Piperacilina e tazobactam 2,25 g: cada frasco-ampola contém 2 g de piperacilina e 0,25 g de tazobactam na forma de pó para solução injetável. Embalagens contendo 10 frascos-ampola.
Piperacilina e tazobactam 4,5 g: cada frasco-ampola contém 4 g de piperacilina e 0,5 g de tazobactam na forma de pó para solução injetável. Embalagens contendo 10 frascos-ampola.
EXCLUSIVAMENTE PARA USO INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Princípios Ativos: piperacilina sódica e tazobactam sódico
Piperacilina e tazobactam 2,25 g: cada frasco-ampola de dose única contém 2,0849 g de piperacilina sódica equivalente a 2 g de piperacilina e 268,29 mg de tazobactam sódico equivalente a 250 mg de tazobactam.
Piperacilina e tazobactam 4,5 g: cada frasco-ampola de dose única contém 4,1698 g de piperacilina sódica equivalente a 4 g de piperacilina e 536,58 mg de tazobactam sódico equivalente a 500 mg de tazobactam.
O produto não contém excipientes ou conservantes.
Piperacilina sódica e tazobactam sódico é indicado para o tratamento das seguintes infecções bacterianas sistêmicas e/ou locais causadas por microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos, aeróbicos e anaeróbicos, suscetíveis à piperacilina e tazobactam ou à piperacilina:
Pacientes adultos
1.Infecções do trato respiratório inferior.
2.Infecções do trato urinário.
3.Infecções intra-abdominais.4.Infecções da pele e tecidos moles.
5. Sepse bacteriana.
6.Infecções ginecológicas, incluindo endometrite pós-parto e doença inflamatória pélvica (DIP).
7.Infecções neutropênicas febris. É recomendado o tratamento em associação a um aminoglicosídeo.
8.Infecções osteoarticulares.
9.Infecções polimicrobianas (microrganismos Gram-positivos/Gram-negativos, aeróbicos e anaeróbicos).
Crianças
1.Infecções neutropênicas febris em pacientes pediátricos. É recomendado o tratamento em associação a um aminoglicosídeo.
2.Infecções intra-abdominais em crianças com 2 anos ou mais.
Tratamento empírico de infecções graves com piperacilina sódica e tazobactam sódico pode ser iniciado antes que os resultados dos testes de suscetibilidade estejam disponíveis.
Enquanto piperacilina sódica e tazobactam sódico está indicado somente para as condições listadas acima, as infecções causadas por organismos suscetíveis à piperacilina também são suscetíveis ao tratamento com piperacilina sódica e tazobactam sódico devido à presença de piperacilina.
Portanto, o tratamento de infecções mistas causadas por organismos suscetíveis à piperacilina e organismos produtores de betalactamase suscetíveis à piperacilina sódica e tazobactam sódico não necessitam da adição de outro antibiótico.
Testes apropriados de cultura e suscetibilidade devem ser realizados antes do tratamento para identificar os organismos causadores das infecções e para determinar sua suscetibilidade à piperacilina sódica e tazobactam sódico. Devido a seu amplo espectro de ação contra organismos Gram-negativos e Gram-positivos anaeróbicos e aeróbicos, como mencionado acima, piperacilina sódica e tazobactam sódico é particularmente útil no tratamento de infecções mistas e no tratamento empírico antes da disponibilidade dos resultados dos testes de suscetibilidade. O tratamento com piperacilina sódica e tazobactam sódico pode, contudo, ser iniciado antes dos resultados dos testes serem conhecidos. Modificação no tratamento pode ser necessária após conhecimento destes resultados, ou se não houver resposta clínica.
Piperacilina sódica e tazobactam sódico atua sinergicamente com aminoglicosídeos contra certas cepas de Pseudomonas aeruginosa.
Esta terapia combinada tem tido sucesso, especialmente em pacientes com comprometimento imunológico. Ambas as drogas devem ser utilizadas em doses terapêuticas completas.
Assim que os resultados de cultura e testes de suscetibilidade estejam disponíveis, a terapia antimicrobiana deve ser ajustada.
No tratamento de pacientes neutropênicos, doses terapêuticas completas de piperacilina sódica e tazobactam sódico e um aminoglicosídeo devem ser utilizadas. Deve-se levar em conta a possibilidade de hipocalemia em pacientes com baixa reserva de potássio, e periódicas determinações eletrolíticas devem ser feitas nestes pacientes.
O uso de piperacilina sódica e tazobactam sódico está contraindicado em pacientes com hipersensibilidade a qualquer betalactâmico (incluindo penicilinas e cefalosporinas) ou inibidores da betalactamase.
Antes do início do tratamento com a associação piperacilina e tazobactam, os pacientes devem ser questionados detalhadamente sobre reações de hipersensibilidade anteriores a penicilinas, cefalosporinas ou outros alérgenos. Reações de hipersensibilidade (anafilática/anafilactoide incluindo choque) graves e ocasionalmente fatais foram relatadas em pacientes em tratamento com penicilinas, incluindo a associação piperacilina e tazobactam. Essas reações são mais comuns em pessoas com história de sensibilidade a múltiplos alérgenos. Reações de hipersensibilidade graves exigem a descontinuação do antibiótico e podem necessitar da administração de epinefrina e de outras condutas de emergência.
A associação entre piperacilina e tazobactam pode causar reações cutâneas graves, tais como síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, reações adversas a medicamentos com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS Drug Reaction with Eosinophilia and Systemic Symptoms) e pustulose exantemática aguda generalizada (vide Item 9. REAÇÕES ADVERSAS). Se pacientes desenvolverem erupções cutâneas, eles devem ser monitorados cuidadosamente e piperacilina sódica e tazobactam sódico deve ser descontinuado caso as lesões progridam.
A colite pseudomembranosa induzida por antibiótico pode se manifestar por diarreia grave e persistente, que pode ser potencialmente fatal. Os sintomas da colite pseudomembranosa podem começar durante ou após o tratamento antibacteriano.
Ocorreram manifestações hemorrágicas em alguns pacientes tratados com antibióticos betalactâmicos. Essas reações são, às vezes, associadas a anormalidades nos testes de coagulação, como tempo de coagulação, agregação plaquetária e tempo de protrombina, e são mais frequentes em pacientes com insuficiência renal (ver 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS). Se essas reações ocorrerem, o antibiótico deve ser suspenso e um tratamento adequado deve ser instituído.
Este produto contém 2,35 mEq (54 mg) de sódio por grama de piperacilina, o que pode aumentar a quantidade total de sódio do paciente. Pode ocorrer hipocalemia em pacientes com baixas reservas de potássio ou que recebem medicamentos concomitantes que podem diminuir os níveis de potássio; recomenda-se a determinação periódica de eletrólitos nesses pacientes.
Leucopenia e neutropenia podem ocorrer, principalmente durante tratamento prolongado. Portanto deve-se avaliar periodicamente a função hematopoiética.
Como em qualquer outro tratamento com penicilina, complicações neurológicas na forma de convulsões podem ocorrer quando altas doses são administradas, especialmente em pacientes com insuficiência renal.
Como qualquer outro antibiótico, o uso dessa droga pode resultar em um aumento do crescimento de organismos não suscetíveis, incluindo fungos. Os pacientes devem ser monitorados cuidadosamente durante o tratamento. Se ocorrer superinfecção, medidas apropriadas devem ser tomadas.
Embora a associação piperacilina e tazobactam possua características de baixa toxicidade do grupo das penicilinas, recomenda-se avaliação periódica das funções orgânicas incluindo renal, hepática e hematopoiética durante tratamento prolongado.
Como com qualquer antibiótico, deve-se considerar a possibilidade de aparecimento de organismos resistentes, que podem causar superinfecções, principalmente durante tratamento prolongado. Poderá ser necessário efetuar acompanhamento microbiológico a fim de detectar qualquer superinfecção importante. Caso isto ocorra, medidas apropriadas devem ser tomadas.
Como com outras penicilinas, os pacientes podem apresentar excitabilidade neuromuscular ou convulsões, se doses maiores que as recomendadas forem administradas por via intravenosa (principalmente em pacientes com insuficiência renal).
Como com outras penicilinas semissintéticas, o tratamento com piperacilina tem sido associado com um aumento na incidência de febre e eritema em pacientes com fibrose cística.
O uso de antimicrobianos em altas doses por curto período de tempo para tratar gonorreia pode mascarar ou atrasar os sintomas de incubação da sífilis. Portanto, antes do tratamento, os pacientes com gonorreia também devem ser avaliados para sífilis. Material para exame de campo escuro deve ser obtido de pacientes com qualquer lesão primária suspeita, e exames sorológicos devem ser realizados por no mínimo 4 meses.
Pacientes com Insuficiência Hepática: ver 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR.
Pacientes com Insuficiência Renal: em pacientes com insuficiência renal ou em hemodiálise, a dose intravenosa deve ser ajustada ao grau de insuficiência renal.
Gravidez: estudos em animais não demonstraram teratogenicidade com a associação piperacilina e tazobactam quando administrada intravenosamente, mas demonstraram toxicidade reprodutiva em ratos em doses tóxicas maternas quando administrada intravenosamente ou intraperitonealmente. Não existem estudos adequados e bem-controlados com a associação piperacilina e tazobactam ou com a piperacilina ou o tazobactam em monoterapia em mulheres grávidas. A piperacilina e o tazobactam atravessam a placenta. Mulheres grávidas devem ser tratadas apenas se os benefícios previstos superarem os possíveis riscos à mulher e ao feto.
Lactação: a piperacilina é excretada em baixas concentrações no leite materno; as concentrações de tazobactam no leite materno ainda não foram determinadas. As mulheres lactantes devem ser tratadas apenas se os benefícios previstos superarem os possíveis riscos à mulher e à criança.
Piperacilina sódica e tazobactam sódico é um medicamento classificado na categoria B de risco de gravidez. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir e operar máquinas: não foram realizados estudos que avaliam os efeitos do medicamento sobre a capacidade de dirigir ou operar máquinas.
Relaxantes musculares não despolarizantes: a piperacilina quando utilizada concomitantemente a vecurônio tem sido relacionada ao prolongamento do bloqueio neuromuscular do vecurônio. Devido à semelhança entre os mecanismos de ação, espera-se que haja prolongamento do bloqueio neuromuscular provocado por qualquer relaxante muscular não despolarizante na presença de piperacilina.
Anticoagulantes orais: durante a administração simultânea de heparina, anticoagulantes orais e outros medicamentos com potencial para alterar o sistema de coagulação sanguínea, incluindo a função trombocítica, testes adequados de coagulação deverão ser realizados com maior frequência e monitorizados regularmente (ver item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Metotrexato: a piperacilina pode reduzir a excreção do metotrexato, portanto os níveis séricos de metotrexato devem ser monitorizados para evitar toxicidade do medicamento.
Probenecida: como ocorre com outras penicilinas, a administração concomitante de probenecida e a associação piperacilina e tazobactam prolonga ameia-vida e diminui a depuração renal da piperacilina e do tazobactam, entretanto não há alteração da concentração plasmática máxima de cada droga.
Aminoglicosídeos: a piperacilina em monoterapia ou em associação ao tazobactam não altera significantemente a farmacocinética da tobramicina em pacientes com função renal normal e com insuficiência renal leve ou moderada. A farmacocinética da piperacilina, do tazobactam e do metabólito M1 não sofreu alteração significante com a administração da tobramicina.
Vancomicina: não foram observadas interações farmacocinéticas entre a associação piperacilina e tazobactam e vancomicina.
Interações com Exames Laboratoriais: como ocorre com outras penicilinas, a administração da associação piperacilina e tazobactam pode provocar resultado falso-positivo de glicose na urina pelo método de redução de cobre. Recomenda-se o uso de testes de glicose à base de reações enzimáticas da glicose-oxidase. Há relatos de resultados positivos quando se utiliza o teste para Aspergillus pelo ensaio imunoenzimático (EIA) Platelia da Bio-RadLaboratories em pacientes recebendo a associação piperacilina e tazobactam sem que estejam com Aspergillus. Têm-se relatado reações cruzadas entre polissacarídeos não Aspergillus e polifuranoses no teste da Bio-Rad Laboratories (Platelia Aspergillus EIA).
Assim, resultados positivos para o teste em pacientes recebendo a associação piperacilina e tazobactam devem ser cuidadosamente interpretados e confirmados por outros métodos diagnósticos.
A suspeita de efeitos indesejáveis é baseada nos estudos clínicos e/ou taxas de relatos espontâneos de pós-comercialização.
Classe deSistemade Órgãos | MuitoComum≥ 1/10 | Comum≥ 1/100 a < 1/10 | Incomum≥ 1/1.000 a<1/100 | Raro≥ 1/10.000 a< 1/1.000 | Frequência não conhecida(não pode ser estimada apartir dos dadosdisponíveis) |
Infecções einfestações | Infeccção porCandida* | ||||
Distúrbios dosistema linfático esanguíneo | Trombocitopeniaanemia*, teste deCoombs diretopositivo,prolongamento dotempo detromboplastinaparcial ativada | Leucopenia,prolongamentodo tempo deprotrombina | Agranulocitose,epistaxe | Pancitopenia*,neutropenia, anemiahemolítica*,púrpura, prolongamento dotempo de sangramento,trombocitose*, eosinofilia* | |
Distúrbios dosistema imunológico | Reação anafilactoide*,reação anafilática*, choqueanafilactoide*, choqueanafilático*,hipersensibilidade* | ||||
Distúrbios dometabolismo e nutrição | Diminuição daalbuminasanguínea,diminuição daproteína total | Hipocalemia,diminuição daglicose sanguínea | |||
Distúrbios do sistemanervoso | Cefaleia, insônia | ||||
Distúrbios vasculares | Hipotensão,flebite,tromboflebite,rubor | ||||
Distúrbiosgastrintestinais | Diarreia | Dor abdominal,náusea, vômitos,constipação,dispepsia | ColitePseudomembranosa,estomatite | ||
Distúrbioshepatobiliares | Aumento daaspartatoaminotransferase,aumento da alaninaaminotransferase,aumento daalcalino fosfatasesanguínea | Aumento dabilirrubinasanguínea | Hepatite*,icterícia, aumentoda gamaglutamiltransferase, | ||
Distúrbios do tecidosubcutâneo e pele | Erupções cutâneas,prurido | Eritemamultiforme*,urticária, erupçãomaculopapular* | Necróliseepidérmica tóxica* | Síndrome deStevens-Johnson*, reaçõesadversas a medicamentoscom eosinofilia e sintomassistêmicos (DRESS)*,pustulose exantemáticaaguda generalizada*,dermatite bolhosa | |
Distúrbios do tecidoconjuntivo emusculoesquelético | Artralgia, mialgia | ||||
Distúrbios dossistemas renal e urinário | Aumento dacreatininasanguínea, aumentoda ureia sanguínea | Insuficiência renal,nefrite tubulointersticial* | |||
Distúrbios gerais econdições no local deadministração | Pirexia, reação nolocal da injeção | Calafrios | |||
*Reações adversas identificadas no período pós-comercialização |
Adultos e crianças acima de 12 anos de idade: em geral, a dose diária total recomendada é de 12 g de piperacilina e 1,5 g de tazobactam divididos em doses a cada 6 ou 8 horas. Doses tão elevadas quanto 18 g de piperacilina e 2,25 g de tazobactam por dia em doses divididas podem ser utilizadas em caso de infecções graves.
Neutropenia pediátrica: em crianças com função renal normal e menos de 50 kg, a dose deve ser ajustada para 80 mg de piperacilina e 10 mg de tazobactam por quilograma de peso corporal a cada 6 horas e utilizada em associação à dose adequada de um aminoglicosídeo.
Em crianças com mais de 50 kg, seguir a posologia para adultos e utilizar em associação à dose adequada de um aminoglicosídeo.
Infecções intra-abdominais pediátricas: para crianças entre 2 e 12 anos, com até 40 kg e função renal normal, a dose recomendada é de 112,5 mg/kg a cada 8 horas (100 mg de piperacilina e 12,5 mg de tazobactam).
Para crianças entre 2 e 12 anos, com mais de 40 kg e função renal normal, seguir a orientação posológica para adultos. Recomenda-se tratamento mínimo de 5 dias e máximo de 14 dias, considerando que a administração da dose continue por, no mínimo, 48 horas após a resolução dos sinais clínicos e sintomas.
Uso em pacientes idosos: piperacilina sódica e tazobactam sódico pode ser administrado nas mesmas dosagens usadas em adultos, à exceção dos casos de insuficiência renal (ver abaixo).
Uso em pacientes com insuficiência renal: em pacientes com insuficiência renal ou em hemodiálise, as doses intravenosas e os intervalos entre as doses devem ser ajustados para o grau de insuficiência renal.
As doses diárias recomendadas são as seguintes:
Programa de dosagem intravenosa para adultos com insuficiência renal
Clearance de Creatinina (mL/min) | Dose Recomendada depiperacilina/tazobactam |
maior que 40 | Não é necessário nenhum ajuste |
20 – 40 | 12 g/1,5 g/dia em doses divididas4 g/500 mg a cada 8 horas |
menor que 20 | 8 g/1 g/dia em doses divididas4 g/500 mg a cada 12 horas |
Clearance de Creatinina (mL/min) | Dose Recomendada depiperacilina/tazobactam |
40 - 80 | 90 mg/kg (80 mg piperacilina/10 mg tazobactam) a cada 6 horas. |
20 – 40 | 90 mg/kg (80 mg piperacilina/10 mg tazobactam) a cada 8 horas |
menor que 20 | 90 mg/kg (80 mg piperacilina/10 mg tazobactam) a cada 12 horas |
Sintomas
Há relatos de superdosagem da associação de piperacilina e tazobactam na experiência pós-comercialização. A maioria desses eventos adversos, incluindo náuseas, vômitos e diarreia, também foi relatada nas doses usuais recomendadas. Os pacientes podem apresentar excitabilidade neuromuscular ou convulsões se forem administradas doses acima das recomendadas por via intravenosa (particularmente na presença de insuficiência renal).
Tratamento de Intoxicação
O tratamento deve ser de suporte e sintomático de acordo com a manifestação clínica apresentada pelo paciente.
Nenhum antídoto específico é conhecido. Concentrações séricas excessivas de piperacilina ou tazobactam podem ser reduzidas por hemodiálise (ver item 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS).
No caso de reações alérgicas graves (anafiláticas), medidas usualmente indicadas devem ser empregadas (anti-histamínicos, corticosteroides, drogas simpatomiméticas e, se necessário, oxigênio e respiração artificial).
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Descrição
Piperacilina sódica e tazobactam sódico é uma associação antibacteriana injetável que consiste de um antibiótico semissintético, a piperacilina sódica e um inibidor da betalactamase, o tazobactam sódico, uso sistêmico. O produto não contém conservantes. A sua ação farmacológica inicia-se imediatamente após a sua entrada no sangue.
A piperacilina sódica é o (2S,5R,6R)-6-[(R)-2-(4-etil-2,3-dioxo-1-piperazinacarboxamido)-2-fenilacetamido]-3,3-dimetil-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano- 2-carboxilato de sódio.
O tazobactam sódico é o (2S,3S,5R)-3-metil-7-oxo-3-(1H-1,2,3-triazol-1-ilmetil)-4-tia-1- azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato-4,4-dióxido de sódio.
A fórmula molecular da piperacilina sódica é C23H26N5NaO7S (peso molecular 539,5) e do tazobactam sódico é C10H11N4NaO5S (peso molecular 322,3).
A piperacilina sódica é um pó cristalino branco, altamente solúvel em água, álcool e metanol; praticamente insolúvel em acetato de etila. O tazobactam sódico é um pó cristalino não higroscópico branco a quase branco.
Cada frasco-ampola contém 2,35 mEq (54 mg) de sódio por grama de piperacilina.
Mecanismo de Ação
Piperacilina sódica e tazobactam sódico é uma associação de antibacterianos injetáveis que consiste no antibiótico semissintético piperacilina sódica e o inibidor da betalactamase tazobactam sódico para administração intravenosa. Assim, piperacilina e tazobactam combina as propriedades de um antibiótico de amplo espectro e um inibidor da betalactamase.
A piperacilina sódica exerce sua atividade bactericida pela inibição da formação do septo e da síntese da parede celular. A piperacilina e outros antibióticos betalactâmicos bloqueiam a etapa de transpeptidação terminal da biossíntese do peptidoglicano da parede celular em organismos suscetíveis ao interagir com as proteínas de ligação às penicilinas (PBPs), as enzimas bacterianas responsáveis por essa reação. A piperacilina é ativa in vitro contra várias bactérias aeróbicas Gram-positivas e Gram-negativas e bactérias anaeróbicas.
A piperacilina apresenta atividade reduzida contra bactérias que dispõem de betalactamases que inativam quimicamente a piperacilina e outros antibióticos betalactâmicos. O tazobactam sódico, que tem muito pouca atividade antimicrobiana intrínseca, devido à sua pequena afinidade com as PBPs, pode restaurar ou potencializar a atividade da piperacilina contra muitos desses organismos resistentes. O tazobactam é um inibidor potente de muitas betalactamases classe A (penicilinases, cefalosporinases e enzimas com espectro estendido), apresentando atividade variável contra carbapenemases classe A e betalactamases classe D. O tazobactam não é ativo contra a maior parte das cefalosporinases classe C e é inativo contra metalo-betalactamases classe B.
Duas características da piperacilina e tazobactam levam a um aumento da atividade contra alguns organismos portadores de betalactamases que, quando testadas como preparações enzimáticas, são menos inibidas pelo tazobactam e outros inibidores; o tazobactam não induz betalactamases mediadas por cromossomos nos níveis de tazobactam alcançados com os esquemas de doses recomendados e a piperacilina é relativamente refratária à ação de algumas betalactamases.
Como outros antibióticos betalactâmicos, a piperacilina, com ou sem tazobactam, demonstra atividade bactericida dependente de tempo contra organismos suscetíveis.
Mecanismo de resistência
Existem três principais mecanismos de resistência aos antibióticos betalactâmicos: alterações nas PBPs-alvo resultando em redução da afinidade ao antibiótico, destruição do antibiótico pelas betalactamases bacterianas e baixos níveis intracelulares de antibiótico devido à redução da captação ou efluxo ativo dos antibióticos.
Nas bactérias Gram-positivas, as mudanças nas PBPs são o mecanismo primário de resistência aos antibióticos betalactâmicos, incluindo piperacilina e tazobactam. Esse mecanismo é responsável pela resistência à meticilina em staphylococci e pela resistência à penicilina em Streptococcus pneumoniae estreptococci do grupo viridans. Também ocorre resistência causada por alterações nas PBPs em espécies Gram-negativas fastidiosas como Haemophilus influenzae e Neisseria gonorrhoeae. A piperacilina e tazobactam não tem atividade contra cepas cuja resistência contra antibióticos betalactâmicos é determinada por alterações das PBPs. Como indicado acima, existem algumas betalactamases que não são inibidas pelo tazobactam.
Metodologia para determinação da suscetibilidade in vitro das bactérias a piperacilina e tazobactam
Testes de suscetibilidade devem ser conduzidos usando métodos laboratoriais padronizados, como os descritos pelo Instituto de Padrões Clínicos e Laboratoriais (Clinical and Laboratory Standards Institute - CLSI). Estes incluem métodos de diluição (determinação da concentração inibitória mínima, CIM) e métodos de suscetibilidade a discos. Tanto o CLSI quanto o Comitê Europeu para Teste da Suscetibilidade aos Antimicrobianos (European Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing EUCAST) fornecem critérios para interpretação da suscetibilidade em algumas espécies bacterianas com base nesses métodos. Deve-se observar que, para o método de difusão dos discos, o CLSI e o EUCAST usam discos com conteúdos diferentes de drogas.
Os critérios do CLSI para interpretação dos testes de suscetibilidade a piperacilina e tazobactam são listados na tabela a seguir:
Critérios do CLSI para interpretação dos testes de suscetibilidade a piperacilina e tazobactam | ||||||
Patógeno | Concentração inibitória mínima (mg/L depiperacilina) a | Zona inibitória na difusãodo disco b(diâmetro mm) | ||||
S | I | R | S | I | R | |
Enterobacteriaceae eAcinetobacter baumanii | ≤ 16 | 32-64 | ≥ 128 | ≥ 21 | 18-20 | ≤ 17 |
Pseudomonas aeruginosa | ≤ 16 | 32-64 | ≥ 128 | ≥ 21 | 15-20 | ≤ 14 |
Determinados bacilos gramnegativosnão-fastidiosos c | - | - | - | ≥ 21 | 18-20 | ≤ 17 |
Haemophilus influenzae | ≤ 1 | - | ≥ 2 | ≥ 21 | - | - |
Staphylococcus aureus | ≤ 8 | - | ≥ 16 | ≥ 18 | - | ≤17 |
Grupo Bacteroides fragilis d | ≤ 32 | 64 | ≥ 128 | - | - | - |
Fonte: Clinical and Laboratory Standards Institute. Performance Standards for Antimicrobial Susceptibility Testing; 22ndInformational Supplement. CLSI document M100-S22. CLSI, Wayne, PA, 2012.S = suscetível. I = intermediário. R = resistente.a As CIMs são determinadas usando uma concentração fixa de 4 mg/L de tazobactam e variando a concentração de piperacilina.b Os critérios de interpretação do CLSI são baseados em discos contendo 100 mcg de piperacilina e 10 mcg de tazobactam.c Consulte a Tabela 2B-5 do Documento M100-S22 do CLSI para a lista dos organismos incluídos.d Com exceção do Bacteroides fragilis em si, as CIMs são determinadas apenas pela diluição em ágar. |
Faixas de variação dos controles de qualidade de piperacilina/tazobactam a serem usados juntamentecom os critérios do CLSI para interpretação dos testes de suscetibilidade | ||
Cepa para controle de qualidade | Concentração Inibitória mínima(mg/L de piperacilina) | Diâmetro da zona inibitória dadifusão do disco(Diâmetro mm) |
Escherichia coli ATCC 25922 | 1 - 4 | 24 - 30 |
Escherichia coli ATCC 35218 | 0,5 - 2 | 24 - 30 |
Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853 | 1 - 8 | 25 - 33 |
Haemophilus influenzae ATCC 49247 | 0,06 – 0,5 | 33 - 38 |
Staphylococcus aureus ATCC 29213 | 0,25 - 2 | - |
Staphylococcus aureus ATCC 25923 | - | 27 - 36 |
Bacteroides fragilis ATCC 25285 | 0,12 – 0,5 a | - |
Bacteroides thetaiotaomicron ATCC 29741 | 4 – 16 a | - |
Fonte: Clinical and Laboratory Standards Institute. Performance Standards for Antimicrobial Susceptibility Testing; 22ndInformational Supplement. CLSI document M100-S22. CLSI, Wayne, PA, 2012.aApenas diluição em ágar. |
A cura ou a melhora clínica foi atingida em 85% a 94% dos pacientes com infecções do trato respiratório inferior comunitárias tratadas com várias doses da associação piperacilina e tazobactam. Na dose de 3/0,375 g a cada 6 horas, piperacilina e tazobactam foi significativamente mais eficaz que ticarcilina e ácido clavulânico 3/0,1 g, 4x/dia, em pacientes com pneumonia comunitária. As avaliações finais do estudo (geralmente 10 a 14 dias após a descontinuação do tratamento) mostraram respostas clínicas favoráveis em 84% e 64% dos que receberam piperacilina e tazobactam e ticarcilina e ácido clavulânico, respectivamente (p menor que 0,01). A associação piperacilina e tazobactam também atingiu uma taxa de erradicação bacteriana significativamente mais elevada do que ticarcilina e ácido clavulânico ao final do tratamento (91% vs. 68%; p < 0,01) e 10 a 14 dias depois (91% vs. 83%; p = 0,02).
Em pacientes com pneumonia nosocomial associada à ventilação mecânica na unidade de terapia intensiva, a piperacilina e tazobactam 4/0,5 g, 4x/dia, + amicacina 7,5 mg/kg, 2x/dia, foi no mínimo tão eficaz quanto ceftazidima 1 g, 4x/dia, mais amicacina 7,5 mg, 2x/dia, com resultados clínicos e bacteriológicos bem sucedidos documentados em 51% e 36% dos pacientes tratados com piperacilina e tazobactam e dos tratados com ceftazidima, 6 a 8 dias após o final do tratamento. A eficácia da piperacilina e tazobactam foi semelhante à de imipenem e cilastatina em pacientes com pneumonia nosocomial. Em pacientes com bronquite purulenta aguda adquirida no hospital ou pneumonia bacteriana aguda, piperacilina e tazobactam 3/0,375 g a cada 4 horas (+ tobramicina ou amicacina) foi significativamente mais eficaz que ceftazidima 2 g a cada 8 horas (+ tobramicina ou amicacina); a resposta clínica na avaliação final do estudo foi alcançada por 75% e 50% dos pacientes (p < 0,01).
As taxas de erradicação bacteriana variaram de 76% a 100% em pacientes com infecções intra-abdominais tratados com piperacilina e tazobactam. A eficácia clínica da piperacilina e tazobactam foi semelhante à da clindamicina + gentamicina e em 1 estudo foi significativamente melhor que a de imipenem/cilastatina 0,5 g, a cada 8 horas (uma dose mais baixa que a recomendada em países fora da Escandinávia). A associação piperacilina e tazobactam (80/10 mg/kg, cada 8 horas) também foi benéfica no tratamento de crianças com apendicite ou peritonite, com cura ou melhora de 91% dos pacientes.
Foram relatadas taxas de sucesso clínico de 41% a 83% em pacientes com neutropenia febril ou granulocitopenia, que receberam tratamento empírico com piperacilina e tazobactam 12-16/1,5-2 g/dia (em doses divididas) em associação a um aminoglicosídeo. Após 72 horas do início do tratamento, as taxas de resposta clínica foram significativamente mais elevadas em pacientes tratados com piperacilina e tazobactam + amicacina do que nos tratados com ceftazidima + amicacina (61% vs. 45% ou 54%; p ≤ a 0,05). Em pacientes semelhantes, a piperacilinae tazobactam em associação à gentamicina foi significativamente mais eficaz que a piperacilina e gentamicina; as taxas de resposta clínica de 83% e 48% (p < 0,001) foram relatadas em 72 horas.
A eficácia da piperacilina e tazobactam em monoterapia foi semelhante à da ceftazidima + amicacina em pacientes com neutropenia febril com 81% e 83% de episódios febris que desapareceram em pacientes tratados com piperacilina e tazobactam e ceftazidima + amicacina; o tempo mediano para redução da febre também foi semelhante nos 2 grupos de tratamento (3,3 vs. 2,9 dias).
A associação piperacilina e tazobactam também demonstrou boa eficácia clínica e bacteriológica em pacientes com bacteremia e em pacientes com infecções de pele e tecidos moles, ginecológicas ou ósseas e articulares. A associação piperacilina e tazobactam também foi um tratamento eficaz para pacientes com infecções do trato urinário com complicações e atingiu a cura ou melhora em 88% e 90,4% dos pacientes, 5 a 9 dias após o final do tratamento e em 80% ou mais dos pacientes, após 4 a 6 semanas de seguimento.
As taxas de erradicação bacteriana após o mesmo período de seguimento foram de 79,6% e 73%; E. coli, K. pneumoniae e P. aeruginosa foram identificados como patógenos persistentes comuns.
Referência
Perry, C.M. and Markham A. Piperacillin/Tazobactam. An update Review of its Use in the Treatment of Bacterial Infections. Drugs 1999;57 (5): 805-843.
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Conservar o medicamento em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC) antes da reconstituição. Este medicamento possui prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após reconstituição, manter em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC) por até 24 horas ou manter sob refrigeração (2ºC a 8ºC) por até 48 horas.
Se a solução não for usada imediatamente, o tempo e as condições de armazenagem antes da administração serão responsabilidades do usuário. As soluções não usadas deverão ser descartadas.
Características físicas e organolépticas: piperacilina sódica e tazobactam sódico é um pó cristalino branco a quase branco. Após reconstituição, piperacilina sódica e tazobactam sódico apresenta-se como uma solução incolor a amarelo claro livre de partículas não dissolvidas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Registro MS nº 1.5562.0034
Farm. Resp.: Sidnei Bianchini Junior - CRF-SP n° 63.058
Fabricado por:
Aurobindo Pharma Limited
Hyderabad Andhra Pradesh Índia
Importado por:
Antibióticos do Brasil Ltda
Rod. Professor Zeferino Vaz, SP - 332, Km 135 - Cosmópolis SP.
CNPJ 05.439.635/0001-03
Indústria Brasileira
1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Piperacilina sódica e tazobactam sódico é indicado para o tratamento das seguintes infecções bacterianas:
Adultos
1.Infecções do aparelho respiratório inferior (pneumonias).
2.Infecções das vias urinárias.
3.Infecções intra-abdominais.
4.Infecções da pele e tecidos moles.
5.Infecção generalizada bacteriana (sepse).
6.Infecções ginecológicas, incluindo infecção da parede interna do útero no pós-parto e doença inflamatória do aparelho reprodutor feminino.
7.Infecções neutropênicas febris. É recomendado o tratamento em associação a um antibiótico aminoglicosídeo. 8.Infecções dos ossos e articulações.
9.Infecções polimicrobianas (mais de um microrganismo causador).
Crianças
1.Infecções febris em pacientes pediátricos, que apresentem baixa quantidade de células sanguíneas responsáveis pela defesa do organismo (neutrófilos). É recomendado o tratamento em associação a um aminoglicosídeo (classe de antibiótico como amicacina).
2.Infecções intra-abdominais em crianças com 2 anos ou mais.
Piperacilina sódica e tazobactam sódico é indicado para garantir ampla cobertura e mantê-lo eficaz em debelar as infecções causadas pelas bactérias suscetíveis a piperacilina sódica e tazobactam sódico.
Converse com o seu médico e se oriente para que tipo de infecção você está recebendo esse medicamento.
2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Piperacilina sódica e tazobactam sódico é uma associação antibacteriana injetável que consiste de um antibiótico, a piperacilina sódica, utilizada contra as principais bactérias suscetíveis a este antibiótico causadoras de infecção, e um ácido, tazobactam sódico, que age inibindo a resistência que algumas bactérias adquirem ao antibiótico piperacilina. A sua ação farmacológica inicia-se imediatamente após a sua entrada no sangue.
3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Este medicamento não deve ser usado em pacientes alérgicos ao antibiótico ou a um dos componentes do produto. Informe seu médico caso tenha tido alguma reação alérgica ou pouco comum a algum medicamento antibiótico.
Não utilizar o antibiótico sem antes conversar com o seu médico, se for diabético, se estiver em dieta com restrição de sal ou se estiver tomando outros medicamentos.
4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Antes do início do tratamento com piperacilina sódica e tazobactam sódico seu médico deve questioná-lo se você já teve alguma vez qualquer tipo de reação alérgica a algum medicamento, pois reações alérgicas podem acontecer e essas reações são mais comuns em pessoas com história de alergia a vários tipos de alérgenos, incluindo medicamentos.
Ocorreram hemorragias (sangramento) em alguns pacientes tratados com antibióticos betalactâmicos (classe de medicamento da piperacilina sódica e tazobactam sódico). Essas reações são, às vezes, associadas a anormalidades nos testes de coagulação (capacidade do organismo de parar um sangramento). Se essas reações ocorrerem, o médico deve ser informado.
Leucopenia (redução de células de defesa no sangue) e neutropenia (diminuição de um tipo de células de defesa no sangue: neutrófilos) podem ocorrer, principalmente durante tratamento prolongado. Converse com seu médico sobre essas situações. Como em qualquer outro tratamento com penicilina (tipo de antibiótico como a piperacilina sódica), complicações neurológicas na forma de convulsões podem ocorrer quando altas doses são administradas, especialmente em pacientes com insuficiência renal. Como qualquer outro antibiótico, o uso dessa droga pode resultar em um aumento do crescimento de organismos não suscetíveis, incluindo fungos. Os pacientes devem ser monitorados cuidadosamente durante o tratamento. Se ocorrer superinfecção, medidas apropriadas devem ser tomadas.
Embora piperacilina sódica e tazobactam sódico possua características de baixa toxicidade do grupo das penicilinas, recomenda-se fazer exames periódicos para a avaliação das funções orgânicas dos rins, fígado e medula óssea quando o medicamento for usado por tempo prolongado.
Como com qualquer antibiótico, deve-se considerar a possibilidade de aparecimento de microrganismos resistentes, que podem causar superinfecções, principalmente durante tratamento prolongado. Poderá ser necessário efetuar acompanhamento microbiológico a fim de detectar qualquer superinfecção importante. Caso isto ocorra, seu médico estará tomando as medidas necessárias para controlar esta superinfecção.
Como com outras penicilinas, se doses maiores que as recomendadas forem administradas por via intravenosa (principalmente em pacientes com insuficiência renal), podem ocorrer excitabilidade neuromuscular (espécies de tremores) ou convulsões.
Como com outras penicilinas semissintéticas, o tratamento com piperacilina tem sido associado com um aumento na incidência de febre e vermelhidão em pacientes com fibrose cística.
Este produto pode aumentar a quantidade total de sódio do paciente, portanto, isto deve ser considerado caso o paciente necessite de restrição de sal em sua dieta (como em pacientes hipertensos, por exemplo).
Também pode ocorrer diminuição de potássio em pacientes com baixas reservas de potássio ou que recebem medicamentos concomitantes que podem diminuir os níveis de potássio; recomenda-se a determinação periódica de eletrólitos nesses pacientes. O uso de antibióticos em altas doses por curto período de tempo para tratar gonorreia pode mascarar ou atrasar os sintomas iniciais da sífilis. Portanto, antes do tratamento, os pacientes com gonorreia também devem ser avaliados para sífilis. Converse com seu médico em caso de qualquer lesão suspeita de alguma dessas doenças.
O uso de piperacilina sódica e tazobactam sódico pode causar reações cutâneas graves, tais como síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, reações adversas a medicamentos com eosinofília e sintomas sistêmicos e pustulose exantemática aguda generalizada. Se você desenvolver erupções cutâneas, o médico deverá ser informado.
Antes de iniciar o tratamento com piperacilina sódica e tazobactam sódico você deve informar ao seu médico se tiver ou estiver em uma das seguintes condições: insuficiência renal, gravidez e lactação.
Não foram realizados estudos que avaliam os efeitos do medicamento sobre a capacidade de dirigir ou operar máquinas.
Gravidez: piperacilina sódica e tazobactam sódico atravessa a placenta. Mulheres grávidas devem ser tratadas apenas se os benefícios previstos superarem os possíveis riscos à mulher e ao feto.
Lactação: piperacilina sódica e tazobactam sódico é excretado em baixas concentrações no leite materno. As mulheres lactantes devem ser tratadas apenas se os benefícios previstos superarem os possíveis riscos à mulher e à criança.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Interações Medicamentosas: informe ao seu médico se estiver utilizando outros medicamentos concomitantemente com piperacilina sódica e tazobactam sódico.
Interações com Testes Laboratoriais: piperacilina sódica e tazobactam sódico pode interferir com resultados de alguns exames laboratoriais, inclusive detecção de açúcar na urina. Converse com o seu médico sobre essa situação.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Conservar o medicamento em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC) antes da reconstituição.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após reconstituição, manter em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC) por até 24 horas ou manter sob refrigeração (2ºC a 8ºC) por até 48 horas.
Se a solução não for usada imediatamente, o tempo e as condições de armazenagem antes da administração serão responsabilidades do usuário. As soluções não utilizadas deverão ser descartadas.
Características Físicas e Organolépticas:
Piperacilina sódica e tazobactam sódico é um pó cristalino branco a quase branco. Após reconstituição, piperacilina sódica e tazobactam sódico apresenta-se como uma solução incolor a amarelo claro livre de partículas não dissolvidas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Piperacilina sódica e tazobactam sódico é um pó para solução injetável, para ser usado por via intravenosa depois de reconstituído.
Piperacilina sódica e tazobactam deve ser utilizado em ambiente apropriado, manipulado por pessoal da área de saúde e sob recomendação do médico prescritor.
Instruções para reconstituição e diluição para uso intravenoso
Piperacilina sódica e tazobactam sódico deve ser administrado em infusão intravenosa lenta (p.ex., de 20-30 minutos).
Duração do Tratamento: a duração do tratamento deve ser definida com base na gravidade da infecção e nos progressos clínico e bacteriológico do paciente.
Infusão Intravenosa
Reconstituição
Reconstituir cada frasco-ampola conforme o quadro abaixo, usando um dos diluentes compatíveis para reconstituição. Agitar até dissolver. Quando agitado constantemente, a reconstituição geralmente ocorre dentro de 5 a 10 minutos.
Frasco-ampola(Piperacilina / tazobactam) | Volume do diluente a ser adicionado aofrasco-ampola |
2,25 g(2 g/0,25 g) | 10 mL |
4,5 g(4 g/0,5 g) | 20 mL |
Clearance de Creatinina* (mL/min) | Dose Recomendada depiperacilina /tazobactam |
maior que 40 | Não é necessário nenhum ajuste |
20 – 40 | 12 g/1,5 g/dia em doses divididas4 g/500 mg a cada 8 horas |
menor que 20 | 8 g/1 g/dia em doses divididas4 g/500 mg a cada 12 horas |
Clearance de Creatinina* (mL/min) | Dose Recomendada depiperacilina/tazobactam |
40 - 80 | 90 mg/kg (80 mg piperacilina/10 mg tazobactam) acada 6 horas |
20 - 40 | 90 mg/kg (80 mg piperacilina/10 mg tazobactam) acada 8 horas |
menor que 20 | 90 mg/kg (80 mg piperacilina/10 mg tazobactam) acada 12 horas |