Resultados de eficácia metadoxil

METADOXIL com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de METADOXIL têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com METADOXIL devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



O pidolato de piridoxina é o resultado da reação das moléculas de piridoxina e ácido carboxílico pirrolidona. A piridoxina também é conhecida como Vitamina B6 e o carboxilato pirrolidona (também conhecido como piroglutamato) é um derivado cíclico do ácido glutâmico.
Ambas as substâncias ocorrem na natureza. São componentes da dieta humana, sendo encontrados nos tecidos humanos. Portanto, não deve ser esperada nenhuma toxicidade imprópria.
Os sais do ácido piroglutâmico ou carboxilatos pirrolidona são facilmente hidrolisados no organismo, tornando disponível o ácido cíclico para os processos metabólicos. Esta combinação está fisiologicamente presente em vários tecidos corpóreos, inclusive no tecido nervoso, sendo obtido da dieta ou da ciclização fisiológica do ácido glutâmico.
O piroglutamato é rapidamente metabolizado para glutamato pela enzima oxoprolinase.
Além de ser um precursor do glutamato, o piroglutamato exerce alguns efeitos diretos, principalmente sobre o sistema nervoso central, onde entra com maior facilidade devido a que, representando uma variância em relação ao glutamato, atravessa a barreira hematoencefálica.
As ações sobre as funções cognitivas e memória mediada pela ativação do sistema colinérgico são definitivamente importantes e clinicamente relevantes para facilitar a recuperação das funções superiores normais prejudicadas pela intoxicação, principalmente pela intoxicação alcoólica.
Nas condições de hiperamoniemia com os consequentes sintomas neurológicos – a assim denominada encefalopatia hepática característica da cirrose alcoólica terminal – o suporte às funções do sistema nervoso central podem ser úteis. Porém, o principal papel do piroglutamato está nas ações metabólicas que o mesmo pode exercer, principalmente sobre a função hepática.
Em primeiro lugar, o piroglutamato é um intermediário no ciclo γ-glutamil, um sistema de transporte de aminoácidos dentro da célula, através da membrana celular. O glutamato formado pelo metabolismo do piroglutamato exerce outras funções metabólicas importantes.
O derivado N-acetilglutamato, obtido de forma similar pela metabolização, desempenha um papel essencial na manutenção do equilíbrio de nitrogênio, devido à ativação da enzima carbamoil sintetase I, uma das enzimas chaves no ciclo da ureia. Adicionalmente, pela reação com o oxaloacetato – um intermediário do ciclo de Krebs, participa da biosíntese do aspartato, um elemento essencial do ciclo da ureia.
O glutamato também pode reagir com a amônia para formar glutamina, contribuindo desta forma para a desintoxicação e para a fixação do nitrogênio pelo organismo. Esta via é importante em muitos tecidos e, particularmente, no sistema nervoso central. É um dos principais mecanismos de transporte de amônia para o fígado. Realmente, no fígado, a enzima glutaminase libera amônia que entra no ciclo da ureia, e glutamato.
Portanto, torna-se evidente que, em condições de hiperazotemia, como aquelas verificadas na intoxicação aguda e, em maior extensão, na intoxicação crônica, torna-se necessária a presença adequada de glutamato, o que justifica a presença de sua forma cíclica, mais adequada para ambos, o fígado e as atividades do SNC do que a forma aberta, no preparado previsto para o tratamento da doença hepática alcoólica e de suas consequências psicopatológicas.
O contra-íon no par de íons do pidolato de piridoxina é a piridoxina, também conhecida como Vitamina B6. Na forma de fosfato piridoxal, a piridoxina age como uma coenzima em muitas reações relevantes do metabolismo dos aminoácidos, carboidratos, esfingolipídeos, heme; na formação dos sais do ácido biliar, resultando na eliminação de sua característica tóxica, e em muitas outras reações metabólica diversas.
No caso de uma intoxicação, as concentrações hepáticas de fosfato piridoxal são diminuídas, provavelmente por causa do catabolismo aumentado da vitamina. Realmente, no paciente cirrótico, a taxa da síntese de fosfato piridoxal a partir da piridoxina exógena aparenta permanecer normal.
O significado clínico exato de tal diminuição ainda não está completamente esclarecido.
Porém, é conhecido que a disponibilidade reduzida de piridoxina prejudica os mecanismos de deaminação e descarboxilação do fígado, as principais reações metabólicas que controlam a biosíntese dos aminoácidos, biotransformação e catabolismo pelo ciclo da ureia, além de prejudicar vários passos do ciclo de Krebs.
Adicionalmente, a disponibilidade insuficiente de piridoxina reduz a síntese de taurino, necessário para conjugar e eliminar a característica tóxica dos ácidos biliares.
Portanto, a disponibilidade insuficiente da piridoxina pode prejudicar facilmente as funções hepáticas, ao contrário, o fornecimento exógeno de piridoxina biologicamente disponível é útil em todos aqueles casos de metabolismo hepático prejudicado e hiperamoniemia, como as intoxicações agudas e crônicas.