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O óleo extraído de algumas espécies de peixes, que habitam as águas da costa do nordeste brasileiro, contém quantidades significativas de ácidos graxos poliinsaturados tipo Ômega-3, como EPA e DHA, conforme comprovaram os cientistas da Universidade Federal do Ceará. Antes desta pesquisa, acreditava-se que só peixes que vivem nas águas geladas, próximas à camada polar, continham esses teores de ácidos Ômega-3. Os ácidos Ômega-3 têm a propriedade de competir com o ácido araquidônico, inibindo sua síntese, a partir do ácido linoléico. O Ômega-3 serve de substrato para a enzima ciclo-oxigenase que catalisa a produção de tromboxane A3, antiagregante plaquetário. Do mesmo modo, a ação fisiológica do EPA e DHA, nas células endoteliais é benéfica para o equilíbrio hemostático, por sua ação vasodilatadora e por promover menor agregação plaquetária através da prostaglandina E2. Samuelsson e colaboradores, estudando o metabolismo do ácido araquidônico, demostraram a existência de um grupo de substâncias que chamaram de leucotrienos, subdivididos nos tipos A, B, C e D. Estas substâncias participam nos processos inflamatórios e são vasoconstritoras e indutoras de contração da musculatura lisa, estando, portanto, envolvidas em doenças como artrite reumatóide, psoríase e outras. Os ácidos Ômega-3, sob ação da enzima lipoxigenase, formam um tipo de leucotrieno B5, de melhor efeito nos processos inflamatórios.