia de administração do fármaco. A recuperação completa dos leucócitos ocorre entre 7-21 dias. Na terapia de manutenção com utilização de pequenas doses de sulfato de vimblastina, a leucopenia pode não ser detectada. Apesar da contagem de plaquetas não se alterar significativamente com sulfato de vimblastina, pacientes previamente tratados com radiação ou com outros medicamentos oncológicos podem apresentar trombocitopenia. Quando não há tratamento prévio com quimioterapia ou radiação, raramente ocorre a trombocitopenia, mesmo no caso de significante leucopenia decorrente do sulfato de vimblastina. Geralmente, o quadro de trombocitopenia é revertido em poucos dias. O efeito do sulfato de vimblastina sobre as hemáceas e hemoglobina, geralmente não é significativo quando não há tratamento conjunto com outros fármacos e terapias, no entanto, os pacientes com doenças malignas podem apresentar anemia mesmo na ausência de qualquer terapia. Dermatológicas: A ocorrência de alopecia é comum. Quando ocorre, geralmente não é total e, em alguns casos, os cabelos nascem novamente durante a terapia de manutenção. Também podem ocorrer fotossensibilidade, necrose epidérmica e erupções cutâneas. Gastrintestinais: Constipação, anorexia, náusea, vômito, dor abdominal, íleo paralítico, ulceração da boca, faringite, diarréia, enterocolite hemorrágica, sangramento de úlcera péptica já existente e sangramento retal. Náuseas e vômitos, geralmente podem ser controlados facilmente com agentes antieméticos. Neurológicas: Parestesia, perda dos reflexos tendinosos profundos, neurite periférica, depressão mental, dor de cabeça e convulsões. O tratamento com alcalóides da vinca pode resultar raramente em dano vestibular e auditivo do oitavo nervo cranial. Manifestações incluem surdez parcial ou total, que podem ser temporárias ou permanentes, e dificuldades de equilíbrio incluindo desmaios, nistagmo e vertigem. Cuidado particular deve ser tomado quando da terapia combinada do sulfato de vimblastina com outros agentes conhecidamente ototóxicos, como os compostos com platina. Cardiovasculares: Hipertensão. Efeitos cardíacos como infarto do miocárdio, angina pectoris e anormalidades transitórias do ECG relacionadas à isquemia coronária, foram reportados raramente. Casos inesperados de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral foram relatados em pacientes sob tratamento poliquimioterápico com sulfato de vimblastina, bleomicina e cisplatina. Síndrome de Raynaud também foi relatada com essa combinação. Foram registrados casos de neuropatia autônoma cardiovascular com variações anormais da freqüência cardíaca e pressão arterial com a utilização da vimblastina. Pulmonares: Dano pulmonar difuso, caracterizado por infiltração intersticial e efusão pleural, resultando em dificuldade respiratória, broncoespasmos e tosse, foram descritos após o tratamento com o sulfato de vimblastina em associação com a mitomicina. A reação adversa pode ocorrer minutos ou várias horas após administração da vimblastina ou até 2 semanas após a dose da mitomicina. Nos casos de dispnéia progressiva é necessário o tratamento crônico e o sulfato de vimblastina não deve ser readministrado. Fibrose intersticial, hiperplasia alveolar e septal e edema intra-alveolar foram observadas em exames histológicos. Renal/genitourinária: Retenção urinária relacionada à neuropatia autonômica. Aspermia, oligospermia, reversíveis com duração típica de 6-24 meses. Reação no local da injeção: O extravasamento durante a injeção intravenosa pode levar à celulite e flebite, e se a quantidade extravasada for grande, poderá ocorrer necrose local. Para aliviar a irritação do tecido afetado pelo extravasamento pode ser administrada localmente injeção de hialuronidase e aquecimento moderado na região afetada, a fim de auxiliar a dispersão do fármaco e minimização do desconforto. Outras reações: Dores musculares, nos ossos, na mandíbula, e no local do tumor; mal-estar, fraqueza, tonturas, vesiculação da pele, hipertensão e síndrome de Raynaud foram relatados durante a terapia com vimblastina combinada à bleomicina e cisplatina no tratamento do câncer do testículo. Síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético foi relatada com doses de vimblastina maiores que as recomendadas.