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A L-carnitina, conforme comprovado em vasto número de estudos experimentais e clínicos, é elemento indispensável para a utilização metabólica dos ácidos graxos, substratos energéticos de suma importância para o organismo. Particularmente o miocárdio e os músculos esqueléticos, que utilizam de preferência os ácidos graxos como fonte de energia (até 80%), dependem essencialmente do suprimento satisfatório com este elemento. A L-carnitina é uma substância fisiológica, normalmente sintetizada pelo próprio organismo e suplementada adicionalmente a partir de fontes alimentícias ricas em carnitina (particularmente carne bovina). A L-carnitina influencia ainda, indiretamente, o metabolismo glicídico e proteínico: a oxidação dos ácidos graxos reduz a utilização periférica da glicose, uma vez que permite a entrada de acetilas (resíduos da b-oxidação) no ciclo de Krebs, aumentando conseqüente a disponibilidade energética da célula. Devido a sua ação estimulante sobre a oxidação dos ácidos graxos, a L-carnitina promove a utilização dos mesmos, evitando desvios metabólicos. Assim, impede a formação de níveis excessivos de triglicérides, normaliza o quadro lipoproteínico (redução das lipoproteínas de densidade muito baixa e aumento das lipoproteínas de alta densidade ) eliminando, portanto um dos mais importantes fatores de risco de doenças cardiovasculares (aterosclerose e afecções cardíacas conseqüentes). Certos distúrbios, de origens ainda não totalmente elucidadas, levam à deficiência deste elemento vital, seja por insuficiência da sua biossíntese, seja por falha na sua utilização ou por eliminação excessiva (particularmente em casos de hemodiálise crônica). Nestes casos, caracterizados por fraqueza muscular (miopatias), cardiopatias e cardiomiopatias, às vezes de gravidade severa, a elevação dos níveis plasmáticos e tissulares de L-carnitina é de suma importância terapêutica. Sendo uma substância fisiológica, tanto proveniente de biossíntese própria, quanto ingerida normalmente com alimentos ricos nela, a L-carnitina é absolutamente atóxica e praticamente isenta de efeitos colaterais.