Resultados de eficácia inibina

INIBINA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de INIBINA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com INIBINA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Calixto e cols. analisaram as potências relativas e mecanismos de ação da isoprenalina, isoxsuprina, terbutalina e orciprenalina no miométrio isolado de gestantes, tanto em contrações espontâneas como naquelas induzidas por potássio, caracterizando suas atividades como agonistas beta-adrenérgicos. Conforme mostrado na Tabela 1, a isoxsuprina foi 10 vezes mais potente que a terbutalina (p < 0,05) em inibir as contrações do miométrio em gestantes. (Calixto JB, Simas CM. Mechanism of action of isoprenaline, isoxsuprinme, terbutaline and orciprenaline on gravid human isolated myomewtrium. Influence of the neuronal uptake process. Biol Reprod 1984; 30:1117-23).



Tabela 1: Efeitos inbitórios produzidos pela isoxsuprina e pela terbutalina nas concentrações espontâneas do miométrio isolado de gestantes na ausência ou na presença de cocaína 10 -5 M:

Agonista

Ausência de cocaína
( 10 -5 M)

Presença de cocaína
( 10 -5 M)

DRa Potência b
Isoxsuprina

2.6 x 10 -5
(0.8-8.1)

1.0 x 10 -5
(0.2-4.3)

2.6 4.6 x 10 -5
Terbutalina

2.5 x 10 -4
(0.4-12.8)

1.8 x 10 -4
(0.3-9.6)

1.4 4.8 x 10 -6



aDose relativa calculada como DE 50 na ausência/DE 50 na presença de cocaína
bExperimentos realizados na ausência da cocaína
Spallicci MDB e cols. fizeram uma revisão sobre os procedimentos adotados pelo Hospital Universitário da Universidade de São Paulo para a inibição dos trabalhos de parto prematuros. As pacientes foram mantidas internadas e em repouso para, inicialmente, realizar hidratação parenteral, seguida de infusão endovenosa de cinco ampolas de isoxsuprina diluídas em 500 mL de soro glicosado a 5%, iniciando-se com 4 gotas/min (50 mcg/min) e aumentando 4 gotas/min a cada 20 minutos (máximo de 40 gotas/min), até atingir a dose necessária para inibir as contrações uterinas. Obtida a dose mínima necessária para a inibição das contrações, esta foi mantida durante duas horas e então, reduzida gradativamente, até atingir a dose inicial ou a menor dose eficaz, a qual foi utilizada por mais duas horas e, então, observada a possibilidade de desmame, caso a caso. Efeitos colaterais relacionados ao uso da isoxsuprina que necessitassem a sua interrupção não foram observados. O trabalho de parto foi inibido em 90% dos casos. Os resultados sugerem que o uso da isoxsuprina pode ser seguro e eficaz na inibição do trabalho de parto prematuro, contribuindo para a diminuição da prematuridade e suas consequências. (Spallicci MDB, Albuquerque PB, Zugaib MO, Controle do trabalho de parto prematuro no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo. Revista Brasileira de Medicina 2002 59(4): 277-82).
Giorgino & Egan avaliaram o efeito da isoxsuprina no trabalho de parto prematuro e no risco de abortamento. Na primeira análise, dois estudos clínicos duplo-cegos e placebo-controlados foram examinados e na segunda análise, 25 publicações foram revisadas. A primeira análise evidenciou um resultado positivo com a isoxsuprina em 92% dos casos em comparação ao placebo, seja no risco de abortamento ou no risco de parto prematuro. Na segunda análise, um efeito benéfico também foi observado no prolongamento da gestação (em 54,5% das mulheres em risco de abortamento) e na prevenção do parto prematuro (em 82,3% das mulheres tratadas). Giorgino FL, Egan CG.
Use of isoxsuprine hydrochloride as a tocolytic agent in the treatment of preterm labour: a systematic review of previous literature. Arzneimittelforschung. 2010;60:415-20)