Características farmacológicas acido acetilsalicilico

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FARMACODINÂMICA
Seus efeitos analgésicos, antipiréticos e anti-inflamatórios são devidos às associações das porções acetil e salicilato da molécula intacta, como também a ação do metabólito ativo salicilato. O efeito antiagregante plaquetário deve-se a capacidade de doar do grupo acetil à membrana plaquetária e à inibição irreversível da enzima ciclooxigenase. Inibe a atividade da enzima ciclooxigenase o que diminui a formação de precursores das prostaglandinas e tromboxanos a partir do ácido araquidônico. Embora a maioria de seus efeitos terapêuticos possa dever-se à inibição da síntese de prostaglandinas em diferentes tecidos, existem outras ações que também contribuem.

FARMACOCINÉTICA
– Absorção
A absorção é rápida e completa após a administração oral; os alimentos diminuem a velocidade, porém, não o grau de absorção.
Sua união às proteínas (albumina) é alta, porém diminui conforme aumenta a concentração plasmática, com baixas concentrações de albumina na disfunção renal e durante a gravidez.

– Distribuição
A meia-vida é de 15 a 20 minutos (para a molécula intacta), pois se hidroliza rapidamente em salicilato. A concentração plasmática terapêutica como analgésico e antipirético é de 2,5 a 5 mg por 100 mL, alcançada geralmente com doses únicas. Como anti-inflamatório/anti-reumático de 15 a 30 mg por 100 mL, embora para atingir o efeito máximo como anti-reumático, possam ser necessárias 2 a 3 semanas de tratamento contínuo.

– Biotransformação
É rápida e parcialmente hidrolisado por estearases contidas no tubo gastrintestinal, fígado e eritrócitos a ácido salicílico, que é 70% a 90% ligado a proteínas e conjugado com a glicina (formando ácido salicilúrico) e ácido glicurônico (dando salicilglicuronídios acílico e fenólico); uma pequena fração do ácido salicílico é hidroxilada a ácido gentísico e ácidos diidroxi e triidroxibenzoicos.

– Excreção
A excreção do fármaco íntegro e dos seus metabólitos é feita principalmente pela urina. É excretado, também, pelo leite materno, tendo sido detectadas concentrações máximas de salicilato de 173 a 483 mg/mL, após a ingestão de uma dose única de 650 mg.