Micardis hct

MICARDIS HCT com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de MICARDIS HCT têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com MICARDIS HCT devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

boehringer

Apresentação MICARDIS HCT

Comprimidos de MICARDIS HCT de 40 mg/12,5 mg: embalagens com 14 e
28 comprimidos.
Comprimidos de MICARDIS HCT de 80 mg/12,5 mg: embalagens com 14 e
28 comprimidos.
Uso adulto

MICARDIS HCT – Indicações

Tratamento da hipertensão arterial. MICARDIS HCT, como associação de dose fixa, é indicado em pacientes cuja pressão arterial não é adequadamente controlada com telmisartana ou hidroclorotiazida isoladamente.

Contra indicações de MICARDIS HCT

• Hipersensibilidade aos ingredientes ativos ou a qualquer excipiente da
fórmula ou a qualquer outra substância derivada de sulfonamida
(hidroclorotiazida é uma substância derivada de sulfonamida).
• Gravidez e período de lactação.
• Colestase e distúrbios obstrutivos biliares.
• Insuficiência hepática grave.
• Insuficiência renal grave (depuração de creatinina <30 ml/min).
• Hipopotassemia refratária.
• Hipercalcemia.
O produto é contra-indicado em pacientes com condições hereditárias
raras que possam ser incompatíveis com algum excipiente da fórmula.
(Vide item Precauções)

Advertências

Insuficiência hepática
MICARDIS HCT não deve ser administrado a pacientes com colestase, distúrbios biliares obstrutivos ou insuficiência hepática grave, uma vez que a telmisartana é principalmente eliminada pela bile. Pode-se esperar uma menor depuração hepática da telmisartana nesses pacientes.
MICARDIS HCT deve ser administrado com precaução em pacientes com função hepática alterada ou doença hepática progressiva, uma vez que pequenas alterações nos fluidos e no balanço eletrolítico podem precipitar coma hepático. Não há experiência clínica com MICARDIS HCT
em pacientes com insuficiência hepática.
Hipertensão renovascular
Há um risco aumentado de hipotensão severa e insuficiência renal quando pacientes com estenose arterial renal bilateral ou estenose da artéria com um único rim funcionando são tratados com medicamentos que atuam no sistema renina-angiotensina-aldosterona.
Insuficiência renal e transplante renal
MICARDIS HCT não deve ser administrado em pacientes portadores de disfunção renal grave (depuração de creatinina <30 ml/min) (veja item Contra-indicações).
Não há experiência quanto à administração de MICARDIS HCT em pacientes com insuficiência renal grave ou com um rim transplantado recentemente.
A experiência do uso de MICARDIS HCT em pacientes com insuficiência renal leve a moderada é limitada, portanto recomenda-se a monitoração periódica dos níveis séricos de potássio, creatinina e ácido úrico.
A azotemia associada a diuréticos tiazídicos pode ocorrer em pacientes com função renal alterada.
Desidratação
Hipotensão sintomática, especialmente após a primeira dose, pode ocorrer em pacientes que têm volemia e/ou sódio depletado por vigorosa terapia diurética, dieta restrita de sal, diarréia ou vômito. Tais condições devem ser corrigidas antes do início da terapêutica com MICARDIS HCT.
Outras condições de estimulação do sistema renina-angiotensinaaldosterona
Em pacientes cujo tônus vascular e função renal dependem predominantemente da atividade do sistema renina-angiotensinaaldosterona
(p. ex. pacientes com severa insuficiência cardíaca
congestiva ou doença renal subjacente, inclusive estenose da artéria renal), o tratamento com outros medicamentos que afetam este sistema tem sido associado com hipotensão aguda, hiperazotemia, oligúria ou,raramente, insuficiência renal aguda.
Aldosteronismo primário
Pacientes com aldosteronismo primário geralmente não respondem a medicações anti-hipertensivas que agem inibindo o sistema reninaangiotensina.
Portanto, não se recomenda o uso de MICARDIS HCT.
Estenose valvar aórtica e mitral e cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva A exemplo do que ocorre com o uso de outros fármacos vasodilatadores, recomenda-se precaução especial aos pacientes que sofrem de estenose aórtica ou mitral ou cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva.
Efeitos metabólicos e endócrinos
O uso de tiazida pode prejudicar a tolerância à glicose. Podem ser necessários ajustes de doses de insulina ou agentes hipoglicêmicos orais
em pacientes diabéticos. Pode ocorrer manifestação de diabetes mellitus latente durante o tratamento com tiazídicos.
O tratamento diurético com tiazídicos foi associado com um aumento nos
níveis de colesterol e triglicérides. Contudo, nenhum ou poucos efeitos adversos foram relatados na dose de 12,5 mg contida em MICARDIS HCT.
Pode ocorrer hiperuricemia ou precipitação de gota em alguns pacientes
em tratamento com tiazida.
Desequilíbrio eletrolítico
Assim como para qualquer paciente recebendo tratamento diurético, deve-se realizar a monitoração periódica dos níveis séricos de eletrólitos em intervalos adequados.
Os tiazídicos, incluindo hidroclorotiazida, podem causar desequilíbrio de
líquidos ou de eletrólitos (hipopotassemia, hiponatremia e alcalose hipoclorêmica). Os sintomas característicos de desequilíbrio de líquidos ou de eletrólitos são boca seca, sede, fraqueza, letargia, sonolência, nquietação, dores ou cãibras musculares, fadiga muscular, hipotensão, oligúria, taquicardia e distúrbios gastrintestinais como náusea ou vômito.
Embora se possa desenvolver hipopotassemia com o uso de diuréticos tiazídicos, o tratamento concomitante com telmisartana pode reduzir a hipopotassemia induzida por diuréticos. O risco de hipopotassemia é maior em pacientes portadores de cirrose hepática, em pacientes que apresentarem diurese de ação rápida, em pacientes que não ingerirem a quantidade adequada de eletrólitos e em pacientes que estiverem recebendo tratamento concomitante com corticosteróides ou ACTH. Por outro lado, pode ocorrer hiperpotassemia devida ao antagonismo dos receptores da angiotensina II (AT1) do componente telmisartana de MICARDIS HCT.
Embora hiperpotassemia clinicamente significativa não tenha sidorelatada com MICARDIS HCT, os fatores de risco para o desenvolvimento
de hiperpotassemia incluem insuficiência renal e/ou cardíaca e diabetes mellitus. Devem-se administrar com cautela os diuréticos poupadores de
potássio, suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo potássio juntamente com MICARDIS HCT.
Não há evidências de que MICARDIS HCT reduza ou previna hiponatremia
induzida por diurético. A deficiência de cloreto é geralmente leve e usualmente não requer tratamento.
Tiazidas podem diminuir a excreção urinária de cálcio e causar uma elevação leve e intermitente do cálcio sérico na ausência de alterações conhecidas do metabolismo de cálcio. Hipercalcemia elevada pode evidenciar hiperparatiroidismo oculto. Deve-se interromper o uso de tiazidas antes de realizar testes de função da paratireóide.
Demonstrou-se que as tiazidas aumentam a excreção urinária de magnésio, o que pode resultar em hipomagnesemia.
Sorbitol
A dose diária máxima de MICARDIS HCT contém 169 mg de sorbitol na concentração 40/12,5 mg e 338 mg de sorbitol na concentração de 80/12,5
mg. Pacientes com condições ou doenças hereditárias raras com intolerância à frutose não devem tomar esse medicamento.
Lactose
A dose diária máxima de MICARDIS HCT contém 112 mg de lactose nas concentrações 40/12,5 mg e 80/12,5 mg. Pacientes com condições ou doenças hereditárias raras com intolerância à galactose (por exemplo: galactosemia) não devem tomar esse medicamento.
Outras
Como para outros agentes anti-hipertensivos, a redução excessiva da pressão arterial em pacientes portadores de cardiopatia isquêmica ou doença cardiovascular isquêmica pode resultar em infarto do miocárdio ou AVC.

Gerais
Reações de hipersensibilidade à hidroclorotiazida podem ocorrer em pacientes com ou sem histórico de alergia ou asma brônquica, mas são mais prováveis em pacientes com tal histórico.
Relatou-se exacerbação ou ativação do Lupus Eritematoso Sistêmico com
o uso de diuréticos tiazídicos.
Gravidez e lactação
Estudos pré-clínicos com telmisartana não indicaram efeito teratogênico,
porém demonstraram fetotoxicidade. Portanto, como medida de precaução, é preferível não se utilizar MICARDIS HCT durante o primeiro trimestre de gravidez. Uma terapia alternativa deve ser conduzida se houver planos de gravidez.
Sabe-se que fármacos atuantes no sistema renina-angiotensina podem provocar lesões e até mesmo a morte do feto em desenvolvimento se usados durante o segundo e o terceiro trimestre de gestação; portanto, o uso de MICARDIS HCT é contra-indicado nesses períodos. Assim que se diagnosticar gravidez, MICARDIS HCT deve ser descontinuado o mais rápido possível.
Tiazidas atravessam a barreira placentária e aparecem no cordão umbilical. Elas podem causar distúrbios eletrolíticos no feto e é possível que ocorram outras reações em adultos. Relataram-se casos de trombocitopenia neonatal, icterícia fetal ou neonatal com o tratamento tiazídico materno.
MICARDIS HCT está contra-indicado durante a lactação. Não se sabe se a
telmisartana é excretada no leite materno em humanos. Estudos em animais mostraram a excreção de telmisartana no leite. Tiazidas são excretadas no leite humano e podem inibir a lactação.
Efeitos na habilidade de dirigir e utilizar máquinas
Ainda não se realizaram estudos sobre o efeito na habilidade de dirigir e utilizar máquinas. Contudo, ao dirigir ou operar máquinas, deve-se levar em conta que na vigência do tratamento anti-hipertensivo pode ocasionalmente ocorrer tontura ou sonolência.

Interações medicamentosas de MICARDIS HCT

Relataram-se aumentos reversíveis das concentrações séricas de lítio e toxicidade durante administração concomitante de lítio com inibidores da
enzima conversora de angiotensina. Relataram-se também casos de interação com antagonistas dos receptores da angiotensina II, incluindo a
telmisartana. Além disso, as tiazidas reduzem a depuração renal de lítio e portanto, o risco de toxicidade por lítio pode ser aumentado com o uso de
MICARDIS HCT. Lítio e MICARDIS HCT devem ser administrados concomitantemente somente sob supervisão médica. Recomenda-se a monitoração dos níveis séricos de lítio durante o uso concomitante.
O efeito de depleção de potássio da hidroclorotiazida é atenuado pelo efeito poupador de potássio da telmisartana. Contudo, supõe-se que esse
efeito da hidroclorotiazida sobre o potássio sérico seja ampliado por outras drogas associadas à perda de potássio e hipopotassemia (por exemplo, outros diuréticos caliuréticos, laxantes, corticosteróides, ACTH,
anfotericina, carbenoxolona, penicilina G sódica, ácido salicílico e derivados). Se for necessário prescrever essas drogas com MICARDIS HCT, recomenda-se a monitoração dos níveis plasmáticos de potássio.
Por outro lado, baseado na experiência com o uso de outras drogas que atuam no sistema renina-angiotensina, o uso concomitante de diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio, substitutos de sal contendo potássio ou outras drogas que podem aumentar os níveis séricos de potássio (por exemplo, heparina sódica) pode levar a um aumento do potássio sérico. Se for necessário prescrever essas drogas com MICARDIS HCT, recomenda-se a monitoração dos níveis plasmáticos
de potássio.
Recomenda-se monitoração periódica de potássio sérico quando MICARDIS HCT é administrado com drogas afetadas pelos distúrbios dos níveis séricos de potássio, por exemplo, glicosídeos digitálicos, agentes
antiarrítmicos e drogas que são sabidamente indutoras de torsades de pointes.
O tratamento com antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs) incluindo o AAS como antiinflamatório, os inibidores da COX-2 e os AINEs não seletivos em pacientes desidratados, está associado com um aumento do
potencial para o desenvolvimento de insuficiência renal aguda. Fármacos que agem no sistema renina-angiotensina como a telmisartana podem ter efeitos sinérgicos. Pacientes em tratamento com AINEs e MICARDIS HCT devem ser adequadamente hidratados e ter sua função renal monitorada no início do tratamento combinado. A co-administração de antiinflamatórios não-esteroidais pode reduzir o efeito diurético, natriurético e anti-hipertensivo dos diuréticos tiazídicos em alguns pacientes.
A telmisartana pode aumentar o efeito hipotensor de outros agentes antihipertensivos.
Outras interações de relevância clínica não foram identificadas. A co-administração de telmisartana não resultou em interações clínicamente significativas com a digoxina, a varfarina, a hidroclorotiazida, a glibenclamida, o ibuprofeno, o paracetamol, sinvastatina e o anlodipino. No caso da digoxina, observou-se um aumento de 20% (num único caso, de 39%) das concentrações plasmáticas de digoxina; portanto, deve-se considerar a monitoração dos seus níveis plasmáticos.
Quando administradas concomitantemente, as seguintes drogas podem
interagir com diuréticos tiazídicos:
• Álcool, barbitúricos ou narcóticos: pode ocorrer potencialização de
hipotensão ortostática.
• Drogas antidiabéticas (agentes orais e insulina): pode ser necessário
ajuste de dose da droga antidiabética.
• Metformina: há risco de ocorrência de acidose láctica quando coadministrada
com hidroclorotiazida.
• Colestiramina e resina colestipol: a absorção de hidroclorotiazida é
prejudicada na presença de resinas de troca aniônica.
• Glicosídeos digitálicos: hipopotassemia ou hipomagnesemia induzida
por tiazídicos favorece o início de arritmias cardíacas induzidas por
digitálicos.
• Aminas simpaticomiméticas (por exemplo, noradrenalina): os efeitos
das aminas hipertensoras podem ser diminuídos.
• Relaxantes musculares esqueléticos não-despolarizantes (por
exemplo, tubocurarina): os efeitos dos relaxantes musculares
esqueléticos não-despolarizantes podem ser potencializados pela
hidroclorotiazida.
• Tratamento para gota: podem ser necessários ajustes de dose dos
medicamentos uricosúricos porque a hidroclorotiazida pode aumentar
o nível de ácido úrico sérico. A co-administração de tiazida pode
aumentar a incidência de reações de hipersensibilidade ao alopurinol.
• Sais de cálcio: diuréticos tiazídicos podem aumentar os níveis séricos
de cálcio devido à diminuição da excreção. Se for necessária a
prescrição de suplementos de cálcio, os níveis séricos de cálcio
devem ser monitorados e a dose de cálcio deve ser ajustada
correspondentemente.
Outras interações: os efeitos hiperglicêmicos dos beta-bloqueadores e
diazóxido podem ser aumentados pelas tiazidas. Agentes anticolinérgicos
(por exemplo, atropina, biperideno) podem aumentar a biodisponibilidade
de diuréticos tiazídicos pela diminuição da motilidade gastrintestinal e da
velocidade de esvaziamento gástrico.
As tiazidas podem aumentar o risco de efeitos adversos causados pela
amantadina. As tiazidas podem reduzir a excreção renal de drogas
citotóxicas (por exemplo, ciclofosfamida, metotrexato) e potencializar
seus efeitos mielossupressivos.

Reações adversas / efeitos colaterais de MICARDIS HCT

A incidência total de eventos adversos relatados com MICARDIS HCT foi
comparável à observada com telmisartana isolada em estudos
controlados randomizados envolvendo 1471 pacientes que receberam
telmisartana mais hidroclorotiazida (835) ou telmisartana isolada (636).
Não houve relação entre a dose e os efeitos indesejáveis e não houve
correlação com sexo, idade ou raça dos pacientes.
As reações adversas relatadas nos estudos clínicos realizados com
telmisartana mais hidroclorotiazida são demonstradas a seguir conforme
a classe do sistema orgânico. Incluíram-se também as reações adversas
não observadas em estudos clínicos com telmisartana mais
hidroclorotiazida, mas esperadas durante o tratamento com MICARDIS
HCT com base na experiência em monoterapia de telmisartana ou
hidroclorotiazida, as quais foram separadas e detalhadas abaixo:
Investigações: aumento na creatinina, aumento das enzimas hepáticas,
aumento dos níveis plasmáticos de creatina fosfoquinase, aumento do
ácido úrico.
Alterações cardíacas: arritmias cardíacas, taquicardia.
Distúrbios do sistema nervoso: síncope/desmaio, tontura, parestesia,
distúrbios do sono, insônia.
Distúrbios visuais: visão alterada, visão borrada temporariamente.
Alterações no ouvido e no labirinto: vertigem.
Distúrbios respiratórios: dispnéia, sofrimento respiratório (incluindo
pneumonite e edema pulmonar).
Distúrbios gastrintestinais: diarréia, boca seca, flatulência, dor
abdominal, constipação, dispepsia, vômito, gastrite.
Alterações hepato-biliares: função hepática anormal/ distúrbio hepático.
Alterações nos tecidos cutâneos e subcutâneos: edema angioneurótico,
eritema, prurido, erupções cutâneas, aumento do suor, urticária.
Alterações músculo-esqueléticas, ósseas e no tecido conectivo: dor nas
costas, espasmo muscular, mialgia, artralgia, dor nas pernas, cãibras nas
pernas.
Distúrbios metabólicos e nutricionais: hipopotassemia, hiponatremia,
hiperuricemia.
Infecções: bronquite, faringite, sinusite.
Alterações vasculares: hipotensão (incluindo hipotensão ortostática).
Distúrbios gerais: dor no peito, sintomas de gripe, dor.
Alterações no sistema reprodutivo: impotência.
Distúrbios psiquiátricos: ansiedade, depressão.
Telmisartana: Outros efeitos adversos relatados em estudos clínicos com
telmisartana em monoterapia na hipertensão estão descritos a seguir:
Infecções: infecções do trato respiratório superior, infecções do trato
urinário (incluindo cistite).
Distúrbios do sistema hematológico e linfático: anemia, eosinofilia,
trombocitopenia.
Distúrbios metabólicos e nutricionais: hiperpotassemia.
Alterações cardíacas: bradicardia.
Distúrbios gastrintestinais: desconforto estomacal.
Alterações nos tecidos cutâneos e subcutâneos: eczema.
Alterações músculo-esqueléticas, ósseas e no tecido conectivo: artrose,
sintomas de tendinite, fraqueza.
Distúrbios renais e urinários: disfunção renal incluindo insuficiência renal
aguda (ver também item Precauções).
Distúrbios gerais: perda da eficácia.
Investigações; diminuição da hemoglobina.
Hidroclorotiazida: Outros efeitos adversos relatados em estudos clínicos
com a hidroclorotiazida em monoterapia na hipertensão estão descritos a
seguir:
Infecções: sialadenite.
Distúrbios do sistema hematológico e linfático: anemia aplástica, anemia
hemolítica, depressão da medula óssea, leucopenia, neutropenia/
agranulocitose, trombocitopenia.
Distúrbios do sistema imunológico: reações anafiláticas, alergia.
Distúrbios endócrinos: perda do controle do diabete.
Distúrbios metabólicos e nutricionais: causa ou aumento da depleção de
volume, desequilíbrio eletrolítico, anorexia, perda de apetite,
hiperglicemia, hipercolesterolemia.
Distúrbios psiquiátricos: inquietação.
Distúrbios do sistema nervoso: escotomas.
Distúrbios visuais: xantopsia.
Alterações vasculares: angeíte necrotizante (vasculite).
Distúrbios gastrintestinais: pancreatite, desconforto gástrico.
Alterações hepato-biliares: icterícia (icterícia hepatocelular ou
colestática).
Alterações nos tecidos cutâneos e subcutâneos: necrólise epidérmica
tóxica, reações cutâneas do tipo Lupus Eritematoso, vasculite cutânea,
reações de fotossensibilidade, erupções cutâneas, reativação do Lupus
Eritematoso Cutâneo.
Alterações músculo-esqueléticas, ósseas e no tecido conectivo: fraqueza.
Distúrbios renais e urinários: nefrite intersticial, disfunção renal,
glicosúria.
Distúrbios gerais: febre.
Investigações: aumento dos triglicérides.

MICARDIS HCT – Posologia

MICARDIS HCT deve ser administrado uma vez ao dia. A dose de MICARDIS
pode ser aumentada gradativamente antes de substituí-lo pelo MICARDIS
HCT. A substituição direta da monoterapia pelas combinações fixas pode ser
considerada.
• MICARDIS HCT 40 mg/12,5 mg pode ser administrado em pacientes cujas
pressões sangüíneas não sejam adequadamente controladas por
MICARDIS 40 mg ou hidroclorotiazida.
• MICARDIS HCT 80 mg/12,5 mg pode ser administrado em pacientes cujas
pressões arteriais não sejam adequadamente controladas por MICARDIS
80 mg ou por MICARDIS HCT 40/12,5 mg.
O máximo efeito anti-hipertensivo é geralmente obtido após 4 a 8 semanas de
tratamento.
Quando necessário, MICARDIS HCT pode ser administrado com outra droga
anti-hipertensiva.
MICARDIS HCT pode ser administrado com ou sem alimento.
Insuficiência renal
Devido ao componente hidroclorotiazida, MICARDIS HCT não deve ser usado em pacientes com disfunção renal grave (depuração de creatinina <30 ml/min). É preferível utilizar diuréticos de alça em vez de tiazidas nessa população. Embora a experiência com pacientes portadores de insuficiência renal leve a moderada seja limitada, ela não sugere a ocorrência de efeitos adversos renais e os ajustes de dose não são considerados necessários. Recomenda-se monitoração periódica da função renal.
Insuficiência hepática
Nos pacientes portadores de insuficiência hepática leve a moderada, não se deve exceder a dose de MICARDIS HCT 40 mg/12,5 mg uma vez ao dia. MICARDIS HCT não é indicado em pacientes com insuficiência hepática grave. Deve-se ter cautela ao utilizar tiazidas em pacientes portadores de insuficiência hepática.

Super dosagem

As informações disponíveis referentes à superdosagem com MICARDIS HCT em humanos são limitadas. As manifestações mais proeminentes da superdose de telmisartana foram hipotensão e taquicardia, ocorrendo também bradicardia. A superdose com hidroclorotiazida está associada com depleção eletrolítica (hipopotassemia, hipocloremia) e desidratação resultante de diurese excessiva. Os sinais mais comuns e sintomas de superdose são náuseas e sonolência. Hipopotassemia pode resultar em espasmos musculares e/ou arritmias cardíacas acentuadas associadas ao uso concomitante de glicosídeos digitálicos ou certas drogas antiarrítmicas. Não há Informações específicas disponíveis sobre o tratamento de superdose de MICARDIS HCT. O paciente deve ser cuidadosamente monitorado e o tratamento deve ser sintomático e de manutenção, dependendo de quando ocorreu a ingestão e da gravidade dos sintomas. Eletrólitos séricos e creatinina devem ser monitorados freqüentemente. Se ocorrer hipotensão, o paciente deve ser colocado deitado de costas e receber reposições de sal e líquido rapidamente. A telmisartana não é removida por hemodiálise. O grau de remoção de hidroclorotiazida por hemodiálise ainda não foi estabelecido.

Caracteristicas farmalogicas

Propriedades farmacológicas
MICARDIS HCT é uma combinação de um antagonista do receptor de angiotensina II (telmisartana) e um diurético tiazídico (hidroclorotiazida). A combinação desses princípios ativos exerce um efeito anti-hipertensivo adicional reduzindo a pressão sangüínea para um melhor nível do que o obtido com cada componente isolado. MICARDIS HCT, administrado uma vez ao dia, na faixa de doses terapêuticas, promove redução efetiva e gradativa na pressão arterial. A telmisartana é um antagonista específico dos receptores da angiotensina II (tipo AT1), eficaz por via oral. A telmisartana desloca, com afinidade muito elevada, a angiotensina II de seus sítios de ligação no receptor AT1, o qual é responsável pelas ações conhecidas da angiotensina II. A telmisartana não apresenta qualquer atividade agonista parcial no receptor AT1 e liga-se seletivamente a esses receptores. Esta ligação é de longa duração. A telmisartana não apresenta afinidade por outros receptores, incluindo AT2 e outros receptores AT menos característicos.
A função destes receptores não é conhecida, nem os efeitos da possível superestimulação pela angiotensina II, cujos níveis são aumentados pela telmisartana. Os níveis de aldosterona plasmática são diminuídos pela telmisartana. A telmisartana não inibe a renina plasmática humana nem bloqueia canais iônicos. A telmisartana não possui efeito inibitório sobre a enzima conversora de angiotensina (quininase II), que também degrada a bradicinina. Portanto não se espera uma potencialização de efeitos adversos mediados pela bradicinina. No homem, uma dose de 80 mg de telmisartana inibiu quase completamente os aumentos de pressão arterial induzidos pela angiotensina II.
Este efeito inibidor mantém-se durante 24 horas e pode ser detectado até 48 horas. Após a administração da primeira dose de telmisartana, o início da atividade anti-hipertensiva ocorre gradualmente nas três primeiras horas. A redução máxima da pressão arterial é normalmente obtida 4 semanas após o início da terapêutica, mantendo-se durante o tratamento a longo prazo. O efeito anti-hipertensivo permanece constante durante 24 horas após a administração, incluindo as últimas 4 horas antes da próxima dose, como foi demonstrado por medições ambulatoriais de pressão arterial. Este fato é confirmado por um pico consistente acima de 80% verificado após doses de 40 e 80 mg de telmisartana, em estudos clínicos controlados com placebo. Em pacientes hipertensos, a telmisartana reduz a pressão arterial diastólica e sistólica, sem afetar a freqüência cardíaca. A sua eficácia anti-hipertensiva foi comparada a fármacos anti-hipertensivos, tais como anlodipino, atenolol, enalapril, hidroclorotiazida, losartana, lisinopril, ramipril e valsartana. Após a interrupção abrupta da administração de telmisartana, a pressão arterial retorna gradualmente aos valores anteriores ao tratamento, ao fim de vários dias, sem evidências de efeito-rebote. A incidência de tosse seca foi significantemente menor em pacientes tratados com telmisartana do que naqueles tratados com inibidores da enzima conversora de angiotensina em estudos clínicos comparando diretamente os dois tratamentos anti-hipertensivos.
A hidroclorotiazida é um diurético tiazídico. O mecanismo do efeito antihipertensivo dos diuréticos tiazídicos não está totalmente elucidado. A tiazida influencia nos mecanismos tubulares renais de reabsorção de eletrólitos, aumentando diretamente a excreção de sódio e cloreto em quantidades aproximadamente equivalentes. A ação diurética da hidroclorotiazida reduz o volume plasmático, aumenta a atividade da renina plasmática, aumenta a secreção de aldosterona, com conseqüentes aumentos na perda de potássio e bicarbonato através da urina e diminuição de potássio sérico. Supõe-se que através do bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona, a coadministração da telmisartana tende a reverter a perda de potássio associada a esses diuréticos. Com hidroclorotiazida, o início da diurese ocorre em 2 horas e o efeito máximo ocorre em cerca de 4 horas, enquanto a ação persiste por aproximadamente 6 a 12 horas. Estudos epidemiológicos demonstraram que o tratamento em longo prazo com hidroclorotiazida reduz o risco de mortalidade e morbidade cardiovascular. Propriedades Farmacocinéticas
A administração concomitante de hidroclorotiazida e telmisartana não interfere na farmacocinética de cada droga. Absorção: O pico de concentração de telmisartana é atingido em 0,5 a 1,5 horas após administração oral. A biodisponibilidade absoluta de 40 mg e 160 mg de telmisartana foi de 42% e 58%, respectivamente. A administração concomitante com alimentos reduz levemente a biodisponibilidade de telmisartana com a redução da área sob a curva de concentração plasmática x tempo (AUC) de cerca de 6% com o comprimido de 40 mg e cerca de 19% após a dose de 160 mg. Três horas após a administração, as concentrações plasmáticas são semelhantes, quer a telmisartana seja tomada em jejum, quer com alimentos.
Não é de se esperar que a pequena redução na AUC cause uma redução na eficácia terapêutica. A farmacocinética da telmisartana administrada por via oral não é linear na faixa de doses situada entre 20 e 160 mg, apresentando aumentos das concentrações plasmáticas (Cmax e AUC) maiores que os proporcionais com o aumento das doses. A telmisartana não se acumula significativamente no plasma após doses repetidas. Após administração oral de MICARDIS HCT, os picos de concentração de hidroclorotiazida são alcançados em aproximadamente 1,0 a 3,0 horas após a administração.
Baseada na excreção renal acumulativa de hidroclorotiazida, a biodisponibilidade absoluta foi cerca de 60%. Distribuição: A telmisartana liga-se predominantemente às proteínas plasmáticas (> 99,5%), principalmente à albumina e à glicoproteína ácida alfa- 1. O volume aparente de distribuição de telmisartana é de cerca de 500 l indicando ligação tecidual adicional. A porcentagem de ligação proteica da hidroclorotiazida no plasma é de 64% e seu volume aparente de distribuição é de 0,8 ± 0,3 l/kg. Biotransformação e eliminação: Após administração intravenosa ou oral de telmisartana marcada com C14, a maior parte da dose de telmisartana administrada (>97%) foi eliminada nas fezes via excreção biliar. Encontraramse somente ínfimas quantidades na urina. A telmisartana é metabolizada por conjugação para a forma farmacologicamente inativa acilglucuronídio. O glucuronídeo do composto de origem foi o único metabólito identificado em humanos. Após dose única de telmisartana marcada com C14, o glucuronídeo representa aproximadamente 11% da radioatividade medida no plasma. As isoenzimas do citocromo P450 não estão envolvidas no metabolismo de telmisartana. A depuração plasmática total de telmisartana após administração oral é >1500 ml/min. A meia-vida de eliminação terminal foi >20 horas.
A hidroclorotiazida não é metabolizada em humanos e é excretada quase totalmente na forma inalterada pela urina. Cerca de 60% da dose oral é eliminada como droga inalterada dentro de 48 horas. A depuração renal é cerca de 250 a 300 ml/min. A meia-vida de eliminação terminal de hidroclorotiazida situa-se entre 10 e 15 horas. Pacientes idosos: A farmacocinética da telmisartana não difere entre pacientes idosos e aqueles com menos de 65 anos de idade. Sexo: As concentrações plasmáticas da telmisartana são geralmente 2 a 3 vezes maiores em mulheres do que em homens. Contudo, nos estudos clínicos, não ocorreram aumentos significativos na resposta de pressão sangüínea ou na incidência de hipotensão ortostática em mulheres. Não são necessários ajustes de doses. Houve uma tendência, sem relevância clínica, das concentrações plasmáticas de hidroclorotiazida serem maiores em mulheres do que em homens. Disfunção renal: A excreção renal não contribui na depuração da telmisartana. Baseada na limitada experiência com pacientes portadores de deficiência renal leve a moderada (depuração de creatinina de 30 a 60 ml/min, média de aproximadamente 50 ml/min), não são necessários ajustes de doses em pacientes com diminuição da função renal.
A telmisartana não é removida do sangue por hemodiálise. Em pacientes com função renal prejudicada, a taxa de eliminação de hidroclorotiazida é reduzida. Num estudo típico realizado em pacientes com depuração média de creatinina de 90 ml/min, a meia-vida de eliminação da hidroclorotiazida aumentou. Em pacientes funcionalmente anéfricos, a meia-vida de eliminação é de cerca de 34 horas. Disfunção hepática: Em estudos farmacocinéticos em pacientes com insuficiência hepática, verificou-se um aumento na biodisponibilidade absoluta de até quase 100%. A meia-vida de eliminação não se alterou em pacientes com insuficiência hepática.

Resultados de eficacia

Informação não disponível para esta bula.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Pacientes idosos
Não são necessários ajustes de doses.
Crianças e adolescentes
Ainda não se estabeleceram a segurança e a eficácia de MICARDIS HCT em crianças e adolescentes de até 18 anos.

Armazenagem

Manter o medicamento em temperatura ambiente (15º C a 30º C). Proteger da
luz. PRODUTO SENSÍVEL À UMIDADE, SÓ RETIRAR O COMPRIMIDO DO
BLISTER QUANDO FOR TOMÁ-LO. Manter o produto em sua embalagem
original para proteger da umidade. O prazo de validade do produto é de 24
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Alemanha
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MICARDIS HCT – Bula para o paciente

MICARDIS HCT é um medicamento destinado ao tratamento da hipertensão arterial. Manter o medicamento em temperatura ambiente (15º C a 30º C). Proteger da luz.
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TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
MICARDIS HCT pode ser administrado com ou sem alimento. Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início ou durante o tratamento. MICARDIS HCT não deve ser utilizado durante a gravidez e a lactação. Tendo em vista que os comprimidos de MICARDIS HCT contêm em sua formulação a substância sorbitol, pacientes portadores de intolerância hereditária à frutose não devem tomar este medicamento. MICARDIS HCT não deve ser usado em crianças e adolescentes, pois não existem dados sobre segurança e eficácia nessa população. Deve-se considerar que o tratamento anti-hipertensivo pode ocasionalmente causar tontura ou sonolência, portanto recomenda-se precaução ao dirigir ou operar máquinas.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE.

Data da bula

20/12/2011