Advertências hepsera

HEPSERA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de HEPSERA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com HEPSERA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Doses mais altas do que as recomendadas não podem ser administradas.
O ácido piválico, um produto do metabolismo in vivo de adefovir dipivoxila para adefovir, conjuga-se com carnitina, com posterior excreção renal. Portanto, adefovir dipivoxila deve ser administrado com cautela a pacientes com deficiência (congênita) conhecida de carnitina. A significância clínica da ligação com a carnitina é desconhecida. Não há dados sobre a administração simultânea de adefovir dipivoxila com agentes que possam reduzir os níveis de carnitina, tais como ácido valproico ou outros compostos que liberam ácido piválico. Em estudos clínicos com adefovir dipivoxila na dose diária de 10 mg para o tratamento de pacientes com infecção crônica por HBV, as alterações dos níveis séricos de carnitina foram similares entre pacientes tratados com adefovir dipivoxila e placebo. Portanto, os pacientes não precisam de suplementação de L-carnitina ou monitoramento dos níveis séricos de carnitina quando tratados com adefovir dipivoxila 10 mg ao dia.

Função renal
O tratamento com adefovir dipivoxila 10 mg pode resultar em insuficiência renal. Embora essa possibilidade seja pequena em termos de risco global em pacientes com função renal normal, ganha especial importância em pacientes com risco de disfunção renal, naqueles em que essa disfunção é subjacente e em indivíduos em tratamento com drogas que possam afetar a função renal. É recomendado que o clearance de creatinina seja calculado em todos os pacientes antes do início do tratamento com Hepsera.
É importante monitorar a função renal de todos os pacientes durante o tratamento com adefovir dipivoxila, particularmente aqueles com doença preexistente ou sob risco de insuficiência renal.
Naqueles que correm risco de disfunção renal ou têm histórico da doença, recomenda-se o monitoramento de rotina para detecção de alterações tanto nos níveis de creatinina sérica quanto nos de fosfato sérico.
Como adefovir é eliminado por excreção renal, deve-se ajustar a dose em pacientes com clearance de creatinina <50 ml/min (ver Posologia e Modo de Usar). Indivíduos com doença renal em estágio terminal tratados com outras formas de diálise que não a hemodiálise (por exemplo a diálise peritoneal ambulatorial) não foram estudados.
Elevações dos níveis de creatinina sérica e/ou reduções dos níveis de fosfato sérico foram observadas em estudos clínicos quando adefovir dipivoxila foi administrado em doses 3 a 12 vezes mais altas do que a dose recomendada, de 10 mg, para o tratamento de hepatite B crônica.
Em pacientes no período pós-transplante de fígado, observaram-se alterações – geralmente leves – dos níveis de creatinina sérica. Esses pacientes apresentavam múltiplos fatores de risco e alterações da função renal (ver o item Reações Adversas).
O adefovir dipivoxila não foi avaliado em pacientes em tratamento com produtos medicinais nefrotóxicos ou produtos medicinais que são segregados pelo mesmo transportador renal, o transportador de ânion orgânico 1 humano (hOAT1).
Deve-se ter cautela na administração de adefovir dipivoxila 10 mg com produtos medicinais eliminados por secreção tubular ativa. A coadministração, pode levar a um aumento das concentrações séricas de adefovir ou do outro produto medicinal, devido à competição por esta via de eliminação (ver Interações Medicamentosas).

Função hepática
Os pacientes com doença hepática avançada ou cirrose devem ser rigorosamente monitorados no início do tratamento.
Após descontinuação do uso do medicamento, deve-se fazer um monitoramento rigoroso por vários meses, porque ocorreram exacerbações da hepatite após a suspensão de adefovir dipivoxila 10 mg. Essas exacerbações foram observadas na ausência de soroconversão do antígeno HBe (HBeAg) e apresentaram-se como elevações de ALT e aumentos dos níveis séricos do HBV DNA. As elevações dos níveis séricos de ALT em pacientes com função hepática compensada tratados com adefovir dipivoxila 10 mg não foram acompanhadas de alterações clínicas ou laboratoriais sugestivas de descompensação hepática. A maioria das reações pareceu ser autolimitada. Há relatos de que pacientes com doença hepática avançada ou cirrose apresentam maior risco de descompensação hepática e exacerbação grave de hepatite, o que inclui fatalidades.
Há relatos de ocorrência de acidose láctica (na ausência de hipoxemia), algumas vezes fatal, normalmente associada a hepatomegalia grave e esteatose hepática, com o uso de análogos nucleosídeos. O tratamento com esses análogos deve ser descontinuado quando os níveis de aminotransferase se elevarem rapidamente ou ocorrer hepatomegalia progressiva ou acidose láctica metabólica de etiologia desconhecida. Deve-se ter cuidado quando análogos nucleosídeos forem prescritos a qualquer paciente (particularmente mulheres obesas) com hepatomegalia ou outro fator de risco de doenças hepáticas. Esses pacientes devem ser monitorados cuidadosamente.

Co-infecção com HIV
O tratamento com adefovir dipivoxila 10 mg não se mostrou eficaz contra a replicação do vírus HIV. Pacientes coinfectados por HIV devem ter seus níveis de HIV RNA controlados (<400 cópias/ml) com terapia antirretroviral efetiva antes do uso de adefovir dipivoxila 10 mg para a infecção pelo vírus da hepatite B.
Nos coinfectados que não necessitam de tratamento antiviral, há o risco de mutação do HIV com o uso de adefovir individualmente para tratamento de hepatite B crônica.
Hepsera não deve administrado concomitantemente com tenofovir ou com outros medicamentos que contenham tenofovir, incluindo o Truvada.

Fertilidade
Estudos em animais não demonstraram nenhum efeito sobre a fertilidade em machos ou fêmeas.

Gravidez
Não há dados adequados sobre o uso de adefovir dipivoxila em mulheres grávidas.
Estudos em animais com adefovir administrado por via intravenosa demonstraram toxicidade reprodutiva. Estudos em animais com Hepsera® por via oral não indicaram efeitos teratogênicos e de toxicidade fetal.

Hepsera® só deve ser usado durante a gravidez se o benefício potencial justificar o risco potencial para o feto.
Não há dados a respeito do efeito de adefovir dipivoxila na transmissão do HBV da mãe para o bebê. Portanto, deve-se seguir os procedimentos padrão recomendados para imunização de bebês de forma a prevenir a transmissão neonatal desse vírus.
Considerando-se que os riscos potenciais para os fetos em desenvolvimento são desconhecidos, as mulheres em idade fértil tratadas com adefovir dipivoxila têm de usar métodos eficazes de contracepção.

Categoria C de risco de uso na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Lactação
Não se sabe se adefovir é eliminado no leite humano. As mães devem ser instruídas a não amamentar se estiverem tomando Hepsera® comprimidos.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não houve estudos para investigar o efeito de Hepsera® sobre a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas. Com base nos dados farmacológicos da droga, não se preveria um efeito prejudicial sobre tais atividades.