Características farmacológicas accuvit

ACCUVIT com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de ACCUVIT têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com ACCUVIT devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



ACCUVIT traz em sua fórmula básica, ácido ascórbico, acetato de racealfatocoferol, betacaroteno e selênio, importantes antioxidantes, uma vez que evitam a formação de radicais livres que são prejudiciais ao funcionamento do metabolismo celular.
As vitaminas e minerais são substâncias imprescindíveis para o bom funcionamento do nosso organismo. Todas possuem uma característica comum: nosso organismo não é capaz de produzi-las ou faz em quantidades insuficientes. Por essa razão é necessário repô-las diariamente com uma suplementação.
O ácido ascórbico participa de várias reações principalmente, na conversão de prolina e lisina em hidroxiprolina e hidroxilisina, responsáveis pela formação da síntese do colágeno. Participa da conversão do ácido fólico em ácido folínico e na hidroxilação de dopamina em norepinefrina. Sua absorção ocorre prontamente no intestino e sua distribuição para as células é através do plasma. Sua eliminação é urinária.
O acetato de racealfatocoferol e o ácido ascórbico são classificados como antioxidantes, substâncias que protegem as células e os tecidos contra os ataques de moléculas conhecidas como “radicais livres de oxigênio”.
O tocoferol (vitamina E) é o mais importante tocoferol com atividade de vitamina, por apresentar-se em quase 90% dos tecidos animais e por possuir maior atividade biológica. Tem ação antioxidante e os compostos formam sistemas reversíveis de oxirredução. A vitamina E exerce uma importante função antioxidante e protetora, que se estende aos eritrócitos impedindo a sua hemólise, atuando também como carreadora de elétrons. A vitamina E pode facilitar a absorção, armazenamento hepático e a utilização da vitamina A. Sua absorção ocorre no trato gastrintestinal, através do mecanismo idêntico ao das vitaminas lipossolúveis. Associa-se aos quilomicrons e, posteriormente, a uma beta-lipoproteína plasmática. Distribui-se em todos os tecidos.
Sua deficiência está relacionada com aumento do quadro de hemólise, decorrente da ação dos agentes oxidantes. O acetato de tocoferol possui uma potência de 1,36 U.I./mg.
O betacaroteno é um carotenoide que é convertido em vitamina A. Sua absorção depende de bile e de gordura pelo trato gastrintestinal. Os carotenoides são absorvidos e transportados via linfática ao fígado. Circulam em associação com lipoproteínas e são convertidos em vitamina A em vários tecidos. A hipercarotenemia resulta em uma reversível descoloração amarelada da pele. A hipervitaminose não ocorre provavelmente porque a conversão de betacaroteno em retinol é limitada.
Cerca de 60% do zinco é transportado no plasma ligado à albumina e o restante, encontra-se ligado à alfa-2-macroglobulina e à transferrina, não sendo disponível para trocas. Sua absorção é, na maior parte, ocorrida no duodeno, íleo e jejuno. Somente 10 a 40% do zinco ingerido é absorvido. No fígado, liga-se à metalotionina, que é uma proteína fixadora de metais. A regulação da absorção intestinal ocorre no fígado. A carência ou não do zinco no organismo influencia a regulação da absorção. A eliminação é principalmente fecal, ocorrendo também por via urinária, suor e lactação.
As principais funções do zinco são o metabolismo dos carboidratos, estimular a síntese e o metabolismo proteico, melhorar a resistência ao esforço e aumentar a força muscular.
O cobre é um elemento químico que participa da composição de várias enzimas. Tem importância na oxidação do ferro sendo transportado no plasma ligado à albumina.
Apresenta também a função de aumentar a resistência do colágeno. Através do envolvimento das enzimas que contém cobre, tem função na produção de energia mitocondrial, proteção contra oxidantes e síntese de melanina e catecolaminas. Vinte e cinco a sessenta por cento do cobre da dieta é absorvido. Sua absorção ocorre no estômago, porém é máxima no intestino delgado através de transporte ativo e difusão passiva. É excretado via bile, no trato gastrintestinal e eliminado nas fezes.
A riboflavina ajuda a liberar energia dos alimentos, sendo essencial para o crescimento e manutenção do organismo. É vital no metabolismo como coenzimas para flavoproteínas como respiração celular. Sua absorção é intestinal, sendo convertida em flavina mononucleotídeo através da enzima flavoquinase e, posteriormente, em adenina dinucleotídeo flavina, sendo que estas duas formas são ativas. O excedente da riboflavina que não foi absorvido é eliminado intacto pela urina e também pelas bactérias intestinais.
O selênio tem uma ação antioxidante através da enzima glutationa-peroxidade, onde possui o selênio sob a forma de selenocisteína, que ajuda na prevenção da geração de radicais livres e diminuição do risco oxidativo e danos tissulares. Tem ação vital para o desenvolvimento, crescimento e metabolismo como parte do sistema da tireoide. A dose diária é de 55 µg/dia para as mulheres e 70 µg/dia para os homens.
Sua absorção é no trato gastrintestinal. É armazenado no fígado, células vermelhas, baço, coração e unhas. É convertido no tecido em seu metabólito ativo. Sua excreção é urinária e discretamente fecal.