Resultados de eficácia hemogenin

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Oximetolona foi estudada mais profundamente no tratamento da anemia aplástica. Remissão da anemia, indicado pelo aumento dos valores de hemoglobina acima de 12 g/dL, aumento na contagem de reticulócitos e aumento do número de neutrófilos e plaquetas, foram demonstrados após o tratamento com oximetolona. Aumento na celularidade da medula óssea durante a remissão também foi observado. Remissões permanentes, bem como remissões com duração acima de 5 anos após término da terapia, também foram documentadas.
A resposta à oximetolona administrada por mais de 3 meses foi estudada em 45 pacientes com anemia hipoproliferativa ou arregenerativa.
Pacientes com medula hipocelular obtiveram as melhores respostas, com 13 casos de remissões parciais ou totais em 18 casos. Uma remissão completa foi notada somente em pacientes que não apresentaram pancitopenia. De 7 pacientes com mielofibrose, 4 apresentavam trombocitopenia. Melhora após o tratamento com oximetolona ocorreu em todos os 4 pacientes.
O benefício da terapia androgênica foi observado em 3 pacientes com anemia aplástica adquirida, em que foi observada uma relação direta entre a dose de oximetolona e a contagem de células sanguíneas. O número de eritrócitos, neutrófilos, e plaquetas variaram com a dosagem de oximetolona, com exceção da contagem plaquetária de 1 paciente.
O uso de oximetolona foi descrito em 5 crianças com anemia aplástica num outro estudo de relato de casos. Todos os 5 pacientes, incluindo 2 refratários ao tratamento com testosterona, tiveram uma resposta medular e clínica satisfatória. Oximetolona parece ter maior efeito estimulador eritropoiético que a testosterona, observação esta que concorda com dados prévios. (Pavlatos et al., 2001).
Sanchez-Medal et al, descrevem uma série de casos que inclui 14 crianças e 55 adultos com anemia aplástica adquirida tratados com diferentes compostos androgênicos anabólicos. A remissão, definida como uma elevação permanente nos valores de hemoglobina acima de 12 Gm em pacientes do sexo feminino e 13 Gm no sexo masculino, ocorreu em 33 casos (47,9%). Entretanto, se os casos que foram à óbito nos primeiros 2 meses forem excluídos da amostra (presumivelmente não receberam terapia suficiente), as taxas de remissão sobem para 70% (33 de 47 casos). As remissões foram constatadas com a subida da contagem de reticulócitos e a estabilização da concentração de hemoglobina num nível em que as transfusões sanguíneos não eram necessárias. (Sanchez- Medal et al, 1969)
Outro estudo, consistiu na análise de 19 pacientes com anemia adquirida refratária tratados, 10 mulheres e 9 homens, com idade variando entre 6 e 78 anos de idade. A condição sanguínea melhorou em 10 casos de 14 pacientes que puderam ser analisados, durante o tratamento com oximetolona. Os primeiros sinais de melhora, que ficou aparente do término do segundo mês ao quarto mês de tratamento, foram reticulocitose moderada e estabilização da hemoglobina de 8 a 10 gm/100mL. Após um breve período de estabilização, a hemoglobina subiu a valores normais ou próximos dos valores normais. As manifestações de sangramento que se apresentavam em 9 de 10 pacientes cessaram em 2 meses em 4 casos, e em 3 a 5 meses nos outros. Em relação à virilização, este estudo demonstra que os efeitos eritropoeiéticos e virilizantes da oximetolona não estão relacionados, diferentemente da testosterona. Oximetolona, utilizada em doses equivalentes às de testosterona induzem remissões similares na anemia refratária, apesar de apresentar um sétimo do efeito virilizante da testosterona em ensaios animais e confirmados neste estudo. (Sanchez-Medal et al., 1964.)
Em outro estudo, 134 pacientes com anemia aplástica adquirida foram randomizadas para receber globulinaanti-linfocitária e metilprednisolona com ou sem oximetolona. A taxa de resposta em 4 meses foi significativamente superior nos pacientes recebendo oximetolona (57% [39/69] vs 40% [26/6]; p < 0,040. O aumento da taxa de resposta foi mais pronunciado em mulheres com baixa contagem de neutrófilos se comparadas aos homens (78% vs 27%; p< 0,03). (Pavlatos et al., 2001)
Onze pacientes com mielofibrose avançada foram estudados num estudo prospectivo multicêntrico. Normalização do sangue periférico ou melhora substancial ( >3g hemoglobina/dL) foi observada aos 9 de 15 cursos de oximetolona. A necessidade de transfusão sanguínea cessou completamente em todos os 5 pacientes que requereram tal tratamento antes do estudo clínico. Quando o tratamento com oximetolona foi interrompido ou reduzido, 4 pacientes recaíram, apesar de 2 deles responderem à um novo curso de oximetolona. (Pavlatos et al., 2001)
124 pacientes adultos com anemia aplástica adquirida (AA) foram estudados. Cinquenta e quatro apresentou-secomo A.A. grave (sobrevida média do grupo todo, 2,7 meses e aqueles que morreram, 2,5 meses, mortalidade de 88,8%), enquanto 70 foram leves (sobrevida média de todo o grupo, 27,2 meses e aqueles que morreram, 22,7 meses e mortalidade de 28,5% ). Sessenta e quatro não viveram tempo suficiente para dispor de ensaios terapêuticos ou desenvolveram insuficiência hepática grave que tornou impossível a continuação do tratamento. A eficácia terapêutica de 78 períodos de tratamento nos 60 casos avaliados foram analisados quanto à etiologia e severidade. A resposta foi obtida em 31 (40%), dos quais 24 trataram com Oximetalona, 17 apresentaram melhora após 6 meses de tratamento. Oximetalona foi utilizado em 23 dos 41 (56%). A etiologia, sexo e idade não pareceram ter influência sobre a resposta dos 60 pacientes analisados. O único fator que parece útil para o prognóstico quanto à eficácia do tratamento é a gravidade do caso. (Pizzuto J et al.1980)
Foi realizado um estudo prospectivo de 352 pacientes com anemia aplástica em tratamento com andrógeno, entre eles a oximetolona. As seguintes observações principais foram obtidos: a taxa de mortalidade atuarial em 20 meses é de 52%, a metade dos óbitos sendo observado durante os primeiros 3 meses, estes valores são semelhantes aos anteriormente publicados, a partir de pequenas séries de pacientes tratados com andrógenos, e inferiores aos dos casos não tratados com andrógenos. As diferenças na sobrevida e de melhoria foram observadas entre os grupos de pacientes tratados por mais de 3 meses, com drogas alquilados ou não alquilados. Os sinais de danos no fígado foram observadas, não importa qual foi a droga usada. A melhoria contínua pode ser observada até mesmo no 2 º ano de tratamento, indicando que a dose total de terapia hormonal deveria ser continuada até 20 meses em pacientes não totalmente melhorada. O grau de atividade inicial da doença é um parâmetro claro prognósticos para a mortalidade no primeiro trimestre do curso. Em caso de sobrevida de casos graves, a melhora pode ser obtido na medida mesma em casos mais leves. Estes achados enfatizam a necessidade de terapia de manutenção adequada em todos os tipos de pacientes. A adição de glicocorticoides prejudica o prognóstico, principalmente na maioria dos pacientes granulocitopênicos. Os glicocorticoides não apresentam nenhum efeito sobre o dano hepático induzido por andrógenos. (Scand J Haematol 1979).