USO ADULTO
Composição
Cada comprimido de 4 mg contém:
. maleato de rosiglitazona...........................5,30 mg
(equivalente a 4 mg de rosiglitazona)
. excipientes q.s.p.........................................1 comp.
Cada comprimido de 8 mg contém:
. maleato de rosiglitazona .........................10,60 mg
(equivalente a 8 mg de rosiglitazona)
. excipientes q.s.p........................................ 1 comp.
Excipientes: amidoglicolato de sódio, hipromelose, celulose microcristalina, lactose, estearato de magnésio, dióxido de titânio, polietilenoglicol 3000, triacetina, óxido amarelo de ferro E 172 (4 mg), óxido vermelho de ferro E 172, talco (4 mg).
Mulheres Anovulatórias na Fase Pré-menopausa
Avandia®, como outras tiazolidinedionas, pode resultar em reinício da ovulação em mulheres anovulatórias com resistência à insulina, na fase pré-menopausa. Como consequência do aumento na sensibilidade à insulina, essas pacientes podem estar em risco de engravidar, se um método de contracepção adequado não for usado.
Insuficiência Cardíaca/Edema
Em estudos pré-clínicos, tiazolidinedionas, incluindo as rosiglitazonas, causaram aumento do volume plasmático e hipertrofia cardíaca induzida por aumento da pré-carga. Em dois estudos ecocardiográficos projetados para diagnosticar alterações de no mínimo 10% da massa ventricular esquerda em pacientes com diabetes tipo 2 tratados com 8 mg de rosiglitazona por
148 semanas, não foram evidenciadas modificações deletérias em estrutura ou função cardíaca.
Avandia®, assim como outras tiazolidinedionas, pode causar ou exacerbar a insuficiência cardíaca congestiva em alguns pacientes. Após o início do tratamento com Avandia®, e após aumento de doses, os pacientes devem ser monitorados para sinais e sintomas de insuficiência cardíaca (incluindo aumento de peso rápido e excessivo, dispneia e/ou edema). Se estes sinais e sintomas se desenvolverem, a insuficiência cardíaca deve ser controlada de acordo com os procedimentos preconizados atualmente. Além disso, deve-se considerar a descontinuação ou redução da dose de Avandia®.
Avandia® não é recomendado em pacientes com insuficiência cardíaca sintomática. Avandia® é contraindicado em pacientes com insuficiência cardíaca classes III e IV (NYHA) (ver Contraindicações).
Em combinação com insulina, tiazolidinedionas podem aumentar o risco de outros eventos adversos cardiovasculares.
Pacientes com insuficiência cardíaca congestiva classes I e II (NYHA) tratados com Avandia apresentam risco aumentado de eventos cardiovasculares.
Eventos adversos cardiovasculares emergentes em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva classes I e II (NYHA) tratados com Avandia ou placebo (além de antidiabético e terapia para insuficiência cardíaca congestiva)
Placebo |
Avandia |
|
Eventos
Avaliados por especialistas Mortes por eventos cardiovasculares Piora dos eventos cardiovasculares
Aparecimento ou piora de edema Aparecimento ou piora de dispneia Aumento na medicação para insuficiência cardíaca congestiva Hospitalização por evento cardiovascular* Reportados pelo investigador, não avaliados por especialistas Eventos adversos isquêmicos
* Inclui hospitalização por qualquer causa cardiovascular. |
N=114 n (%)
4 (4) 4 (4) 4 (4) 0 (0) 10 (9) 19 (17) 20 (18) 15 (13)
5 (4) 2 (2) 3 (3) |
N=110 n (%)
5 (5) 7 (6) 5 (5) 2 (2) 28 (25) 29 (26) 36 (33) 21 (19)
10 (9) 5 (5) 6 (5) |
As enzimas hepáticas devem ser verificadas antes do início do tratamento com Avandia em todos os pacientes e posteriormente a intervalos periódicos, a critério do profissional de saúde. O tratamento com Avandia não deve ser iniciado em pacientes com níveis basais de enzimas hepáticas elevados (ALT >2,5x o limite máximo da faixa normal). Os pacientes com enzimas hepáticas levemente elevadas (níveis de ALT ≤ 2,5x o limite máximo da faixa normal) no início ou durante o tratamento com Avandia devem ser avaliados para determinar a causa da elevação das enzimas hepáticas. O início ou continuação do tratamento com Avandia em pacientes com leves elevações das enzimas hepáticas deve prosseguir com cautela e incluir cuidadoso acompanhamento clínico, incluindo monitoramento mais frequente das enzimas hepáticas, para determinar se as elevações nas enzimas hepáticas retrocedem ou pioram. Se a qualquer tempo os níveis de ALT aumentaram para >3x o limite máximo da faixa normal em pacientes em tratamento com Avandia, os níveis de enzimas hepáticas devem ser reexaminados o mais breve possível. Se os níveis de ALT permanecerem >3x o limite máximo da faixa normal, o tratamento com Avandia deve ser descontinuado.
Não há dados disponíveis para avaliar a segurança de Avandia em pacientes que experimentam anormalidades hepáticas, disfunção hepática ou icterícia enquanto tratados com troglitazona. Avandia não deve ser usado em pacientes que apresentaram icterícia durante o tratamento com troglitazona.
Se qualquer paciente desenvolver sintomas sugestivos de disfunção hepática, que podem incluir náusea, vômito, dor abdominal, fadiga, anorexia e/ou urina escura inexplicáveis, as enzimas hepáticas devem ser verificadas. A decisão de manter ou não o paciente em tratamento com Avandia deve ser orientada pelo parecer clínico, dependendo de avaliações laboratoriais. Se icterícia for observada, o tratamento medicamentoso deve ser descontinuado.
O monitoramento das enzimas hepáticas é recomendado antes de iniciar o tratamento com Avandia em todos os pacientes, e periodicamente a partir de então (ver Precauções, Efeitos Hepáticos e Reações Adversas, Níveis de Transaminase Sérica).
Distúrbios Oculares
Relatos muito raros de início recente ou agravamento de edema macular diabético, com redução da acuidade visual, foram observados com Avandia® pós-comercialização. Muitos desses pacientes relataram edema periférico concomitante. Em alguns casos, os eventos visuais resolveram-se ou melhoraram após a descontinuação do fármaco. Os médicos devem estar alerta para a possibilidade de edema macular se o paciente relatar distúrbios na acuidade visual.
Hipoglicemia
Pacientes que fazem uso de Avandia® podem ter risco dose dependente de desenvolver hipoglicemia ao receberem combinação que contenha alguma sulfonilureia ou insulina. Por isso, pode ser necessária a redução na dose do agente concomitante.
Saúde Óssea
Em um estudo que acompanhou por 4 a 6 anos pacientes com diagnóstico recente de diabetes mellitus tipo 2 e em que se avaliou o controle da glicemia em monoterapia, observou-se um aumento das taxas de fraturas ósseas em pacientes do sexo feminino tratadas com rosiglitazona (9,3%, 2,7 pacientes por 100 pacientes/ano) quando comparadas à metformina (5,1%, 1,5 paciente por 100 pacientes/ano) e à glibenclamida (3,5%, 1.3 pacientes por 100 pacientes/ano).
A maioria das fraturas observadas em pacientes do sexo feminino que utilizaram a rosiglitazona ocorreu em membro superior (úmero), mão ou pé. O risco de fratura deve ser considerado, especialmente nas pacientes do sexo feminino tratadas com rosiglitazona e deve-se atentar para a avaliação e manutenção da saúde óssea conforme os padrões de cuidado atuais.
Administração com outros medicamentos.
O monitoramento rigoroso do controle glicêmico e um ajuste da dose de rosiglitazona podem ser necessários quando Avandia® for coadministrado com inibidores ou indutores de CYP2C8.
Gravidez e Lactação
Fertilidade
Avandia®, assim como outras tiazolidinedionas, pode resultar em reinício da ovulação em mulheres anovulatórias com resistência à insulina, na fase pré-menopausa. Como consequência da melhor sensibilidade à insulina, essas pacientes podem estar em risco de engravidar, se um método de contracepção adequado não for usado.
Apesar de desequilíbrio hormonal ter sido observado em estudos pré-clínicos, o significado clínico deste achado não é conhecido. Se uma inesperada disfunção menstrual acontecer, os benefícios da terapia continuada com Avandia® devem ser revistos.
Gravidez Categoria C
Houve relatos de que Avandia® atravessa a barreira placentária e pode ser detectado nos tecidos fetais. Não há dados adequados para apoiar o uso de Avandia® durante a gravidez em seres humanos. Avandia® somente deve ser usado durante a gravidez se o benefício potencial justificar o risco potencial para o feto.
Lactação
Não há dados adequados apoiando o uso de Avandia® durante a lactação em seres humanos.
Avandia® somente deve ser usado durante a lactação se o benefício potencial justificar o risco potencial para o bebê.
O uso de insulina geralmente é recomendado para pacientes com diabetes durante a gravidez e a lactação.
Efeitos sobre a Capacidade de Dirigir e Usar Máquinas
Avandia® não causa sonolência ou sedação. Não deve prejudicar a capacidade de dirigir ou operar máquinas.
Estudos Clínicos
As categorias de frequência foram atribuídas com base nas diferenças na frequência entre os grupos de tratamento e de placebo ou do comparador, em vez de na frequência absoluta, a fim de estimar-se a porção de RAMs que pode ser atribuível a Avandia®. Para RAMs relacionadas à dose, a categoria de frequência reflete a dose mais alta de Avandia®. As categorias de frequência não dão conta de outros fatores, incluindo duração variável dos estudos, condições preexistentes e características basais dos pacientes. As categorias de frequência das RAMs atribuídas com base na experiência em estudos clínicos podem não refletir a frequência de eventos adversos ocorrendo durante a prática clínica normal.
Distúrbios Gerais
Edema
Monoterapia Avandia® vs. placebo | Comum |
Avandia® + metformina vs. metformina | Comum |
Avandia® + sulfonilureia vs. sulfonilureia | Muito comum |
Avandia® + insulina vs. insulina | Muito comum |
Distúrbios do Sangue e Sistema Linfático
Anemia
Monoterapia Avandia® vs. placebo | Comum |
Avandia® + metformina vs. metformina | Comum |
Avandia® + sulfonilureia vs. sulfonilureia | Comum |
Avandia® + insulina vs. insulina | Muito comum |
Distúrbios do Metabolismo e Nutrição
Hipercolesterolemia
Monoterapia Avandia® vs. placebo | Comum |
Avandia® + metformina vs. metformina | Incomum |
Avandia® + sulfonilureia vs. sulfonilureia | Comum |
Avandia® + insulina vs. insulina | Comum |
Monoterapia Avandia® vs. placebo | Comum |
Avandia® + metformina vs. metformina | Comum |
Avandia® + sulfonilureia vs. sulfonilureia | Comum |
Avandia® + insulina vs. insulina | Comum |
Hipoglicemia
Avandia® + metformina vs. metformina | Comum |
Avandia® + sulfonilureia vs. sulfonilureia | Comum |
Avandia® + insulina vs. insulina | Muito comum |
Apetite Aumentado
Avandia® + metformina vs. metformina | Comum |
Avandia® + sulfonilureia vs. sulfonilureia | Comum |
Avandia® + insulina vs. insulina | Muito comum |
Avandia® + sulfonilureia vs. sulfonilureia | Incomum |
Avandia® + insulina vs. insulina | Comum |
Eventos Tipicamente Associados com Isquemia Cardíaca
Avandia® + insulina vs. insulina | Comum |
Distúrbios Gastrintestinais
Constipação
Monoterapia Avandia® vs. placebo | Incomum |
Avandia® + metformina vs. metformina | Comum |
Avandia® + sulfonilureia vs. sulfonilureia | Incomum |
Avandia® + insulina vs. insulina | Incomum |
Musculoesquelético, Tecido Conjuntivo e Distúrbio dos Ossos
Fratura Óssea
Monoterapia Avandia® vs. metformina | Comum |
Monoterapia Avandia® vs. glibenclamida | Coum |
Dados Pós-comercialização
As categorias de frequência das reações medicamentosas adversas foram atribuídas com base na frequência de relatos de eventos adversos pós-comercialização com Avandia®, independentemente da dose ou do tratamento antidiabético concomitante. Eventos raros e muito raros foram determinados pelos dados pós-comercialização e referem-se ao índice de relatos ao invés da frequência real.
Distúrbios do Sistema Imune
Reação anafilática: Muito rara
Distúrbios Cardíacos
Insuficiência cardíaca congestiva/edema pulmonar: Raro
Os relatos pós-comercialização foram raramente recebidos com Avandia® em monoterapia e em combinação com outros agentes antidiabéticos.
Distúrbios Hepatobiliares
Disfunção hepática, evidenciada principalmente por enzimas hepáticas elevadas: Rara
Uma relação causal com Avandia® não foi estabelecida.
Distúrbios da Pele e Tecido Subcutâneo
Angioedema: Muito raro
Urticária Muito rara
Rash: Muito raro
Prurido: Muito raro
Distúrbios Oculares
Edema macular: Muito raro
Monoterapia
A dose inicial usual de Avandia® é de 4 mg, administrados como dose única diária. Para pacientes que respondem de forma inadequada após 12 semanas de tratamento (conforme avaliação na redução da glicemia de jejum) a dose pode ser aumentada para 8 mg, dose única, ou em doses divididas, duas vezes ao dia. Reduções nos parâmetros glicêmicos pela dose e regime terapêutico estão descritos em Farmacodinâmica e estudos clínicos. Em estudos clínicos, o esquema de 4 mg duas vezes ao dia resultou na maior redução da glicemia de jejum e HbA1c.
Terapia Combinada com metformina
A dose inicial usual de Avandia®, em combinação com metformina é de 4 mg, administrada como dose única diária. A dose de Avandia® pode ser aumentada para 8 mg/dia, seguido de 8 semanas de terapia, se a redução na glicemia de jejum tiver sido insuficiente. Avandia® pode ser administrado como dose única pela manhã, ou em doses divididas de manhã e à noite.
Terapia Combinada com sulfonilureia
Quando usado em combinação com sulfonilureia, a dose recomendada de Avandia é de 4 mg administrados como dose única diária ou em doses fracionadas, duas vezes ao dia. Se os pacientes relatarem hipoglicemia, a dose de sulfonilureia deve ser reduzida.
Terapia combinada com insulina (adição de insulina a pacientes recebendo Avandia® como monoterapia)
Para pacientes estabilizados em monoterapia com Avandia® recebendo adicionalmente insulina, a insulina deve ser cautelosamente titulada seguindo avaliação clínica apropriada em relação à resposta glicêmica e ao risco do paciente desenvolver reações adversas relacionadas à retenção de fluido e outros eventos cardiovasculares (ver Precauções e Advertências).
Avandia® não é recomendado como terapia adicional a pacientes que já estejam recebendo insulina.
Populações Especiais de Pacientes
Nenhum ajuste da dose é necessário para idosos.
Nenhum ajuste da dose é necessário quando Avandia® é usado como monoterapia em pacientes com insuficiência renal. Como a metformina é contraindicada nesses pacientes, a administração concomitante de metformina e Avandia® também é contraindicada em pacientes com insuficiência renal.
O tratamento com Avandia® não deve ser iniciado se o paciente apresentar evidências clínicas de doença hepática ativa ou aumento nos níveis de transaminases séricas (ALT > 2,5 vezes o limite máximo da faixa normal no início do tratamento).
Não existem dados disponíveis sobre o uso de Avandia® em crianças menores de 10 anos de idade. São limitados os dados disponíveis para o uso de Avandia® como monoterapia em crianças com idade entre 10 e 17 anos e que nunca tenham recebido tratamento prévio com esse medicamento.
Mecanismo de Ação
A rosiglitazona, um membro da classe tiazolidinediona de agentes antidiabéticos, melhora o controle glicêmico, aumentando a sensibilidade à insulina. A rosiglitazona é um agonista potente e altamente seletivo para os receptores gama ativados pelo proliferador de peroxissomo (PPARγ). Em seres humanos, os receptores PPARγ são encontrados em tecidos-alvo importantes para a ação da insulina, como tecido adiposo, músculo-esquelético e fígado. A ativação dos receptores nucleares PPARγ regula a transcrição de genes responsivos à insulina envolvidos no controle da produção, transporte e utilização de glicose. Além disso, os genes responsivos a PPARγ também participam da regularização do metabolismo de ácidos graxos.
A resistência à insulina é um aspecto comum que caracteriza a patogênese do diabetes tipo 2. A atividade antidiabética de rosiglitazona foi demonstrada em modelos animais de diabetes tipo 2, nos quais hiperglicemia e/ou tolerância prejudicada à glicose é uma consequência da resistência à insulina em tecidos-alvo. A rosiglitazona reduz as concentrações de glicose no sangue e reduz a hiperinsulinemia em camundongos obesos ob/ob, camundongos diabéticos db/db e rato Zucker obeso fa/fa. A rosiglitazona também previne o desenvolvimento de diabetes evidente em modelos de camundongos db/db e ratos gordos diabéticos Zucker fa/fa. Além disso, a rosiglitazona previne o desenvolvimento de proteinúria e dano renal em ratos Zucker e aumenta o teor de insulina pancreática em camundongos db/db e ratos ZDF tratados.
Esses dados foram preditores do efeito clínico em pacientes com diabetes tipo 2 que foram tratados com Avandia®, seja como monoterapia ou em combinação com sulfonilureias ou metformina. Observou-se um aumento da sensibilidade à insulina (redução da resistência à insulina) e um aumento da função das células beta após 26 semanas de tratamento com
Avandia® utilizando o modelo de avaliação da homeostase (HOMA). Nesses estudos, reduções nas concentrações plasmáticas médias do produto da divisão pró-insulina também foram observadas.
Em modelos animais, a atividade antidiabética da rosiglitazona demonstrou ser mediada pela sensibilidade aumentada à ação da insulina nos tecidos do fígado, músculo e tecido adiposo. A expressão do transportador GLUT-4 de glicose regulada pela insulina aumentou no tecido adiposo. A rosiglitazona não induziu hipoglicemia em modelos animais de diabetes tipo 2 e/ou intolerância oral à glicose.
Farmacocinética e Metabolismo da Droga
A concentração plasmática máxima (Cmáx) e a área sob a curva (AUC) da rosiglitazona aumentam de maneira proporcional à dose ao longo da faixa de doses terapêuticas (Tabela 1). A meia-vida de eliminação é de 3 a 4 horas e é independente da dose.
Tabela 1. Parâmetros Farmacocinéticos Médios (DP) para Rosiglitazona após Doses Orais Únicas (n = 32)
Parâmetro | 1 mg
Jejum |
2 mg
Jejum |
8 mg
Jejum |
8 mg
Pós-prandial |
AUC(0-inf)
[ng.h/ml] |
358
(112) |
733
(184) |
2.971
(730) |
2.890
(795) |
Cmáx
[ng/ml) |
76
(13) |
156
(42) |
598
(117) |
432
(92) |
Meia-vida
[h] |
3,16
(0,72) |
3,15
(0,39) |
3,37
(0,63) |
3,59
(0,70) |
CL/F*
[l/h] |
3,03
(0,87) |
2,89
(0,71) |
2,85
(0,69) |
2,97
(0,81) |
Absorção
A biodisponibilidade absoluta da rosiglitazona é 99%. As concentrações plasmáticas máximas são observadas cerca de 1 hora após a administração. A administração de rosiglitazona com a alimentação não resultou em alterações na exposição total (AUC), mas houve uma redução de aproximadamente 28% em Cmáx e um prolongamento em Tmáx (1,75 hora). Estas alterações provavelmente não são clinicamente significativas; portanto, Avandia® pode ser administrado com ou sem alimentos.
Distribuição
O volume de distribuição oral (Vss/F) médio (CV%) da rosiglitazona é de aproximadamente 17,6 (30%) litros com base na análise farmacocinética da população. A rosiglitazona liga-se em aproximadamente 99,8% a proteínas plasmáticas, principalmente à albumina.
Metabolismo
A rosiglitazona é extensivamente metabolizada, e nenhuma droga inalterada é eliminada na urina. As principais vias de metabolismo foram N-desmetilação e hidroxilação, seguidas por conjugação com sulfato e ácido glucurônico. Todos os metabólitos circulantes são consideravelmente menos potentes do que o composto original e, portanto, não se espera que contribuam para a atividade sensibilizante à insulina de rosiglitazona. Dados in vitro demonstram que a rosiglitazona é metabolizada principalmente pela isoenzima 2C8 do citocromo P450 (CYP), com CYP2C9 contribuindo como uma via de menor importância.
Um estudo conduzido em dez voluntários sadios normais mostrou que genfibrozila (um inibidor de CYP2C8), administrada na dose de 600 mg duas vezes ao dia, aumentou a exposição sistêmica à rosiglitazona em duas vezes mais no estado de equilíbrio. Outros inibidores de CYP2C8 demonstraram causar um aumento moderado na exposição sistêmica à rosiglitazona.
Um estudo conduzido em dez voluntários sadios normais mostrou que rifampicina (um indutor de CYP2C8), administrada na dose de 600 mg ao dia, diminuiu a exposição sistêmica à
rosiglitazona em 65%.
Um estudo de interação de 22 pacientes adultos com psoríase examinou o efeito de doses repetidas de rosiglitazona (8 mg como dose única por 8 dias) sobre a farmacocinética de
metotrexato oral, administrado em doses orais únicas de 5 a 25 mg por semana. Após 8 dias de administração de rosiglitazona, a Cmáx e a AUC(0-inf) de metotrexato aumentaram em 18% (IC 90%: 11% a 26%) e 15% (IC 90%: 8% a 23%), respectivamente, quando comparadas às mesmas doses de metotrexato administradas na ausência de rosiglitazona.
Eliminação
Após administração oral ou intravenosa do maleato de rosiglitazona [C14], aproximadamente
64% e 23% da dose foram eliminados na urina e nas fezes, respectivamente. A meia-vida plasmática do material relacionado ao [C14] variou de 103 a 158 horas.
Farmacocinética da População em Pacientes com Diabetes Tipo 2
As análises farmacocinéticas da população de três grandes estudos clínicos, incluindo 642 homens e 405 mulheres com diabetes tipo 2 (idades de 35 a 80 anos), mostraram que a farmacocinética de rosiglitazona não é influenciada pela idade, raça, tabagismo ou consumo de álcool. Tanto o clearance oral (CL/F) quanto o volume de distribuição (Vss/F) no estado de equilíbrio demonstraram aumentar com aumentos de peso corporal. Ao longo da faixa de peso observada nestas análises (50 a 150 kg), a faixa de valores previstos de CL/F e Vss/F variou em < 1,7 vez e < 2,3 vezes, respectivamente. Além disso, o CL/F de rosiglitazona demonstrou ser influenciado pelo peso e sexo, sendo mais baixo (cerca de 15%) em pacientes do sexo feminino.
Populações Especiais de Pacientes
Insuficiência Renal
Não há diferenças clinicamente relevantes na farmacocinética da rosiglitazona em pacientes com insuficiência renal leve a grave ou em pacientes dependentes de hemodiálise, em comparação com indivíduos com função renal normal. Portanto, nenhum ajuste da dose é necessário nesses pacientes recebendo Avandia®. Uma vez que a metformina é contraindicada em pacientes com insuficiência renal, a coadministração de metformina com Avandia® é contraindicada nesses pacientes.
Insuficiência Hepática
O clearance oral livre de rosiglitazona foi significativamente mais baixo em pacientes com doença hepática moderada a grave (Classe B/C Child-Pugh), em comparação com indivíduos sadios. Em consequência, a Cmáx e a AUC(0-inf) aumentaram 2 e 3 vezes, respectivamente. A meia-vida de eliminação para a rosiglitazona foi cerca de 2 horas mais longa em pacientes com doença hepática, em comparação com indivíduos sadios.
O tratamento com Avandia® não deve ser iniciado se o paciente exibir evidências clínicas de doença hepática ativa ou níveis séricos aumentados de transaminase (ALT > 2,5x o limite superior da faixa normal) na avaliação basal.
Idosos
Os resultados da análise farmacocinética da população (n = 716 < 65 anos; n = 331 ≥ 65 anos) mostraram que a idade não afeta de maneira significativa a farmacocinética da rosiglitazona.
Sexo
Os resultados da análise farmacocinética da população mostraram que o clearance oral médio de rosiglitazona em pacientes do sexo feminino (n = 405) foi aproximadamente 6% mais baixo em comparação com pacientes do sexo masculino com o mesmo peso corporal (n = 642).
Como monoterapia e em combinação com metformina, Avandia® melhorou o controle glicêmico em homens e mulheres. Em estudos da combinação com metformina, a eficácia foi demonstrada, sem diferenças entre os sexos na resposta glicêmica.
Em estudos de monoterapia, uma resposta terapêutica maior foi observada em mulheres. No entanto, em pacientes mais obesos as diferenças entre os sexos foram menos evidentes. Para um determinado índice de massa corpórea (IMC), as mulheres tendem a ter uma massa de gordura maior do que os homens. Como o PPARγ alvo molecular é expresso em tecidos adiposos, essa característica diferenciadora pode explicar pelo menos em parte, a maior resposta a Avandia® em mulheres. Como o tratamento deve ser individualizado, nenhum ajuste da dose é necessário com base unicamente no sexo.
Raça
Os resultados de uma análise farmacocinética da população, incluindo indivíduos caucasianos, negros e de outras origens étnicas, indicam que a etnia não tem influência sobre a farmacocinética da rosiglitazona.
No do lote, data de fabricação e data de validade: vide cartucho.
Fabricado por: Glaxo Wellcome S.A. Aranda de Duero Espanha
Av. Extremadura, 309400 - Burgos
Importado por: GlaxoSmithKline Brasil Ltda.
Estrada dos Bandeirantes, 8.464 - Rio de Janeiro - RJ
CNPJ: 33.247.743/0001-10
Indústria Brasileira
MS: 1.0107.0154
Farm. Resp.: Milton de Oliveira
CRF-RJ: 5522
Serviço de Atendimento ao Consumidor
0800 701 22 33
Discagem Direta Gratuita
NÃO USE MEDICAMENTOS COM PRAZO DE VALIDADE VENCIDO.
Caso ocorra gravidez durante ou logo após o tratamento com Avandia®, suspenda a medicação e comunique imediatamente ao seu médico.
O uso de Avandia® não é recomendado durante a gravidez ou em mulheres que estejam amamentando.
Avandia® é contraindicado a pacientes com conhecida hipersensibilidade à rosiglitazona ou a qualquer de seus componentes.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interromper o tratamento com Avandia® sem o conhecimento do seu médico.
Informe ao médico o aparecimento de reações desagradáveis, tais como mancha avermelhada na pele, constipação, aumentos das enzimas hepáticas, urticária, edema de membros, edema macular, edema pulmonar, anemia, hipoglicemia, aumento de apetite, rápido aumento de peso ou outros sintomas relacionados à insuficiência cardíaca.
O tratamento de diabetes tipo 2 deve incluir controle da dieta. Restrição calórica, perda de peso e exercícios são essenciais para o tratamento apropriado do paciente diabético porque ajudam a melhorar a sensibilidade à insulina. Isto é importante não apenas no tratamento inicial de diabetes tipo 2 mas também na manutenção da eficácia do tratamento medicamentoso.
Avandia® pode ser ingerido com ou sem alimentos.
O uso de Avandia® pode causar reaparecimento da ovulação em mulheres que possuem resistência à insulina e estão na fase anovulatória pré-menopausa. Portanto, medidas contraceptivas precisam ser consideradas.
Os pacientes que experimentarem um aumento rápido de peso ou edema, ou que desenvolverem falta de ar ou outros sintomas de insuficiência cardíaca durante o tratamento com Avandia® devem relatar imediatamente esses sintomas a seu médico para que este avalie o impacto clínico dessas mudanças.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Informe ao seu médico se estiver fazendo uso de outros medicamentos.
Quando Avandia® é usado em combinação com outros agentes hipoglicêmicos orais, o risco de hipoglicemia, seus sintomas e tratamento, e condições que predisponham o seu aparecimento, devem ser explicados ao paciente e aos seus familiares.
Não é recomendado o uso de Avandia® em pacientes com menos de 18 anos.
NÃO TOME MEDICAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE.