Posologia de dobutamol

DOBUTAMOL com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de DOBUTAMOL têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com DOBUTAMOL devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Posologia
ATENÇÃO: as doses são dadas em termos de dobutamina.

Doses e velocidades de infusão
Para aumentar o débito cardíaco geralmente se emprega uma dose de 2,5 a 10mcg/kg/min. Recomenda-se iniciar com a dose menor (2,5mcg/kg/min). As doses devem ser ajustadas de acordo com a resposta clínica individual. Alguns pacientes podem necessitar de doses mais elevadas que as usuais.
A experiência com dobutamina intravenosa em ensaios controlados não se estende além de 48 horas de administração.

Adultos
A infusão de dobutamina deve ser iniciada com a dos e mais baixa (2,5mcg/kg/min) e titulada a intervalos de alguns minutos, guiada pela resposta do paciente. As doses geralmente se situam entre 2,5 a 10mcg/kg/min na maioria dos pacientes.
Frequentemente doses até 20mcg/kg/min são necessárias para melhora adequada da hemodinâmica. Em raras ocasiões doses de até 40mcg/ kg/min foram reportadas.
Na TABELA 1 são fornecidas as velocidades de infusão, em função das concentrações e das doses desejadas de dobutamina.

Crianças
Doses geralmente de 5 a 20mcg/kg/min, mas considerando as particularidades da resposta clínica.
Na TABELA 1 são fornecidas as velocidades de infusão, em função das concentrações e das doses desejadas de dobutamina.

DOBUTAMINA CONCENTRAÇÃO DA SOLUÇÃO

DOSE DESEJADA
(dobutamina)
mcg/kg/min

250mcg/mL 500mcg/mL 1000mcg/mL
VELOCIDADE DE INFUSÃO (mL/kg/min)**
2,5 0,01 0,005 0,0025
5 0,02 0,01 0,005
7,5 0,03 0,015 0,0075
10 0,04 0,02 0,01
12,5 0,05 0,025 0,0125
15 0,06 0,03 0,015



(**) É a velocidade (em mL/kg/min) necessária para proporcionar a dose desejada de dobutamina referida na coluna da esquerda. Observar que são fornecidos números (mL/kg/min) para cálculo das velocidades para as três principais diluições utilizadas de dobutamina (250mcg/mL; 500mcg/mL e 1000mcg/mL).

Modo de usar
-Segure a ampola inclinada a um ângulo de aproximadamente 45°.
-Apoie a ponta dos polegares no estrangulamento da ampola.

ATENÇÃO: o ponto de tinta deve estar voltado para frente, do lado oposto aos polegares.
-Com o dedo indicador envolva a parte superior da ampola, pressionando-a para trás até sua abertura.
A solução deve ser diluída antes da administração.
Deve ser administrada por via intravenosa, exclusivamente por infusão intravenosa.

DILUIÇÃO
Diluente: Glicose 5%; Cloreto de Sódio 0,9%; Glicose 5% em Cloreto de Sódio 0,45%; Glicose 5% em Cloreto de Sódio 0,9%; Glicose 10% ou Ringer Lactato.
As diluições devem ser feitas considerando as necessidades de fluidos do paciente.

Concentrações das soluções
A ampola deste medicamento contém uma solução com 250mg de dobutamina em 20mL.
Diluído para 1000mL obtém-se a concentração 250mcg/mL. Diluído para 500mL obtém-se aconcentração 500mcg/mL. Diluído para 250mL obtém-se a concentração 1000mcg/mL.
ATENÇÃO: a concentração de dobutamina não deve ultrapassar 5 000mcg/mL (250mg de dobutamina diluídos para 50mL).

Aparência da solução diluída: Solução límpida amarelada.

Estabilidade após diluição:
Temperatura ambiente (15°C a 30°C): 24 horas.
O medicamento não deve ser congelado devido à possibilidade de cristalização. Medicamentos intravenosos devem ser inspecionados visualmente e não devem ser usados se houver presença de material particulado.

Incompatibilidades – a dobutamina é incompatível com soluções alcalinas, portanto, não misturar com bicarbonato de sódio a 5% ou outras soluções alcalinas. Não usar a dobutamina em conjunto com outros medicamentos ou diluentes contendo bissulfito de sódio e etanol.
A dobutamina é também incompatível com: succinato sódico de hidrocortisona; cefazolina; cefamandol; cefalotina neutra; penicilina; ácido etacrínico e heparina sódica.

Compatibilidades – quando administrada por tubos tipo Y, a dobutamina é compatível com dopamina, lidocaína, verapamil, cloreto de potássio.
ATENÇÃO: antes de instituir a medicação, observe os Cuidados de Administração e Cuidados de Monitoração do paciente.

Cuidados de Administração
A dobutamina não é substituta da reposição de sangue, plasma, fluidos ou eletrólitos.
Antes da administração da dobutamina, a hipovolemia deve ser corrigida, se possível com sangue total ou com um expansor do volume plasmático.
A dobutamina deve ser administrada por infusão intravenosa através de bomba de infusão ou outro aparelho capaz de controlar a velocidade de infusão, para evitar a administração de doses maciças.
As doses devem ser ajustadas de acordo com a resposta clínica individual. Alguns pacientes podem necessitar de doses mais elevadas que as usuais.
Administrar a dobutamina em veia de grosso calibre ou diretamente na circulação central. Ao interromper a medicação, as doses devem ser reduzidas gradualmente (a interrupção rápida pode causar hipotensão). Se necessário, para evitar hipotensão, deve-se repor fluido intravascular.
Cuidado para evitar extravasamento, que pode danificar os tecidos atingidos.

Conduta em casos de extravasamento (isquemia por extravasamento): para prevenir a necrose em áreas onde o extravasamento ocorreu, o local deve ser infiltrado prontamente com 10 a 15mL de cloreto de sódio 0,9% para injeção com 5 a 10mg de fentolamina. Deve ser utilizada uma seringa com agulha hipodérmica fina e a solução deve ser infiltrada por toda a área afetada. Se a área é infiltrada dentro 12 horas, o bloqueio simpático com fentolamina produz imediatas e visíveis mudanças lo cais hiperêmicas. Este tratamento deve ser proporcionalmente reduzido para pacientes pediátricos.

Cuidados de Monitoração
Pacientes recebendo simpatomiméticos necessitam ser monitorados cuidadosamente. Recomendam-se as seguintes medidas:
-monitorar continuamente a pressão arterial, o eletrocardiograma (ECG) e o fluxo urinário do paciente.
Adicionalmente, monitorar também:
-débito cardíaco
-pressão venosa central
-pressão capilar pulmonar de oclusão
-potássio sérico.