Resultados de eficácia daraprim

DARAPRIM com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de DARAPRIM têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com DARAPRIM devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



A pirimetamina é eficaz no tratamento da malária causada por cepas sensíveis de Plasmodium falciparumquando usada em combinação com uma sulfonamida, sen do útil também em certas regiões para quimioprofilaxia da malária, quando administrada emcombinação com outros antimaláricos. Contudo, tem- se observado um crescente desenvolvimento de resistência doPlasmodium falciparum à droga, o que tem limitado o seu uso no tratamento da malária por est Plasmodium. Todavia, ela permanece útil para terapia preventiva intermitente para malária na gravidez (IPTp) e terapia preventiva intermitente na infância (IPTi). Mais recentemente, foi usada em regiões onde a resi stência da DHFR não é ainda um grande problema, em combinação com compostos da artemesinina. No tratam ento da toxoplasmose, a pirimetamina permanece sendo o medicamento chave, sempre em combinação com a sulfonamida. (1).

Malária
Dados reunidos por Aponte JJ e colaboradores do Centro de Investigação em Saúde Internacional de Barcelona (CRESIB), Espanha, de seis estudos duplo-cegos, randomizados e controlados por placebo, realizados na Tanzânia, Moçambique, Gabão e Gana, que avaliaram a eficácia da IPTi com pirimetamina/sulfadoxina, em sete mil novecentas e trinta crianças que se submetiam, na época, a um programa de vacinação de rotina da OMS (IPTi, n=395 8; placebo, n=3972), mostraram que a IPTi com pirimetamina/sulfadoxina foi segura e eficaz em vários contextos de transmissão de malária, sugerindoque esta intervenção seja uma contribuição útil no controle da malária.
Em um estudo realizado em Uganda para comparar a eficácia a curto e à longo prazo de três regimes antimaláricos, crianças saudáveis, com idades de 6meses a 5 anos, foram randomicamente alocadas para receber 1,25 mg/kg de pirimetamina e 25 mg/kg de sulfadoxina, mais placebo ou 25 mg/kg de amodiaquina ou 12 mg/kg de artesunato. Os participantes foram acompanhados por até um ano e receberam o mesmo tratamento previamente atribuído para cada episódio de malária não complicada, diagnosticado durante o acompanhamento. Infecções recrudescentes e novas foram distinguidas por comparação do polimorfismo na proteína 2 de superfície do merozoíta (MSP2). O desfecho primário foi o número total de tratamento par malária por tempo em risco. As análises foram feitas por protocolo. Cento e oitenta e três (61%) dosrezentos e dezesseis participantes foram diagnosticados com pelo menos um episódio de malária não complicada. Quinhentos e setenta e sete episódios de malária não complicada por P. falciparum foram tratados com as drogas do estudo. Todos os regimes foram seguros e bem tolerados. A falha no tratamento clínico após quatorze dias foi significativamente mais frequente no grupo pirimetamina+sufadoxina (trinta e oito de duzentos e quinze, 18%), comparada à do grupo pirimetamina+sulfadoxina mais amodiaquina (dois de cento e sessenta e quatro, 1%) ou à do grupo pirimetamina +sulfadoxina mais artesunato (um de cento e noventa e oito, 1%; p < 0,0001). Após vinte e oito e quarenta e oito dias, os pacientes no grupo pirimetamina+sulfadoxina mais amodiaquina apresentavam, significativamente, menor probabilidade de desenvolver malária do que aqueles dos outros doisgrupos. Globalmente, o tratamento com pirimetamina+sulfadoxina mais amodiaquina reduziu a taxa de tratamentos subsequentes para malária em 54% (IC de 95% 36-66, p < 0,0001), comparado com tratamento com pirimetamina+sufadoxina e em 37%(12-54, p=0,007) comparado com pirimetamina+sulfadoxina mais artesunato. A análise mostrou que a pirimetamina+sulfadoxina mais amodiaquina pode ser usada como um regime barato para diminuir os episódios subsequentes de malária.

Toxoplasmose na gravidez
Uma revisão baseada em evidência de artigos pesquisados na The Cochrane Library e Medline sobre toxoplasmose na gravidez gerou uma série de recomendações, dentre elas: que uma combinação de pirimetamina, sulfadiazina e ácido folínico deve ser oferecida como tratamento a mulheres nas quais a infecção fetal tenha sido confirmada ou altamente s uspeita (geralmente por uma PCR positiva no líquido amniótico) para reduzir o risco de grave doença neu rológica e ocular, bem como anormalidades cardíacas e cerebrais.

Toxoplasmose congênita
Um amplo estudo colaborativo para avaliar a eficácia da pirimetamina com sulfadiazina mais ácido folínico durante o primeiro ano de vida em crianças com toxo plasmose congênita, Mc Auleyet al. (1994), claramente demonstrou o valor deste tratamento. Regressão das lesões retinianas, melhora da função intelectual, redução do uso de anticonvulsivantes e redução dos efeitos auditivos foram associadas à farmacoterapia agressi va.

Toxoplasmose adquirida
A combinação pirimetamina/sulfadiazina tem se mostr ado altamente eficaz no tratamento de complicações da infecção adquirida, inclusive neurotoxoplasmose, se ndo o tratamento a longo prazo necessário para prevenir recidivas em pacientes imunodeficientes, como demonstrado por vários artigos publicados e outras publicações específicas.