Reações adversas fludara

FLUDARA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de FLUDARA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com FLUDARA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Como todos os medicamentos, FLUDARA pode causar efeitos colaterais, embora nem todos apresentem esses efeitos. Se você não tiver certeza o que são os efeitos colaterais abaixo, converse com seu médico.

Alguns efeitos colaterais podem ser fatais. Informe seu médico imediatamente caso você apresente os sintomas a seguir:
– você tenha dificuldade para respirar, tosse ou dor no peito. Esses podem ser sinais de problemas no pulmão.
– você tenha palpitações (se você de repente fica consciente das batidas de seu coração) ou dores no peito. Esses podem ser sinais de problemas cardíacos.
– você note qualquer hematoma incomum, sangramento excessivo após ferimentos, ou se você estiver contraindo muitas infecções. Esses sintomas podem ser causados por um número reduzido de células sanguíneas. Isso também pode levar a um risco aumentado de infecções (graves), causadas por organismos que geralmente não causam doenças em pessoas saudáveis (infecções oportunistas) incluindo uma reativação tardia de vírus, por exemplo, herpes-zoster.
– você note qualquer dor nas costas, sangue em sua urina, ou quantidade reduzida de urina. Esses podem ser sinais de síndrome de lise tumoral. Quando a doença é grave, seu corpo pode não ser capaz de livrar-se de todos os produtos resultantes das células destruídas por FLUDARA. Isso é chamado de síndrome de lise tumoral e pode causar falência renal e problemas cardíacos, desde a primeira semana de tratamento. Seu médico estará atento para este fato e pode administrar a você outros medicamentos para ajudar a evitar que isso aconteça.
– você apresente urina de cor vermelha a marrom, ou tenha uma erupção cutânea ou qualquer bolha em sua pele. Durante ou após o tratamento com FLUDARA, o seu sistema imunológico também pode atacar partes diferentes do seu corpo (o que é chamado de “fenômeno autoimune”), ou seus glóbulos vermelhos (o que é chamado de “hemólise autoimune”). Essas condições podem ser fatais. Se isto ocorrer, seu médico interromperá o tratamento. A maioria dos pacientes que apresentam hemólise autoimune irá apresentá-la novamente quando FLUDARA for administrado em outra ocasião.
– você note qualquer sintoma incomum do seu sistema nervoso tal como visão alterada. Se FLUDARA for usado na dose recomendada, vários sintomas graves de distúrbio do sistema nervoso, tais como coma, convulsões e agitação podem ocorrer em casos raros. Pode ocorrer confusão, mas ela não é comum. Se FLUDARA for usado por um período de tempo longo (mais de 6 ciclos de tratamento), seus efeitos a longo prazo sobre o sistema nervoso central não são conhecidos. Entretanto, pacientes tratados com a dose recomendada por até 26 ciclos de tratamento foram capazes de tolerá-lo. Em pacientes recebendo doses quatro vezes a dose recomendada, vários eventos incluindo cegueira, coma e morte foram relatados. Alguns desses sintomas apareceram tardiamente, até 60 dias ou mais após a interrupção do tratamento. Você será acompanhado de perto no que se refere a sintomas anormais do sistema nervoso.
– você note qualquer mudança em sua pele enquanto estiver recebendo este medicamento ou após ter terminado o tratamento.
Se você tem ou tiver tido câncer de pele, ele pode piorar ou surgir de novo enquanto você tomar FLUDARA ou depois disso. Você pode também desenvolver câncer de pele durante ou após a terapia com FLUDARA, uma vez que ela reduz o mecanismo de defesa de seu corpo.
– você note qualquer reação na pele ou mucosas com vermelhidão, inflamação, bolhas e erosão. Estes podem ser sinais de uma reação alérgica grave (síndrome de Lyell, síndrome de Stevens-Johnson).
Abaixo são listados possíveis efeitos colaterais de acordo com sua incidência. Os efeitos colaterais raros (incidência menor do que 1 a cada 1000 pacientes) foram identificados, principalmente, a partir da experiência pós comercialização.

Reações muito comuns (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
– infecções (algumas infecções graves)
– infecções devidas à depressão do sistema imunológico(infecções oportunistas)
– infecções dos pulmões (pneumonia)
– redução do número de plaquetas (trombocitopenia) com a possibilidade de hematomas e sangramentos
– redução do número de glóbulos brancos (neutropenia)
– redução do número de glóbulos vermelhos (anemia)
– tosse
– vômitos, diarréia, sensação de enjôo (náusea)
– febre
– sensação de cansaço (fadiga)
– fraqueza.

Reações comuns (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
– outros cânceres relacionados ao sangue (síndrome mielodisplástica, leucemia mielóide aguda). A maior parte dos pacientes com essas doenças foi tratada anteriormente ou ao mesmo tempo ou tratada mais tarde com outras drogas para câncer (agentes alquilantes, inibidores da topoisomerase) ou terapia com radiação.
– depressão da medula óssea (mielossupressão)
– perda de apetite grave levando à perda de peso (anorexia)
– dormência ou fraqueza nos membros (neuropatia periférica)
– visão atrapalhada
– inflamação da parte interior da boca (estomatite)
– erupções cutâneas
– calafrios
– geralmente sentir-se indisposto
– inchaço devido à retenção de fluido excessiva (edema)
– inflamação das membranas mucosas do sistema digestivo da boca ao ânus (mucosite).

Reações incomuns (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
– doença autoimune incluindo:
– anemia hemolítica autoimune (uma doença caracterizada pelo aumento da destruição de glóbulos vermelhos pelo próprio sistema imune do paciente);
– púrpura trombocitopênica (uma doença caracterizada pelo aparecimento de descoloração roxa ou púrpura na pele causada pelo sangramento sob a pele associado com redução do número de plaquetas na circulação);
– pênfigo (um grupo de doenças autoimunes bolhosas que afetam a pele e as membranas mucosas);
– síndrome de Evans (um transtorno autoimune no qual o corpo produz anticorpos que destroem os glóbulos vermelhos e as plaquetas);
– hemofilia adquirida (um distúrbio do sangramento com potencial risco de vida causado pelo
desenvolvimento de anticorpos direcionados contra os fatores de coagulação, mais frequentemente o fator VIII (FVIII).
– síndrome de lise tumoral
– confusão
– toxicidade pulmonar: tecido cicatricial por todo o pulmão (fibrose pulmonar), inflamação dos pulmões (pneumonite), fôlego curto (dispneia).
– sangramento no estômago ou nos intestinos (hemorragia gastrintestinal)
– níveis anormais das enzimas do pâncreas ou do fígado.

Reações raras (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
– doenças do sistema linfático devido à infecção viral (doença linfoproliferativa associada a EBV)
– agitação
– convulsões
– coma
– inflamação ou dano do nervo óptico (neurite óptica; neuropatia óptica)
– cegueira
– insuficiência cardíaca
– batimentos cardíacos irregulares (arritmia)
– câncer de pele
– reação da membrana mucosa e/ou pele com vermelhidão, inflamação, formação de bolhas e erosão (síndrome de Lyell, síndrome de Stevens-Johnson)
– inflamação da bexiga, que pode causar dor no momento da passagem da urina, e pode levar à presença de sangue na urina (cistite hemorrágica).

Progressão e transformação da doença (por exemplo, síndrome de Richter) têm sido frequentemente relatadas em pacientes com leucemia linfocítica crônica (LLC).