Reações adversas kinnoferon

KINNOFERON com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de KINNOFERON têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com KINNOFERON devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Os dados a seguir sobre reações adversas estão baseados nas informações oriundas do tratamento em pacientes com câncer portadores de uma ampla variedade de malignidades e muitas vezes refratárias a tratamentos anteriores e em estágio avançado da doença, em pacientes com hepatite B crônica e com hepatite C crônica. A maior parte dos pacientes com câncer recebeu doses que eram significativamente mais altas do que as atualmente recomendadas, e isto provavelmente explica a maior freqüência e gravidade das reações adversas neste grupo de pacientes, quando comparado aos pacientes com hepatite B, cujas reações adversas são geralmente de caráter transitório e geralmente regridem para o estado do início do tratamento 1 a 2 semanas após o final do tratamento; uma queda de cabelos acentuada pode continuar por várias semanas. Sintomas gerais: A maioria dos pacientes apresentou sintomas semelhantes aos de gripe, tais como: fadiga, febre, calafrios, anorexia, mialgia, cefaléia, artralgias e sudorese. Estes sintomas são geralmente reduzidos ou eliminados pelo uso de paracetamol e tendem a diminuir com a continuação do tratamento, embora esta possa levar à letargia, fraqueza e fadiga. Trato gastrintestinal: Aproximadamente dois terços dos pacientes com câncer queixaram-se de anorexia e a metade, de náuseas. Vômitos, alteração do paladar, boca seca, perda de peso, diarréia e dor abdominal leve a moderada foram menos freqüentemente observados. Constipação, flatulência, hipermotilidade ou pirose ocorreram raramente; foram relatados casos isolados de reativação de úlcera péptica e sangramento gastrintestinal sem risco de vida para o paciente. Alterações das funções hepáticas caracterizadas por elevação da TGO, fosfatase alcalina, desidrogenase lática e bilirrubina foram observadas e não necessitaram alterações da posologia. Hepatite foi observada raramente. Em pacientes com hepatite B, alterações nas transaminases geralmente são indicativas de melhora no estado clínico do paciente. Sistema nervoso central: Tontura, vertigem, distúrbios visuais, diminuição da capacidade mental, esquecimento, depressão, sonolência, confusão, distúrbios de comportamento, como ansiedade e nervosismo, e distúrbios do sono foram episódios raros. Comportamento suicida, sonolência profunda, convulsões, coma, reações adversas cerebrovasculares, impotência transitória e retinopatia isquêmica foram complicações raras. Sistema nervoso periférico: Parestesias, entorpecimento, neuropatia, prurido e tremor ocorreram ocasionalmente. Sistema cardiovascular e pulmonar: Foram observadas alterações em aproximadamente um quinto dos pacientes com câncer, consistindo de episódios hipotensão e hipertensivos passageiros, edema, cianose, arritmias, palpitações e dor no peito. Tosse e dispnéia de caráter moderado raramente foram observadas. Foram relatados casos raros de edema pulmonar, pneumonia, insuficiência cardíaca congestiva, parada cardiorrespiratória e infarto do miocárdio. Distúrbios cardiovasculares raramente são observados em pacientes com hepatite B. Pele, mucosas e anexos: Reagravamento de herpes labial, exantema, prurido, ressecamento cutâneo e das mucosas, rinorréia e epistaxe raramente foram relatados. Alopécia moderada ocorreu em até um quinto dos pacientes, porém, este fato foi reversível com a descontinuação do tratamento. Sistema renal e urinário: Raramente observou-se diminuição da função renal. Raros casos de insuficiência renal aguda foram relatados, principalmente em pacientes com câncer e com doenças renais e/ou co–medicações nefrotóxicas como fatores de riscos concomitantes. Alterações eletrolíticas foram observadas, geralmente associadas à anorexia ou desidratação. Os distúrbios consistiram principalmente de proteinúria e contagem celular elevada no sedimento. Raramente foram observadas elevações dos níveis séricos de uréia, creatinina e ácido úrico. Sistema hematopoiético: Ocorreu leucopenia transitória em um terço até metade dos pacientes aproximadamente, mas esse fato raramente exigiu a diminuição da posologia. Em pacientes não mielodeprimidos, ocorreu trombocitopenia com menor freqüência e diminuição da hemoglobina e do hematócrito ocorreram raramente. Em pacientes mielodeprimidos, trombocitopenia e diminuição da hemoglobina ocorreram mais freqüentemente. A recuperação de desvios hematológicos graves em relação aos níveis pré-tratamento, geralmente foi alcançada dentro de 7 a 10 dias após interromper-se o tratamento com KINNOFERON 2A (Interferon alfa-2a). Outros: Hipocalcemia sem conseqüência foi relatada em aproximadamente metade dos pacientes. Hiperglicemia tem sido observada raramente em pacientes em tratamento com interferon alfa-2a. Ocorreram reações no local das injeções. Irregularidades passageiras do ciclo menstrual incluindo períodos menstruais prolongados foram observados em fêmeas de macacos Rhesus que receberam doses muito superiores às doses clínicas recomendadas. A relevância destes achados no ser humano não foi estabelecida. Anticorpos anti-interferon: Anticorpos neutralizantes para proteínas podem-se formar em alguns pacientes após administração homóloga. Anticorpos para todos os interferons, sejam naturais ou recombinantes, podem, portanto, ser encontrados em alguns pacientes. Anticorpos contra interferon leucocitário humano podem aparecer espontaneamente em algumas condições clínicas (câncer, lupus eritematoso sistêmico, herpes zoster) e em pacientes que nunca receberam interferon exógeno. Em estudos clínicos nos quais foi utilizado interferon alfa-2a armazenado a uma temperatura de 25ºC, anticorpos neutralizantes para interferon alfa-2a foram detectados em aproximadamente um quinto dos pacientes. Não existe evidência em qualquer indicação clínica de que a presença de tais anticorpos afete a resposta do paciente ao KINNOFERON 2A (Interferon alfa-2a). Em pacientes com hepatite C, tem sido notada uma tendência nos pacientes responsivos de desenvolverem anticorpos neutralizantes, perdendo a resposta ainda durante o tratamento, e de perder a resposta mais cedo do que pacientes que não desenvolveram tais anticorpos. Não foram documentadas outras seqüelas clínicas referentes à presença de anticorpos para interferon alfa-2a. Não existem ainda dados sobre anticorpos neutralizantes a partir de estudos clínicos realizados com interferon alfa-2a quando armazenados à temperatura de 4ºC, como recomendado atualmente. Em um modelo animal (camundongo), entretanto, a imunogenicidade relativa de interferon alfa-2a aumenta com o tempo, quando o produto é armazenado a 25ºC. Não se observa tal aumento na imunogenicidade quando interferon alfa-2a é mantido a 4ºC, ou seja, nas condições de conservação atualmente recomendadas.