Interações medicamentosas enfluran

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A ingestão crônica de álcool pode aumentar as necessidades de enflurano na anestesia. Aminoglicosídeos, lincomicina, polimixina e bloqueadores neuromusculares não despolarizantes podem produzir bloqueio neuromuscular aditivo se usado com enflurano. A importância clínica deste fato é mínima, se o paciente estiver ventilado mecanicamente mas, ainda assim, a dose deve ser ajustada e instituído tratamento anticolinesterásico ou sais de cálcio, se necessário. Não se recomendam os sais de cálcio, se houve administração de tubocurarina, já que estes em vez de reverter os efeitos, podem potencializá-los. A amiodarona e anti-hipertensivos potencializam a hipotensão causada pelo enflurano. Betabloqueadores, inclusive os de uso oftálmico, poderão causar hipotensão severa e prolongada, se usados simultaneamente com enflurano, reduzindo ainda a capacidade de resposta aos estímulos simpáticos betaadrenérgicos. Caso seja necessário reverter os efeitos dos betabloqueadores, pode-se usar agonistas adrenérgicos como dopamina, isoprenalina ou norepinefrina, mas com extrema cautela. A levodopa aumenta a concentração endógena de dopamina e deve ser suspensa de 6 a 8 horas antes da anestesia. A metildopa pode diminuir as necessidades do anestésico. Medicamentos nefrotóxicos podem aumentar os riscos de nefrotoxicidade severa, não se recomendando o uso simultâneo ou sequencial ao enflurano. A resposta uterina aos ocitócicos sofre uma redução que é dose dependente do enflurano (concentrações maiores que 1,5%), podendo ocorrer hemorragias. O uso simultâneo com suxametônio pode aumentar os riscos de hipertermia maligna e bradicardia enquanto que as xantinas aumentam os riscos de arritmias cardíacas. A administração simultânea com óxido nitroso, reduz os requerimentos deste e por isso pode atenuar, de certa forma, seus efeitos cardiovasculares.