Interações medicamentosas levitra

LEVITRA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de LEVITRA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com LEVITRA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Inibidores do citocromo P450
A vardenafila é metabolizada principalmente por meio das enzimas hepáticas, pelo citocromo P450 (CYP) isoforma 3A4, com uma certa contribuição das isoformas CYP3A5 e CYP2C. Por isso, os inibidores dessas enzimas podem reduzir a depuração da vardenafila.
A cimetidina (400 mg, duas vezes por dia), um inibidor inespecífico do citocromo P450, não teve efeito sobre a biodisponibilidade (AUC) nem sobre a concentração máxima (Cmáx) da vardenafila, quando administrada concomitantemente com Levitra® 20 mg comprimido revestido em voluntários sadios.
A eritromicina (500 mg, três vezes por dia), um inibidor do CYP3A4, provocou um aumento de 4 vezes (300%) na AUC e de 3 vezes (200%) na Cmax da vardenafila quando administrada simultaneamente com Levitra® 5 mg comprimido revestido em voluntários sadios.
O cetoconazol (200 mg), um potente inibidor do CYP3A4, provocou um aumento de 10 vezes (900%) na AUC e de 4 vezes (300%) na Cmáx da vardenafila quando administrado simultaneamente com Levitra® 5 mg comprimido revestido em voluntários sadios.
A coadministração de Levitra® 10 mg comprimido revestido e de um inibidor da protease do HIV, o indinavir (800 mg, três vezes por dia), resultou em aumento de 16 vezes (1.500%) no valor da AUC da vardenafila e de 7 vezes (600%) no valor da Cmax da vardenafila. Após 24 horas da coadministração, os níveis plasmáticos de vardenafila foram de aproximadamente 4% do nível plasmático máximo de vardenafila (Cmáx).
O ritonavir (600 mg, duas vezes por dia) ocasionou aumento de 13 vezes na Cmáx e aumento de 49 vezes na AUC0-24 de vardenafila na administração concomitante com Levitra® 5 mg comprimido revestido. A interação é consequência do bloqueio do metabolismo hepático de Levitra® pelo ritonavir, um inibidor muito potente do CYP3A4, que inibe também o CYP2C9. O ritonavir prolongou significativamente ameia-vida da vardenafila para 25,7 horas.
Levitra® 10 mg comprimido orodispersível é contraindicado para pacientes sob tratamento com inibidores moderados ou potentes do CYP 3A4 (ver “Contraindicação”). O nicorandil é um híbrido de abridor dos canais de cálcio e nitrato. Devido ao seu teor de nitrato, o produto tem potencial para interação séria com vardenafila.
O uso concomitante de inibidores potentes do citocromo P450 3A4 (CYP3A4), como cetoconazol, itraconazol, indinavir ou ritonavir, pode provocar um aumento considerável dos níveis plasmáticos de vardenafila. Não se deve exceder uma dose máxima de 5 mg de Levitra® comprimido revestido quando usada em combinação
com eritromicina ou claritromicina (ver “Advertências e Precauções”).
Não se deve ultrapassar uma dose máxima de 5 mg de Levitra® comprimido revestido quando usada em associação com cetoconazol e itraconazol. Levitra® não deve ser administrado com doses de cetoconazol e itraconazol maiores que 200 mg (ver
“Advertências e Precauções” e “Posologia e Modo de Usar”). É contraindicado o uso concomitante com indinavir ou ritonavir, inibidores muito potentes do CYP3A4 (ver
“Posologia e Modo de Usar”, “Advertências e Precauções” e “Contraindicações”).

Nitratos e doadores de óxido nítrico
Em um estudo com 18 homens sadios não se observou potencialização do efeito hipotensor da nitroglicerina sublingual (0,4 mg) quando se administrou Levitra® 10 mg comprimido revestido em intervalos de tempos variáveis (de 24 h até 1 h) antes da dose de nitroglicerina.
Em indivíduos sadios de meia-idade, o efeito hipotensor dos nitratos sublinguais (0,4 mg), administrados 1 e 4 horas após 20 mg de vardenafila, foi potencializado. Esses efeitos não foram observados com a ingestão de 20 mg de vardenafila 24 horas antes da nitroglicerina.
Entretanto, não há informações sobre os possíveis efeitos hipotensores da vardenafila quando administrada a pacientes em associação com nitratos. Logo, seu uso concomitante é contraindicado (ver “Contraindicações”).

Outros
A administração concomitante de Levitra® 20 mg comprimido revestido e glibenclamida não afetou a biodisponibilidade relativa da glibenclamida (não houve efeito sobre a AUC e sobre a Cmáx da glibenclamida). Não houve evidência de alteração da farmacocinética de vardenafila pela coadministração da glibenclamida. Não se observou nenhuma interação farmacocinética e farmacodinâmica (tempo de protrombina e fatores de coagulação II, VII e X) na coadministração de varfarina (25 mg) e Levitra® 20 mg comprimido revestido. A farmacocinética da vardenafila não foi afetada pela coadministração da varfarina.
Não se demonstrou nenhuma interação farmacocinética relevante na coadministração de Levitra® 20 mg comprimido revestido e nifedipino (30 ou 60 mg). O tratamento associado de Levitra® comprimido revestido e nifedipino não causou interações farmacodinâmicas (em comparação com placebo, Levitra® comprimido revestido produziu reduções adicionais médias na pressão arterial sistólica e diastólica supina de 5,9 mmHg e 5,2 mmHg, respectivamente).

Alfa bloqueadores
Tendo em vista que a monoterapia com alfa bloqueadores pode causar expressiva redução da pressão arterial, especialmente hipotensão postural e síncope, foram realizados estudos de interação com a Levitra® comprimido revestido em pacientes com hiperplasia prostática benigna (HPB) sob terapia estável com tansulosina ou terazosina, assim como em voluntários normotensos após um curto período de uso de alfa bloqueadores.
Em dois estudos de interação realizados em voluntários sadios normotensos após titulação forçada dos alfa bloqueadores tansulosina ou terazosina até doses elevadas por 14 dias ou menos, constatou-se hipotensão (em alguns casos sintomática) após coadministração de Levitra® comprimido revestido em um número significativo de
indivíduos. Entre os indivíduos tratados com terazosina, observou-se a hipotensão (pressão arterial sistólica inferior a 85 mmHg em posição ereta) com maior frequência quando se administravam Levitra® comprimido revestido e terazosina de modo a atingir Cmax simultaneamente do que quando a administração era feita de modo a separar as Cmax por 6 horas. Como esses estudos foram realizados em voluntários sadios após titulação forçada do alfa bloqueador até doses elevadas (os indivíduos não estavam estáveis à terapia com alfa bloqueadores), podem ter relevância clínica limitada.
Realizaram-se estudos de interação com Levitra® comprimido revestido em pacientes com hiperplasia prostática benigna (HPB) sob terapia estável com tansulosina, terazosina ou alfuzosina. Quando se administrou Levitra® comprimido revestido em doses de 5, 10 ou 20 mg sobre uma base de terapia estável com tansulosina, não ocorreu redução adicional máxima média relevante de pressão arterial. Quando se administrou Levitra® 5 mg comprimido revestido simultaneamente com tansulosina 0,4 mg, 2 entre 21 pacientes apresentaram pressão arterial sistólica em posição ereta inferior a 85 mmHg. Quando se administraram Levitra® 5 mg comprimido revestido e tansulosina com intervalo de 6 horas entre ambos, 2 entre 21 pacientes apresentaram pressão arterial sistólica em posição ereta inferior a 85 mmHg. Em um estudo subsequente em pacientes com HPB, não ocorreram casos de pressão arterial sistólica inferior a 85 mmHg em posição ereta na administração de Levitra® comprimido revestido 10 mg e 20 mg simultaneamente com tansulosina 0,4 ou 0,8 mg. Quando se administrou Levitra® 5 mg comprimido revestido simultaneamente com terazosina 5 ou 10 mg, um dentre 21 pacientes apresentou hipotensão postural sintomática. Não se observou hipotensão quando se administraram Levitra® 5 mg comprimido revestido e terazosina com intervalo de 6 horas entre ambos. Isto deve ser levado em conta na decisão sobre o estabelecimento de um intervalo entre as administrações.
Quando 5 mg ou 10 mg de vardenafila foram administradas 4 horas após a alfuzosina, com pressão arterial e pulso avaliados ao longo do intervalo de 10 horas após a administração da vardenafila, em comparação ao placebo, não houve redução média máxima adicional clinicamente relevante da pressão arterial. Um paciente sofreu uma diminuição da linha de base na pressão arterial sistólica em posição ereta maior que 30 mmHg após 5 mg de vardenafila e um paciente apresentou uma diminuição da linha de base na pressão arterial sistólica em posição ereta maior que 30 mmHg após 10 mg de vardenafila. Não houve casos de pressão arterial sistólica em posição ereta abaixo de 85 mmHg neste estudo. Dois pacientes relataram tontura após 5 mg de vardenafila, um paciente relatou tontura após 10 mg de vardenafila e um paciente relatou tontura após placebo. Uma vez que foi escolhido um intervalo de tempo de quatro horas utilizado neste estudo para obter uma interação potencial máxima, não é necessário um intervalo de tempo quando administrar Levitra® com alfuzosina. Não houve casos de síncope neste estudo ou nos estudos anteriores com tansulosina ou terazosina.
A administração combinada de Levitra® e alfa bloqueadores deve sempre ocorrer após o paciente estar estável na mesma dose do alfa bloqueador. O tratamento com Levitra® deve ser iniciado com a dose mínima recomendada. Além disso, um intervalo de tempo de seis horas entre as administrações deve ser considerado quando administrar Levitra® e terazosina; com tansulosina ou alfuzosina não é necessário intervalo de tempo entre as administrações.
Um tratamento concomitante só deve ser iniciado se o paciente estiver estável em sua terapia com alfa bloqueador. Nestes pacientes estáveis sob terapia de alfa bloqueador, Levitra® deve ser iniciado com a mínima dose inicial recomendada, de 5 mg comprimido revestido. Pacientes sob tratamento com alfa bloqueadores não devem uilizar Levitra®10 mg comprimido orodispersível como dose inicial. Levitra® pode ser administrado com tansulosina ou alfuzosina a qualquer momento. Com outros alfa bloqueadores deve-se considerar um intervalo de tempo em caso de prescrição concomitante de Levitra® (ver “Advertências e precauções”).
Quando se coadministrou digoxina (0,375 mg) no estado de equilíbrio com Levitra® 20 mg comprimido revestido durante 14 dias, em dias alternados, não se evidenciou nenhuma interação farmacocinética. Não houve evidência de que a farmacocinética da vardenafila seja alterada pela coadministração de digoxina.
Doses únicas de um antiácido; hidróxido de magnésio/hidróxido de alumínio, não tiveram influência sobre a biodisponibilidade (AUC) ou a concentração máxima (Cmáx) da vardenafila.
A biodisponibilidade da Levitra® 20 mg comprimido revestido não foi afetada pela coadministração do antagonista H2, ranitidina (150 mg, duas vezes por dia). Levitra®comprimido revestido 10 mg e 20 mg não influenciou o tempo de sangramento quando administrado isoladamente ou em associação com doses baixas de ácido acetilsalicílico (82 mg, duas vezes por dia).
Levitra® 20 mg comprimido revestido não potencializou o efeito hipotensor do álcool (0,5 g/kg de peso corporal). A farmacocinética da vardenafila não foi alterada.
Os dados de investigações farmacocinéticas populacionais de fase III não revelaram efeitos significativos de ácido acetilsalicílico, inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA), betabloqueadores, inibidores fracos do CYP3A4, diuréticos e medicamentos para o tratamento do diabetes (sulfonilureias e metformina) sobre a farmacocinética da vardenafila.