Advertências enfluthane

ENFLUTHANE com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de ENFLUTHANE têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com ENFLUTHANE devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Uma vez que os níveis de anestesia podem ser alterados de modo fácil e rápido, devem ser usados apenas vaporizadores que produzam concentrações previsíveis. A hipotensão e as trocas respiratórias podem servir de guia para a profundidade da anestesia. Níveis profundos de anestesia podem produzir hipotensão e depressão respiratória. ENFLUTHANE, assim como outros anestésicos inalatórios, pode reagir com absorbentes de dióxido de carbono seco (CO2) produzindo monóxido de carbono o que pode resultar em níveis elevados de carboxihemoglobina em alguns pacientes. Quando o médico suspeitar que o absorbente de CO2 pode estar seco, este deve ser substituído antes da administração de ENFLUTHANE. ENFLUTHANE deve ser utilizado com cuidado em pacientes que, devido a antecedentes clínicos ou medicamentosos, podem ser considerados mais susceptíveis à estimulação cortical produzida pelo mesmo. O aumento na profundidade da anestesia com ENFLUTHANE pode produzir alteração no eletroencefalograma caracterizada por alta voltagem, freqüência rápida, progredindo através de complexos espiculados alternados com períodos de silêncio elétrico até clara atividade de crise convulsiva. Esta última pode ou não estar associada à atividade motora. Esta, quando encontrada, geralmente consiste em contrações espasmódicas ou movimentos bruscos de vários grupos musculares. É auto-limitante e pode ser eliminada através da diminuição da concentração anestésica. Este padrão eletroencefalográfico associado à anestesia profunda, é exacerbado por baixa tensão arterial de dióxido de carbono. Uma redução na ventilação e nas concentrações anestésicas normalmente é suficiente para eliminar a atividade convulsiva. O fluxo sangüíneo cerebral e estudos metabólicos em voluntários sadios imediatamente após atividade convulsiva não evidencia hipóxia cerebral. Testes de função mental não revelam qualquer comprometimento de desempenho após anestesia prolongada com o ENFLUTHANE, associado ou não com atividade convulsiva. Raramente pode ocorrer dano hepático discreto, moderado ou sério após anestesia com ENFLUTHANE. Pode haver aumento de transaminases séricas, assim como evidência de dano histológico. As alterações histológicas não são específicas nem consistentes. Em vários desses casos, não foi possível excluir ENFLUTHANE como causa ou como fator contribuinte ao dano hepático. A incidência de hepatotoxicidade inexplicável após a administração de ENFLUTHANE é desconhecida, mas parece ser rara e não relacionada com a dose. Com o uso de anestésicos halogenados foram relatadas interrupção da função hepática, icterícia e necrose hepática fatal. Tais reações parecem indicar hipersensibilidade aos anestésicos. Cirrose, hepatite viral ou outra doença hepática pré-existente pode ser a razão para selecionar um anestésico que não seja halogenado. Quando se sabe que a exposição anterior a um anestésico halogenado foi seguida de disfunção hepática inexplicável, inclusive hepatite virótica, deve-se considerar a utilização de agente anestésico que não seja o ENFLUTHANE. Em alguns casos, a retenção de bromossulftaleína (BSP) eleva-se discretamente após o procedimento operatório. Isto pode estar relacionado ao efeito da cirurgia, uma vez que anestesia prolongada (5 a 7 horas) em voluntários humanos não resulta em elevação de BSP. Há certa elevação da glicose e de glóbulos brancos no período intra-operatório. No caso de pacientes diabéticos, deve-se levar em conta o aumento na concentração da glicose.