Reações adversas leponex

LEPONEX com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de LEPONEX têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com LEPONEX devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Hematológicas: O desenvolvimento de granulocitopenia e agranulocitose é um risco inerente ao tratamento com LEPONEX. Embora geralmente reversível com a interrupção do tratamento, a agranulocitose pode resultar em septicemia e pode ser fatal. A maioria dos casos (aproximadamente 85%) ocorre nas primeiras 18 semanas de tratamento. Como é necessária a interrupção imediata do tratamento para impedir o desenvolvimento da potencialmente letal agranulocitose, é imperioso o controle da contagem total de leucócitos (conforme descrito em Advertências e precauções — Medidas de precauções especiais). Pode ocorrer eosinofilia e/ou leucocitose inexplicada, especialmente nas primeiras semanas de tratamento. Muito raramente LEPONEX pode causar trombocitopenia. Casos isolados de vários tipos de leucemia têm sido relatados em pacientes tratados com LEPONEX. Entretanto, não há evidência sugestiva de uma relação causal entre a clozapina e qualquer tipo de leucemia. O índice de ocorrência relatado está dentro dos limites de incidência da doença registrados na população em geral. Sistema nervoso central: Fadiga, sonolência e sedação estão entre os efeitos colaterais mais comumente observados. Podem também ocorrer tontura e cefaléia. LEPONEX pode causar alterações do EEG, inclusive com a ocorrência de complexos pico e onda. Reduz o limiar convulsivo de forma dose-dependente e pode induzir abalos mioclônicos ou convulsões generalizadas. Nesse caso, a dose deve ser reduzida e, se necessário, deve ser iniciado tratamento com anticonvulsivante. Deve-se evitar a carbamazepina, em virtude de seu potencial efeito mielossupressor, e com os demais fármacos anticonvulsivantes, deve-se levar em conta a possibilidade de interação farmacocinética. Tem-se verificado que o ácido valpróico produz apenas aumentos insignificantes no nível plasmático da clozapina e que é bem tolerado na maioria dos pacientes que o recebem em associação com LEPONEX. Em casos raros, LEPONEX pode produzir confusão mental, inquietação, agitação e delírio. Podem ocorrer sintomas extrapiramidais, mas estes são mais leves e menos freqüentes do que os observados durante o tratamento com neurolépticos típicos. Há relatos de rigidez, tremor e acatisia, mas distonia aguda não é comprovadamente um efeito colateral do tratamento com LEPONEX. Muito raramente, discinesia tardia tem sido relatada em pacientes em uso de LEPONEX, tratados anteriormente com outros antipsicóticos, e, portanto, uma relação causal não pode ser estabelecida. Pacientes com discinesia tardia induzida por outros neurolépticos melhoraram com LEPONEX. Casos de síndrome maligna do neuroléptico (SMN) têm sido relatados em pacientes tratados com LEPONEX, quer em uso isolado ou associado ao lítio ou a outros psicofármacos. Sistema nervoso autônomo: São relatados boca seca, visão turva e transtornos de regulação da sudorese e da temperatura. Sialorréia é um efeito colateral farmacologicamente inesperado, mas relativamente comum. Sistema cardiovascular: Podem ocorrer taquicardia e hipotensão postural, com ou sem síncope, especialmente nas primeiras semanas de tratamento. Também pode ocorrer hipertensão, embora mais raramente. Em casos raros, foi relatado colapso circulatório grave (ver Advertências e precauções e Interações medicamentosas). Podem ocorrer alterações de ECG e foram relatados casos isolados de arritmia cardíaca, pericardite e miocardite (com ou sem eosinofilia), dos quais alguns foram fatais. Portanto, em pacientes em tratamento com clozapina, que desenvolverem transtornos cardíacos não-específicos, o diagnóstico de miocardite deve ser considerado e, se confirmado, o tratamento com LEPONEX deve ser descontinuado. Raros casos de tromboembolismo foram relatados. Sistema respiratório: Em casos isolados ocorreu parada ou depressão respiratória, com ou sem colapso circulatório (ver Advertências e precauções e Interações medicamentosas). Raramente, a aspiração de alimento ingerido pode ocorrer em paciente com disfagia ou em conseqüência de dose excessiva. Sistema gastrintestinal: Podem ocorrer náusea, vômito, constipação e, muito raramente, íleo paralítico. Elevações transitórias assintomáticas das enzimas hepáticas e, raramente, hepatite e icterícia colestática poderão ocorrer. Muito raramente, tem sido relatada necrose hepática fulminante. Se ocorrer desenvolvimento de icterícia, LEPONEX deve ser descontinuado (ver Advertências e precauções). Como evento raro, o tratamento com LEPONEX pode estar associado à disfagia, uma possível causa de aspiração. Em raros casos, foi relatada pancreatite aguda. Sistema geniturinário: São relatadas incontinência e retenção urinárias e, em casos isolados, priapismo. Casos isolados de nefrite intersticial aguda têm sido relatados em associação ao tratamento com LEPONEX. Diversos: Pode ocorrer hipertermia benigna, especialmente nas primeiras semanas de tratamento. Há relatos isolados de reações cutâneas. Em raras ocasiões, hiperglicemia foi relatada em pacientes em tratamento com LEPONEX. Raramente, tem ocorrido aumento nos valores da creatinina-fosfoquinase (CPK). Em alguns pacientes em tratamento prolongado, observa-se considerável ganho ponderal. Sabe-se que pode ocorrer morte inexplicada em pacientes psiquiátricos que recebem medicação antipsicótica convencional, mas também entre pacientes psiquiátricos não-tratados. Há relatos isolados de morte súbita em pacientes que recebiam LEPONEX.