Resultados de eficácia frenurin

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Vários estudos clínicos demonstraram a eficácia daoxibutinina no tratamento da incontinência urináriae da bexiga hiperativa. A melhora sintomática com o uso de oxibutinina foirelatada em 3 estudos clínicos em mulheres idosas, com mais de 75 anos de
idade (Szonyi G. et al. Oxybutynin with bladder retraining for detrusor instability in elderly people: a randomized controlled trial. Age Ageing 1995; 24: 287-91; Goode P.S. et al. Urodynamic changes associated with behavioral and drug treatment of urge incontinence in older women. J Am Geriatr Soc 2002; 50: 808-16; Ouslander J.G. et al. Overactive bladder: special considerations in the geriatric population.Am J Manag Care 2000; 6 Suppl. 11: S599-606).
No estudo de Szonyi e cols. foram estudadas 28 mulheres com idade > 70 anos que fizeram uso de oxibutinina 2,5 mg 2 vezes ao dia. Houve uma melhora significante em relação ao p lacebo na frequência e incontinência urinária nasulheresm que fizeram uso do ativo. O efeito adverso mais comum foi boca seca (93 %), seguida por pirose (57 %).
Goode e cols. estudaram 35 mulheres com idade > 55 anos que fizeram uso de oxibutinina 2,5 a 5 mg 3 vezes ao dia. Houve melhora significante na capacidade vesical e na frequência e incontinências urinárias.
Ouslander e cols. estudaram 98 mulheres com idade ≥ 75 anos e observaram melhora nos episódios de urgência e incontinência urinárias.
Outros 4 estudos clínicos foram realizados comparando a oxibutinina (9 a 20 mg ao dia) com placebo em pacientes com hiperatividade do detrusor; suas características estão resumidas na Tabela 1 (Riva D., Casolati E. Oxybutynin chloride in the treatment of female idiopathic bladder instability. Results from doubleblind treatment. Clin Exp Obstet Gynecol 1984; I I: 37- 42.; Collas D.M. et al. Oxybutynin with bladder retraining for detrusor instability in the elderly – a placebo controlled trial [abstract]. Age Ageing 1994; 23 Suppl. 2: 9; Moore K.H. et al. Oxybutynin hydrochloride (3 mg) in the treatment of women with idiopathic detrusor instability. Br J Urol 1990 Nov; 66: 479-85;Tapp A.J.S. et al. The treatment of detrusor instability in postmenopausal women with oxybutynin chloride: a double blind placebo controlled study. British Joumal of Obstetrics and Gynaecology, 1990:97, 521-526.) Um destes estudos (Moore KH et al.) demonstrou melhora na urgência e incontinência urinárias em 60% das 49 mulheres durante o tratamento com oxibutinina versus 2% durante o placebo.

Tabela 1
Estudos de eficácia comparativa entre oxibutinina eplacebo em pacientes com hiperatividade do detrusor.

Autores (casuística) Média de idade Dosagem da oxibutinina Duração Resultados de eficácia global
Collas e cols. (n=28) 82 anos 2,5 mg 2x/dia 6 semanas Oxibutinina => Placebo
Moore e cols. (n=49) 46,2 anos 3 mg 3x/dia Não disponível Oxibutinina => Placebo
Riva e Casolati (n=24) 51,5 anos 5 mg 3x/dia 20 dias Oxibutinina => Placebo
Tapp e cols. (n=24) 61 anos 5 mg 4x/dia 14 dias Oxibutinina => Placebo



Um outro estudo comparou a oxibutinina 5 mg 3 vezes ao dia com placebo e com propantelina em 154 pacientes por 4 semanas
(Thuroff J.W. et al. Randomized, double-blind, multicenter trial on treatment of frequency, urgency and incontinence related to detrusor hyperactivity: oxybutynin versus propantheline versus placebo. J Urol l991 Apr; 145:813-7). Os pacientes apresentavam hiperatividade do detrusor; houve uma tendência a um efeito melhor com relação aos sintomas de incontinência urinária com o uso da oxibutinina (58 % dos pacientes) do que com a propantelina (45 %) ou placebo (43 %).
Outro estudo foi realizado por Gajewski e cols. (Gajewski J.B., Awad S.A. Oxybutynin versus propantheline in patients with multiple sclerosis and detrusor hyperreflexia. J Urol 1986 May; 135: 966-8) em 34 pacientes com hiperatividade do detrusor consequente à esclerose múltipla no qual se comparou a oxibutinina 5 mg 3 vezes ao dia (n=19) com a propantelina 15 mg ao dia (n=15) por 6 a 8 semanas. A oxibutinina também se mostrou superior à propantelina.
A taxa global de bons resultados relatada com o uso da oxibutinina (> 50 % de melhora nos sintomas) varia de 61 a 86 % com a dose de 15 mg ao dia (Abramov Y, Sand P.K.O xybutynin for treatment of urge urinary incontinence and overactive bladder: an updated review. Expert Opin Pharmacother. 2004 Nov;5(11):2351-9).
Com relação à tolerabilidade, os estudos demonstram que os efeitos adversos com o uso da oxibutinina, apesar de comuns, não são irreversíveis e não ameaçam à vida. Em uma revisão com 192 pacientes que fizeram uso de oxibutinina, 76% dos pacientes apresentaram efeitos adversos (Baigrie R.J. et al. Oxybutinin: is it safe? Brit J Urol 1988, 62: 319-32.) O efeito adverso mais comumente relatado foi boca seca, embora disfagia, úlcera gástrica, náusea, cefaleia, vertigem e sonolência também tenham sido relatados. Além disso, os estudos demonstram que osefeitos adversos da oxibutinina são dose-dependent es (Yarker Y.E. et al. Oxybutynin. A review of its pharmacodynamic and pharmacokinetic properties and its therapeutic use in detrusor instability. Drugs Aging (New Zealand) 1995, 6(3): 243-262).