Comprimidos de 37,5 mg. Embalagem contendo 28 comprimidos.
Comprimidos de 50 mg. Embalagem contendo 30 comprimidos.
Comprimidos de 75 mg. Embalagem contendo 28 comprimidos.
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de 37,5 mg contém:
cloridrato de venlafaxina (equivalente a 37,5 mg de venlafaxina).................... 42,429 mg
Excipientes q.s.p........................................ 1 comprimido
(óxido de ferro vermelho, óxido de ferro amarelo, celulose microcristalina, lactose monoidratada, amidoglicolato de sódio, dióxido de silício, estearato de magnésio).
Cada comprimido de 50 mg contém:
cloridrato de venlafaxina (equivalente a 50,0 mg de venlafaxina) . . . . . . . . . . . 56,571 mg
Excipientes q.s.p . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 comprimido
(óxido de ferro vermelho, óxido de ferro amarelo, celulose microcristalina, lactose monoidratada, amidoglicolato de sódio, dióxido de silício, estearato de magnésio).
Cada comprimido de 75 mg contém:
cloridrato de venlafaxina (equivalente a 75,00 mg de venlafaxina) . . . . . . . . . . 84,857 mg
Excipientes q.s.p . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 comprimido
(óxido de ferro vermelho, óxido de ferro amarelo, celulose microcristalina, lactose monoidratada, amidoglicolato de sódio, dióxido de silício, estearato de magnésio).
O cloridrato de venlafaxina é indicado para o tratamento da depressão, incluindo depressão associada com ansiedade, tanto em pacientes hospitalizados como ambulatoriais.
A venlafaxina mostrou ser eficaz em tratamentos de médio (até 3 meses) e de longo prazo (até 12 meses).
O medicamento é contraindicado em pacientes que apresentam hipersensibilidade ao cloridrato de venlafaxina ou a qualquer componente da formulação.
É contraindicado o uso concomitante por pacientes que estão sendo tratados com inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) (ver Advertências).
Ansiedade e Insônia
Ansiedade, nervosismo e insônia decorrentes do tratamento foram relatados com maior frequência entre os pacientes tratados com a venlafaxina do que entre os tratados com placebo em uma análise agrupada de estudos de depressão placebo-controlados, duplo-cegos a curto prazo:
Sintoma | Venlafaxina n = 1033 | Placebo n = 609 |
Ansiedade | 6% | 3% |
Nervosismo | 13% | 6% |
Insônia | 18% | 10% |
Grupo de Tratamento | Incidência de Aumento Sustentado da SDBP |
Venlafaxina < 100 mg/dia 101-200 mg/dia 201-300 mg/dia > 300 mg/dia Placebo | 3% 5% 7% 13% 2% |
Como com todos os medicamentos, há possibilidade de interação por vários mecanismos.
Álcool
Uma dose única de etanol (0,5 g/kg) não teve efeito sobre a farmacocinética da venlafaxina ou da Odesmetilvenlafaxina (ODV) após administração da venlafaxina na dose de 150 mg/dia a 15 indivíduos saudáveis do sexo masculino. Além disso, a administração de venlafaxina em esquema estável não amplificou os efeitos psicomotores e psicométricos induzidos pelo etanol nesses mesmos indivíduos quando não estavam recebendo venlafaxina.
Cimetidina
A administração concomitante de cimetidina e de venlafaxina, ambas em estado de equilíbrio, resultou na inibição do metabolismo de primeira passagem da venlafaxina em 18 indivíduos saudáveis. A depuração oral da venlafaxina ficou reduzida em cerca de 43% e a exposição (AUC) e a concentração máxima (Cmáx) do fármaco aumentaram em cerca de 60%. Entretanto, a coadministração de cimetidina não teve efeito aparente sobre a farmacocinética da ODV, a qual está presente em quantidade muito maior na circulação do que a venlafaxina.
A expectativa é de que a atividade geral da venlafaxina mais ODV aumente apenas ligeiramente, e nenhum ajuste de dose seja necessário para a maioria dos adultos normais. Entretanto, para pacientes com hipertensão preexistente e para pacientes idosos ou pacientes com disfunção hepática, não se sabe se há interação relacionada com o uso concomitante de venlafaxina e cimetidina e potencialmente pode ser mais pronunciada.
Dessa forma, aconselha-se cautela com tais pacientes.
Diazepam
Com venlafaxina administrada na dose de 150 mg/dia em estado de equilíbrio, uma dose única de 10 mg de diazepam não parece ter alterado a farmacocinética tanto da venlafaxina como da ODV em 18 indivíduos saudáveis do sexo masculino. A venlafaxina também não tem qualquer efeito sobre a farmacocinética do diazepam ou de seu metabólito ativo, desmetildiazepam, nem interfere nos efeitos psicomotores e psicométricos induzidos por diazepam.
Haloperidol
A venlafaxina administrada em estado de equilíbrio na dose de 150 mg/dia a 24 indivíduos saudáveis diminuiu a depuração total da dose oral (Cl/F) de uma dose única de 2 mg de haloperidol em 42%, o que resultou em um aumento da AUC do haloperidol de 70%. Além disso, a Cmáx do haloperidol aumentou 88% quando coadministrado com venlafaxina, mas a meia-vida de eliminação do haloperidol (t1/2) permaneceu inalterada. Não se conhece o mecanismo que explica este resultado.
Lítio
A farmacocinética em estado de equilíbrio da venlafaxina administrada na dose de 150 mg/dia não foi alterada após administração de dose única oral de 600 mg de lítio a 12 indivíduos saudáveis do sexo masculino. A farmacocinética da ODV também não foi alterada. A venlafaxina não alterou a farmacocinética do lítio.
Fármacos com Alta Taxa de Ligação às Proteínas
Plasmáticas
A taxa de ligação da venlafaxina às proteínas plasmáticas não é elevada; dessa forma, a administração do medicamento a um paciente em tratamento com outro fármaco que tenha alta taxa de ligação às proteínas não deve causar aumento das concentrações livres do outro fármaco.
Fármacos que Inibem as Isoenzimas do Citocromo P450 Inibidores da CYP2D6: Estudos in vitro e in vivo indicam que a venlafaxina é metabolizada, dando origem ao seu metabólito ativo, ODV, pela CYP2D6, a isoenzima responsável pelo polimorfismo genético observado no metabolismo de muitos antidepressivos. Portanto, existe potencial para interação entre fármacos que inibem o metabolismo mediado pela CYP2D6 da venlafaxina. Entretanto, embora a imipramina iniba parcialmente o metabolismo mediado pela CYP2D6 da venlafaxina, resultando em aumento das concentrações plasmáticas de venlafaxina e diminuição das concentrações da ODV, a concentração total de compostos ativos (venlafaxina e ODV) não foi alterada. Além disso, em um estudo clínico com metabolizadores lentos e rápidos para a CYP2D6, a concentração total de compostos ativos (venlafaxina e ODV) foi semelhante nos dois grupos de metabolizadores. Portanto, não é necessário ajuste de dose quando a venlafaxina é coadministrada com um inibidor da CYP2D6.
Inibidores CYP3A4: Estudos in vitro indicam que é provável que a venlafaxina seja metabolizada a um metabólito menos ativo secundário, N-desmetilvenlafaxina, pela CYP3A4. Como caracteristicamente a CYP3A4 é uma via secundária em relação a CYP2D6 no metabolismo da venlafaxina, o potencial para uma interação medicamentosa clinicamente significante entre os medicamentos que inibem o metabolismo mediado pela
CYP3A4 e a venlafaxina é pequeno.
Os efeitos do uso concomitante de venlafaxina com fármaco(s) que tenha(m) o potencial de inibir a CYP2D6 e a CYP3A4, as principais enzimas que metabolizam a venlafaxina, não foram estudados. Dessa forma, é aconselhável cautela no caso de o tratamento incluir venlafaxina e qualquer substância que produza inibição simultânea potente desses dois sistemas enzimáticos.
Fármacos Metabolizados pelas Isoenzimas do Citocromo P450 CYP2D6: Estudos in vitro indicam que a venlafaxina é um inibidor relativamente fraco da CYP2D6. Esses resultados têm sido confirmados em um estudo clínico de interação medicamentosa comparando o efeito da venlafaxina ao da fluoxetina no metabolismo mediado pela CYP2D6 do dextrometorfano para o dextrorfano.
Imipramina: A venlafaxina não altera a farmacocinética da imipramina e da 2-OH-imipramina. Entretanto, a AUC, Cmáx e Cmín da desipramina aumentaram em cerca de 35% na presença da venlafaxina. A AUC da 2-OHdesipramina aumentou pelo menos 2,5 vezes (com venlafaxina 37,5 mg a cada 12 horas) e 4,5 vezes (com venlafaxina 75 mg a cada 12 horas). A imipramina não alterou a farmacocinética da venlafaxina e da ODV. Não se conhece a significância clínica do nível elevado de 2-OHdesipramina.
Risperidona: A venlafaxina administrada em dose de 150 mg/dia em estado de equilíbrio inibiu levemente o metabolismo mediado pela CYP2D6 da risperidona (administrada em uma dose única oral de 1 mg) que dá origem ao seu metabólito ativo, 9-hidroxirisperidona, resultando em um aumento aproximado de 32% na AUC da risperidona.
Entretanto, a coadministração da venlafaxina não alterou significativamente o perfil farmacocinético da parte ativa (risperidona mais 9-hidroxirisperidona).
CYP3A4: A venlafaxina não inibe a CYP3A4 in vitro. Este resultado foi confirmado in vivo pelos estudos clínicos de interações medicamentosas nos quais a venlafaxina não inibiu o metabolismo de vários substratos CYP3A4, incluindo alprazolam, diazepam e terfenadina.
Indinavir: Em um estudo com 9 voluntários saudáveis, a venlafaxina, administrada em estado de equilíbrio em dose de 150 mg/dia, resultou em diminuição de 28% da AUC de uma dose única oral de 800 mg de indinavir e diminuição de 36% na Cmáx do indinavir. A farmacocinética da venlafaxina e da ODV não foi alterada pelo indinavir. Não se conhece a significância clínica deste resultado.
CYP1A2: A venlafaxina não inibe a CYP1A2 in vitro.
Esse resultado foi confirmado in vivo num estudo clínico de interação medicamentosa no qual a venlafaxina não inibiu o metabolismo da cafeína, um substrato da
CYP1A2.
CYP2C9: A venlafaxina não inibe a CYP2C9 in vitro. Não se sabe qual o significado clínico desse resultado.
CYP2C19: A venlafaxina não inibe o metabolismo do diazepam, que é parcialmente metabolizado pela CYP2C19 (ver Diazepam acima).
Inibidores da Monoaminoxidase
Ver Contra-Indicações e Advertências.
Medicamentos com Ação sobre o Sistema Nervoso Central (SNC)
O risco do uso da venlafaxina em associação com outros medicamentos com ação sobre o SNC não tem sido sistematicamente avaliado (exceto no caso dos mencionados acima).Consequentemente, aconselha-se cautela caso se torne necessária a administração concomitante desses medicamentos com a venlafaxina.
Tratamento Eletroconvulsivo
Não há dados clínicos que estabeleçam o benefício do tratamento eletroconvulsivo em associação com o tratamento com o cloridrato de venlafaxina.
ABUSO E DEPENDÊNCIA DO MEDICAMENTO
DEPENDÊNCIA FÍSICA E PSICOLÓGICA
Estudos in vitro demonstraram que a venlafaxina não possui praticamente qualquer afinidade por receptores opiáceos, benzodiazepínicos, fenciclidina (PCP) ou do ácido N-metil-D-aspártico (NMDA).
A venlafaxina não apresentou qualquer atividade estimulante significativa sobre o SNC em roedores.
Nos estudos de discriminação de medicamento com primatas, a venlafaxina não demonstrou nenhum risco significativo de abuso por efeitos estimulantes ou depressores.
Embora os efeitos de interrupção do cloridrato de venlafaxina não tenham sido sistematicamente avaliados em estudos clínicos controlados, um levantamento retrospectivo de novos eventos ocorridos durante a diminuição gradativa da dose ou após a interrupção revelou os seguintes 6 eventos ocorridos em incidências de pelo menos 5% e para os quais a incidência foi, no mínimo, o dobro da incidência com placebo: astenia, tontura, cefaléia, insônia, náuseas e nervosismo. Portanto, recomenda-se a diminuição gradativa da dose e a monitorização do paciente (ver Posologia).
Embora a venlafaxina não tenha sido sistematicamente estudada em estudos clínicos com respeito ao seu potencial de abuso, não houve indicação de comportamento de dependência do medicamento nos estudos clínicos. Entretanto, não é possível prever, com base na experiência pré-comercialização, até que ponto um medicamento com ação sobre o SNC será usado de forma inadequada, desviado e/ou usado abusivamente quando comercializado. Consequentemente, os médicos devem avaliar cuidadosamente a história dos pacientes no que se refere a abuso de medicamentos e acompanhar esses pacientes rigorosamente, observando os sinais de uso inadequado ou de abuso da venlafaxina (ex.: desenvolvimento de tolerância, aumento da dose, comportamento de dependência do medicamento).
Associadas à Interrupção do Tratamento
Nos estudos de Fase II-III de depressão, 19% (537/2.897) dos pacientes tratados com a venlafaxina interromperam o tratamento devido a um evento adverso. Os eventos mais comuns (_1%) associados a interrupção e considerados relacionados ao medicamento (ou seja, eventos associados a interrupção da venlafaxina com taxa aproximadamente_ 2 vezes a observada para o placebo) incluíram:
| Venlafaxina | Placebo |
SNC Sonolência Insônia Tontura Nervosismo Boca seca Ansiedade |
3% 3% 3% 2% 2% 2% |
1% 1% – – – 1% |
Gastrintestinal Náuseas |
6% |
1% |
Urogenital Ejaculação anormal* |
3% |
– |
Outros Cefaléia Astenia Sudorese |
3% 2% 2% |
1% – – |
Sistema Corpóreo/ Termo Preferido | Medicamento Referência (n = 1.033) | Placebo (n = 609) |
Corpo como um todoCefaléiaAsteniaInfecçãoCalafriosDor torácicaTrauma | 25%12%6%3%2%2% | 24%6%5%–1%1% |
CardiovascularVasodilataçãoAumento da pressãoarterial / hipertensãoTaquicardiaHipotensão postural | 4% 2%2%1% | 3% ––– |
DermatológicoSudoreseErupções cutâneasPrurido | 12%3%1% | 3%2%– |
GastrintestinalNáuseasConstipaçãoAnorexiaDiarréiaVômitosDispepsiaFlatulência | 37%15%11%8%6%5%3% | 11%7%2%7%2%4%2% |
MetabólicoPerda de peso | 1% | – |
Sistema nervosoSonolênciaBoca SecaTonturaInsôniaNervosismoAnsiedadeTremoresSonhos anormaisHipertoniaParestesiaDiminuição da libidoAgitaçãoConfusãoRaciocínio anormalDespersonalizaçãoDepressãoRetenção urináriaFibrilações musculares | 23%22%19%18%13%6%5%4%3%3%2%2%2%2%1%1%1%1% | 9%11%7%10%6%3%1%3%2%2%––1%1%–––– |
RespiraçãoBocejos | 3% | – |
Órgãos dos sentidosVisão turvaAlteração do paladarTinidoMidríase | 6%2%2%2% | 2%––– |
Sistema UrogenitalEjaculação anormal /orgasmoImpotênciaAumento da freqüênciaurináriaComprometimento damicçãoDistúrbio de orgasmo | 12%(2)6%(2) 3% 2%2% | -(2)-(2) 2% -(3)-(3) |
Sistema Corpóreo/Termo Preferido | Placebo(n = 92) | MedicamentoReferência (mg/dia) 75 225 375(n=89) (n=89) (n=88) |
Corpo como um todoDor abdominalAsteniaCalafriosInfecção | 3,3%3,3%1,1%2,2% | 3,4% 2,2% 8,0% 16,9% 14,6% 14,8% 2,2% 5,6% 6,8% 2,2% 5,6% 2,3% |
Sistema cardiovascularHipertensãoVasodilatação | 1,1%0,0% | 1,1% 2,2% 4,5% 4,5% 5,6% 2,3% |
Sistema digestivoAnorexiaDispepsiaNáuseasVômitos | 2,2%2,2%14,1%1,1% | 14,6% 13,5% 17,0% 6,7% 6,7% 4,5% 32,6% 38,2% 58,0% 7,9% 3,4% 6,8% |
Sistema nervosoAgitaçãoAnsiedadeTonturaInsôniaDiminuição da libidoNervosismoSonolênciaTremores | 0,0%4,3%4,3%9,8%1,1%4,3%4,3%0,0% | 1,1% 2,2% 4,5% 11,2% 4,5% 2,3% 19,1% 22,5% 23,9% 22,5% 20,2% 13,6% 2,2% 1,1% 5,7% 21,3% 13,5% 12,5% 16,9% 18,0% 26,1% 1,1% 2,2% 10,2% |
Sistema respiratórioBocejos | 0,0% | 4,5% 5,6% 8,0% |
Pele e anexosSudorese | 5,4% | 6,7% 12,4% 19,3% |
Órgãos dos sentidosAnormalidade deacomodação visual | 0,0% | 9,1% 7,9% 5,6% |
Sistema urogenitalEjaculação anormal/orgasmoImpotência(número de homens) | 0,0%0,0%(n=63) | 4,5% 2,2% 12,5% 5,8% 2,1% 3,6% (n=52) (n=48) (n=56) |
Tratamento inicial
A dose inicial recomendada é de 75 mg ao dia, dividida em 2 ou 3 administrações com alimentos. Dependendo da tolerabilidade e da necessidade de mais efeito clínico, a dose pode ser aumentada para 150mg/dia. Se necessário, pode ser aumentada até 225mg/dia. O aumento da dose deve ser feito em incrementos de até 75 mg/dia em intervalos de, no mínimo, 4 dias. Em pacientes ambulatoriais, não houve evidências de necessidade de doses maiores que 225 mg/dia para pacientes com depressão moderada; entretanto, pacientes internados com depressão mais grave respondem à dose média de 350 mg/dia.
Alguns pacientes, inclusive pacientes com depressão mais grave, podem, portanto, apresentar resposta maior a doses mais elevadas, até o máximo de 375mg/dia, normalmente divididas em 3 administrações.
Pacientes com insuficiência hepática
Considerando a redução da depuração e o aumento da meia-vida de eliminação tanto para a venlafaxina quanto para a ODV que se observa em pacientes com cirrose hepática em comparação com indivíduos normais (ver Propriedades Farmacocinéticas), recomenda-se que a dose inicial seja reduzida em 50% para pacientes com insuficiência hepática moderada. Como há muita variabilidade individual na depuração entre pacientes com cirrose, pode ser necessário reduzir a dose em até mais de 50% e pode ser desejável um ajuste às necessidades individuais.
Pacientes com insuficiência renal
Considerando a redução da depuração da venlafaxina e o aumento da meia-vida de eliminação tanto para a venlafaxina quanto para a ODV que se observa em pacientes com insuficiência renal (TFG = 10-70 ml/min) em comparação com indivíduos normais (ver Farmacocinética), recomenda-se que a dose inicial seja reduzida em 25% em pacientes com insuficiência renal leve a moderada. Em pacientes submetidos a hemodiálise, recomenda-se que a dose total diária seja reduzida em 50% e que seja ministrada só após o término da diálise (4 horas). Visto que a depuração apresenta muita variabilidade individual entre pacientes com insuficiência renal, o ajuste da dose às necessidades individuais pode ser desejável em alguns casos.
Pacientes Idosos
Não se recomenda nenhum ajuste da posologia normal para pacientes idosos com base na idade. Entretanto, como com qualquer outro antidepressivo, deve-se tomar cuidado no tratamento de pacientes idosos. Ao aumentar a dose, deverão ser tomadas precauções adicionais para atender as necessidades individuais.
Tratamento de Manutenção
Não se sabe se a dose do cloridrato de venlafaxina necessária para a manutenção do tratamento é idêntica à dose necessária para atingir uma resposta inicial. Os pacientes devem ser reavaliados periodicamente para determinar a necessidade de manutenção do tratamento e a dose adequada para esse tratamento.
Interrupção do Tratamento
Durante a comercialização da venlafaxina, assim como de outros antidepressivos da mesma classe e de antidepressivos ISRS (inibidores seletivos da recaptação da serotonina), houve relatos de eventos adversos que ocorreram na interrupção do tratamento, principalmente quando esta ocorre de forma abrupta. Os eventos adversos incluem: humor disfórico, irritabilidade, agitação, tontura, distúrbios sensórios (por exemplo, parestesias como sensações de choques elétricos), ansiedade, confusão, cefaleia, letargia, labilidade emocional, insônia, hipomania, tinitus, convulsões.
Quando o uso do medicamento for interrompido após mais de 1 semana de tratamento, recomenda-se, em geral, que a dose seja diminuída gradativamente para minimizar o risco do aparecimento de sintomas de abstinência. A dose do medicamento em pacientes tratados por, no mínimo, 6 semanas deve ser diminuída gradativamente por um período de 2 semanas.
Trocando o Tratamento de ou para um Inibidor da
Monoaminoxidase (IMAO)
Pelo menos 14 dias devem transcorrer entre a interrupção de um IMAO e o início da terapia com o cloridrato de venlafaxina. Além disso, deve haver pelo menos 7 dias de intervalo após a interrupção do tratamento com o cloridrato de venlafaxina e antes do início de um IMAO (ver Contra-Indicações e Advertências).
Houve 14 relatos de superdosagem aguda com o medicamento, em monoterapia ou em associação com outros medicamentos e/ou álcool, entre os pacientes incluídos na avaliação pré-comercialização. A maioria dos relatos envolveu ingestão com dose total ingerida estimada em, no máximo, algumas vezes maior do que a dose terapêutica usual. Estimou-se que as doses dos 3 pacientes que ingeriram as doses mais altas foram de aproximadamente 6,75 g, 2,75 g e 2,5 g. Os níveis plasmáticos máximos resultantes da venlafaxina para os pacientes que ingeriram 2,75 g e 2,5 g foram de 6,24 e 2,35 μg/ml, respectivamente, e os níveis plasmáticos máximos da O-desmetilvenlafaxina foram de 3,37 e 1,30 μg/ml, respectivamente. Os níveis plasmáticos de venlafaxina não foram obtidos para o paciente que ingeriu 6,75 g de venlafaxina. Os 14 pacientes recuperaram-se sem sequelas. A maioria dos pacientes não relatou sintomas.
Entre os outros pacientes, sonolência foi o sintoma relatado mais comum. O paciente que ingeriu 2,75 g de venlafaxina apresentou 2 convulsões generalizadas e prolongamento do intervalo QTc para 500 mseg, em comparação ao valor inicial de 405 mseg. Relatou-se taquicardia sinusal leve em 2 dos outros pacientes.
Na experiência pós-comercialização, a superdosagem com venlafaxina ocorreu predominantemente em associação com álcool e/ou outras drogas. Foram relatados níveis de consciência alterados (variando de sonolência a coma), alterações no eletrocardiograma (por exemplo, prolongamento do intervalo QT, bloqueio de ramo, prolongamento de QRS), taquicardia sinusal e ventricular, bradicardia, hipotensão, convulsões, vertigem e morte.
Tratamento da Superdosagem
O tratamento deve consistir nas medidas gerais empregadas normalmente no tratamento da superdosagem com qualquer antidepressivo.
Deve-se garantir oxigenação e ventilação adequadas das vias respiratórias. Recomenda-se monitorização do ritmo cardíaco e dos sinais vitais. Medidas gerais de suporte e tratamento sintomático são recomendadas. Não é recomendada a indução de vômitos. Pode ser indicada a lavagem gástrica com um tubo orogástrico de lúmen grande com proteção adequada das vias aéreas, se necessário, que deve ser realizada logo depois da ingestão ou em pacientes que apresentam sintomas.
Deve-se administrar carvão ativado. Devido ao grande volume de distribuição deste fármaco, é provável que a diurese forçada, diálise, hemoperfusão e a transfusão de troca (exsanguíneo) não apresentem benefícios. Não são conhecidos antídotos específicos da venlafaxina.
No tratamento da superdosagem, deve ser considerada a possibilidade de envolvimento de medicamentos múltiplos.
O cloridrato de venlafaxina é um antidepressivo estruturalmente novo para administração oral. Não está quimicamente relacionado aos antidepressivos tricíclicos, tetracíclicos ou outros antidepressivos disponíveis. Seu nome químico é cloridrato de (R/S)-1-[2-dimetilamino)-1- (4-metoxifenil)etil] ciclohexanol ou cloridrato de (±)-1-[_- [(dimetilamino)metil]-p-metoxibenzil] ciclohexanol.
O cloridrato de venlafaxina é um sólido cristalino branco a esbranquiçado, com uma solubilidade de 572 mg/ml em água (ajustado a um teor iônico de 0,2 M com cloreto de sódio). Seu coeficiente de separação octanol: água (cloreto de sódio 0,2 M) é de 0,43.
Propriedades Farmacodinâmicas
Acredita-se que o mecanismo da ação antidepressiva da venlafaxina em seres humanos esteja relacionado com a potencialização de sua atividade neurotransmissora no Sistema Nervoso Central (SNC). Estudos pré-clínicos têm demonstrado que a venlafaxina e seu metabólito ativo, O-desmetilvenlafaxina (ODV), são potentes inibidores da recaptação neuronal de serotonina e norepinefrina e inibidores fracos da recaptação de dopamina.
A venlafaxina e a ODV não têm afinidade significativa in vitro por receptores muscarínicos, histaminérgicos ou_1-adrenérgicos. A atividade farmacológica nesses receptores pode estar relacionada com vários efeitos anticolinérgicos, sedativos e cardiovasculares observados em outros medicamentos psicotrópicos. A venlafaxina e a ODV não possuem atividade inibitória da monoaminoxidase (MAO).
Propriedades Farmacocinéticas
A venlafaxina é bem absorvida e amplamente metabolizada no fígado. A O-desmetilvenlafaxina (ODV) é o único metabólito ativo importante. Com base nos estudos de equilíbrio de massa, no mínimo, 92% de uma dose única da venlafaxina é absorvida. Aproximadamente 87% da dose da venlafaxina é recuperada na urina em até 48 horas como venlafaxina inalterada (5%), ODV não conjugada (29%), ODV conjugada (26%) ou outros metabólitos inativos secundários (27%). A principal via de excreção é a eliminação renal da venlafaxina e seus metabólitos. A biodisponibilidade relativa da venlafaxina em comprimido foi 100% em comparação à solução oral.
A presença de alimentos não exerce efeito significativo sobre a absorção da venlafaxina ou a formação da ODV.
A taxa de ligação da venlafaxina às proteínas plasmáticas em humanos é de 27% ± 2% nas concentrações de 2,5 a 2.215 ng/ml. A taxa de ligação da ODV às proteínas plasmáticas em humanos é de 30% ± 12% nas concentrações de 100 a 500 ng/ml. Não é esperado que ocorram interações medicamentosas induzidas pela ligação a proteínas com a venlafaxina.
Foram atingidas concentrações plasmáticas de estado de equilíbrio da venlafaxina e da ODV em até 3 dias de tratamento com dose múltipla. A cinética da venlafaxina e da ODV foi linear no intervalo de dose de 75 a 450 mg por dia (administrada em esquema a cada 8 horas). A depuração plasmática, a meia-vida de eliminação e o volume de distribuição da venlafaxina e da ODV no estado de equilíbrio não foram alterados após dose múltipla.
A média ± DP da depuração plasmática no estado de equilíbrio da venlafaxina e da ODV é de 1,3 ± 0,6 e 0,4 ± 0,2 l/h/kg, respectivamente; a meia-vida de eliminação é de 5 ± 2 e 11± 2 horas, respectivamente; e volume de distribuição no estado de equilíbrio é de 7,5 ± 3,7 l/kg e 5,7 ± 1,8 l/kg, respectivamente. Após a administração de doses diárias iguais de venlafaxina, a exposição ao fármaco (AUC) e a variação dos níveis plasmáticos da venlafaxina e da ODV foram equivalentes em esquema de duas ou três tomadas diárias.
Idade e Sexo
Uma análise farmacocinética de 404 pacientes tratados com venlafaxina de dois estudos que utilizaram esquemas de 2 e 3 tomadas diárias mostrou que os níveis plasmáticos mínimos ajustados pela dose, tanto da venlafaxina como da ODV, não variaram com diferenças de idade ou sexo do paciente. Em geral, não há necessidade de ajustes de doses com base na idade ou sexo do paciente. (ver Posologia).
Doença Hepática
Em 9 pacientes com cirrose hepática, a disposição farmacocinética da venlafaxina e da ODV foi significantemente alterada após administração oral da venlafaxina. A meia-vida de eliminação da venlafaxina foi prolongada em cerca de 30%, e a depuração diminuiu em cerca de 50% em pacientes cirróticos em comparação com os indivíduos normais. A meia-vida de eliminação da ODV prolongou-se em cerca de 60% e a depuração caiu em cerca de 30% em pacientes cirróticos em comparação com indivíduos normais. Observou-se elevado grau de variabilidade interindividual. Três pacientes com cirrose mais grave apresentaram uma diminuição maior na depuração da venlafaxina (cerca de 90%) em comparação com indivíduos normais. Há necessidade de ajuste de dose para esses pacientes (ver Posologia).
Doença Renal
Em um estudo com pacientes com prejuízo da função renal, a meia-vida de eliminação da venlafaxina após administração oral foi prolongada em cerca de 50% e a depuração foi reduzida em cerca de 24% em pacientes com disfunção renal (TFG=10-70 ml/min), em comparação com indivíduos normais. Em pacientes submetidos à diálise, a meia-vida de eliminação da venlafaxina foi prolongada em cerca de 180% e a depuração ficou reduzida em cerca de 57% em comparação com indivíduos normais. Da mesma forma, a meia-vida de eliminação da ODV foi prolongada em cerca de 40%, embora a depuração tenha permanecido inalterada em pacientes com disfunção renal (TFG=10-70 ml/min) em comparação com indivíduos normais. Nos pacientes submetidos à diálise, a meia-vida de eliminação da ODV foi prolongada em cerca de 142% e a depuração ficou reduzida em cerca de 56%, em comparação com indivíduos normais.
Observou-se elevado grau de variabilidade interindividual.
Há necessidade de ajuste de dose para esses pacientes (ver Posologia).
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-PACIENTES IDOSOS
Ver posologia.
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VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA
MS - 1.1213.0379
Farmacêutico Responsável: Alberto Jorge Garcia
Guimarães CRF-SP 12.449
BIOSINTÉTICA FARMACÊUTICA LTDA.
Av. das Nações Unidas, 22.428 - São Paulo - SP
CNPJ 53.162.095/0001-06
Indústria Brasileira
Nº do lote, data de fabricação e validade: vide cartucho.
Ação esperada do medicamento: O cloridrato de venlafaxina é um medicamento de uso oral indicado para o tratamento de depressão.
O cloridrato de venlafaxina mostrou-se eficaz em tratamentos de médio prazo (até 3 meses) e de longo prazo (até 1 ano ou mais). Os efeitos benéficos de drogas indicadas no tratamento da depressão geralmente fazem-se sentir após as primeiras semanas de medicação.
Cuidados de armazenamento: Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.
Prazo de validade: Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da data de sua fabricação.
Não devem ser utilizados medicamentos fora do prazo de validade, pois podem trazer prejuízos à saúde.
Gravidez e lactação: Não se recomenda o uso de antidepressivos, incluindo o cloridrato de venlafaxina, em mulheres grávidas ou em fase de amamentação.
Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informar ao médico se está amamentando.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião dentista.
Cuidados de administração: Recomenda-se que o medicamento seja administrado com alimentos para diminuir a ocorrência de sintomas de intolerância digestiva.
Deve ser utilizado de acordo com estrita orientação de seu médico. Não deve ser utilizado em dose ou prazo diferente daquele indicado pelo seu médico.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Interrupção do tratamento: Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Recomenda-se que o medicamento não seja interrompido bruscamente. A dose deve ser reduzida progressivamente de acordo com as instruções do seu médico.
Reações adversas: Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis, tais como: sonolência, insônia, tonturas, nervosismo, tremores, boca seca, náuseas, vômitos, perda de apetite, prisão de ventre, dor de cabeça, fraqueza, bocejos, erupções na pele, sudorese, distúrbios visuais, distúrbios sexuais, bem como quaisquer outros sintomas.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANÇE DAS CRIANÇAS
Ingestão concomitante com outras substâncias:
Informar ao médico sobre todos os medicamentos utilizados concomitantemente com o cloridrato de venlafaxina.
O cloridrato de venlafaxina não deve ser utilizado simultaneamente com inibidores da monoaminoxidase (IMAO).
Pare de tomar o IMAO pelo menos 14 dias antes de iniciar o tratamento com o cloridrato de venlafaxina. Pare de tomar o cloridrato de venlafaxina pelo menos 7 dias antes de iniciar tratamento com um IMAO.
Contraindicações e precauções: O cloridrato de venlafaxina é contraindicado em pacientes alérgicos a venlafaxina. Como acontece com outras drogas psicoativas, os pacientes tomando o cloridrato de venlafaxina devem ser advertidos para não operar maquinaria perigosa ou dirigir veículos motorizados, até constatar que não apresentam sonolência, tontura ou incoordenação motora.
O cloridrato de venlafaxina deve ser usado com cuidado em pacientes portadores de insuficiência renal ou hepática.
Foi observada elevação da pressão arterial em alguns pacientes usando altas doses de medicamento.
Nestes casos, os pacientes devem ser submetidos a monitoramento regular da pressão arterial e manter acompanhamento médico.
Deve-se considerar a possibilidade de suicídio em todos os pacientes com depressão.
Até que novos estudos sejam realizados, o uso do medicamento está indicado exclusivamente para adultos.
Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA A SAÚDE