Resultados de eficácia gynopac

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A associação foi estudada por diversos autores que avaliaram a eficácia e a tolerabilidade do comprimido de secnidazol dose única e do creme vaginal de tinidazol e tioconazol no tratamento de pacientes com vulvovaginites causadas por Trichomonas, Gardnerella ou Candida albicans.
Passos et al. realizaram um ensaio clínico, aberto, randomizado, incluindo mulheres que procuraram atendimento ambulatorial com queixa clínica de vulvovaginite. As pacientes foram divididas em três grupos de tratamento: 1) apenas medicação via oral – secnidazol 2g VO em dose única; 2) apenas medicação via vaginal – creme vaginal com tioconazol + tinidazol durante 7 noites; e 3) esquemas dos grupos 1 e 2. As pacientes foram reavaliadas aos 13-15 dias e aos 28-30 dias. Resultados: Iniciaram o estudo 118 pacientes, porém 101 (85,47%) cumpriram todo o protocolo. As taxas de cura clínica e microbiológica foram: grupos 1, 2 e 3, respectivamente: candidíase 0% – 76,9% – 76,46%, vaginose bacteriana 70% – 60% – 83,33%, microbiota vaginal alterada 54,14% – 33,4% – 80% e tricomoníase 80% – 33,4% – 100%. As taxas de cura clínica e microbiológica do grupo 3 (secnidazol oral + tinidazol e tioconazol vaginal) foram, percentualmente, bem superiores aos outros esquemas testados, seja só oral ou só vaginal. O grupo 3 (83,3%) apresentou proporção de cura significativamente (p = 0,005) maior que o grupo 2 (48,1%), com o risco relativo de 2,5 (IC 95%: 1,14 – 5,49) de cura.1
Farah et al. estudaram a eficácia e tolerabilidade da associação tinidazol-tioconazol creme vaginal, no tratamento das vaginites causadas por Trichomonas, Gardnerella vaginalis ou Candida albicans. Foi observada nas 60 pacientes uma redução significativa (p<0,001) em todos os parâmetros clínicos estudados (corrimento, inflamação, eritema, fissura, odor e prurido). A avaliação microbiológica revelou no 7o e 28o dias 90% e 82%, respectivamente, de ausência do patógeno inicial, sendo estes resultados estatisticamente significantes (p<0,001). Concluíram que a associação em creme vaginal é bastante eficaz e muito bem tolerada nos tratamento destes três tipos de vaginites estudadas.2
No ensaio clínico publicado por Duarte et al., a paciente deveria ter queixa de sinais e sintomas de vulvovaginite. A conduta para diagnóstico laboratorial do estudo foi o exame citológico (Papanicolaou), além de criterioso exame clínico. Das setenta e duas pacientes que completaram o estudo por eles conduzido, 53/72 (76,61%) apresentaram cura total e nenhuma das pacientes relataram efeitos adversos. Duarte et al. , analisando a efetividade e tolerabilidade da associação tioconazol/tinidazol no tratamento de vulvovaginites, concluíram que o creme vaginal à base de tioconazol/tinidazol tem boa efetividade para o tratamento das vulvovaginites infecciosas, com excelente tolerabilidade.3
Bohbot et al. em estudo multicêntrico, duplo-cego, randomizado, comparativo entre secnidazol 2g em dose única e metronidazol 500mg por 7 dias ambos por via oral, para o tratamento da vaginose bacteriana, observaram uma taxa de cura em 60,1% vs 59,5% no D28. O estudo avaliou 577 pacientes com idades entre 18 a 65 anos com sinais clínicos de vaginose bacteriana. Concluiu que o secnidazol em dose única, representa uma terapêutica eficiente e com posologia mais conveniente, e que os clínicos deveriam considerar na sua pratica diária.4
Bagnoli et al. em estudo comparativo de secnidazol VO em dose única de 2g versus metronidazol 400mg VO duas vezes ao dia por sete dias, encontraram cura clínica ou melhora acentuada da vaginite em 93,1% e 95,8%, respectivamente. O estudo avaliou 91 pacientes e concluiu que o secnidazol oral em dose única constitui alternativa terapêutica nas vaginites inespecíficas, pois apresenta eficácia e boa tolerabilidade.5

1Passos M.R.L., et al. Estudo comparativo da eficácia de esquema oral, vaginal e oral e vaginal combinados para tratamento de vulvovaginites. RBM – Rev Bras Med; 63(3):163 -173; 2006.

2Farah, CA., D’Elia, E., Trabulsi, R. O uso da associação tinidazol-tioconazol no tratamento das vaginites causadas por Trichomonas, Gardnerella vaginalis ou Candida albicans. J Bras Ginecol.97(1-2):43-47; 1987.

3Duarte G, Baracat EC, Wehba S. Efetividade e Tolerabilidade da Associação Tioconazol/Tinidazol no Tratamento de Vulvovaginites. Femina 1996; 24(10):895-908.

4Bohbot JM, Vicaut E, Fagnen D, Brauman M. Treatment of Bacterial Vaginosis: A Multicenter, Double-Blind,Double-Dummy, Randomised Phase III Study Comparing Secnidazole and Metronidazole. Infectious Diseases in Obstetrics and Gynecology Volume 2010, Article ID 705692, 6 pages doi:10.1155/2010/705692.

5Bagnoli V.R., et al. Vaginites inespecíficas: tratamento comparativo entre secnidazol e metronidazol. Folha med. 98:(3): 171-4; 1989.