Resultados de eficácia ceclor

CECLOR com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de CECLOR têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com CECLOR devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Suspensão Oral

Otite Média Aguda:
Em estudo realizado com quarenta crianças diagnosticadas com otite média aguda, foram analisados dois tratamentos: cefprozilna dose de 30 mg/kg/dia em suas tomadas diárias e com cefaclor na dose de 40 mg/kg/dia, ambos durante 10 dias. A avaliação da eficácia do antibiótico foi analisada pela presença ou ausência de sintomas, de febre e de alterações otoscópicas, e a da tolerabilidade, pela informação espontânea de possíveis eventos adversos.
Resultados: Houve diminuição significante do número de alterações entre o 3º e 5º dia de tratamento para o grupo cefprozil em relação ao cefaclor, enquanto entre o 10º e 14º após o início do tratamento o índice de cura foi clinicamente semelhante. Ambos os medicamentos foram bem tolerados. Apenas três crianças que receberam cefprozil apresentaram eventos adversos leves (náuseas e vômitos), sendo que nenhuma precisou interromper o tratamento.
Assim, a eficácia clínica das duas cefalosporinas foi semelhante, com início de ação mais rápida do cefprozil em relação ao cefaclor, entre o 3º e 5º d ias de tratamento. Os resultados favoráveis obtidos, a baixa incidência de eventos adversos e a cômoda posologia (a cada 12 horas) sugerem ser o cefprozil mais um antimicrobiano adequado para tratamento de otite média aguda em crianças, quando essa conduta terapêutica for indicada.

Infecções cutâneas 2:
Em estudo clínico realizado com pacientes apresentando infecções cutâneas, cefaclor provou ser eficaz. Acima de 90% dos pacientes com impetigo bolhoso por Staphylococcus, Streptococcus ou com uma forma mista de pioderma foram curados após 7-10 dias de tratamento. Além disso, uma terapia duas vezes ao dia, realizada recentemente, provou como efetiva nestas formas de infecção como feito no esquema convencional de dose. Não foram observadas reações adversas importantes. Cefaclor parece ser uma cefalosporina via oral com boa absorção, sendo eficaz para infecções cutâneas.

Infecções Respiratórias Agudas:
Foi realizado um estudo aberto, comparativo de cefaclor em adultos com exacerbações agudas de bronquite crônica (54 pacientes) ou pneumonia (24 pacientes). A dosagem utilizada foi de cefaclor de 250 mg ou 500 mg por via oral três vezes ao dia. A cura foi obtida em 39 dos 42 (93%) dos pacientes tratados com a dose mais baixa e 32 de 33 (97%) na dose mais elevada. A cura clínica foi obtida em 39 dos 42 (93%) dos doentes tratados com a dose mais baixa e 32 de 33 (97%) na dose mais elevada. Os efeitos colaterais foram mínimos e do antibiótico foi muito bem tolerada. Cefaclor foi considerado eficaz e seguro no tratamento de infecções agudas do trato respiratório. 3
Em outro estudo, foram estudados 24 pacientes com diagnóstico de infecção do trata respiratório inferior, pneumonia ou bronquite, caracterizadas pela presença de tosse com expectoração purulenta, com a análise do escarro mostrando a presença de leucócitos e piócitos, assim como flora bacteriana. Os pacientes receberam ou cefprozil ou cefaclor conforme randomização prévia, constituindo dois grupos de 12 pacientes. Não houve diferença significativa entre os grupos em relação a idade, sexo ou patologias pulmonares associadas (três pacientes em cada grupo). No grupo tratado com cefaclor houve 1 falência de tratamento, um paciente cujo exame de escarro mostrava diplococos gram-positivo. Ambas as drogas foram bem toleradas pelos pacientes e, embora no grupo do cefprozil tenha havido uma incidência maior de diarreia (4 pacientes em relação a 2 do grupo do cefaclor), não houve necessidade de suspensão do tratamento em nenhuma ocasião. Os resultados sugeriram que ambas as drogas têm boa eficácia no tratamento das infecções do trato respiratório inferior, sendo bem toleradas.4

Referências bibliográficas:
1CARVALHO, Eduardo S.; CAMPOS, Sandra O.; PIGNATARI, Shirley N.. Avaliação da eficácia e da segurança do cefprozil versus cefaclor no tratamento de otite média aguda em crianças. Jornal de Pediatria – Vol. 74, Nº6, 1998. São Paulo – SP.

2DILLON, H.C.Jr.; GRAY, B.M.; WARE, J.C..Clinical and laboratory studies with cefaclor: efficacy in skin and soft tissue infections. Jornal de Pós-graduação de Medicina. 1979; 55 Supl. 4: 77-81.3MATTSON, K.; RENKONEN, O.V.; LAITINEN, L.; NIKANDER-HURME, R.. O tratamento da bronquite aguda e pneumonia com cefaclor. Jornal de Pós-graduação de Medicina 1979; 55 Supl. 4: 59- 61.

4PINHEIRO, B.V.; UEHARA, C.; MACHADO, M.A.O.; BARETTA, M.C.C.; ROMALDINI, H.. Disciplina de Pneumologia. Estudo prospectivo randomizado comparando cefaclor e cefprozil no tratamento de infecções respiratórias em adultos. Jornal Brasileiro de Pneumologia, outubro de 1994.

Microbiologia – Os estudos in vitro demonstraram que a ação bactericida das cefalosporinas resulta da inibição da síntese da parede celular.

Embora os estudos in vitro tenham demonstrado sensibilidade ao cefaclor da maioria das seguintes cepas, a eficácia clínica para outras infecções além das descritas no item indicações é desconhecida:
Aeróbios Gram-positivos: Estafilococos, incluindo cepas coagulase-positivas e negativas e as produtoras de penicilinase (quando testadas por métodos in vitro) que apresentam resistência cruzada com a meticilina; Streptococcus pneumoniae; Streptococcus pyogenes.

Aeróbios Gram-negativos: Citrobacter diversus; Escherichia coli; Haemophilus influenzae,incluindo cepas produtoras de betalactamase resistentes à amp icilina; Klebsiella sp.; Moraxella (Branhamella) catarrhalis; Neisseria gonorrhoeae; Proteus mirabilis.

Anaeróbios: Bacteroides sp. (excluindo Bacteroides fragilis); Peptococcus niger; Peptostreptococcus sp; Propionibacterium acnes.

Nota: Os estafilococos meticilino-resistentes e a maioria das cepas de enterococos (Enterococcus faecalis [anteriormente Streptococcus faecalis] e Enterococcus faecium [anteriormente Streptococcus faecium) são resistentes ao cefaclor e a outras cefalosporinas. O cefaclor não é ativo contra a maioria das cepas de
Enterobacter sp., Serratia sp., Morganella morganii, Proteus vulgaris e Providencia rettgeri. Não é ativo contra Pseudomonas sp. ou Acinetobacter sp.

Testes de Sensibilidade – Difusão – os métodos quantitativos que requerem medidas de diâmetros de halo s de inibição fornecem estimativas mais precisas da sensibilidade da bactéria aos antibióticos. O método padrão recomendado para testar a sensibilidade dos microrganismos ao cefaclor emprega discos com 30mcg de cefaclor. A interpretação do método correlaciona os diâmetros dos halos de inibição obtidos com os discos com a concentração inibitória mínima (CIM) para cefaclor. Os resultados dos testes de sensibilidade padrão com o disco único contendo 30mcg de cefaclor devem ser interpretados de acordo com os seguintes critérios:

Diâmetro do halo (mm)

Interpretação

>18

(S) Sensível

15 – 17

(I) Intermediário

<14

(R) Resistente

Quando testar * H. influenzae:

Diâmetro do halo (mm)

Interpretação

>20

(S) Sensível

17 – 19

(I) Intermediário

<16

(R) Resistente


*Teste de sensibilidade com disco usando meio de cultura para Haemophilus (HTM).

Embora o espectro de atividade do cefaclor seja qualitativamente semelhante ao da cefalotina e de outras cefalosporinas de primeira geração, sua atividade contra H. influenzae é consideravelmente maior. Por isso, deve ser usado um disco contendo 30mcg de cefaclor para determinar a sensibilidade do H. influenzae usando o método acima recomendado.
Para testar H. influenzae e outros microrganismos usando o agar de Müeller-Hi nton suplementado com hemoglobina e um suplemento comercial, os critérios de interpretação dos diâmetros dos halos são idênticos aos usados com os discos de cefalotina: 18 mm = sensível, 15 a 17 mm = moderadamente sensível (intermediário para Haemophilus) e 14 mm =resistente.
Um resultado “sensível” indica que o patógeno será inibido pelos níveis sanguíneos normalmente alcançados. Um resultado “intermediário” sugere que o microrganismo deve ser sensível se for usado o limite superior da dose recomendada ou se a infecção estiver confinada nos tecidos e líquidos, onde sã o atingidos altos níveis do antibiótico. Um resultado “resistente” indica que as concentrações alcançadas não serão suficientes para inibir o microrganismo e outra terapia deve ser selecionada.
Os métodos padronizados requerem o uso de microrganismos de controle em laboratório.

O disco de cefaclor com 30mcg deve dar os seguintes halos de inibição:

Microrganismo

Diâmetro do Halo (mm)

E. coli ATCC 25922

23- 27

23 27 – 31

25 – 31

S. aureus ATCC 259

H. influenzae ATCC 49766*


*Testes de sensibilidade com disco, usando meio de cultura para Haemophilus (HTM).

Diluição – Usar o método de diluição padronizado em caldo, agar, microdiluição ou equivalente. Os valores de concentração inibitória mínima (CIM) obt idos devem ser interpretados de acordo com os seguintes critérios:

CIM (mcg/mL)

Interpretação

>8

(S) Sensível

16

(I) Intermediário

<32

(R) Resistente



Como o método de difusão padrão, os métodos de diluição requerem o uso de microrganismos de controle em laboratório. O cefaclor padrão deve fornecer os seguintes valores de CIM:

Microrganismo

CIM (mcg/mL)

S.aureus ATCC 29213

1- 4

1- 4

> 32

1– 4

E. coli ATCC 25922

E. faecalis ATCC 29212

H. Influenzae ATCC 49766*


*Testes de microdiluição em caldo usando meio de cultura para Haemophilus (HTM).