Vepesid

VEPESID com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de VEPESID têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com VEPESID devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Laboratório

Bristol

Apresentação VEPESID

VEPESID® 100 mg (5mL) INJETÁVEL é apresentado em embalagem com 10 frascos-ampolas estéreis.

USO ADULTO
USO INTRAVENOSO

COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola de VEPESID® 100 mg injetável contém 100 mg de etoposídeo. Cada mL contém 20 mg de etoposídeo. Ingredientes inativos: ácido cítrico, álcool benzílico, polissorbato, polietilenoglicol 300 e álcool etílico.
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VEPESID 50 mg CÁPSULAS GELATINOSAS é apresentado em frascos âmbar contendo 20 cápsulas.

USO ADULTO
USO ORAL

COMPOSIÇÃO
Cada cápsula de VEPESID 50 mg contém 50 mg de etoposídeo.
Os ingredientes inativos incluem: ácido cítrico, glicerol, água purificada, macrogol, gelatina, propilparabeno, etilparabeno, dióxido de titânio e pigmento de óxido de ferro.

VEPESID – Indicações

INJETÁVEL
Tumores testiculares
Em esquemas quimioterápicos combinados de primeira linha, com procedimentos cirúrgicos e/ou radioterápicos apropriados.

Tumores testiculares refratários
Em combinação com outros agentes quimioterápicos aprovados, em pacientes com tumores testiculares refratários que já tenham sofrido cirurgia adequada, tratamento quimioterápico e radioterápico.

Tumores anaplásicos de pequenas células de pulmão
Em combinação com outros agentes quimioterápicos aprovados em pacientes com tumores anaplásicos de pequenas células de pulmão. (Evidências preliminares demonstram que VEPESID pode ser eficaz também em outros tipos de células de carcinoma de pulmão.)

Doença de Hodgkin
Linfomas malignos (não Hodgkin)
Especialmente da variedade histiocítica.

Leucemia aguda não-linfocítica
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CÁPSULAS GELATINOSAS
Tumores testiculares refratários
Em combinação com outros agentes quimioterápicos aprovados, em pacientes com tumores testiculares refratários que já receberam tratamento cirúrgico, quimioterápico e radioterápico apropriados.

Tumores anaplásicos de pequenas células do pulmão
Em combinação com outros agentes quimioterápicos aprovados em pacientes com tumores anaplásicos de pequenas células do pulmão. (Evidências demonstraram que VEPESID pode ser eficaz também em outros tipos celulares de carcinoma do pulmão.)

Doença de Hodgkin
Linfomas malignos (não Hodgkin)
Especialmente da variedade histiocítica.

Leucemia aguda não-linfocítica

Contra indicações de VEPESID

VEPESID é contraindicado em pacientes que demonstraram hipersensibilidade anterior ao etoposídeo ou a qualquer outro componente da formulação.

Advertências

VEPESID® (ETOPOSÍDEO) DEVE SER ADMINISTRADO SOB A SUPERVISÃO DE MÉDICOS ESPECIALISTAS EM AGENTES QUIMIOTERÁPICOS. PODE HAVER OCORRÊNCIA DE MIELODEPRESSÃO GRAVE COM INFECÇÕES RESULTANTES E HEMORRAGIAS.
MIELODEPRESSÃO FATAL FOI OBSERVADA APÓS ADMINISTRAÇÃO DE ETOPOSÍDEO. OS PACIENTES QUE ESTÃO SENDO TRATADOS COM VEPESID® DEVEM SER CUIDADOSA E FREQÜENTEMENTE OBSERVADOS DURANTE E APÓS A TERAPIA. A TOXICIDADE MAIS SIGNIFICATIVA ASSOCIADA À TERAPIA COM VEPESID® É A DEPRESSÃO DA MEDULA ÓSSEA DOSE-LIMITANTE. OS SEGUINTES EXAMES DEVERÃO SER FEITOS NO INÍCIO DA TERAPIA E ANTES DE CADA DOSE SUBSEQUENTE DE VEPESID®: CONTAGEM DE PLAQUETAS, HEMOGLOBINA, CONTAGEM E DIFERENCIAL DE LEUCÓCITOS. NA OCORRÊNCIA DE UMA CONTAGEM DE PLAQUETAS MENOR QUE 50.000/mm3 OU DE UMA CONTAGEM ABSOLUTA DE NEUTRÓFILOS MENOR QUE 500/mm3, NÃO É ACONSELHÁVEL CONTINUAR A TERAPIA ATÉ QUE A CONTAGEM SANGÜÍNEA ESTEJA SUFICIENTEMENTE RECUPERADA. OS MÉDICOS DEVERÃO SER ADVERTIDOS DA POSSIBILIDADE DE OCORRÊNCIA DE UMA REAÇÃO ANAFILÁTICA QUE SE MANIFESTA POR CALAFRIOS, FEBRE, TAQUICARDIA, BRONCOESPASMO, DISPNÉIA E HIPOTENSÃO. O TRATAMENTO É SINTOMÁTICO. A INFUSÃO DEVERÁ SER INTERROMPIDA IMEDIATAMENTE, SENDO SEGUIDA PELA ADMINISTRAÇÃO DE AGENTES PRESSORES, CORTICOSTERÓIDES, ANTIHISTAMÍNICOS OU EXPANSORES DE VOLUME, A CRITÉRIO MÉDICO.
VEPESID® INJEÇÃO DEVE SER ADMINISTRADO SOMENTE POR INFUSÃO INTRAVENOSA LENTA (GERALMENTE DENTRO DE UM PERÍODO DE 30 A 60 MINUTOS) JÁ QUE A HIPOTENSÃO TEM SIDO REGISTRADA COMO UM POSSÍVEL EFEITO COLATERAL DE INJEÇÃO INTRAVENOSA RÁPIDA.

PRECAUÇÕES
Gerais
O MÉDICO DEVE AVALIAR O BENEFÍCIO DA DROGA PONDERANDO O RISCO DE REAÇÕES ADVERSAS. A MAIORIA DELAS É REVERSÍVEL SE DETECTADA NO INÍCIO DA OCORRÊNCIA.
SE OCORREREM REAÇÕES GRAVES, A DROGA DEVERÁ TER A SUA DOSE REDUZIDA OU SUSPENSA. O RESTABELECIMENTO DA TERAPIA COM VEPESID® DEVERÁ SER EFETUADO COM CAUTELA E CONSIDERANDO-SE A NECESSIDADE DA DROGA COM ATENÇÃO À POSSÍVEL RECORRÊNCIA DA TOXICIDADE. PACIENTES COM BAIXO NÍVEL DE ALBUMINA SÉRICA PODEM APRESENTAR RISCO MAIOR PARA TOXICIDADES ASSOCIADOS AO ETOPOSÍDEO.

Carcinogênese
OS TESTES DE CARCINOGENICIDADE COM VEPESID® NÃO FORAM CONDUZIDOS EM ANIMAIS DE LABORATÓRIO. DADO SEU MECANISMO DE AÇÃO, PODE SER CONSIDERADO COMO UM POSSÍVEL CARCINÓGENO EM SERES HUMANOS. LEUCEMIA AGUDA, QUE PODE OCORRER COM OU SEM FASE PRÉ-LEUCÊMICA, TEM SIDO RARAMENTE RELATADA EM PACIENTES TRATADOS COM VEPESID® EM ASSOCIAÇÃO COM OUTRAS DROGAS ANTINEOPLÁSICAS.

Uso na lactação
NÃO SE SABE SE ESTA DROGA É EXCRETADA NO LEITE MATERNO; NO ENTANTO, COMO MUITAS DROGAS SÃO EXCRETADAS NO LEITE HUMANO E PELO POTENCIAL DE VEPESID® EM PROVOCAR GRAVES REAÇÕES ADVERSAS EM LACTENTES, DEVE-SE OPTAR POR INTERROMPER A AMAMENTAÇÃO OU DESCONTINUAR A DROGA, LEVANDOSE EM CONTA A IMPORTÂNCIA DA DROGA PARA A MÃE.

Uso pediátrico
SEGURANÇA E EFICÁCIA EM PACIENTES PEDIÁTRICOS NÃO FORAM SISTEMATICAMENTE ESTUDADAS.
VEPESID® INJETÁVEL CONTÉM POLISSORBATO 80. EM CRIANÇAS PREMATURAS, UMA SÍNDROME COM RISCO DE VIDA CONSISTINDO DE INSUFICIÊNCIA RENAL E HEPÁTICA, DETERIORAÇÃO DOS PULMÕES, TROMBOCITOPENIA E ASCITE TEM SIDO ASSOCIADA A UM PRODUTO DE VITAMINA E INJETÁVEL CONTENDO POLISSORBATO 80.

Interações medicamentosas de VEPESID

Altas doses de ciclosporina, resultando em concentrações acima de 2.000 ng/mL administradas com etoposídeo oral levaram a um acréscimo de 80% na exposição do etoposídeo (AUC), com um decréscimo de 38% no clearance corpóreo total do etoposídeo comparado ao etoposídeo isolado.
A terapia com cisplatina concomitante é associada a um reduzido clearance corpóreo total de etoposídeo.

Reações adversas / efeitos colaterais de VEPESID

NOS PARÁGRAFOS ABAIXO, AS INCIDÊNCIAS DE EVENTOS ADVERSOS DADAS COMO MÉDIA PERCENTUAL, SÃO DERIVADAS DE ESTUDOS QUE UTILIZARAM TERAPIA COM VEPESID® COMO AGENTE ÚNICO.

Toxicidade hematológica
MIELODEPRESSÃO FATAL FOI RELATADA APÓS ADMINISTRAÇÃO DE ETOPOSÍDEO (veja ADVERTÊNCIAS).
MIELODEPRESSÃO É A REAÇÃO DOSE-LIMITANTE MAIS FREQUENTE COM OS NADIRES DE GRANULÓCITOS OCORRENDO DO 7o AO 14o DIA, E OS NADIRES DE PLAQUETAS OCORRENDO DO 9o AO 16o DIA, APÓS A ADMINISTRAÇÃO DA DROGA. A RECUPERAÇÃO DA MEDULA ÓSSEA COMPLETA-SE NORMALMENTE POR VOLTA DO 20o DIA, E NÃO HÁ INFORMES DE TOXICIDADE CUMULATIVA. LEUCOPENIA E LEUCOPENIA GRAVE (MENOS DE 1.000 LEUCÓCITOS/mm3) FORAM OBSERVADAS EM 60% A 91% E EM 7% A 17%, RESPECTIVAMENTE, DOS PACIENTES TRATADOS COM VEPESID® COMO AGENTE ÚNICO.
TROMBOCITOPENIA E TROMBOCITOPENIA GRAVE (MENOS DE 50.000 PLAQUETAS/mm3) FORAM OBSERVADAS EM 28% A 41% E EM 4% A 20%, RESPECTIVAMENTE, NESTE MESMO GRUPO DE PACIENTES. A OCORRÊNCIA DE LEUCEMIA AGUDA COM OU SEM FASE PRÉ-LEUCÊMICA FOI RELATADA EM PACIENTES TRATADOS COM VEPESID® EM COMBINAÇÃO COM OUTROS AGENTES ANTINEOPLÁSICOS.

Toxicidade gastrintestinal
NÁUSEAS E VÔMITOS SÃO AS TOXICIDADES GASTRINTESTINAIS MAIS IMPORTANTES.
FORAM OBSERVADOS EM 31% A 43% DOS PACIENTES TRATADOS COM VEPESID® INTRAVENOSO. NÁUSEAS E VÔMITOS PODEM SER NORMALMENTE CONTROLADOS COM TERAPIA ANTIEMÉTICA. ANOREXIA FOI OBSERVADA EM 10% A 13% DOS PACIENTES, E ESTOMATITES EM 1% A 6% DOS PACIENTES QUE RECEBERAM VEPESID® POR VIA INTRAVENOSA. MUCOSITE/ESOFAGITE, DE LEVES A GRAVES, PODEM OCORRER.
OCORREU DIARRÉIA EM 1% A 13% DESTES PACIENTES.

Alopecia
ALOPECIA REVERSÍVEL, ÀS VEZES PROGREDINDO ATÉ A CALVÍCIE TOTAL, OCORREU EM ATÉ 66% DOS PACIENTES.

Hipotensão
HIPOTENSÃO PASSAGEIRA APÓS ADMINISTRAÇÃO INTRAVENOSA RÁPIDA FOI RELATADA EM 1% – 2% DOS PACIENTES E ESTA REAÇÃO NÃO FOI ASSOCIADA À TOXICIDADE CARDÍACA OU A ALTERAÇÕES ELETROCARDIOGRÁFICAS. PARA EVITAR ESTA OCORRÊNCIA, RECOMENDA-SE QUE VEPESID® injetável SEJA ADMINISTRADO POR INFUSÃO INTRAVENOSA LENTA DURANTE UM PERÍODO DE 30 A 60 MINUTOS.
HIPOTENSÃO NORMALMENTE RESPONDE À INTERRUPÇÃO DA INFUSÃO DE ETOPOSÍDEO E/OU OUTRA TERAPIA APROPRIADA. QUANDO DO REINÍCIO DA INFUSÃO, A ADMINISTRAÇÃO DEVERÁ SER MAIS LENTA.
NÃO SE OBSERVOU NENHUM CASO DE HIPOTENSÃO TARDIA.

Reações alérgicas
REAÇÕES DE TIPO ANAFILÁTICAS CARACTERIZADAS POR CALAFRIOS, FEBRE, TAQUICARDIA, BRONCOESPASMO, DISPNÉIA E HIPOTENSÃO, TÊM TAMBÉM OCORRIDO EM 0,7% A 2% DOS PACIENTES, DURANTE OU IMEDIATAMENTE APÓS A ADMINISTRAÇÃO DE VEPESID®. REGISTRARAM-SE ÍNIDICES MAIS ALTOS DE CHOQUE ANAFILÁTICO EM CRIANÇAS QUE RECEBERAM INFUSÕES COM CONCENTRAÇÕES MAIS ALTAS DO QUE AS RECOMENDADAS. A INFLUÊNCIA QUE A CONCENTRAÇÃO OU VELOCIDADE DE INFUSÃO EXERCE NO DESENVOLVIMENTO DE REAÇÕES ANAFILÁTICAS É INCERTA.
ESTAS REAÇÕES TÊM, NORMALMENTE, RESPONDIDO PRONTAMENTE À SUSPENSÃO DA INFUSÃO DE VEPESID® E À ADMINISTRAÇÃO DE AGENTES PRESSORES, CORTICOSTERÓIDES, ANTI-HISTAMÍNICOS OU EXPANSORES DE VOLUME, CONFORME NECESSÁRIO. OBSERVARAM-SE REAÇÕES AGUDAS FATAIS ASSOCIADAS COM BRONCOESPASMO. HIPERTENSÃO E/OU RUBOR FACIAL E/OU VERTIGEM TAMBÉM TÊM SIDO RELATADOS. A PRESSÃO ARTERIAL GERALMENTE SE NORMALIZA DENTRO DE POUCAS HORAS APÓS O TÉRMINO DA INFUSÃO. REAÇÕES DE TIPO ANAFILÁTICAS PODEM OCORRER COM A DOSE INICIAL DE VEPESID®. TEM SIDO DESCRITO APNÉIA, COM RETOMADA ESPONTÂNEA DA RESPIRAÇÃO APÓS A INTERRUPÇÃO DA INFUSÃO.

Neuropatia
FOI RELATADA NEUROPATIA PERIFÉRICA EM 0,7% DOS PACIENTES.

Outras toxicidades
OS SEGUINTES EVENTOS ADVERSOS TÊM SIDO RARAMENTE REGISTRADOS: PNEUMONIA INTERSTICIAL/FIBROSE PULMONAR, TONTURA (OCASIONALMENTE RELACIONADA A REAÇÕES ALÉRGICAS), TOXICIDADE DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SONOLÊNCIA E FADIGA), HEPATOTOXICIDADE, PERSISTÊNCIA DE SABOR, FEBRE, SÍNDROME DE STEVENS-JOHNSON, NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA (UM CASO FATAL FOI RELATADO), ERUPÇÕES, PIGMENTAÇÃO, PRURIDO, URTICÁRIA, DERMATITE SEMELHANTE À CAUSADA POR RADIAÇÕES, DOR ABDOMINAL, CONSTIPAÇÃO, DISFAGIA, ASTENIA, INDISPOSIÇÃO, CEGUEIRA CORTICAL TEMPORÁRIA E NEURITE ÓPTICA.
OCASIONALMENTE APÓS EXTRAVASAMENTO, TÊM OCORRIDO IRRITAÇÃO E INFLAMAÇÃO DO TECIDO MOLE; ULCERAÇÃO GERALMENTE NÃO SE TEM OBSERVADO.

VEPESID – Posologia

INJETÁVEL
VEPESID® é administrado por infusão intravenosa lenta.
A dose habitual de VEPESID® injetável é de 50 a 100 mg/m2/dia, nos dias 1 a 5, ou 100 mg/m2 nos dias 1, 3 e 5, a cada 3 a 4 semanas em combinação com outras drogas aprovadas para uso nas neoplasias a serem tratadas. A dose deverá ser modificada em função dos efeitos mielodepressores de outras drogas associadas ou dos efeitos de radioterapia anterior ou quimioterapia que possam ter comprometido a reserva medular.

Insuficiência renal
Em pacientes com função renal prejudicada, a seguinte modificação da dose inicial deve ser considerada, baseada na medida do clearance de creatinina:

Medida do Clearance de Creatinina

Dose de etoposídeo

> 50 ml/ min

100% da dose

15 – 50 ml/min

75% da dose



As doses SUBSEQUENTES devem ser baseadas na tolerância do paciente e nos efeitos clínicos. Não há dados disponíveis em pacientes com clearance de creatinina < 15 ml/min, e redução adicional da dose deve ser considerada nesses pacientes.

Precauções na administração
Têm-se observado após administração intravenosa rápida; assim, recomenda-se que a solução de VEPESID seja administrada durante um período de 30 a 60 minutos. Períodos de infusão mais longos podem ser necessários de acordo com a tolerância do paciente. VEPESID® NÃO DEVE SER ADMINISTRADO POR INFUSÃO INTRAVENOSA RÁPIDA.
Como com demais compostos potencialmente tóxicos, deve-se ter o cuidado na manipulação e no preparo da solução de VEPESID. Podem ocorrer reações cutâneas associadas com a exposição acidental ao produto. Recomenda-se o uso de luvas. Se houver o contato de VEPESID® com a pele ou mucosa, lavar imediatamente as partes afetadas com sabão e água.

Preparação para administração intravenosa
VEPESID® injetável deve ser diluído, antes do uso, com solução glicosada a 5% ou solução fisiológica a 0,9% para obtenção de uma concentração final de 0,2 ou 0,4 mg/ml.
SOLUÇÕES MAIS CONCENTRADAS DEMONSTRAM A FORMAÇÃO DE CRISTAIS SOB AGITAÇÃO OU POR SEDIMENTAÇÃO NUM PERÍODO DE 5 MINUTOS E NÃO DEVEM SER ADMINISTRADAS INTRAVENOSAMENTE. VEPESID® diluído a 0,4 mg/ml e administrado através de um tubo conectado a uma bomba com mecanismo peristáltico pode precipitar a solução no tubo.
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CÁPSULAS GELATINOSAS
A dose oral habitual de VEPESID é de 100-200 mg/m2/dia, nos dias 1 a 5, ou 200 mg/m2/dia, nos dias 1, 3 e 5, a cada 3 a 4 semanas em combinação com outras drogas aprovadas para uso na doença a ser tratada. A dose de VEPESID cápsulas está baseada na dose intravenosa recomendada, considerando-se a biodisponibilidade dependente da dose de VEPESID cápsulas.
Uma dose oral de 100 mg seria comparável a uma dose de 75 mg por via intravenosa; uma dose oral de 400 mg seria comparável a uma dose de 200 mg por via intravenosa. A biodisponibilidade também varia de paciente para paciente após qualquer dose oral. Isto deve ser levado em consideração ao se prescrever este medicamento. Em vista da variabilidade intrapaciente significativa, o ajuste de dose pode ser necessário para atingir o efeito terapêutico desejado.
A dose deverá ser modificada em função dos efeitos mielodepressores de outras drogas administradas em associação ou dos efeitos de radioterapia prévia ou quimioterapia, que possam ter comprometido a reserva medular.
Um esquema posológico alternativo de VEPESID cápsulas consiste em 50 mg/m2 por dia durante 2 a 3 semanas, com a repetição dos ciclos após um intervalo de uma semana ou mediante a recuperação da mielodepressão.
Doses diárias superiores a 200 mg devem ser administradas em doses divididas (duas vezes ao dia).
As cápsulas devem ser administradas com o estômago vazio.

Insuficiência renal:
O ajuste de dose é recomendado para pacientes com clearance de creatina igual ou menor que A seguinte modificação da dose inicial deve ser considerada:

Medida do Clearance da Creatinina

Dose de etoposídeo

> 50 mL/min

100% da dose

15–50 mL/min

75% da dose




As doses subsequentes devem ser baseadas na tolerância do paciente e nos efeitos clínicos. Não há dados disponíveis em pacientes com clearance de creatinina < 15 mL/min, e redução adicional da dose deve ser considerada nesses pacientes.

Instruções para uso, manuseio e descarte
Procedimentos para o manuseio e descarte adequados das drogas anticâncer devem ser seguidos.1-4
Deve-se tomar cuidado ao manusear um produto citostático. Sempre tomar as precauções necessárias para evitar a exposição. Isto inclui a utilização de equipamentos adequados, assim como o uso de luvas e lavagem das mãos com água e sabão após o manuseio destes produtos.

REFERÊNCIAS
1. NIOSH Alert: Preventing occupational exposures to antineoplastic and other hazardous drugs in healthcare settings. 2004. U.S. Department of Health and Human Services, Public Health Service, Centers for Disease Control and Prevention, National Institute for Occupational Safety and Health, DHHS (NIOSH) Publication No. 2004-165.
2. OSHA Technical Manual. TED 1-0.15A, Section VI: Chapter 2. Controlling Occupational Exposure to Hazardous Drugs. OSHA, 1999. http://www.osha.gov/dts/osta/otm/otm_vi/otm_vi_2.html.
3. American Society of Health-System Pharmacists. ASHP guidelines on handling hazardous drugs. Am J Health-Syst Pharm. 2006;63:1172-1193.
4. Polovich M, White JM, Kelleher LO, eds. 2005. Chemotherapy and biotherapy guidelines and recommendations for practice. 2nd ed. Pittsburgh, PA: Oncology Nursing Society.

Super dosagem

SUPERDOSE
DOSES TOTAIS DE 2,4 g/m2 A 3,5 g/m2 ADMINISTRADAS INTRAVENOSAMENTE POR TRÊS DIAS RESULTARAM EM MUCOSITE GRAVE E MIELOTOXICIDADE.
ACIDOSE METABÓLICA E CASOS DE TOXICIDADE HEPÁTICA GRAVE FORAM RELATADOS EM PACIENTES QUE RECEBERAM DOSES DE ETOPOSÍDEO MAIS ALTAS QUE AS RECOMENDADAS.

ESTABILIDADE
Quando frascos-ampola fechados de VEPESID® injetável são armazenados em temperatura ambiente (entre 15ºC-25ºC), o produto permanece estável até a data de validade indicada na embalagem externa. A solução diluída, como recomendada, às concentrações de 0,2 ou 0,4 mg/ml são física e quimicamente estáveis por 96 e 24 horas, respectivamente, quando armazenadas em recipientes de vidro ou plástico à temperatura ambiente (25ºC) sob iluminação fluorescente em ambiente normal.
Note que, para soluções mantidas em temperatura ambiente, deve-se levar em consideração não somente a estabilidade física, mas também a esterilidade. As soluções de VEPESID® devem ser preparadas assepticamente.

Nº do lote, data de fabricação e validade: vide cartucho.

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

USO RESTRITO A HOSPITAIS

Caracteristicas farmalogicas

CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS
VEPESID (etoposídeo, comumente conhecido por VP-16-213 ou VP-16) é utilizado no tratamento de determinados tipos de neoplasia.
É muito solúvel em metanol e clorofórmio, pouco solúvel em etanol e levemente solúvel em água e éter. Torna-se mais miscível com água em meio contendo solventes orgânicos. Tem peso molecular de 588,58 e a seguinte fórmula molecular C29H32013.

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
O efeito macromolecular predominante de VEPESID parece ser a indução à ruptura da alça dupla do DNA em virtude de uma interação com a DNA-topoisomerase II ou a formação de radicais livres.

Farmacocinética
Distribuição
Na administração intravenosa, as áreas sob as curvas de concentração plasmática versus tempo (AUC) e os valores máximos de concentração plasmática (Cmáx) aumentam linearmente com a dose. O etoposídeo não se acumula no plasma após administração diária de 100 mg/m2 por 4 a 6 dias. O etoposídeo atravessa pouco para o líquido cérebro-espinal. As concentrações de etoposídeo são maiores em pulmões normais do que em metástases pulmonares, e são similares em tumores primários e tecidos normais do miométrio. In vitro, o etoposídeo liga-se fortemente (97%) às proteínas do plasma humano. Uma relação inversa entre os níveis de albumina no plasma e o clearance renal do etoposídeo é encontrada em crianças. Num estudo dos efeitos de outros agentes terapêuticos sobre a ligação in vitro do etoposídeo 14C a proteínas séricas humanas, apenas a fenilbutazona, o salicilato de sódio e o ácido acetilsalicílico deslocaram o etoposídeo ligado às proteínas a concentrações geralmente atingidas in vivo. A taxa de ligação do etoposídeo relaciona-se diretamente à albumina sérica em pacientes com câncer e voluntários normais. A fração não ligada do etoposídeo relaciona-se significativamente com a bilirrubina em pacientes com câncer. Parece haver significativa relação inversa entre a concentração de albumina sérica e a fração de etoposídeo livre (vide PRECAUÇÕES).

Eliminação
Após a administração intravenosa de etoposídeo 14C (100 – 124 mg/m2), a recuperação média da radioatividade na urina foi de 56% da dose a 120 horas, 45% da qual foi excretada como etoposídeo. A recuperação fecal da radioatividade foi de 44% da dose a 120 horas.
A excreção biliar da droga inalterada e/ou de seus metabólitos é uma importante via de eliminação do etoposídeo, já que a recuperação fecal da radioatividade é de 44% da dose intravenosa.
Em adultos, o clearance corpóreo total do etoposídeo está correlacionado ao clearance de creatinina, à baixa concentração de albumina sérica e ao clearance não renal.

Populações especiais
Insuficiência renal
Pacientes com função renal prejudicada recebendo etoposídeo exibiram clearance corpóreo total reduzido, AUC aumentada e volume de distribuição maior no estado de equilíbrio (vide POSOLOGIA).

Insuficiência hepática
Em pacientes adultos com câncer e disfunção hepática, o clearance corpóreo total do etoposídeo não é reduzido.

Crianças e adolescentes
Em crianças, aproximadamente 55% da dose é excretada na urina como etoposídeo em 24 horas.
O etoposídeo é eliminado por processo renal e não renal, isto é, por metabolismo e excreção biliar. O efeito de doenças renais sobre o clearance plasmático do etoposídeo é desconhecido em crianças.
Em crianças, os níveis séricos elevados da TGP estão associados ao clearance corpóreo total reduzido da droga. O uso anterior de cisplatina também pode resultar em diminuição do Clea rance corpóreo total do etoposídeo em crianças.

Resultados de eficacia

Informação não disponível para esta bula.

Usos em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Informação não disponível para esta bula.

Armazenagem

Informação não disponível para esta bula.

Dizeres legais

INJETÁVEL
Reg. MS – 1.0180.0135

Farm. Bioq. Resp.: Dra. Tathiane Aoqui de Souza
CRF-SP n° 26.655

Fabr. por : BRISTOL-MYERS SQUIBB CARIBBEAN COMPANY
Mayaguez – Porto Rico

Distr. por: BRISTOL-MYERS SQUIBB FARMACÊUTICA LTDA.
Rua Carlos Gomes, 924 – Santo Amaro – São Paulo – SP
CNPJ nº 56.998.982/0001-07 – Indústria Brasileira
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CÁPSULAS GELATINOSAS
Reg. MS – 1.0180.0135

Responsável Técnico: Dra. Elizabeth M. Oliveira
CRF-SP nº. 12.529

Fabricado por: R.P.SCHERER GmbH & Co.KG
Gammelsbacher Strasse 2 – Eberbach – Alemanha

Embalado por: Corden Pharma Latina S.p.A. .
Vial del Murillo, Km 2800 – Sermoneta (Latina) – Itália

Importado por: Bristol-Myers Squibb Farmacêutica S.A.
Rua Carlos Gomes, 924 – Santo Amaro – São Paulo – SP
CNPJ 56.998.982/0001-07

VEPESID – Bula para o paciente

INJETÁVEL
Por este produto ser de USO RESTRITO A HOSPITAIS ou ambulatórios especializados, com emprego específico em neoplasias malignas, e por ser manipulado apenas por pessoal treinado, o item INFORMAÇÕES AO PACIENTE não consta na bula, uma vez que estas serão fornecidas pelo médico, conforme necessário.

Cuidados de armazenamento. Conservar o produto em temperatura ambiente (entre 15ºC e 25ºC).

Prazo de validade. vide cartucho. Este medicamento não deve ser utilizado se o seu prazo de validade estiver vencido.
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CÁPSULAS GELATINOSAS
Ação esperada do medicamento: VEPESID atua sobre certos tipos de tumores (vide INDICAÇÕES).

Cuidados de armazenamento: Conservar o produto em local com temperatura entre 10ºC e 25ºC. Nestas temperaturas, VEPESID cápsulas permanecerá estável até a data de validade indicada na embalagem externa.

Prazo de validade: Vide cartucho.
Este medicamento não deve ser utilizado se o seu prazo de validade estiver vencido.

Gravidez e lactação: Informe ao seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. A paciente deverá ser aconselhada a não engravidar durante a terapia com este produto. Informe ao seu médico se está amamentando.

Cuidados de administração: Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Interrupção do tratamento: Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Reações adversas: Informe ao seu médico o aparecimento de reações desagradáveis como: náuseas, vômitos, queda de cabelos ou reações alérgicas.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

Ingestão concomitante com outras substâncias: As cápsulas deverão ser administradas com o estômago vazio (vide INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).

Contraindicações: VEPESID é contraindicado em pacientes que demonstram hipersensibilidade prévia à droga ou a qualquer outro componente da fórmula.

Precauções: Este medicamento deve ser usado com cautela em pacientes com histórico de varicela, herpes zoster, disfunções hepática e renal. Informe ao seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início ou durante o tratamento.
VEPESID não deve ser usado durante a amamentação. O medicamento deve ser descontinuado ou a amamentação interrompida.

NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE.

Data da bula

05/09/2013