Resultados de eficácia doralgina

DORALGINA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de DORALGINA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com DORALGINA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



O uso combinado de analgésicos e adjuvantes, como a cafeína e o isometepteno que também possuem atividades antinociceptivas próprias, vem sendo cada vez mais considerado na terapia da dor, principalmente porque alguns tipos de dor não são fáceis de aliviar com os analgésicos convencionais. A atividade analgésica da dipirona está incontestavelmente comprovada através de vários estudos clínicos
e das evidências proporcionadas pelo intenso uso em várias décadas, e uma revisão do seu uso em cefaleias primárias agudas permitiu a conclusão que a dipirona é efetiva no tratamento das crises de cefaleia tensionais e de enxaquecas, sem que se observe uma incidência importante de eventos adversos sérios nem de agranulocitose. O sinergismo da cafeína sobre os efeitos antinociceptivos da dipirona foram confirmados em um estudo com animais1 e em humanos3 tendo sido observado um início de ação mais rápido com a associação do que com a dipirona isolada.3 A associação do isometepteno com analgésicos foi considerada melhor alternativa à ergotamina no tratamento de cefaleias vasculares.4
A eficácia da associação dipirona, isometepteno e cafeína (2 drágeas em dose única) foi avaliada por Klapetek5 em comparação com a combinação tartarato de ergota mina e cafeína (TEGK) e com placebo (doses únicas) em dois estudos clínicos duplo-cegos em 172 crises de enxaqueca. A intensidade da dor (ID), avaliada por uma escala de quatro pontos (3=muito forte; 0=ausente), apresentou redução no período de avaliação de duas horas com o uso das medicações ativas (associação entre dipirona, isometepteno e cafeína – ID0=1,86 →ID120=0,78; TEGK – ID0=1,93→ID120=0,87; NS). A ação analgésica foi mais consistente e constante durante todo o período de avaliação com a associação entre dipirona, isometepteno e cafeína do que com o comparador ou com o placebo. Esse mesmo autor complementou o primeiro estudo em mais 40 pacientes confirmando um efeito analgésico da associação maior em relação ao tempo, quando comparado com o placebo.
Um estudo randomizado comparou a eficácia da associação entre dipirona, isometepteno e cafeína com a da combinação di-hidroergotamina, cafeína, butalbit al e aminofenazona e a do placebo em pacientes com enxaquecas e cefaleias. Os resultados mostraram eficácia similar com o uso das medicações ativas e superioridade significante em relação ao placebo.
A eficácia, a tolerabilidade e a consistência da sociação as entre dipirona, isometepteno e cafeína na terapia de crises de cefaleia primária leve a moderada foram comparadas com as do paracetamol e as do placebo em um estudo, duplo-cego, randomizado e duplo-cruzado. Foram avaliadas 243 crises em 81 pacientes, havendo redução da dor em 72,5% com a associação entre dipirona, isometepteno e cafeína (duas drágeas), 54,5% com o paracetamol (1000mg) e49,2% com o placebo. A redução média da intensidade da dor foi maior com a associação entre dipirona, isometepteno e cafeína do que com o placebo e com o paracetamol (P<0,001; aos 90 min/120 min). Menos pacientes necessitaram medicação de resgate com o uso da associação entre dipirona, isometepteno e cafeína (18,4%) do que com o paracetamol (37,7%; P=0,008) e o placebo (43,8%; P=0,0007). Não ocorreram eventos adversos graves.