Interações medicamentosas epilenil

EPILENIL com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de EPILENIL têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com EPILENIL devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Medicamentos com importante potencial de interação: – ácido acetilsalicílico: um estudo envolvendo a co-administração de ácido acetilsalicílico em doses antipiréticas a pacientes pediátricos revelou um decréscimo na proteína ligada e uma inibição do metabolismo do valproato. A fração livre do valproato aumenta quatro vezes na presença do ácido acetilsalicílico, quando comparada com o valproato administrado como monoterapia. Cuidados devem ser observados se valproato e aspirina foram administrados concomitantemente. – felba mato: um decréscimo da dosagem de valproato pode ser necessário quando a terapia com felbamato for iniciada. Doses baixas de valproato podem ser necessárias quando usado concomitantemente com felbamato. – rifampicina: um estudo envolvendo a administração de uma dose única de valproato (7 mg/Kg) 36 horas após cinco noites de doses diárias com rifampicina (600 mg) revelou um aumento de 40% na depuração oral do valproato. Ajustes de doses podem ser necessários quando for administrado junto com rifampicina. Medicamentos com interação sem importância clínica: – antiácidos: um estudo envolvendo a co-administração de 500 mg de valproato com antiácidos comumente administrados não revelou nenhum efeito sobre a absorção do valproato. – clorpromazina: o uso concomitante de clorpromazina e valproato revelou um aumento de 15% nos níveis plasmáticos nas “concentrações de vale” de valproato. – haloperidol: um estudo envolvendo a administração de haloperidol a pacientes esquizofrênicos, que já vinham recebendo valproato, não revelou alterações significantes nos níveis plasmáticos de vale do valproato. – cimetidina e ranitidina: não afetam a depuração de valproato. Efeitos de valproato em outros medicamentos: O valproato é um fraco inibidor de algumas enzimas do citocromo P450, epoxihidrase e glucuronitransferase. A lista seguinte oferece informações sobre a influência de valproato sobre a farmacocinética ou farmacodinâmica de medicações mais comumente prescritas. A lista não está completa, uma vez que novas interações estão sendo continuamente registradas. – amitriptilina / nortriptilina: a administração de uma dose única de 50 mg de amitriptilina a 15 voluntários sadios (10 homens e 5 mulheres) os quais receberam valproato (500 mg duas vezes ao dia) resultou em um decréscimo de 21% de depuração de amitriptilina e 34% de decréscimo de depuração de nortriptilina. O uso concomitante de valproato com amitriptilina tem sido raramente associado com toxicidade. Monitorização dos níveis de amitriptilina devem ser considerados para pacientes que fazem o uso concomitante de valproato com amitriptilina. Deve-se considerar a redução de dose de amitriptilina /nortriptilina na presença de valproato. – carbamazepina (CBZ) carbamazepina-10, 11-epóxido (CBZ-E): níveis séricos de CBZ diminuem 17% enquanto que de CBZ-E aumentam em torno de 45% em co-administração com valproato e CBZ para pacientes epiléticos. – clonazepam: o uso concomitante de ácido valpróico e de clonazepam pode induzir estado de ausência em pacientes com história desse tipo de crise. – diazepam: o valproato desloca o diazepam de seus locais de ligação com albumina plasmática e inibe seu metabolismo. A co-administração de valproato aumenta a fração livre do diazepam em torno de 90% em voluntários sadios. A depuração plasmática e o volume de distribuição para o diazepam livre foi reduzido em torno de 20% e 20%, respectivamente, na presença de valproato. A meia-vida de eliminação do diazepam permaneceu inalterada com a adição de valproato. – etossuximida: o valproato inibe o metabolismo de etossuximida. A administração de uma dose única de etossuximida 500mg com valproato (800 a 1600 mg/dia) a voluntários sadios, foi acompanhada por um aumento de 25% na meia-vida de eliminação da etossuximida e um decréscimo de 15% na sua depuração total, quando comparado a etossuximida administrada como monoterapia. Pacientes recebendo valproato e etossuximida especialmente em conjunto com outros anticonvulsivantes devem ser monitorizados para alterações das concentrações séricas de ambas as medicações. – lamotrigina: a meia-vida de eliminação da lamotrigina aumentou de 26 para 70 horas quando administrada em conjunto com o valproato; portanto, a dose de lamotrigina deverá ser reduzida nesses casos. – fenobarbital: o valproato inibe o metabolismo do fenobarbital. A co-administração do valproato (250mg duas vezes ao dia por 14 dias) com fenobarbital a indivíduos normais (n=6) resultou num aumento de 50% na meia-vida e numa redução de 30% na depuração plasmática do fenobarbital (dose única 60 mg). A fração da dose de fenobarbital excretada inalterada aumentou 50% na presença de valproato. Há evidências de depressão severa do SNC, com ou sem elevações significativas das concentrações séricas de barbituratos ou valproato. Todos os pacientes recebendo terapia concomitante com barbiturato devem ser cuidadosamente monitorizados quanto à toxicidade neurológica. Se possível, as concentrações séricas de barbituratos deverão ser determinadas e a dosagem deverá ser reduzida quando necessário. – primidona: é metabolizada em barbiturato e, portanto, os mesmos cuidados adotados para fenobarbital deverão aqui ser observados. – fenitoína: o valproato desloca a fenitoína de sua ligação com a albumina plasmática e inibe seu metabolismo hepático. A co-administração de valproato (400 mg, 3 vezes ao dia) e fenitoína (250 mg), em voluntários sadios, foi associada com aumento de 60% na fração livre de fenitoína. A depuração plasmática total e o volume aparente de distribuição da fenitoína aumentou 30% na presença de valproato. Em pacientes com epilepsia, têm ocorrido relatos de desencadeamento de crises com a combinação de valproato e fenitoína. Se necessário, deve-se ajustar a dose de fenitoína de acordo com a situação clínica. – varfarina: teste para monitorização de coagulação deverão ser realizados se a terapia com valproato for instituída em pacientes tomando anticoagulantes. – zidovudina: em pacientes que foram soropositivos para HIV, a depuração de zidovudina diminuiu em torno de 38% após a administração de valproato; a meia-vida da zidovudina não foi afetada. – tolbutamida: a partir de experimentos in vitro, a fração não ligada de tolbutamida aumentou de 20% a 50% quando adicionada a amostras de plasma de pacientes tratados com valproato. A relevância clínica deste deslocamento é desconhecida. – paracetamol: o valproato não exerceu nenhum efeito sobre os parâmetros farmacocinéticos do paracetamol quando foi administrado concomitantemente a três pacientes epiléticos. – clozapina: em pacientes psicóticos não foram observadas interações quando as duas drogas foram administradas concomitantemente. – lítio: a co-administração de valproato (500mg duas vezes ao dia) e lítio (300 mg três vezes ao dia), a voluntários sadios do sexo masculino, não apresentou efeitos no estado de equilíbrio cinético do lítio. – lorazepam: a administração concomitante foi com valproato em homens saudáveis voluntários foi seguida de uma diminuição de 17% na depuração plasmática de lorazepam. – contraceptivos esteróides: a administração de dose única por dois meses de etinilestradiol/levonorgestrel para mulheres em terapia com valproato não relevou qualquer interação farmacocinética. Interferência em Exames Laboratoriais O valproato é eliminado praticamente pela urina como metabólico cetônico o qual pode prejudicar a interpretação correta dos resultados do teste de cetônicos na urina. Há relatos de testes da função da tireóide alterados associados ao valproato. Desconhece-se o significado clínico desse fato. Ocasionalmente, os resultados de exames de laboratório incluem também aumentos de bilirrubina sérica e alterações de outras provas de função hepática.