Posologia de lamitor

LAMITOR com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de LAMITOR têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com LAMITOR devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



LAMITOR® deve ser engolido com o auxílio de um copo de água.
Se uma dose calculada de lamotrigina (por exemplo: para uso em crianças e pacientes com insuficiência hepática) não puder ser dividida em doses menores, a dose a ser administrada será igual à menor dose equivalente a um comprimido inteiro.

Reintrodução da terapia
Os médicos devem avaliar a necessidade de escalonamento de dose ao reintroduzir a terapia com LAMITOR® em pacientes que descontinuaram seu uso por alguma razão, uma vez que há sérios riscos de exantema associados a altas doses iniciais e ao exceder a dose recomendada para o escalonamento de LAMITOR® (vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). Quanto maior o intervalo entre o uso prévio e a reintrodução, maior o cuidado que se deve tomar no escalonamento da dose de manutenção. Quando este intervalo exceder cinco meias- vidas (vide item CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS – Propriedades farmacocinéticas), LAMITOR® deve ser escalonado à dose de manutenção de acordo com um programa apropriado.
Recomenda-se que LAMITOR® não seja reiniciado em pacientes que tenham descontinuado seu uso por causa de exantema associado ao tratamento prévio com LAMITOR®, a menos que o potencial benefício ultrapasse os possíveis riscos.

Epilepsia
Quando drogas antiepilépticas de uso concomitante são retiradas para monoterapia com LAMITOR® ou quando outra droga antiepilética (DAE) é adicionada ao regime de tratamento contendo lamotrigina, deve-se considerar os efeitos sobre a farmacocinética da lamotrigina (vide item INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).

Dose em monoterapia
Adultos e crianças acima de 12 anos de idade:
A dose inicial de LAMITOR® em monoterapia é de 25 mg, uma vez ao dia, por duas semanas, seguida por 50 mg, uma vez ao dia, por duas semanas. A partir daí, a dose deve ser aumentada em até um máximo de 50-100 mg, a cada uma a duas semanas, até que uma resposta ótima seja alcançada. A dose usual de manutenção para se alcançar uma resposta ideal é de 100-200 mg/dia, administrados uma vez ao dia ou em duas doses fracionadas. Alguns pacientes podem necessitar de até 500 mg/dia de LAMITOR® para alcançar a resposta desejada.
Por conta do risco de exantema (rash), a dose inicial e o escalonamento de doses subsequentes não devem ser excedidos (vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

Dose em terapia combinada
Adultos e crianças acima de 12 anos:
Nos pacientes recebendo valproato, com ou sem outra droga antiepilética (DAE), a dose inicial de LAMITOR® deve ser de 25 mg, em dias alternados, por duas semanas, seguida por 25 mg, uma vez ao dia, por duas semanas. Em seguida, a dose deve ser aumentada até um máximo de 25-50 mg, a cada uma ou duas semanas, até que uma resposta adequada seja alcançada. A dose usual de manutenção para se obter uma resposta ótima é de100-200 mg/dia, administrados uma vez ao dia ou fracionados em duas tomadas.
Nos pacientes tomando DAEs concomitantes ou outras medicações (vide item INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS) que induzam a glicuronidação da lamotrigina, com ou sem outras DAEs (exceto valproato), a dose inicial de LAMITOR® é de 50 mg, uma vez ao dia, por duas semanas, seguidos por 100 mg/dia, administrados em duas doses fracionadas, por duas semanas.
A partir daí, a dose deve ser aumentada até um máximo de 100 mg a cada uma ou duas semanas, até que uma resposta adequada seja alcançada. A dose usual de manutenção para se obter uma resposta ótima é de 200-400 mg /dia, administrados em duas doses fracionadas.
Alguns pacientes podem necessitar de até 700 mg/dia de LAMITOR® para alcançar a resposta desejada.
Em pacientes usando outras drogas que não induzem ou inibem significativamente a glicuronidação da lamotrigina (vide item INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS), a dose inicial de LAMITOR® é 25 mg uma vez ao dia por duas semanas, seguidos por 50 mg, uma vez ao dia, por duas semanas. A partir daí, a dose deve ser aumentada até um máximo de 50 a 100 mg a cada uma ou duas semanas, até que uma resposta adequada seja alcançada. A dose usual de manutenção para se obter uma resposta ótima é de100-200 mg /dia, administrados uma vez ao dia ou em duas doses fracionadas.

Tabela 2 – Regime de tratamento recomendado em epilepsia para adultos e maiores de 12 anos

   Semanas 1+ 2 Semanas 3 + 4

Dose de
manutenção

Monoterapia 

25 mg (uma vez ao
dia)

50 mg (uma vez ao
dia)

100-200 mg
(uma vez ao dia
ou em duas
doses
fracionadas).
Para se atingir a
dose de
manutenção, as
doses podem ser
aumentadas até
50-100 mg a
cada 1-2
semanas.

Terapia combinada com valproato
independente do uso de qualquer outra
medicação concomitante

 

12,5 mg (25 mg
administrados
em dias
alternados)

25 mg (uma vez ao
dia)

100-200 mg
(uma vez ao dia
ou em duas
doses
fracionadas).
Para se atingir a
dose de
manutenção, as
doses podem ser
aumentadas até
25-50 mg a cada
1-2 semanas).

Terapia
combinada
sem
valproato

Este regime de doses
deve ser usado com
outras drogas que não
induzem ou inibem
significativamente a
glicuronidação da 

lamotrigina ( vide item
“INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS”)

 

25 mg (uma vez ao
dia)

 

50 mg (uma vez ao
dia)

 

 

100-200 mg
(uma vez ao dia
ou em duas
doses
fracionadas).

Para se atingir a
dose de
manutenção, as
doses podem ser
aumentadas até
50-100 mg a
cada 1-2
semanas.

   

Esse regime de doses
deve ser usado com:
fenitoína,,
carbamazepina
fenobarbiton, a
primidona ou com outros
indutores da
glicuronidação da
lamotrigina

 

50 mg (uma vez ao
dia)

 

100 mg (duas doses
fracionadas)

 

200-400 mg
(duas doses
fracionadas)
Para se atingir a
manutenção, as
doses podem ser
aumentadas até
100 mg a cada
1-2 semanas.

Nota: Em pacientes tomando DAEs cuja interação farmacocinética com a lamotrigina seja
desconhecida, deve ser utilizado o regime de tratamento recomendado para o uso da associação
lamotrigina/valproato.


Nota: Em pacientes tomando DAEs cuja interação farmacocinética com a lamotrigina seja desconhecida, deve ser utilizado o regime de tratamento recomendado para o uso da associação lamotrigina/valproato.
Face ao risco de exantema (rash), a dose inicial e o escalonamento de doses subsequentes não devem ser excedidos (vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Recomendações posológicas gerais para populações de pacientes especiais

Mulheres tomando contraceptivos hormonais
-Iniciando o tratamento com LAMITOR® em pacientes que já estejam tomando contraceptivos hormonais:
Embora haja evidências de que os contraceptivos hormonais aumentam o clearance da
lamotrigina (vide itens ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES e INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS), nenhum ajuste no escalonamento de dose de LAMITOR® deve ser necessário com base somente no uso de contraceptivos hormonais. O escalonamento das doses deve seguir as diretrizes recomendadas, baseando-se no fato de a lamotrigina ser adicionada a valproato (um inibidor da glicuronidação da lamotrigina) ou a um indutor da glicuronidação da lamotrigina, ou de LAMITOR® ser adicionado na ausência de valproato ou de um indutor da glicuronidação da lamotrigina.
-Iniciando o uso de contraceptivos hormonais em pacientes que já estejam tomando doses de manutenção de LAMITOR® e não estejam tomando substâncias indutoras da glicuronidação da lamotrigina:
Na maioria dos casos, será necessário aumentar a dose de manutenção de LAMITOR® para valores duas vezes maiores (vide itens ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES e INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS). É recomendado que, a partir do momento em que seja iniciado o uso de contraceptivos hormonais, a dose de lamotrigina seja aumentada para até 50 a 100 mg/dia a cada semana, de acordo com a resposta clínica individual. Os aumentos de dose não devem exceder esse valor, a menos que a resposta clínica indique a necessidade de acréscimos maiores.

-Interrompendo o uso de contraceptivos hormonais em pacientes que já estejam tomando doses de manutenção de LAMITOR® e não estejam tomando substâncias indutoras da glicuronidação da lamotrigina:
Na maioria dos casos, será necessário reduzir a dose de manutenção de LAMITOR® para valores até 50% menores (vide itens ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES e INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS). É recomendado que seja feita a redução gradual da dose diária de lamotrigina de até 50 a 100 mg a cada semana (não excedendo 25% da dose diária total semanal) pelo período de três semanas, a menos que a resposta clínica indique o contrário.

Administração com atazanavir/ritonavir
Apesar de atazanavir/ritonavir ter mostrado reduzir a concentração plasmática de lamotrigina (vide item INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS), nenhum ajuste no escalonamento de dose de LAMITOR® deve ser necessário com base somente no uso de atazanavir/ritonavir. O escalonamento das doses deve seguir as diretrizes recomendadas, baseando-se no fato de a lamotrigina ser adicionada ao valproato (um inibidor da glicuronidação da lamotrigina) ou a um indutor da glicuronidação da lamotrigina, ou de LAMITOR® ser adicionado na ausência de valproato ou de um indutor da glicuronidação da lamotrigina.
Em pacientes que já tomam doses de manutenção de LAMITOR® e que não utilizam indutores de glicuronidação, pode ser necessário aumentar a dose de LAMITOR® se atazanavir/ritonavir forem utilizados ou diminuir a dose se atazanavir/ritonavir forem descontinuados.

Idosos (acima de 65 anos de idade)
Nenhum ajuste de dose é necessário. A farmacocinética da lamotrigina nesta faixa etária não difere significativamente da população de adultos não idosos.

Insuficiência hepática
As doses iniciais de escalonamento e manutenção devem ser geralmente reduzidas em aproximadamente 50% em pacientes com insuficiência hepática moderada (Child-Pughgrau B) e em 75% na insuficiência hepática grave (Child-Pugh grau C). As doses de escalonamento e manutenção devem ser ajustadas de acordo com a resposta clínica.

Insuficiência renal
Deve-se ter cautela ao administrar lamotrigina a pacientes com insuficiência renal. Em pacientes em estágio terminal de insuficiência renal, as doses iniciais de lamotrigina devem ser baseadas no regime de DAEs dos pacientes. Doses de manutenção reduzidas podem ser eficazes para pacientes com insuficiência renal significativa (vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). Para informações farmacocinéticas mais detalhadas, vide item CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS – Propriedades farmacocinéticas.
LAMITOR® pode ser partido.