Bula para paciente glypressin

GLYPRESSIN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de GLYPRESSIN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com GLYPRESSIN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Como este medicamento funciona?
Glypressin® é um análogo da vasopressina que, após reconstituição (diluição do pó liofilizado no líquido diluente), é administrado intravenosamente. Age na diminuição da pressão sanguínea portal nos pacientes que apresentam hipertensão portal. Esta redução ocorre devido a uma vasoconstrição (redução de sangue nos vasos sanguíneos) no território esplâncnico (região das vísceras). Sua presença no sangue é detectável em 30 minutos, e o seu efeito máximo ocorre entre 60 e 120 minutos após a sua aplicação.
Por que este medicamento foi indicado?
Glypressin® é indicado para o tratamento de urgência das hemorragias digestivas por varizes esofágicas e no tratamento de urgência da síndrome hepatorrenal.
Quando não devo usar este medicamento?
Contraindicações
Glypressin® é contraindicado durante a gravidez e em casos de choque séptico. Glypressin® deve ser utilizado com cautela e sob cuidadoso monitoramento nas seguintes doenças: asma brônquica, pressão alta, problemas cardíacos e insuficiência renal.
Precauções e Advertências
No caso do paciente apresentar alguma das doenças listadas no item “Contraindicações” acima, Glypressin® deve ser utilizado com atenção redobrada. Antes do tratamento da síndrome hepatorrenal: Assegurar-se que a insuficiência renal aguda do paciente é devido à falência renal funcional e que o paciente não responde a um tratamento de reposição de volume plasmático apropriado. Durante o tratamento com Glypressin® a pressão sanguínea, a frequência cardíaca e o balanço de líquidos devem ser monitorados em unidades de tratamento intensivo. Em caso de emergência, devem-se considerar os sintomas de deficiência do volume sanguíneo antes da hospitalização.
Interações medicamentosas
O tratamento concomitante com medicamentos que são conhecidos por reduzirem o batimento cardíaco (indutores de bradicardia) como, por exemplo, propofol e sufentanil, poderão causar bradicardia severa. O efeito hipotensor dos beta-bloqueadores não seletivos sobre a veia porta é incrementado pela terlipressina.
Alterações nos exames laboratoriais
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de Glypressin® em exames laboratoriais.
Pacientes idosos
Em caso de pacientes idosos devem-se tomar maiores cuidados.
Gravidez e Lactação
O tratamento com Glypressin® durante a gravidez é proibido, pois a terlipressina pode causar abortos espontâneos. Tem sido relatada má-formação do feto nos estudos em coelhas e, portanto, não pode ser excluída a possibilidade de má-formações em humanos. Qualquer informação sobre a transferência de Glypressin® para o leite materno é insuficiente, embora a possibilidade de aleitamento materno seja pouco provável em vista da condição médica da paciente.

“INFORME AO SEU MÉDICO OU CIRURGIÃO-DENTISTA O APARECIMENTO DE REAÇÕES INDESEJÁVEIS”. “INFORME AO SEU MÉDICO OU CIRURGIÃO-DENTISTA SE VOCÊ ESTÁ FAZENDO USO DE ALGUM MEDICAMENTO”. “NÃO DEVE SER UTILIZADODURANTE A GRAVIDEZ E A LACTAÇÃO”.
“NÃO USE MEDICAMENTO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO À SUA SAÚDE”.

Como devo usar este medicamento?
Aspecto físico Pó liofilizado: pastilha branca ou quase branca. Solução injetável: líquido incolor e transparente.
Características organolépticas (propriedades que afetam os sentidos e o organismo) Veja aspecto físico. O pó deve ser dissolvido com o diluente do produto e administrado lentamente pela via intravenosa. Glypressin® deve ser administrado exclusivamente pela via intravenosa, pois, a passagem extravenosa do produto pode provocar necrose cutânea. Pode-se realizar uma diluição adicional de até 10 ml com solução de cloreto de sódio isotônica estéril. Após a reconstituição do pó liofilizado com o diluente, Glypressin® é estável por 24 horas em temperatura refrigerada (entre 2°C e 8ºC) ou por 12 horas em temperatura ambiente.
Posologia
Para o tratamento de urgência das hemorragias digestivas por varizes esofágicas: Inicialmente uma dose intravenosa por injeção em bolus de 1,0 a 2,0 mg de Glypressin® administrado lentamente e com o controle da pressão sanguínea e da frequência cardíaca. A dose de manutenção é de 1,0 a 2,0 mg de Glypressin®, de acordo com a variação do peso do paciente: 1,0 mg de Glypressin® para pacientes com até 50 kg, 1,5 mg para pacientes entre 50 a 70 kg ou 2,0mg para pacientes com mais de 70 kg. O valor padrão da dose diária máxima de Glypressin® é de 120 a 150 mcg/kg do peso corpóreo. Para uma pessoa adulta de 70 kg de peso corpóreo, isto corresponde a uma dose de 8 a 9 frascos por dia, para ser administrada em intervalos de 4 horas. O tratamento é continuado até que o sangramento tenha sido controlado por 24 horas e a duração do tratamento poderá estender-se por 2 a 3 dias, se necessário.
Para o tratamento de urgência da síndrome hepatorrenal: Antes de iniciar o tratamento com Glypressin® assegurar-se que a insuficiência renal aguda do paciente é devido à falência renal funcional e que o paciente não responde a um tratamento de reposição de volume plasmático apropriado. Injeção em bolus de 0,5 a 2,0 mg de Glypressin® a cada 4 horas, administrada por via intravenosa em velocidade lenta. É aconselhável a suspensão do uso de Glypressin® se, ao final de 3 dias de tratamento, não ocorrer à diminuição da creatinina sérica (um componente da urina presente no sangue). Para as demais situações, o tratamento com Glypressin® deverá continuar até obtenção da creatinina sérica inferior a 130 mcmol/litro ou de uma diminuição de pelo menos 30% da creatinina sérica em relação ao valor medido no momento do diagnóstico da síndrome hepatorrenal. Em média, o tratamento tem a duração de 10 dias. Estudos clínicos comprovaram que o tratamento de urgência da síndrome hepatorrenal possui uma resposta mais adequada quando Glypressin® é administrado concomitantemente com a albumina.
“SIGA A ORIENTAÇÃO DE SEU MÉDICO, RESPEITANDO SEMPRE OS HORÁRIOS, AS DOSES E A DURAÇÃO DO TRATAMENTO”. “NÃO INTERROMPA O TRATAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO”.
“NÃO USE O MEDICAMENTO COM O PRAZO DE VALIDADE VENCIDO. ANTES DE USAR OBSERVEO ASPECTO DO MEDICAMENTO”.
Quais os males que este medicamento pode causar?
Durante a terapia com Glypressin®, podem ocorrer as seguintes reações adversas: Palidez da face e do corpo; leve aumento da pressão sanguínea, que é mais comum em pacientes com pressão alta. Raramente podem ocorrer problemas cardíacos. Ocasionalmente pode ocorrer dor de cabeça e em casos isolados feridas e dor no local da injeção. Glypressin® pode levar a dor abdominal; náusea; diarreia e evacuação espontânea. Em casos isolados pode levar a falta de ar. Podem ocorrer convulsões e problemas na circulação do sangue no útero. Em casos raros podem ocorrer hiponatremia (concentração baixa de sódio no sangue) e hipocalcemia (concentração baixa de cálcio no sangue).
O que fazer se alguém usar uma grande quantidade deste medicamento de uma só vez?
Normalmente, devido às propriedades de Glypressin®, não é provável ocorrer a superdosagem. Atenção especial deve ser dada a pacientes com pressão alta (ver o item “Contraindicações”).
Onde e como devo guardar este medicamento?
Glypressin® deve ser armazenado em temperatura ambiente (temperatura entre 15º e 30ºC), nestas condições permanece viável para uso durante 2 anos a partir da data de fabricação impressa na embalagem.