Posologia de naropin

NAROPIN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de NAROPIN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com NAROPIN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



NAROPIN deve apenas ser utilizado por ou sob a supervisão de médicos experientes em anestesia regional.

Adultos e maiores de 12 anos de idade
A tabela a seguir é um guia de dose para os bloqueios mais usados. A dose deve ser baseada na experiência do anestesista e no conhecimento da condição física do paciente.
Em geral, a anestesia cirúrgica (ex.: administração peridural) requer o uso de altas concentrações e doses. Para analgesia recomenda-se o uso de NAROPIN 2 mg/ml, exceto para a administração intra-articular onde NAROPIN 7,5 mg/ml é recomendado.
Vias de administração:
NAROPIN® POLYAMP ® 2 mg/ml: peridural lombar, peridural torácica e bloqueio de campo.
NAROPIN® POLYAMP ® 7,5 mg/ml: peridural lombar para cirurgia e cesárea, peridural torácica, bloqueio nervoso maior, bloqueio de campo e injeção intra-articular.
NAROPIN® POLYAMP ® 10 mg/ml: peridural lombar para cirurgia.

Recomendação de dose para NAROPIN em adultos e maiores de 12 anos de idade

 

Concentração

mg/ml (%)

Volume

ml

Dose

mg

Início Ação

minutos

Duração

horas

ANESTESIA CIRÚRGICA

 

Administração peridural lombar

Cirurgia

7,5 (0,75%)

10,0 (1%)

15-25

15-20

113-188

150-200

10-20

10-20

3-5

4-6

Administração peridural lombar

Cesárea

7,5 (0,75%)

 

15-20

 

113-150

 

10-20

 

3-5

 

Administração peridural torácica

Alívio da dor pós-operatória por bloqueio

7,5 (0,75%)

 

5-15

 

38-113

 

10-20

 

n/a

 

Bloqueio nervoso maior

(ex.: plexo braquial)

7,5 (0,75%)

 

10-40

 

75-3001

 

10-25

 

6-10

 

Bloqueio de campo

(ex.: bloqueios nervosos menores

e infiltração)

7,5 (0,75%)

 

1-30

 

7,5-225

 

1-15

 

2-6

 

TRATAMENTO DE DOR AGUDA

 

Administração peridural lombar

Bolo

Injeções intermitentes

(ex.: controle da dor de parto)

2,0 (0,2%)

2,0 (0,2%)

10-20

10-15

(intervalo mínimo de 30 min)

20-40

20-30

10-15

 

0,5-1,5

 

 



Administração peridural lombar

Infusão contínua

(ex.: controle da dor de parto e da dor pós-operatória)

Dor do parto

Dor pós-operatória

2,0 (0,2%)

2,0 (0,2%)

6-10 ml/h

6-14 ml/h

12-20 mg/h

12-28 mg/h

n/a

n/a

n/a

n/a

Administração peridural torácica

Infusão contínua

(ex.: controle da dor pós-operatória)

2,0 (0,2%)

 

6-14 ml/h

 

12-28 mg/h

 

n/a

 

n/a

 

Bloqueio de campo

(ex.: bloqueios nervosos menores e infiltração)

2,0 (0,2%)

 

1-100

 

2-200

 

1-5

 

2-6

 

Injeção intra-articular

(ex.: após artroscopia do joelho)

7,5 (0,75%)

 

20

 

1502

 

n/a

 

2-6

 

Bloqueio nervoso periférico

(bloqueio femoral ou interescalênico)

Infusão contínua ou injeções intermitentes

(ex.: controle da dor pós-operatória)

2,0 (0,2%)

 

5-10 ml/h

 

10-20 mg/h

 

n/a

 

n/a

 

 


n/a: não se aplica.
1 a dose para bloqueio nervoso maior deve ser ajustada de acordo com o local de administração e a condição do paciente. Os bloqueios interescalênico e do plexo braquial supraclavicular podem estar associados a frequência maior de reações adversas graves, independentemente do anestésico local utilizado (ver item Precauções e Advertências).

2 se for utilizada quantidade adicional de ropivacaína por outras técnicas no mesmo paciente, não exceder a dose limite de 225 mg.

As doses apresentadas na tabela acima são aquelas consideradas como necessárias à produção de bloqueio com sucesso, devendo ser utilizadas como guia para uso em adultos. Podem ocorrer variações individuais no início e duração do efeito. Os dados mostram a faixa de dose média necessária. Literatura padrão deve ser consultada para fatores que afetam as técnicas específicas de bloqueio e para necessidades individuais do paciente.
A fim de evitar a injeção intravascular recomenda-se aspiração cuidadosa antes e durante a administração da dose principal, a qual deve ser injetada lentamente ou em doses crescentes, na velocidade de 25-50 mg/min, sempre observando atentamente as funções vitais do paciente e mantendo contato verbal. Quando se pretende administrar uma dose peridural, recomenda-se uma dose teste prévia de 3-5 ml de lidocaína com epinefrina (lidocaína 1-2%). A injeção intravascular acidental pode ser reconhecida pelo aumento temporário da frequência cardíaca e em caso de injeção intratecal acidental, por sinais de bloqueio espinhal. A injeção deve ser interrompida imediatamente se ocorrerem sintomas tóxicos.
Em bloqueio peridural para cirurgia, doses únicas de até 250 mg de ropivacaína foram usadas e são bem toleradas.
Quando bloqueios peridurais prolongados são utilizados, tanto por infusão contínua como por administração repetida em bolo, devem ser considerados os riscos de indução de lesão neural local ou de atingir concentração plasmática tóxica. Doses acumulativas de até 800 mg de ropivacaína administradas em cirurgia e analgesia pós-operatória por mais de 24 horas foram bem toleradas em adultos, assim como infusão peridural contínua pós-operatória de até 28 mg/h por 72 horas.
Para o tratamento da dor pós-operatória recomenda-se a seguinte técnica: a menos que seja instalado antes da operação, induzir o bloqueio peridural com NAROPIN 7,5 mg/ml (0,75%) pelo catéter peridural. A analgesia é mantida com infusão de NAROPIN 2 mg/ml (0,2%). Os estudos clínicos demonstraram que velocidades infusão de 6-14 ml/h (12-28 mg/h) proporcionam analgesia adequada com somente leve bloqueio motor não progressivo na maioria dos casos de dor pós-operatória de grau moderado a grave. Com essa técnica, foi observada redução significativa da necessidade de opioides.
Em estudos clínicos uma infusão peridural de NAROPIN 2 mg/ml isolado ou associado a 1-4 mcg/ml de fentanila foi administrada por até 72 horas para o controle da dor pós-operatória. NAROPIN 2 mg/ml (6-14 ml/h) proporcionou alívio da dor adequado para a maioria dos pacientes. A combinação de NAROPIN e fentanila proporcionou melhor alívio da dor, mas causou efeitos colaterais de opioides.
A administração peridural de ropivacaína em concentrações de 10 mg/ml não foi documentada para uso em cesárea.
Quando bloqueios nervosos periféricos prolongados são aplicados, seja por infusão contínua ou através de injeções repetidas, os riscos de atingir a concentração plasmática tóxica ou induzir a lesão neural local, devem ser considerados. Em estudos clínicos, o bloqueio do nervo femoral foi estabelecido com 300 mg de NAROPIN 7,5 mg/ml e o bloqueio interescalênico com 225 mg de NAROPIN 7,5 mg/ml, respectivamente, antes da cirurgia. Então, a analgesia foi mantida com NAROPIN 2 mg/ml. Taxas de infusão ou injeções intermitentes de 10-20 mg/h durante 48 horas proporcionaram analgesia adequada e foram bem toleradas.

Pacientes pediátricos
Recomendações de dose de NAROPIN em pacientes pediátricos com 0 a 12 anos de idade

 

Concentração

mg/ml

Volume

ml/kg

Dose

mg/kg

TRATAMENTO DA DOR AGUDA

(peri- e pós-operatória)

Administração peridural caudal

Bloqueio abaixo de T12, em crianças com peso corpóreo até 25 kg

2,0 (0,2%)

 

1

2

 


A dose na tabela serve como guia para uso em pediatria, pois ocorrem variações individuais. Em crianças com peso corpóreo alto, em geral, é necessária redução gradual da dose com base no peso corpóreo ideal. O volume para um único bloqueio peridural caudal e o volume para administração peridural em bolo não deve exceder 25 ml em nenhum paciente. Literatura padrão deve ser consultada para fatores que afetam técnicas específicas de bloqueio e para as necessidades individuais do paciente.
Recomenda-se aspiração cuidadosa antes e durante a injeção para prevenir a administração intravascular. As funções vitais do paciente devem ser observadas de perto durante a administração. Se ocorrerem sintomas de toxicidade, a injeção deve ser imediatamente interrompida.
Uma injeção peridural caudal única de ropivacaína 2 mg/ml produz analgesia pós-operatória adequada abaixo de T12 na maioria dos pacientes quando é usada uma dose de 2 mg/kg em volume de 1 ml/kg. Em crianças acima de 4 anos de idade, doses de até 3 mg/kg têm sido usadas com segurança. O volume da injeção peridural caudal pode ser ajustado para obter uma distribuição diferente do bloqueio sensório, conforme recomendado na literatura padrão.
O fracionamento da dose calculada do anestésico local é recomendado, qualquer que seja a via de administração.