Características farmacológicas ionil t

IONIL T com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de IONIL T têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com IONIL T devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



IONIL T constitui-se de um xampu anti-seborréico contendo ácido salicílico, cloreto de benzalcônio, uma mistura de éteres laurílicos do polioxietileno e solução de coaltar sob a forma dispersível em água, auxiliando a remoção de escamas e no tratamento da dermatite seborréica do couro cabeludo.
O ácido salicílico tem ação queratolítica, auxiliando a remoção das escamas superficiais e fragmentos, de maneira a permitir que o xampu entre em contato mais íntimo com a superfície do couro cabeludo. O nome químico do ácido salicílico é ácido 2-hidroxibenzóico, sua fórmula molecular é C7H6O3 e possuiu peso molecular de 138,12. Apresenta-se como cristais aciculares brancos ou incolores ou como pó cristalino branco. Sua forma sintética é branca e sem odor e sua preparação natural proveniente do metilsalicilato pode ser discretamente amarelada ou rósea, com odor leve de menta. O tempo para atingir o pico de concentração do ácido salicílico em aplicações tópicas é de 5 horas, atingindo concentrações entre 0,3 a 0,9 mg/l após o uso de 2 a 6 mg/l de metilsalicilato. A área sob a curva dos níveis séricos varia entre 15,3 ± 6,6 mg/h/l a 35,8 ± 11,8 mg/h/l. Em óleos contendo 5% e 10% de ácido salicílico, observou- se absorção sistêmica, com o uso tópico em pele, de 9,3% a 25,1%, cujo aumento foi notado após múltiplas aplicações. Após a absorção, 50% a 80% do ácido salicílico se ligam a proteínas plasmáticas, mais precisamente à albumina sérica, com maior afinidade pela albumina fetal. Os metabólitos do ácido salicílico são os glucuronatos de salicilato e o ácido salicilúrico. A excreção do ácido salicílico é 95% realizada pelos rins. O ácido salicílico facilita a descamação, solubilizando o cimento intercelular que une as camadas do estrato córneo, levando à perda da queratina. Além de suas ações queratolíticas, indicadas no tratamento das condições hiperqueratóticas da pele, o ácido salicílico possui ação fungicida e é usado topicamente no tratamento da infecção cutânea por dermatófitos. Tal ação é efeito da remoção da camada córnea da pele, o que suprime o crescimento fúngico. O ácido salicílico também possui ação levemente anti-séptica .
O coaltar é uma substância com propriedades anti-pruriginosa, anti-psoriática, anti-seborréica, queratolítica e discretamente anti-séptica. Não existem dados a respeito da absorção, distribuição e metabolização do coaltar em uso tópico. A acridina (metabólito do coaltar) foi detectada na urina de humanos após aplicação tópica do coaltar. O coaltar é um produto preparado a partir da carbonização do carvão.
O mecanismo de ação do coaltar ainda não está claro. Acredita-se que essa substância aja como um agente citostático, quando aplicada na pele humana normal. Provavelmente, sua ação envolva certos constituintes como o benzapireno, que é convertido a um composto reativo, e que se liga a macromoléculas celulares ou que envolva fotossensibilizadores que, após reação fotoquímica, inibem a síntese de DNA, por meio de efeitos anti-mitóticos. Outro possível mecanismo de ação envolve a redução de processos inflamatórios com adelgaçamento da pele. Em modelos animais, os xampus testados mostraram capacidade de suprimir a síntese de DNA epidérmica entre 26% e 64%.