Características farmacológicas calman

CALMAN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de CALMAN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com CALMAN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Ação Farmacológica global de CALMAN (Passiflora incarnata L., Crataegus oxyacantha L. e Salix alba L.): Os três componentes fitoterápicos presentes em CALMAN (Passiflora incarnata L., Crataegus oxyacantha L. e Salix alba L.) dão à sua composição um equilíbrio que lhe propicia um melhor efeito farmacológico.

Sedação: O efeito sedativo de cada um dos componentes se somam para produzir um sono muito próximo do fisiológico.

Controle da Enurese: O efeito anticolinérgico da Passiflora incarnata L. somado à diminuição do fluxo plasmático renal causado pela Crataegus oxyacantha L., induz a uma maior capacidade vesical para um reduzido volume urinário final.

– Passiflora incarnata L.
Conhecida popularmente por maracujá silvestre, possui como substância ativa principal a Passiflorina ou Armano. Desta última substância se originam outros princípios ativos: Armina e o Armol.

Ações no SNC: Atua à nível da medula espinhal, provavelmente por interação com os receptores das endorfinas naturais, diminuindo os estímulos externos que chegam ao SNC. Atua eficazmente na insônia e na hiperexcitabilidade nervosa induzindo um sono próximo ao sono fisiológico. O despertar após o uso da Passiflora é rápido e completo. Não causa a depressão psíquica e a lentidão dos reflexos comuns aos hipnóticos e tranquilizantes (maiores ou menores).

Ações no Sistema Nervoso Parassimpático: Tem uma ação anticolinérgica, bloqueando os efeitos da pilocarpina sobre a musculatura lisa intestinal. Esta ação atropínica pode aumentar a capacidade vesical e retardar o reflexo de micção. Além disso, este bloqueio muscarínico pode ser útil na proteção do broncoespasmo de origem colinérgica.

– Crataegus oxyacantha L.
Conhecido também como Espinheiro alvar atua em diversos sistemas do organismo humano.

Ações no Sistema Nervoso Simpático: Tem ação simpatolítica que dependendo da dose administrada pode produzir um efeito comparável a uma simpatectomia. Tem ação vasodilatadora direta, pois, este efeito se manifesta mesmo quando o nervo vago está bloqueado. A ação simpatolítica pode influenciar a motilidade intestinal produzindo um aumento do número de evacuações, favorecendo algumas vezes o aparecimento de fezes líquidas.

Efeitos cardiovasculares: Tem ação cronotrópica e dromotrópica negativa nas fibras musculares cardíacas, apresentando sinergismo potenciativo com os digitálicos. Tem, portanto, uma ação bradicardizante e coronário dilatadora, podendo melhorar o rendimento cardíaco.

Efeito no Fluxo Plasmático Renal: Produz uma diminuição do fluxo plasmático renal, o que pode acarretar uma baixa taxa de filtração glomerular, reduzindo o volume urinário final, favorecendo a retenção líquida poucas horas após sua administração.

Efeitos no SNC: Tem ação sedativa sobre o SNC, o que auxilia o controle da hipertensão associada a componentes emocionais importantes.

– Salix alba L.
O Salgueiro alvar ou Salgueiro branco tem como princípios ativos a Salicina e a Saligenina que possuem identidade química incontestável com o ácido salicílico.

Ações periféricas: Tem ação analgésica, antipirética e anti-inflamatória, provavelmente por bloqueio da produção de prostaglandinas.

Ações no SNC: Permite um controle da hiperexcitabilidade nervosa.

Ações antiespasmódicas: É útil no tratamento das cólicas, principalmente, daquelas que se originam por uma liberação de prostaglandinas, no caso das dismenorreias.