Bula para paciente lamitor

LAMITOR com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de LAMITOR têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com LAMITOR devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



1.PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
A lamotrigina, substância presente em LAMITOR® é uma droga antiepilética (DAE), usada no tratamento de crises convulsivas parciais e crises generalizadas. Pode ser instituído como monoterapia (única droga do tratamento) ou em terapia combinada (associado a outras drogas antiepiléticas).

2.COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Os resultados de estudos farmacológicos sugerem que a lamotrigina age nas células nervosas inibindo a liberação de substâncias capazes de provocar crises epiléticas (convulsivas).
A dose a ser utilizada de lamotrigina é aumentada gradualmente até atingir uma resposta adequada. Esse processo pode levar até cinco semanas. A partir daí, você começa a utilizar a dose de manutenção. Sendo assim, LAMITOR® leva cerca de 33 dias para que a dose de manutenção atinja níveis ótimos no organismo. Porém, isto pode variar dependendo da idade ou caso você utilize alguns medicamentos que possam interferir na ação de LAMITOR®.

3.QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Não use LAMITOR® se você já teve alguma reação alérgica à lamotrigina ou a qualquer outro componente da formulação.
Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.

4.O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Antes de tomar LAMITOR® comprimido seu médico precisa saber:
•Se você tiver qualquer problema nos rins ou fígado.
•Se você já desenvolveu uma erupção cutânea depois de tomar lamotrigina ou outro medicamento para tratamento do transtorno bipolar ou da epilepsia.
•Se você já desenvolveu meningite depois de utilizar lamotrigina (vide item QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?).
•Se você estiver utilizando outro medicamento que contém lamotrigina.
Informe o seu médico se alguma das situações acima se aplicar a você. Seu médico pode considerar diminuir a dose.

Erupções cutâneas
Existem relatos de reações adversas dermatológicas que geralmente têm ocorrido nas primeiras oito semanas após o início do tratamento com a lamotrigina. A maioria das erupções cutâneas (exantema) é leve. No entanto, foram relatados casos em que houve necessidade de descontinuação de LAMITOR®.
Todos os pacientes (adultos e crianças) que desenvolverem exantema devem ser rapidamente avaliados pelo médico, e o uso da lamotrigina, descontinuado, a menos que o exantema se mostre claramente não-relacionado ao medicamento. É recomendado que LAMITOR® não seja reiniciado caso a terapia tenha sido suspensa por ter provocado exantema no tratamento anterior com LAMITOR® a menos que o benefício se sobreponha ao risco.

Risco de suicídio
Sintomas de depressão e/ou transtorno bipolar podem ocorrer em pacientes com epilepsia, e existem evidências de que os pacientes com epilepsia e transtorno bipolar apresentam risco elevado para suicidalidade (pensamentos suicidas).
Portanto, os pacientes devem ser monitorados para detecção de sinais de ideação e comportamentos suicidas. Se você utiliza ou cuida de algum paciente que utiliza LAMITOR® procure o médico caso apareçam sinais de ideação ou comportamento suicidas.

Contraceptivos hormonais
Informe ao seu médico se você faz uso de algum contraceptivo (anticoncepcional) hormonal. Os médicos devem fazer um acompanhamento clínico apropriado da mulher que comece ou pare de tomar contraceptivos hormonais durante o tratamento com LAMITOR®, uma vez que ajustes na dosagem de lamotrigina serão necessários na maioria dos casos.
Em caso de alteração no ciclo menstrual, como sangramentos entre os períodos, informe seu médico.

Substratos do transportador catiônico orgânico 2 (OCT 2)
LAMITOR®, é um inibidor da secreção tubular renal via proteínas OCT 2 e aco-administração com medicamentos excretados por esta via pode resultar em aumento dos níveis plasmáticos destas drogas (ex: dofetilida).

Diidrofolato Redutase
LAMITOR® é um fraco inibidor de diidrofolato-redutase. Portanto, há possibilidade de interferência com o metabolismo do folato durante tratamentos prolongados.

Insuficiência Renal
Em estudos com dose única, em pacientes com insuficiência renal terminal, as concentrações plasmáticas de lamotrigina não foram significativamente alteradas.

Pacientes tratados com outras formulações contendo lamotrigina
LAMITOR® não deve ser administrado a pacientes que estejam sendo tratados com outras formulações contendo lamotrigina sem recomendação médica.

Epilepsia
Não interrompa o uso de LAMITOR® pois isto pode provocar crises epiléticas. Converse com seu médico para que ele lhe forneça as orientações adequadas.

Testes laboratoriais
LAMITOR® pode interferir no resultado de alguns testes laboratoriais usados para detectar drogas na urina, podendo gerar resultados falso positivo. Se você for realizar algum teste laboratorial, avise ao seu médico, hospital ou laboratório que está utilizando LAMITOR®.

LAMITOR® e outros medicamentos
Informe ao seu médico se você estiver utilizando, ou se utilizou recentemente outros medicamentos, inclusive os medicamentos obtidos sem prescrição médica.
Alguns medicamentos podem afetar o modo de ação de LAMITOR® ou aumentar a probabilidade de efeitos colaterais. LAMITOR® também pode afetar o modo de ação de alguns medicamentos. Estes incluem:
•fenitoína, primidona ou fenobarbital, utilizados no tratamento da epilepsia;
•risperidona utilizada para tratamento de transtornos mentais;
•valproato e carbamazepina utilizados para tratar tanto epilepsia quanto os transtornos mentais;
•rifampicina (antibiótico);
•medicamentos utilizados para tratar HIV (combinação de lopinavir e ritonavir ou atazanavir e ritonavir).

Gravidez e lactação
Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou logo após seu término. Informe seu médico se está amamentando.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Existem dados disponíveis sugerindo que LAMITOR® pode influenciar a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas. Portanto, se você estiver utilizando LAMITOR® consulte seu médico antes de iniciar estas atividades.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento de seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

5.ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Conservar em temperatura ambiente (15 a 30°C). Proteger da umidade.
LAMITOR® 25 mg: comprimido de coloração amarelo claro, redondo, plano, sulcado em um dos lados.

LAMITOR® 50 mg: comprimido de coloração amarelo claro, redondo, plano, sulcado em um dos lados.

LAMITOR® 100 mg: comprimido de coloração amarelo claro, redondo, plano, sulcado em um dos lados.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6.COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Informe seu médico sobre qualquer outro medicamento que esteja usando antes do início ou durante o tratamento com LAMITOR®
Sempre utilize LAMITOR® comprimido conforme a orientação do seu médico. Se você não tiver certeza sobre como utilizá-lo pergunte ao seu médico.
Pode demorar um pouco para seu médico encontrar a melhor dose de LAMITOR® comprimido para você. A dose vai depender de alguns fatores, tais como:
•sua idade e peso;
•se você estiver tomando LAMITOR® com outros medicamentos;
•se você tiver alguma doença renal ou problema de fígado.

O seu médico irá prescrever uma dose baixa para iniciar o tratamento e aumentar gradualmente durante algumas semanas até atingir a dose que funciona para você (dose efetiva usual). Nunca tome mais LAMITOR® comprimido do que o seu médico lhe prescreveu.

Posologia
Epilepsia
Adultos e adolescentes com mais de 12 anos de idade:
A dose efetiva usual de LAMITOR® comprimido está entre 100 mg e 700 mg por dia.

Modo de uso
Tome a dose de LAMITOR® uma ou duas vezes por dia conforme recomendado pelo seu médico. O medicamento pode ser tomado com ou sem alimentos.
O seu médico pode solicitar que você inicie ou pare de utilizar algum medicamento dependendo da sua condição e da maneira que você responde ao tratamento.
LAMITOR® deve ser engolido com o auxílio de um copo com água.
Tome sempre a dose total que o seu médico receitou.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
LAMITOR® pode ser partido.

7.O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Caso você se esqueça de tomar uma única dose, tome-a assim que você lembrar, a menos que a próxima dose deva ser tomada em menos de 4 horas. Nesse caso, não tome a dose que você esqueceu e tome a dose seguinte no horário normal. Nunca tome duas doses ao mesmo tempo.
Caso haja necessidade de você parar de tomar LAMITOR® isso deve ser feito de modo gradual. A retirada de LAMITOR® não está associada a sinais ou sintomas de abstinência.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico ou cirurgião- dentista.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Reações observadas durante estudos em monoterapia
Reações muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
– dor de cabeça

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
-sonolência, insônia
-tontura, tremor
-enjoo, vômito, diarreia

Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
-ataxia (falta de coordenação dos movimentos musculares)
-diplopia (visão dupla), visão turva
-nistagmo (movimento involuntário dos olhos)

Reações observadas durante outras experiências clínicas
Reações muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
-sonolência
-ataxia (falta de coordenação dos movimentos musculares)
-vertigem (impressão de que tudo gira), dor de cabeça
-diplopia (visão dupla), visão turva
-enjoo, vômito

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
-nistagmo (movimento involuntário dos olhos),
-tremor, insônia
-diarreia

Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
-meningite asséptica, uma inflamação nas membranas que cobrem o cérebro e a medula espinhal.
Os principais sintomas são: febre, enjoo, vômito, dor de cabeça, rigidez na nuca e extrema sensibilidade à luz
-conjuntivite

Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento):
-agitação
-inconstância
-distúrbios do movimento
-piora da doença de Parkinson, movimentos involuntários
-aumento na frequência das convulsões, pesadelos

Dados pós-comercialização
Reações muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
– erupções cutâneas (exantema)

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
– agressividade, irritabilidade, cansaço

Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
– Síndrome de Stevens-Johnson

Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento):
-necrólise epidérmica tóxica
-reações semelhantes ao lúpus
-tiques, alucinações, confusão
-disfunção hepática (alteração no funcionamento do fígado)
-anormalidades hematológicas (alterações no exame de sangue)
-reações de hipersensibilidade (reações alérgicas graves)
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

9.O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Sinais e sintomas: foi descrita a ingestão aguda de doses de até 10 a 20 vezes a dose terapêutica máxima, incluído casos fatais. A superdose resultou em sintomas que incluem nistagmo, falta de coordenação dos movimentos (ataxia), alteração no nível de consciência, epilepsia do tipo grande mal e coma. Alargamento do QRS (atraso da condução intraventricular) também tem sido observado em pacientes em overdose.
Tratamento: no caso de superdose, o paciente deve ser hospitalizado para receber tratamento sintomático e de suporte apropriados, conforme clinicamente indicado ou recomendado pelo Centro de Controle de Intoxicação, onde estiver disponível.
Em caso de uso de uma grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.