Reações adversas champix

CHAMPIX com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de CHAMPIX têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com CHAMPIX devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Parar de fumar com ou sem tratamento está associado a vários sintomas. Por exemplo, foram relatados em pacientes tentando parar de fumar: disforia ou humor deprimido; insônia, irritabilidade, frustração ou raiva; ansiedade; dificuldade de concentração; agitação; diminuição da frequência cardíaca; aumento do apetite ou ganho de peso. Parar de fumar com ou sem farmacoterapia também foram associados com a exacerbação da doença psiquiátrica de base. Nenhuma tentativa foi feita no desenho ou na análise dos estudos de vareniclina para diferenciar entre os eventos adversos associados ao tratamento com medicamento em estudo ou os possivelmente associados à retirada da nicotina.
Os estudos clínicos de desenvolvimento pré-comercialização incluíram aproximadamente 4.000 pacientes tratados com vareniclina por até 1 ano (exposição média de até 84 dias). Em geral, quando os eventos adversos ocorreram, o início ocorreu na primeira semana de terapia; a gravidade foi geralmente leve a moderada e não houve diferenças devido à idade, raça ou sexo quanto a incidência de reações adversas.
Em pacientes tratados com a dose recomendada de 1 mg duas vezes ao dia após um período de titulação inicial, o evento adverso mais comumente relatado foi náusea (28,6%). Na maioria dos casos náusea ocorreu no início do período de tratamento, foi de leve a moderada em gravidade e raramente resultou em descontinuação.
A taxa de descontinuação do tratamento devido a eventos adversos foi de 11,4% para vareniclina em comparação com 9,7% para o placebo. Neste grupo, as taxas de descontinuação para os eventos adversos mais comuns nos pacientes tratados com vareniclina foram as seguintes: náuseas (2,7% vs 0,6% para placebo), cefaleia (0,6% vs 1,0% para placebo), insônia (1,3% vs 1,2% para placebo) e sonhos anormais (0,2% vs 0,2% para placebo).
Todas as reações adversas ao medicamento (RAMs) listadas na tabela abaixo são apresentadas pela Classe de Sistema de Órgãos (SOC) do Dicionário Médico para Atividades Regulatórias (MedDRA, Versão 16), com base nos dados de avaliação dos estudos de pré-comercialização de fase 2-3 e atualizadas com base nos dados agrupados de 18 estudos controlados por placebo pré- e pós-comercialização, incluindo aproximadamente 5.000 pacientes tratados com vareniclina. Dentro de cada categoria, as RAMs são apresentadas em ordem de frequência e, depois, em ordem decrescente de importância clínica.

Tabela de Reação Adversa

Classe de sistema de
órgãos

Muito
comum
≥1/10

Comum
≥1/100 a <1/10

Incomum
≥1/1.000 a <1/100

Raros
≥1/10.000 a <1/1.000

Infecções e Infestações Nasofaringite

Bronquite;
Sinusite

   

Doenças sanguíneas e
linfáticas

     

Contagem de plaquetas
reduzida

Doenças metabólicas e
nutricionais

 

Aumento de peso;
Apetite reduzido;
Aumento do
apetite

  Polidipsia
Doenças psiquiátricas

Sonhos
anormaisa;
Insôniab

 

Pensamentos
anormais;
Inquietação;
Variações de
humor;
Diminuição da
libido;

Disforia;
Bradifrenia

Doenças do sistema
nervoso

Cefaleia

Sonolência;
Tontura;
Disgeusia

Tremor;
Letargia;
Hipoestesia;

Disartria;
Coordenação anormal;
Hipogeusia;
Transtorno do ritmo
circadiano do sono

 

 

 



Classe de sistema de
órgãos

Muito
comum
≥1/10

Comum
≥1/100 a <1/10

Incomum
≥1/1.000 a <1/100

Raros
≥1/10.000 a <1/1.000

Doenças oftalmológicas    

Conjuntivite;
Dor nos olhos;

Escotoma;
Fotofobia

Doenças auditivas e de
labirinto

    Zumbido  
Doenças cardíacas    

Angina peitoral;
Taquicardia;
Palpitações;
Frequência
cardíaca elevada

Fibrilação atrial;
Depressão do
segmento ST do
eletrocardiograma;
Redução da amplitude
da onda T do
eletrocardiograma

Doenças vasculares    

Pressão arterial
elevada;
Fogacho

 

Doenças respiratórias,
torácicas e mediastinais

 

Dispneia;
Tosse

Inflamação das
vias respiratórias
superiores;
Obstrução das vias
respiratórias;
Disfonia;
Rinite alérgica;
Irritação da
garganta;
Congestão nasal;
Síndrome da tosse
das vias
respiratórias
superiores;
Rinorreia;

Ronco
Doenças gastrintestinais Náusea

Doença do refluxo
gastroesofágico;
Vômito;
Constipação;
Diarreia;
Distensão
abdominal;
Dor abdominalc;
Dor de dente;
Dispepsia;
Flatulência;
Boca seca

Hematoquezia;
Gastrite;
Eructação;
Estomatite aftosa;
Dor gengival;
Fezes anormais;
Língua saburrosa

Hematêmese

Doenças cutâneas e do
tecido subcutâneo

 

Rash;
Pruridod

Eritema;
Acne;
Hiperidrose;
Transpiração
excessiva

 

Doenças
musculoesqueléticas e
do tecido conjuntivo

 

Artralgia;
Mialgia;
Dor nas costas

Espasmos
musculares;

Rigidez da articulação
Doenças renais e urinárias     Polaciúria; Glicosúria;

Doenças do sistema
reprodutor e mamárias

    Menorragia; Disfunção sexual

Doenças gerais e
condições no local da
administração

 

Dor
torácica;Fadiga

Desconforto
torácico;
Doença tipo gripe;
Pirexia;
Astenia;
Indisposição

 
Investigações    

Teste da função
hepática alterado

 

 

 

 



a.Inclui os TPs (termos preferidos) de Sonhos anormais e Pesadelos
b.Inclui os TPs de Insônia, Insônia inicial, Insônia média e Insônia terminal
c.Inclui os TPs de Dor abdominal, Dor gastrointestinal, Sensibilidade abdominal, Dor abdominal inferior, Dor abdominal superior e Desconforto abdominal
d.Inclui os TPs de Prurido e Prurido generalizado

As frequências das RAMs são baseadas nos eventos adversos de todas as causalidades emergentes do tratamento de 18 estudos de cessação do tabagismo controlados por placebo (A3051002, A3051007, A3051016, A3051028, A3051036, A3051037, A3051045, A3051046_48, A3051049, A3051054, A3051055, A3051072, A3051080, A3051095, A3051104, A3051115, A3051122 e A3051139)
* Categorias CIOMS III: Muito comum ≥ 1/10 (≥10%); Comum ≥1/100 a < 1/10 (1% e < 10%); Incomum ≥ 1/1.000 a < 1/100 ( ≥ 0,1% e < 1%); Raro≥ 1/10.000 a < 1/1.000 (≥ 0,01% e < 0,1%); Muito raro < 1/10.000 (< 0,01%)

Experiência pós-comercialização
Os seguintes eventos adversos foram relatados durante o período pós-comercialização de vareniclina. Uma vez que esses eventos foram relatados voluntariamente por uma população de tamanho incerto, não é sempre possível estimar fielmente sua frequência ou estabelecer a relação causal da exposição ao fármaco.
Houve relatos de depressão, agitação, alteração de comportamento ou pensamento, ansiedade, psicose, oscilações de humor, comportamento agressivo, ideação suicida e suicídio em pacientes tentando parar de fumar durante o tratamento com vareniclina. Parar de fumar com ou sem tratamento está associado com os sintomas da retirada da nicotina e a exacerbação da doença psiquiátrica de base. Nem todos os pacientes nestes relatos apresentavam doença psiquiátrica pré-existente conhecida e nem todos pararam de fumar. A função da vareniclina nestes relatos não é conhecida (vide item 5. Advertências e Precauções).
Também houve relatos de reações de hipersensibilidade, como angioedema e reações cutâneas raras, porém graves, incluindo Síndrome de Stevens-Johnson e eritema multiforme em pacientes sob tratamento com vareniclina (vide item 5. Advertências e Precauções).

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.