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RESULTADOS DE EFICÁCIA MAREVAN

Estudo1 randomizado, duplo cego, com 738 pacientes, mostrou que a terapia com a dose convencional de varfarina é mais efetiva e não está associada a maior risco de sangramento importante, quando comparada a terapia de baixa intensidade com varfarina, para a prevenção de tromboembólise recorrente por tempo prolongado (média de duração: 2,4 anos). Prins HM et al 2 mostraram que em pacientes com trombose venosa profunda, o uso de varfarina é superior ao placebo ou a doses profiláticas de heparina subcutânea, na prevenção de recorrência. Outros estudos3 verificaram que, após cirurgias ortopédicas ou ginecológicas de grande porte, o uso de varfarina é efetivo na prevenção da trombose venosa. Dados de uma análise conjunta de cinco estudos4 controlados e randomizados publicados em 1994, avaliaram a eficácia e os riscos da terapia anti-trombótica em pacientes com fibrilação atrial. No grupo varfarina-controle, 1889 pacientes receberam varfarina e 1802, placebo.
A média de idade dos estudos foi de 69 anos, 46% dos pacientes possuíam história de hipertensão, 6% já tinham apresentado ataque isquêmico transitório ou AVC (acidente vascular cerebralderrame) e 14% eram diabéticos. A eficácia da varfarina foi consistente em todos os estudos e subgrupos de pacientes. Em mulheres, a varfarina reduziu o risco de AVC em 84%, comparado a 60% nos homens.
A taxa anual de hemorragia grave (hemorragia intracraniana, necessidade de hospitalização ou transfusão de duas unidades de sangue) foi de 1% para o grupo controle e 1,3% para o grupo varfarina. Nesses estudos a varfarina reduziu o risco de AVC em pacientes com fibrilação atrial em 68%, com praticamente nenhum aumento na freqüência de hemorragia grave. Outro estudo5 multicêntrico, randomizado, comparou a ação da varfarina ou aspirina com placebo na prevenção do AVC e do embolismo sistêmico (eventos primários), tendo incluído 1330 pacientes internados ou ambulatoriais com fibrilação atrial de origem não reumática, constante ou intermitente. No grupo varfarina versus placebo, a taxa de AVC isquêmico e embolia sistêmica foi reduzida substancialmente pelo uso de varfarina (2,3% /ano comparado com 7,4% /ano no grupo placebo). O risco de evento primário ou morte foi reduzido em 58% naqueles do grupo varfarina. O risco de hemorragia significativa foi de 1,5%, 1,4% e 1,6% / ano, para os pacientes dos grupos varfarina, aspirina e placebo, respectivamente. O Trombosis Prevention Trial6 avaliou o uso de varfarina (alvo de INR 1,3 a 1,8), aspirina (75mg/dia) ou ambos, para prevenção do primeiro IAM. Os resultados sugeriram que o uso da varfarina com baixa intensidade de anticoagulação foi efetivo na prevenção de isquemia aguda (particularmente eventos fatais), e a combinação com aspirina foi mais efetiva que o uso isolado, com pequeno aumento no risco de hemorragias. O estudo WARIS II7 comparou a varfarina, a aspirina ou ambos em 3630 pacientes com IAM, randomizados no período de alta hospitalar e acompanhados por dois anos. Os desfechos foram: mortalidade total, re-infarto não fatal ou acidente vascular tromboembólico. Esses eventos ocorreram em 20% dos pacientes do grupo aspirina (160 mg/d), 16,7% do grupo varfarina (INR médio 2,8) e 15% dos pacientes que utilizaram ambas as drogas (INR médio 2.2; aspirina 75 mg/d). A superioridade da associação versus aspirina foi altamente significativa (p 0.0005). Não houve diferença significativa entre os dois grupos com varfarina. Sangramento importante ocorreu numa taxa de 0.15% por ano no grupo aspirina, 0.58% / ano no grupo varfarina e 0.52% / ano no grupo com associação.
Em um estudo8 prospectivo, randomizado, aberto, controlado com 254 pacientes, o intervalo livre de eventos tromboembólicos foi significativamente maior nos pacientes com prótese valvar cardíaca mecânica tratados apenas com varfarina, comparado com dipiridamol-aspirina (p<0.005) e pentoxifilina-aspirina (p<0.05). As taxas de eventos tromboembólicos nesses grupos foram de 2.2, 8.6 e 7.9 / 100 pacientes por ano, respectivamente.