Kit Início de Tratamento: Champix® embalagens contendo 11 comprimidos revestidos de 0,5 mg e 42 comprimidos revestidos de 1 mg.
Kit Manutenção de Tratamento: Champix® embalagens contendo 112 comprimidos revestidos de 1 mg.
Kit Tratamento Completo: Champix® embalagens contendo 11 comprimidos revestidos de 0,5 mg e 154 comprimidos revestidos de 1 mg.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido revestido de Champix® 0,5 mg contém tartarato de vareniclina equivalente a 0,5 mg de vareniclina base.
Excipientes: celulose microcristalina, fosfato de cálcio dibásico, croscarmelose sódica, dióxido de silício coloidal, estearato de magnésio, Opadry® branco (hipromelose, dióxido de titânio, macrogol) e Opadry® transparente (hipromelose e triacetina).
Cada comprimido revestido de Champix® 1,0 mg contém tartarato de vareniclina equivalente a 1,0 mg de vareniclina base.
Excipientes: celulose microcristalina, fosfato de cálcio dibásico, croscarmelose sódica, dióxido de silício coloidal, estearato de magnésio, Opadry® azul (hipromelose, dióxido de titânio, macrogol, corante azul FD&C nº 2) e Opadry® transparente (hipromelose e triacetina).
Champix® (tartarato de vareniclina) comprimidos revestidos é indicado como adjuvante na interrupção do tabagismo.
As terapias antitabagistas têm mais probabilidade de ter sucesso em pacientes que estejam motivados a parar de fumar e que recebam aconselhamento e suporte adicionais.
Champix® é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao tartarato de vareniclina ou a qualquer componente da fórmula.
Este medicamento não deve ser utilizado por pacientes menores de 18 anos de idade.
Efeito da interrupção do tabagismo
Alterações psicológicas resultantes da interrupção do tabagismo, com ou sem o tratamento com vareniclina, podem alterar a farmacocinética ou a farmacodinâmica de alguns medicamentos, para os quais o ajuste de dose pode ser necessário (exemplos incluem teofilina, varfarina e insulina) (vide item 6. Interações Medicamentosas varfarina).
Ao final do tratamento, a descontinuação de vareniclina foi associada com um aumento na irritabilidade, urgência em fumar, depressão e/ou insônia em até 3% dos pacientes.
Houve relatos pós-comercialização de sintomas neuropsiquiátricos, alguns graves, incluindo mudanças de comportamento ou pensamento, ansiedade, psicose, oscilações de humor, comportamento agressivo, agitação, humor depressivo, comportamento e ideação suicida em pacientes tentando parar de fumar durante o tratamento com vareniclina (vide item 9. Reações Adversas).
Os médicos devem discutir sobre a eficácia e o perfil de segurança de vareniclina com esses pacientes e advertir os pacientes que estão tentando parar de fumar com vareniclina sobre a possibilidade de surgimento de sintomas neuropsiquiátricos. Pacientes e familiares e/ou cuidadores devem ser avisados que, caso sejam observadas mudanças de comportamento ou pensamento, agitação ou humor depressivo, que não sejam típicos do paciente ou caso o paciente desenvolva ideação ou comportamento suicida, o paciente deve interromper imediatamente o tratamento com vareniclina e consultar um médico. Em vários casos pós-comercialização, foi relatada a resolução dos sintomas após a descontinuação do uso de vareniclina, embora em alguns casos os sintomas tenham persistido. Portanto, deve ser feito um acompanhamento contínuo até que os sintomas sejam resolvidos. Os pacientes devem ser encorajados a reportar quaisquer históricos de doença psiquiátrica antes do início do tratamento com vareniclina. Pacientes com doenças psiquiátricas grave tais como esquizofrenia, transtorno bipolar e principalmente transtornos depressivos, não participaram dos estudos pré-comercialização de vareniclina. Estudos subsequentes de interrupção de tabagismo com vareniclina forneceram dados em pacientes com transtorno depressivo maior (vide item 2. Resultados de Eficácia Estudo em pacientes com transtorno depressivo maior) e dados limitados em pacientes com esquizofrenia estável ou transtorno esquizoafetivo (vide item 2. Resultados de Eficácia Estudo em pacientes com esquizofrenia estável ou transtorno esquizoafetivo). Desde o surgimento dos primeiros relatos de eventos neuropsiquiátricos grave, estão sendo realizados análises de dados de ensaios clínicos agrupados e dados observacionais independentes (vide item 3. Características Farmacológicas - Propriedades Farmacodinâmicas Segurança Neuropsiquiátrica).
Em ensaios clínicos e na experiência pós-comercialização foram notificados casos de convulsões em pacientes com ou sem história de crises convulsivas, tratado com vareniclina. A vareniclina deve ser usada com precaução em doentes com história de convulsões ou outras condições que possam potencialmente diminuir o limiar convulsivo. Relação causal entre esses relatórios e uso vareniclina não foi estabelecida.
Houve relatos pós-comercialização de reações de hipersensibilidade, incluindo angioedema, em pacientes tratados com vareniclina. Sinais clínicos como inchaço da face, boca (língua, lábios e gengivas), pescoço (garganta e laringe) e extremidades foram reportados. Houve raros relatos de angioedema com risco à vida que necessitaram de atendimento médico urgente devido a comprometimento respiratório. Pacientes com estes sintomas devem descontinuar o tratamento com vareniclina e consultar um médico imediatamente.
Houve também relatos pós-comercialização de reações cutâneas raras, porém graves, incluindo Síndrome de Stevens-Johnson e eritema multiforme, em pacientes sob tratamento com vareniclina. Uma vez que estas reações apresentam risco à vida, pacientes devem descontinuar o tratamento ao primeiro sinal de reação na pele ou rash e consultar um médico imediatamente.
No estudo de interrupção do tabagismo de pacientes com doença cardiovascular estável, enquanto os eventos cardiovasculares foram raros em geral, alguns foram reportados mais frequentemente em pacientes tratados com vareniclina (vide item 3. Propriedades Farmacológicas Propriedades Farmacodinâmicas Estudo em pacientes com doença cardiovascular). Uma meta-análise de 15 estudos clínicos, na qual incluiu o estudo de interrupção do tabagismo em pacientes com doença cardiovascular estável, teve resultados semelhantes. Os eventos cardiovasculares ocorreram principalmente em pacientes com doença cardiovascular conhecida. Tanto no estudo clínico quanto na meta-análise, a mortalidade por todas as causas e a mortalidade cardiovascular foram mais baixas em pacientes tratados com vareniclina. Nenhuma relação causal entre esses eventos e vareniclina foi estabelecida. Os pacientes devem ser instruídos a notificar o médico no caso de surgimento ou piora de sintomas cardiovasculares e procurar imediatamente atendimento médico caso apresentem sinais e sintomas de infarto do miocárdio e AVC (acidente vascular cerebral). Fumar é um fator de risco independente e importante para doenças cardiovasculares.
Dependência e tolerância
Não há evidências de que seja necessário um aumento da dose para manutenção dos efeitos clínicos, o que sugere que não há desenvolvimento de tolerância. A descontinuação abrupta de vareniclina está associada com um aumento na irritabilidade e distúrbios do sono em até 3% dos pacientes. Isto sugere que, em alguns pacientes, a vareniclina pode causar uma leve dependência física que não está associada ao vício.
Uso durante a gravidez e lactação Gravidez
Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. A vareniclina deve ser usada durante a gravidez somente se o potencial benefício justificar o risco potencial para o feto (vide item 3. Características Farmacológicas Dados de segurança pré-clínica).
Champix® é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião- dentista.
Lactação
Não se sabe se a vareniclina é excretada no leite humano. Como muitos fármacos são excretados no leite humano e devido ao potencial de reações adversas graves de vareniclina em lactentes, o médico deve avaliar a descontinuação da amamentação ou do medicamento, levando-se em consideração a relação entre risco e benefício para a criança e a paciente.
Efeitos na habilidade de dirigir veículos e operar máquinas
Os pacientes devem ser advertidos a ter cautela ao dirigir veículos ou operar máquinas até que eles saibam como a interrupção do tabagismo e/ou a vareniclina pode afetá-los.
Uso em Idosos, Crianças e Outros Grupos de Risco
Vide item 8. Posologia e Modo de Usar Populações e considerações especiais de dose.
Com base nas características da vareniclina e na experiência clínica obtida até o momento, não foram identificadas interações medicamentosas clinicamente significativas. Não se recomenda ajuste de dose de vareniclina ou dos fármacos coadministrados listados a seguir.
Estudos in vitro indicam que é improvável que a vareniclina altere a farmacocinética de compostos que são metabolizados principalmente pelas enzimas do citocromo P450.
Estudos in vitro demonstram que o tartarato de vareniclina não inibe as enzimas do citocromo P450 (IC50>6.400 ng/mL). As enzimas P450 testadas para inibição foram: 1A2, 2A6, 2B6, 2C8, 2C9, 2C19, 2D6, 2E1, e 3A4/5. Além disso, em hepatócitos humanos in vitro, a vareniclina demonstrou não induzir a atividade das enzimas do citocromo P450 1A2 e 3A4. Portanto, é improvável que a vareniclina altere a farmacocinética dos compostos que são metabolizados principalmente pelas enzimas do citocromo P450.
Estudos in vitro demonstram que a secreção renal ativa da vareniclina é mediada pelo transportador de cátion orgânico, OCT2. A dose de vareniclina não precisa ser ajustada quando for coadministrado com inibidores do OCT2 uma vez que não se espera que o aumento de exposição sistêmica ao tartarato de vareniclina seja clinicamente significativo (veja interação com cimetidina descrita a seguir).
Além disso, uma vez que o metabolismo da vareniclina representa menos de 10% de seu clearance, é improvável que fármacos conhecidos por afetarem o sistema do citocromo P450 alterem a farmacocinética da vareniclina (vide item 3. Características Farmacológicas Propriedades Farmacocinéticas - Metabolismo) e, portanto, não seria necessário um ajuste de dose de vareniclina.
Estudos in vitro demonstram que a vareniclina em concentrações terapêuticas não inibe as proteínas de transporte renais humanas. Portanto, é improvável que medicamentos que são depurados por secreção renal (por ex., metformina veja a seguir) sejam afetados pela vareniclina.
metformina: a vareniclina (1 mg, duas vezes ao dia) não afetou a farmacocinética da metformina (500 mg, duas vezes ao dia), a qual é um substrato do OCT2. A metformina não apresenta efeito sobre a farmacocinética da vareniclina.
cimetidina: a coadministração de um inibidor do OCT2, cimetidina (300 mg, quatro vezes ao dia), com a vareniclina (2 mg, em dose única) aumentou a exposição sistêmica da vareniclina em 29% devido a uma redução no clearance renal da vareniclina. Não é recomendado ajuste de dose na administração concomitante com a cimetidina.
digoxina: a vareniclina (1 mg, duas vezes ao dia) não alterou a farmacocinética de estado de equilíbrio da digoxina administrada na dose diária de 0,25 mg.
varfarina: a vareniclina (1 mg, duas vezes ao dia) não alterou a farmacocinética de uma dose única de 25 mg de (R, S)varfarina. O tempo de protrombina (INR) não foi afetado pela vareniclina. Parar de fumar por si só pode resultar em alterações da farmacocinética da varfarina (vide item 5. Advertências e Precauções Efeito da interrupção do tabagismo).
álcool: os dados clínicos são limitados com relação à possível interação entre o álcool e a vareniclina. Há relatos pós-comercialização de aumento dos efeitos intoxicantes do álcool em pacientes tratados com vareniclina. Não foi estabelecida a relação causal entre esses eventos e uso de vareniclina.
Uso com outras terapias antitabagismo
bupropiona: a vareniclina (1 mg, duas vezes ao dia) não alterou a farmacocinética de estado de equilíbrio da bupropiona (150 mg, duas vezes ao dia).
terapia de reposição de nicotina (nrt): quando a vareniclina (1 mg, duas vezes ao dia) e a terapia de reposição da nicotina (transdérmica 21 mg/dia) foram coadministradas a fumantes (n=24) por 12 dias, houve uma diminuição estatisticamente significativa da pressão arterial sistólica média (média de 2,6 mmHg) medida no dia final do estudo. Neste estudo, a incidência de náuseas, cefaleia, vômitos, tontura, dispepsia e fadiga foram maiores para a combinação do que para a terapia de reposição de nicotina sozinha. O uso de vareniclina com terapia de reposição de nicotina não é aconselhável.
A segurança e a eficácia de vareniclina em combinação com outras terapias antitabagismo não foram estudadas.
Parar de fumar com ou sem tratamento está associado a vários sintomas. Por exemplo, foram relatados em pacientes tentando parar de fumar: disforia ou humor deprimido; insônia, irritabilidade, frustração ou raiva; ansiedade; dificuldade de concentração; agitação; diminuição da frequência cardíaca; aumento do apetite ou ganho de peso. Parar de fumar com ou sem farmacoterapia também foram associados com a exacerbação da doença psiquiátrica de base. Nenhuma tentativa foi feita no desenho ou na análise dos estudos de vareniclina para diferenciar entre os eventos adversos associados ao tratamento com medicamento em estudo ou os possivelmente associados à retirada da nicotina.
Os estudos clínicos de desenvolvimento pré-comercialização incluíram aproximadamente 4.000 pacientes tratados com vareniclina por até 1 ano (exposição média de até 84 dias). Em geral, quando os eventos adversos ocorreram, o início ocorreu na primeira semana de terapia; a gravidade foi geralmente leve a moderada e não houve diferenças devido à idade, raça ou sexo quanto a incidência de reações adversas.
Em pacientes tratados com a dose recomendada de 1 mg duas vezes ao dia após um período de titulação inicial, o evento adverso mais comumente relatado foi náusea (28,6%). Na maioria dos casos náusea ocorreu no início do período de tratamento, foi de leve a moderada em gravidade e raramente resultou em descontinuação.
A taxa de descontinuação do tratamento devido a eventos adversos foi de 11,4% para vareniclina em comparação com 9,7% para o placebo. Neste grupo, as taxas de descontinuação para os eventos adversos mais comuns nos pacientes tratados com vareniclina foram as seguintes: náuseas (2,7% vs 0,6% para placebo), cefaleia (0,6% vs 1,0% para placebo), insônia (1,3% vs 1,2% para placebo) e sonhos anormais (0,2% vs 0,2% para placebo).
Todas as reações adversas ao medicamento (RAMs) listadas na tabela abaixo são apresentadas pela Classe de Sistema de Órgãos (SOC) do Dicionário Médico para Atividades Regulatórias (MedDRA, Versão 16), com base nos dados de avaliação dos estudos de pré-comercialização de fase 2-3 e atualizadas com base nos dados agrupados de 18 estudos controlados por placebo pré- e pós-comercialização, incluindo aproximadamente 5.000 pacientes tratados com vareniclina. Dentro de cada categoria, as RAMs são apresentadas em ordem de frequência e, depois, em ordem decrescente de importância clínica.
Tabela de Reação Adversa
Classe de sistema deórgãos | Muitocomum≥1/10 | Comum≥1/100 a <1/10 | Incomum≥1/1.000 a <1/100 | Raros≥1/10.000 a <1/1.000 |
Infecções e Infestações | Nasofaringite | Bronquite;Sinusite | ||
Doenças sanguíneas elinfáticas | Contagem de plaquetasreduzida | |||
Doenças metabólicas enutricionais | Aumento de peso;Apetite reduzido;Aumento doapetite | Polidipsia | ||
Doenças psiquiátricas | Sonhosanormaisa;Insôniab | Pensamentosanormais;Inquietação;Variações dehumor;Diminuição dalibido; | Disforia;Bradifrenia | |
Doenças do sistemanervoso | Cefaleia | Sonolência;Tontura;Disgeusia | Tremor;Letargia;Hipoestesia; | Disartria;Coordenação anormal;Hipogeusia;Transtorno do ritmocircadiano do sono |
Classe de sistema deórgãos | Muitocomum≥1/10 | Comum≥1/100 a <1/10 | Incomum≥1/1.000 a <1/100 | Raros≥1/10.000 a <1/1.000 |
Doenças oftalmológicas | Conjuntivite;Dor nos olhos; | Escotoma;Fotofobia | ||
Doenças auditivas e delabirinto | Zumbido | |||
Doenças cardíacas | Angina peitoral;Taquicardia;Palpitações;Frequênciacardíaca elevada | Fibrilação atrial;Depressão dosegmento ST doeletrocardiograma;Redução da amplitudeda onda T doeletrocardiograma | ||
Doenças vasculares | Pressão arterialelevada;Fogacho | |||
Doenças respiratórias,torácicas e mediastinais | Dispneia;Tosse | Inflamação dasvias respiratóriassuperiores;Obstrução das viasrespiratórias;Disfonia;Rinite alérgica;Irritação dagarganta;Congestão nasal;Síndrome da tossedas viasrespiratóriassuperiores;Rinorreia; | Ronco | |
Doenças gastrintestinais | Náusea | Doença do refluxogastroesofágico;Vômito;Constipação;Diarreia;Distensãoabdominal;Dor abdominalc;Dor de dente;Dispepsia;Flatulência;Boca seca | Hematoquezia;Gastrite;Eructação;Estomatite aftosa;Dor gengival;Fezes anormais;Língua saburrosa | Hematêmese |
Doenças cutâneas e dotecido subcutâneo | Rash;Pruridod | Eritema;Acne;Hiperidrose;Transpiraçãoexcessiva | ||
Doençasmusculoesqueléticas edo tecido conjuntivo | Artralgia;Mialgia;Dor nas costas | Espasmosmusculares; | Rigidez da articulação | |
Doenças renais e urinárias | Polaciúria; | Glicosúria; | ||
Doenças do sistemareprodutor e mamárias | Menorragia; | Disfunção sexual | ||
Doenças gerais econdições no local daadministração | Dortorácica;Fadiga | Desconfortotorácico;Doença tipo gripe;Pirexia;Astenia;Indisposição | ||
Investigações | Teste da funçãohepática alterado |
Champix® é administrado por via oral e pode ser utilizado a qualquer hora, antes ou depois das refeições (vide item 3. Características Farmacológicas Propriedades Farmacocinéticas Absorção).
As terapias antitabagistas têm mais probabilidade de ter sucesso em pacientes que estejam motivados a parar de fumar e que recebam aconselhamento e suporte adicionais.
A dose recomendada de Champix® é de 1 mg, duas vezes ao dia, após um período de titulação de 1 semana da seguinte maneira:
1º ao 3º dia | 0,5 mg, uma vez ao dia |
4º ao 7º dia | 0,5 mg, duas vezes ao dia |
8º dia até o final do tratamento | 1 mg, duas vezes ao dia |
Nenhum caso de superdose foi relatado nos estudos clínicos pré-comercialização.
Em caso de superdose, medidas padrões de suporte devem ser instituídas conforme necessário.
Verificou-se que a vareniclina é dialisada em pacientes com doença renal em estágio terminal, no entanto, não existe experiência de diálise após a superdosagem (vide item 3. Características Farmacológicas Propriedades Farmacocinéticas).
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Propriedades Farmacodinâmicas
A vareniclina, liga-se com alta afinidade e seletividade aos receptores acetilcolínicos nicotínicos neuronais α4β2, onde age como um agonista parcial um composto que tem atividades tanto agonistas com eficiência intrínseca menor que a nicotina e antagonistas na presença de nicotina.
Estudos in vitro de eletrofisiologia e estudos neuroquímicos in vivo demonstraram que a vareniclina se liga aos receptores acetilcolínicos nicotínicos neuronais α4β2 e estimula a atividade mediada pelo receptor, porém em nível significativamente menor do que a nicotina. A nicotina compete pelo mesmo sítio de ligação humano α4β2 nAChR pelo qual a vareniclina tem maior afinidade. Por isso, a vareniclina pode bloquear de forma eficaz a capacidade da nicotina de ativar totalmente o receptor α4β2 e o sistema mesolímbico da dopamina, que se acredita ser o mecanismo neuronal subjacente de reforço e recompensa experimentado após fumar. A vareniclina é altamente seletiva e se liga mais potentemente ao subtipo de receptor α4β2 (Ki=0,15 nM) do que a outros receptores nicotínicos comuns (α3β4 Ki=84 nM, α7 Ki=620 nM, α1βγ Ki=3.400 nM), ou a receptores e transportadores não nicotínicos (Ki>1 µM, exceto para receptor 5-HT3: Ki=350 nM. A vareniclina também se liga com afinidade moderada (Ki=350 nM) ao receptor 5-HT3.
Acredita-se que a eficácia da vareniclina na interrupção do tabagismo é resultado da atividade agonista parcial da vareniclina no receptor nicotínico α4β2 onde sua ligação produz um efeito suficiente para aliviar os sintomas de desejo intenso e síndrome de abstinência (atividade agonista), ao mesmo tempo em que resulta em redução dos efeitos de recompensa e reforço do tabagismo ao evitar a ligação da nicotina aos receptores α4β2 (atividade antagonista).
Segurança neuropsiquiátrica
As análises dos dados de ensaios clínicos não mostraram evidência de risco aumentado de eventos neuropsiquiátricos graves com vareniclina em comparação com placebo. Além disso, estudos observacionais independentes não evidenciaram um risco aumentado de eventos neuropsiquiátricos graves em pacientes tratados com vareniclina em comparação com pacientes com prescrição de terapia de reposição de nicotina (TRN) ou bupropiona.
Análises de Ensaios Clínicos
Foi realizada uma meta-análise com 5 ensaios clínicos randomizados, duplo cegos, controlados por placebo, incluindo 1907 pacientes (1130 vareniclina, 777 placebo) para avaliar a ideação suicida e comportamento como relatado na Escala Columbia de Avaliação de Risco de Suicídio (C-SSRS). Esta meta-análise incluiu um ensaio (N = 127) em pacientes com histórico de esquizofrenia ou transtorno esquizoafetivo e outro ensaio (N = 525) em pacientes com história de depressão. Os resultados não mostraram aumento da incidência de casos de ideação e/ou comportamento suicida em pacientes tratados com vareniclina em comparação com pacientes tratados com placebo, com uma razão de risco (RR) de 0,79 (intervalo de confiança de 95% [IC]: 0,46; 1,36), como mostrado na tabela abaixo. Quarenta e oito (48) dos 55 pacientes que relataram comportamento ou ideação suicida (24 vareniclina, 24 placebo) eram dos ensaios que envolveram pacientes com históricos de esquizofrenia, transtorno esquizoafetivo ou depressão. Poucos pacientes relataram esses eventos nos outros três ensaios (4 vareniclina, 3 placebo).
Número de pacientes com razão de risco de ideação e/ou comportamento suicida relatado de acordo com a C-SSRS de uma meta-análise de cinco ensaios clínicos comparando vareniclina e placebo:
vareniclina(N=1130) | placebo(N=777) | |
Pacientes com ideação e/ou comportamento suicida* [n (%)]** | 28 (2,5) | 27 (3,5) |
Pacientes-anos de exposição | 325 | 217 |
Razão de Risco # (RR: 95% IC) | 0,79 (0,46; 1,36) |
Distúrbios e sintomas de ansiedade | vareniclina(N=5072) | placebo(N=3449) |
253 (5,0) | 206 (6,0) | |
Transtornos e distúrbios de depressão | 179 (3,5) | 108 (3,1) |
Transtornos e distúrbios de humor NEC* | 116 (2,3) | 53 (1,5) |
Eficácia e Segurança Clínica
A eficácia da vareniclina na interrupção do tabagismo foi demonstrada em 3 estudos clínicos pré- comercialização envolvendo fumantes crônicos de cigarros (≥10 cigarros/dia). Um total de 2.619 fumantes receberam vareniclina 1 mg duas vezes ao dia (titulado durante a primeira semana), 669 pacientes receberam bupropiona 150 mg duas vezes ao dia (também por titulação) e 684 pacientes receberam placebo2.
Estudos clínicos comparativos
Dois estudos clínicos duplo-cegos idênticos compararam prospectivamente a eficácia da vareniclina (1 mg, duas vezes ao dia), de bupropiona de liberação prolongada (150 mg, duas vezes ao dia) e de placebo na interrupção do tabagismo. Nestas 52 semanas de duração dos estudos, os pacientes receberam tratamento por 12 semanas, seguido por uma fase de não tratamento de 40 semanas2, 3.
Em todos os estudos, os pacientes receberam livros educacionais sobre a interrupção do tabagismo e até 10 minutos de aconselhamento para interromper o tabagismo a cada visita semanal de tratamento, de acordo com a Agency for Healthcare Research and Quality guideline. Os pacientes devem fixar uma data para parar de fumar (data limite para parar, TQD) com início da dose 1 semana antes desta data.
O endpoint primário dos dois estudos foi a taxa de renúncia contínua em 4 semanas (4W-CQR) confirmada pela medida do monóxido de carbono (CO) da semana 9 até a semana 12. O endpoint primário para vareniclina demonstrou superioridade estatística sobre a bupropiona e o placebo2, 3.
Após 40 semanas da fase de não tratamento, os endpoints secundários principais para ambos os estudos foram a Taxa de Abstinência Contínua (AC) na Semana 52. A Taxa de Abstinência Contínua foi definida como a proporção de todos os pacientes tratados que não fumaram (nem mesmo uma tragada de cigarro) da Semana 9 até a Semana 52 e não apresentaram uma medida de monóxido de carbono exalado >10 ppm. A Taxa de Renúncia Contínua em 4 semanas (semana 9 a 12) e Taxa de Abstinência Contínua (semana 9 a 52) dos estudos 1 e 2 estão incluídas na tabela a seguir2, 3:
Estudo 1(n=1.022) | Estudo 2(n=1.023) | |||
4W-CQR | ACSemana 9-52 | 4W-CQR | ACSemana 9-52 | |
vareniclina | 44,4% | 22,1% | 44,0% | 23,0% |
bupropiona | 29,5% | 16,4% | 30,0% | 15,0% |
Placebo | 17,7% | 8,4% | 17,7% | 10,3% |
Odds ratiovareniclina vs. placebo | 3,91p<0,0001 | 3,13p<0,0001 | 3,85p<0,0001 | 2,66p<0,0001 |
Odds ratiovareniclina vs. bupropiona | 1,96p<0,0001 | 1,45p=0,0640 | 1,89p<0,0001 | 1,72p=0,0062 |
Diferença entre vareniclina e placebo | 26,7%p<0,0001 | 13,7%p<0,0001 | 26,3%p<0,0001 | 12,7%p<0,0001 |
Diferença entre vareniclina ebupropiona | 14,9%p<0,0001 | 5,7%p<0,0640 | 14,0%p<0,0001 | 8,0%p<0,0062 |
vareniclinan=602 | Placebon=604 | Diferença(95% IC) | Odds ratio(95% IC) | |
AC Semanas 13-24 | 70,6% | 49,8% | 20,8%(15,4%; 26,2%) | 2,47(1,95; 3,15) |
AC Semanas 13-52 | 44,0% | 37,1% | 6,9%(1,4%; 12,5%) | 1,35(1,07; 1,70) |
vareniclinan=353 | Placebon=350 | Odds ratio(95% IC)Valor de p | |
AC Semanas 9-12 | 47,3% | 14,3% | 6,05(4,13- 8,86)p<0,0001 |
AC Semanas 9-52 | 19,8% | 7,4% | 3,19(1,97- 5,18)p<0,0001 |
vareniclinan=486 | Placebon=165 | Odds ratio(95% IC)Valor de p | |
AC Semanas 9-12 | 53,9% | 19,4% | 6,03(3,80 – 9,56)p<0,0001 |
AC Semanas 9-24 | 35,2% | 12,7% | 4,45(2,62 – 7,55)p<0,0001 |
vareniclinan=248 | Placebon=251 | Odds ratio(IC 95%)Valor de p | |
AC Semanas 9-12 | 42,3% | 8,8% | 8,40(4,99 - 14,14)p<0,0001 |
AC Semanas 9-52 | 18,6% | 5,6% | 4,04(2,13 - 7,67)p<0,0001 |
vareniclinan=256 | Placebon=269 | Odds Ratio (IC 95%),Valor de p | |
AC Semanas 9-12 | 35,9 | 15,6 | 3,35 (2,16 - 5,21)p<0,0001 |
AC Semanas 9-52 | 20,3 | 10,4 | 2,36 (1,40 3,98)p=0,0011 |
Informação não disponível para esta bula.
Champix® deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz e umidade e pode ser utilizado por 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características físicas e organolépticas:
Champix® 0,5 mg é um comprimido revestido capsular biconvexo de coloração branco a esbranquiçado, com Pfizer gravado em um lado e CHX 0.5 do outro lado.
Champix® 1 mg é um comprimido revestido capsular biconvexo de coloração azul claro, com Pfizer gravado em um lado e CHX 1.0 do outro lado.
MS 1.0216.0209
Farmacêutico Responsável: José Cláudio Bumerad CRF-SP n° 43746
Registrado por:
Laboratórios Pfizer Ltda.
Av. Presidente Tancredo de Almeida Neves, 1555
CEP 07112-070 Guarulhos SP
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Fabricado e Embalado por:
R-Pharm Germany GmbH
Heinrich-Mack-Strasse 35, 89257
Illertissen Alemanha
Importado por:
Laboratórios Pfizer Ltda.
Rodovia Presidente Castelo Branco, Km 32,5
CEP 06696-000 Itapevi SP
CNPJ nº 46.070.868/0036-99
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Champix® (tartarato de vareniclina) comprimidos revestidos é um medicamento indicado para ajudar você a parar de fumar. As terapias antitabagistas têm mais probabilidade de ter sucesso em pacientes que estejam motivados a parar de fumar e que recebam aconselhamento e suporte adicionais.
2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
A vareniclina (substância ativa de Champix®) é um medicamento que se liga com receptores para nicotina presentes nos neurônios cerebrais onde exerce função de estimulação parcial e mais fraca que a nicotina. Essa ligação também promove a ocorrência de inibição desses receptores na presença de nicotina.
Champix® pode ajudar a reduzir o desejo intenso de fumar e os sintomas de abstinência associados ao fato de parar de fumar.
Embora não seja recomendado que você fume durante o tratamento com Champix®, Champix® pode também diminuir o prazer do cigarro caso você ainda fume durante o tratamento.
3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Champix® é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade (alergia) conhecida ao tartarato de vareniclina (princípio ativo do Champix®) ou a qualquer componente da fórmula.
Este medicamento não deve ser utilizado por pacientes menores de 18 anos de idade.
4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Você deve saber que os efeitos da interrupção do tabagismo que ocorrem no seu corpo, usando ou não Champix®, podem alterar a ação de outros medicamentos. Portanto, em alguns casos um ajuste de dose pode ser necessário (por ex., teofilina (medicamento para tratar problemas respiratórios); varfarina (medicamento que reduz a coagulação do sangue); e insulina (medicamento para tratar o diabetes)). Se você tiver dúvidas, consulte seu médico.
Ao final do tratamento, a descontinuação de Champix® foi associada com um aumento na irritabilidade, urgência em fumar, depressão e/ou insônia em até 3% dos pacientes.
Houve relatos pós-comercialização de sintomas neuropsiquiátricos. Caso você, seus familiares e/ou cuidadores, percebam mudanças de comportamento ou pensamento, ansiedade, psicose (dificuldade de diferenciar o real do imaginário), oscilações de humor, comportamento agressivo, agitação ou humor depressivo, que não sejam típicos, ou se você desenvolver ideação ou comportamento suicidas, interrompa imediatamente o uso de Champix® e consulte seu médico.
Houve relatos pós-comercialização de reações de hipersensibilidade, tais como inchaço da face, boca (língua, lábios e gengivas), pescoço (garganta e laringe) e extremidades, inclusive angioedema (inchaço em região subcutânea ou em mucosas, geralmente de origem alérgica); e reações cutâneas raras, porém graves. Caso você desenvolva estes sintomas, interrompa imediatamente o uso de Champix® e consulte seu médico.
Houve raros relatos de eventos cardiovasculares em pacientes com doença cardiovascular estável, que ocorreram principalmente em pacientes com doença cardiovascular conhecida. Nenhuma relação causal entre esses eventos e Champix® foi estabelecida. Fumar é um fator de risco independente e importante para a doença cardiovascular.
Informe seu médico se notar surgimento ou piora de sintomas cardiovasculares. Procure imediatamente atendimento médico caso apresente sinais e sintomas de infarto do miocárdio e derrame (AVC acidente vascular cerebral).
Informe ao seu médico se você tem problemas nos rins, você pode precisar de uma dose menor de Champix®. Não foram estudados a segurança e o benefício de usar Champix® em combinação com outro medicamento indicado para parar de fumar. Portanto, não se recomenda utilizar Champix® com outro medicamento usado para parar de fumar.
Uso durante a gravidez e lactação
Não se sabe se Champix® é excretado no leite humano. Como muitos fármacos são excretados no leite humano e devido ao potencial de reações adversas graves de Champix® em lactentes, o médico deve avaliar a descontinuação da amamentação ou do medicamento, levando-se em consideração a relação entre risco e benefício para a criança e a paciente.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião- dentista.
Efeitos na habilidade de dirigir veículos e operar máquinas
Enquanto você estiver fazendo tratamento com Champix®, você deve ter cautela ao dirigir veículos ou operar máquinas até que você saiba como a interrupção do tabagismo e/ou a vareniclina pode afetá-lo.
Interações Medicamentosas
Sempre avise ao seu médico todas as medicações que você toma quando ele for prescrever uma medicação nova. O médico precisa avaliar se as medicações reagem entre si alterando a sua ação, ou da outra; isso se chama interação medicamentosa.
Com base nas características da vareniclina e na experiência clínica obtida até o momento, Champix® não apresenta interações medicamentosas clinicamente significativas.
Os dados clínicos são limitados com relação à possível interação entre o álcool e Champix®. Há relatos pós- comercialização de aumento dos efeitos intoxicantes do álcool em pacientes tratados com Champix®. Não foi estabelecida a relação causal entre esses eventos e uso de Champix®.
Não existem interações medicamentosas significativas entre Champix® e nicotina.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Champix® deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características do produto:
Champix® 0,5 mg é um comprimido revestido capsular biconvexo de coloração branco a esbranquiçado, com Pfizer gravado em um lado e CHX 0.5 do outro lado.
Champix® 1 mg é um comprimido revestido capsular biconvexo de coloração azul claro, com Pfizer gravado em um lado e CHX 1.0 do outro lado.
6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Os comprimidos de Champix® devem ser engolidos inteiros com água. Champix® pode ser tomado com ou sem alimentos.
Antes de iniciar o tratamento com Champix®, você deve estabelecer uma data para parar de fumar na segunda semana de tratamento (a partir do 8º dia).
Alternativamente, outra abordagem para parar de fumar pode ser adotada: você pode iniciar o tratamento com Champix® e em seguida parar de fumar entre os dias 8 e 35 do tratamento.
A dose recomendada de Champix® para adultos é: 1 comprimido de 0,5 mg (comprimido branco), uma vez ao dia do 1º ao 3º dia, 1 comprimido de 0,5 mg (comprimido branco), duas vezes ao dia (todos os dias nos mesmos horários, preferencialmente um comprimido pela manhã e outro à noite) do 4º ao 7º dia e 1 comprimido de 1 mg (comprimido azul claro), duas vezes ao dia (todos os dias nos mesmos horários, preferencialmente um comprimido pela manhã e outro à noite) do 8º dia até o final do tratamento.
Populações e considerações especiais de dose
Pacientes com insuficiência renal leve a moderada, pacientes com insuficiência hepática e pacientes idosos: não é necessário ajuste de dose.
Pacientes com insuficiência renal grave: para pacientes com insuficiência renal grave (clearance de creatinina estimada <30 mL/min), a dose recomendada de Champix® deve ser ajustada, consulte seu médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Caso você esqueça de tomar Champix® no horário estabelecido pelo seu médico, tome-o assim que lembrar. Entretanto, se já estiver perto do horário de tomar a próxima dose, pule a dose esquecida e tome a próxima, continuando normalmente o esquema de doses recomendado pelo seu médico. Neste caso, não tome o medicamento em dobro para compensar doses esquecidas. O esquecimento de dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Parar de fumar com ou sem tratamento está associado a vários sintomas. Por exemplo, foram relatados em pacientes tentando parar de fumar: disforia ou humor deprimido; insônia, irritabilidade, frustração ou raiva; ansiedade; dificuldade de concentração; agitação; diminuição da frequência cardíaca; aumento do apetite ou ganho de peso.
Como todos os medicamentos, Champix® pode causar reações adversas, embora nem todos os pacientes apresentem.
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): nasofaringite (inflamação de uma parte da faringe), sonhos anormais, insônia, cefaleia (dor de cabeça), náusea (enjoo).
Reação comum (ocorre ente 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): bronquite (inflamação dos brônquios), sinusite, aumento de peso, apetite reduzido, aumento do apetite, sonolência, tontura, disgeusia (alteração do paladar), dispneia (falta de ar), tosse, doença do refluxo gastroesofágico (doença onde o conteúdo do estômago volta para o esôfago), vômito, constipação (prisão de ventre), diarreia, distensão abdominal, dor abdominal, dor de dente, dispepsia (má digestão), flatulência (gases), boca seca, rash (reação alérgica de pele), prurido (coceira), artralgia (dor na articulação), mialgia (dor muscular), dor nas costas, dor torácica, fadiga (cansaço).
Reação incomum (ocorre ente 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): pensamentos anormais, inquietação, variações de humor, diminuição da libido, tremor, letargia (cansaço e lentidão de reações e reflexos), hipoestesia (diminuição da sensibilidade), conjuntivite, dor nos olhos, zumbido, angina peitoral (dor no peito), taquicardia, palpitações, frequência cardíaca elevada, pressão arterial elevada, fogacho (sensação de calor súbito), inflamação das vias respiratórias superiores, obstrução das vias respiratórias, disfonia (rouquidão), rinite alérgica, irritação da garganta, congestão nasal, síndrome da tosse das vias respiratórias superiores, rinorreia (coriza), hematoquezia (sangue vivo nas fezes), gastrite (inflamação do estômago), eructação (arroto), estomatite aftosa (inflamação da mucosa da boca), dor gengival, fezes anormais, língua saburrosa (presença de placa esbranquiçada na língua), eritema (vermelhidão), acne, hiperidrose (aumento da sudorese), transpiração excessiva, espasmos musculares (contrações involuntárias dos músculos), polaciúria (aumento do número de micções), noctúria (necessidade de urinar à noite), menorragia (aumento do fluxo menstrual), desconforto torácico, doença tipo gripe, pirexia (febre), astenia (fraqueza), indisposição, teste de função hepática alterado.
Reação rara (ocorre ente 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): contagem de plaquetas reduzida, polidipsia (ingestão aumentada de água), disforia (alteração de humor), bradifrenia (pensamento lento, perda da concentração), disartria (dificuldade de articular as palavras), coordenação anormal, hipogeusia (diminuição da sensibilidade gustativa), transtorno do ritmo circadiano (diário) do sono, escotoma (mancha escura observada no campo visual), fotofobia (intolerância à luz), fibrilação atrial (tipo de alteração do ritmo cardíaco), depressão do segmento ST do eletrocardiograma, redução da amplitude da onda T do eletrocardiograma (alterações do eletrocardiograma), ronco, hematêmese (vômitos com sangue), rigidez da articulação, glicosúria (presença de glicose na urina), poliúria (aumento da quantidade de urina), disfunção sexual.
Experiência pós-comercialização
Houve relatos de depressão, agitação, alteração de comportamento ou pensamento, ansiedade, psicose, oscilações de humor, comportamento agressivo, ideação suicida e suicídio em pacientes tentando parar de fumar durante o tratamento com Champix®. Parar de fumar com ou sem tratamento está associado com os sintomas da retirada da nicotina e a exacerbação da doença psiquiátrica de base. Nem todos os pacientes nestes relatos apresentavam doença psiquiátrica pré-existente conhecida e nem todos pararam de fumar. A função da vareniclina nestes relatos não é conhecida.
Também houve relatos de reações de hipersensibilidade, como angioedema (inchaço das partes mais profundas da pele ou da mucosa, geralmente de origem alérgica) e reações cutâneas raras, porém graves, incluindo Síndrome de Stevens-Johnson (reação alérgica grave com bolhas na pele e mucosas) e eritema multiforme (manchas vermelhas, bolhas e ulcerações em todo o corpo) em pacientes sob tratamento com Champix®.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Se acidentalmente alguém tomar uma dose maior do que a prescrita pelo seu médico, deve-se procurar assistência médica assim que possível, não esquecendo de levar a caixa do medicamento.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.