Características farmacológicas methergin

METHERGIN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de METHERGIN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com METHERGIN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Farmacodinâmica
Grupo farmacoterapêutico: oxitócico. A metilergometrina, um derivado semi-sintético do alcalóide natural ergometrina, é um potente e específico agente uterotônico. Atua diretamente no músculo liso uterino e aumenta o tônus basal, a freqüência e a amplitude das contrações rítmicas. Comparado com outros alcalóides do ergot, o efeito da metilergometrina no sistema nervoso central e no sistema cardiovascular é menos pronunciado. O efeito oxitócico forte e seletivo da metilergometrina resulta de suas ações específicas como agonista parcial e antagonista em receptores alfa-adrenérgicos, serotoninérgicos e dopaminérgicos. Todavia, isso não exclui totalmente o aparecimento de complicações vasoconstritoras.
Farmacocinética
O início da ação de METHERGIN ocorre dentro de 30 a 60 segundos após injeção intravenosa, de 2 a 5 minutos após injeção intramuscular e de 5 a 10 minutos após administração oral, mantendo-se por 4 a 6 horas. Absorção Em estudos conduzidos em mulheres voluntárias sadias sob jejum, demonstrou-se que a absorção oral de 0,2 mg de METHERGIN foi rápida, atingindo uma concentração máxima plasmática (Cmáx) de 3243 ± 1308 pg/mL em um tempo de 1,12 ± 0,82 horas (tmáx). Para uma injeção de 0,2 mg por via intramuscular, observa-se os seguintes valores: Cmáx de 5918 ± 1952 pg/mL e tmáx de 0,41 ± 0,21 hora. A biodisponibilidade das drágeas foi equivalente à da solução i.m. administrada por via oral e dosedependente após as administrações de 0,1; 0,2 e 0,4 mg. Após a injeção i.m., a extensão da absorção foi aproximadamente 25% maior do que a da administração da dose oral.
Observou-se uma absorção gastrintestinal retardada (tmáx de aproximadamente 3 horas) em mulheres que se encontravam em fase de pósparto, sob tratamento contínuo com METHERGIN drágeas. Distribuição Após injeção i.v., a metilergometrina é rapidamente distribuída do plasma para os tecidos periféricos dentro de, no máximo, 2 a 3 minutos. Em mulheres voluntárias sadias, o volume de distribuição é de 56,1 ± 17,0 litros. Não se sabe se a droga atravessa a barreira hematoencefálica. Metabolismo A metilergometrina é metabolizada principalmente no fígado. O caminho metabólico da droga ainda não foi pesquisado em seres humanos. Nos estudos in vitro, verificouse N-desmetilação e hidroxilação do anel fenílico. Em mulheres voluntárias sadias, o clearance (depuração) plasmático é de 14,4 ± 4,5 litros por hora e a meia-vida de eliminação é de 3,29 ± 1,31 horas. Um estudo em homens voluntários demonstrou que cerca de 3% da dose oral é eliminada como droga inalterada na urina. A droga é principalmente eliminada com a bile nas fezes. Durante o tratamento contínuo, a droga é também secretada no leite materno. A proporção de eliminação encontrada entre o leite e o plasma foi de aproximadamente 0,3.
Dados de segurança pré-clínicos
Toxicidade aguda Os valores de DL50 determinados após os tratamentos orais de dose única foram de 140 mg/Kg nos camundongos e 93 mg/Kg nos ratos. Após tratamentos de administração intravenosa única, os valores de DL50 foram de 85, 23, 2 e 45 mg/Kg em camundongos, ratos, coelhos e cobaias.
Toxicidade subaguda/crônica Não há resultados disponíveis dos estudos de toxicidade a longo prazo com METHERGIN.
Toxicidade na reprodução Não se realizaram estudos com METHERGIN que avaliassem sua toxicidade na reprodução. Potencial carcinogênico e mutagênico O efeito de METHERGIN em mutagênese e carcinogênese ainda não foi determinado.