Reações adversas gliadel wafer

GLIADEL WAFER com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de GLIADEL WAFER têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com GLIADEL WAFER devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Os dados da tabela a seguir estão baseados em estudo realizado c/ 222 pacientes c/ glioma maligno recidivado, randomizados para GLIADEL ou placebo (disco sem carmustina). O espectro de efeitos adversos observado em pacientes que receberam GLIADEL ou placebo em estudos clínicos foi compatível ao encontrado em pacientes submetidos à craniotomia para glioma maligno. Em nenhum estudo clínico relatou-se que GLIADEL tenha sido a causa de morte. As seguintes reações adversas pós-operatórias foram observadas em 4% ou mais dos pacientes que receberam GLIADEL em estudo clínico placebo-controlado. Com exceção das reações adversas no sistema nervoso, onde existe a possibilidade de que os discos placebos possam ser os responsáveis, somente as reações mais comuns no grupo tratado c/ GLIADEL foram listadas. Estes efeitos adversos estavam ausentes no período pré-operatório ou pioraram após a cirurgia, durante o período de acompanhamento (até 71 meses neste estudo). As seguintes reações adversas foram relatadas em 4%-9% dos pacientes tratados c/ GLIADEL e dos pacientes do grupo placebo: infecção, tromboflebite profunda, embolia pulmonar, náusea, monilíase oral, anemia, hiponatremia, pneumonia. As quatro classes seguintes de efeitos adversos são possivelmente relacionadas ao tratamento c/ GLIADEL. Detalhes descritivos e a freqüência destes efeitos adversos durante o estudo randomizado estão citados a seguir: 1. Crises convulsivas: Em estudo randomizado, a maioria das crises nos grupos placebo e GLIADEL ocorreram c/ intensidade leve a moderada. A incidência de crises que ocorreram pela primeira vez ou mais graves foi de 19% tanto nos pacientes tratados c/ GLIADEL quanto nos pacientes tratados c/ placebo. Dos pacientes c/ crises convulsivas iniciais ou pioradas no período pós-operatório, 12/22 (54%) dos pacientes tratados c/ GLIADEL e 2/22 (9%) dos pacientes tratados c/ placebo apresentaram a primeira crise ou piora das crises convulsivas nos cinco primeiros dias pós-operatórios. O tempo mediano para o início da primeira crise ou para piora das crises convulsivas no pós-operatório foi de 3,5 dias em pacientes tratados c/ GLIADEL e 61 dias em pacientes tratados c/ placebo. A ocorrência de crises convulsivas não reduziu o benefício da sobrevida de GLIADEL. 2. Edema cerebral: Em estudo randomizado, identificou-se edema cerebral em 4% dos pacientes tratados c/ GLIADEL e em 1% dos pacientes tratados c/ placebo. O desenvolvimento de edema cerebral c/ efeito de massa (devido à recidiva do tumor, infecção intracranial ou necrose) pode criar a necessidade de reoperação e, em alguns casos, remoção dos discos (wafers) estéreis ou de seus resíduos. 3. Anormalidades na cicatrização cirúrgica: A maioria destas reações ocorreu c/ intensidade leve a moderada. Ocorreram anormalidades na cicatrização em 14% dos pacientes tratados c/ GLIADEL, comparados a 5% dos pacientes tratados c/ placebo. Estas reações incluíram escape de fluido cerebroespinhal, acúmulo de fluido subdural e efusão subgaleal ou na cicatrização cirúrgica. 4. Infecção intracraniana: Em estudo randomizado ocorreram infecções intracranianas (meningite ou abscesso) em 4% dos pacientes tratados c/ GLIADEL e em 1% dos pacientes tratados c/ placebo. Nos pacientes tratados c/ GLIADEL, ocorreram dois casos de meningite bacteriana, um caso de meningite química e um caso de meningite que não foi especificada. Ocorreu desenvolvimento de abscesso cerebral em um paciente tratado c/ placebo. A taxa de infecção de ferimento profundo (infecção do espaço subgaleal, óssea, das meninges ou do parênquima neural) foi de 6% nos grupos tratados c/ GLIADEL e placebo. As seguintes reações adversas, não listadas anteriormente, foram relatadas em mais de 1% e menos de 4% dos pacientes tratados c/ GLIADEL em todos os estudos (n = 273). As reações listadas estavam ausentes no pré-operatório ou pioraram no pós-operatório. A relação de GLIADEL c/ estas reações não foi determinada. Gerais: Edema periférico (1%), dor no pescoço (2%), lesão acidental (1%), dor nas costas (1%), reação alérgica (1%), astenia (1%), dor torácica (1%), sépsis (1%). Sistema cardiovascular: Hipertensão (3%), hipotensão (1%). Sistema digestivo: Diarréia (2%), constipação (2%), disfagia (1%), hemorragia gastrintestinal (1%), incontinência fecal (1%). Sistema hematológico: Trombocitopenia (1%), leucocitose (1%). Distúrbios metabólicos e nutricionais: Hiponatremia (3%), hiperglicemia (3%), hipocalemia (1%). Sistema musculoesquelético: Infecção (1%). Sistema nervoso: Hidrocefalia (3%), depressão (3%), raciocínio anormal (2%), ataxia (2%), vertigem (2%), insônia (2%), monoplegia (2%), coma (1%), amnésia (1%), diplopia (1%) reação paranóica (1%). Além disto, foram relatados hemorragia cerebral e infarto cerebral em menos de 1% dos pacientes tratados c/ GLIADEL. Sistema respiratório: Infecção (2%), pneumonia por aspiração (1%). Pele e apêndices: Erupção cutânea (2%). Órgãos dos sentidos: Alterações no campo visual (2%), dor ocular (2%). Sistema urogenital: Incontinência urinária (2%).