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O everolimo é um inibidor de sinal de proliferação que previne a rejeição ao aloenxerto em modelos de alotransplantes, em roedores e primatas não-humanos. Exerce efeito imunossupressor pela inibição da proliferação, e, conseqüentemente, a expansão clonal de células T ativadas por antígeno, que são controladas por interleucinas células T específicas, como interleucina 2 e interleucina 15. Everolimo inibe uma via de sinalização intracelular que é iniciada através de ligação desses fatores de crescimento de células T aos seus respectivos receptores e que normalmente leva à proliferação celular. O bloqueio deste sinal pelo everolimo ocasiona a parada das células no estágio G1 do ciclo celular. Em nível molecular, o everolimo forma um complexo com a proteína citoplasmática FKBP-12. Na presença de everolimo, a fosforilação estimulada por fator de crescimento da p70 S6 quinase é inibida. Uma vez que a fosforilação da p70 S6 quinase está sob controle da FRAP (também chamada de m-TOR), acredita-se que o complexo everolimo-FKBP-12 liga-se à FRAP e assim interfere em sua função. FRAP é uma proteína regulatória chave que controla o metabolismo, crescimento e proliferação celular; o bloqueio da função da FRAP explica a interrupção do ciclo celular causada pelo everolimo. Portanto, o everolimo tem um mecanismo de ação diferente da ciclosporina. Em modelos pré-clínicos de alotransplante, a combinação de everolimo e ciclosporina foi mais eficaz do que cada fármaco sozinho. O efeito do everolimo não se restringe às células T, pois também inibe, em geral, a proliferação hematopoética estimulada por fatores de crescimento, assim como as células não-hematopoéticas, como, por exemplo, as células de músculo liso vascular. A proliferação de células de músculo liso vascular, estimuladas por fatores de crescimento, que são induzidas por uma lesão às células endoteliais e que levam à formação da neoíntima, desempenha um papel fundamental na patogênese da rejeição crônica. Estudos pré-clínicos com everolimo mostraram a inibição da formação da neoíntima em um modelo de alotransplante de aorta em ratos.