Reações adversas onxel

ONXEL com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de ONXEL têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com ONXEL devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



– Hematológicas: Neutropenia grave (<500 células/mm3) ocorreu em 27% dos pacientes. Este quadro não foi mais frequente ou mais grave em pacientes que haviam se submetido à radioterapia anterior. Da mesma forma, a neutropenia não parece ser afetada pela duração do tratamento ou pela exposição cumulativa. Relata-se casos de infecção em 18% dos pacientes e em 5% dos ciclos. Nenhum deles resultou em fatalidade (experiência global com 812 pacientes, houve um caso de óbito dos 5 episódios de septicemia associada à neutropenia grave, atribuídos ao paclitaxel). Trombocitopenia com contagem de plaquetas menor que 100.000 células/mm3 e 50.000 células/mm3 ocorreu em 6% e 1% dos pacientes, respectivamente. Observou-se trombocitopenia grave (< 50.000 células/mm3) somente durante os dois primeiros ciclos. Casos de hemorragia ocorreram em 9% dos pacientes; nenhum paciente necessitou de transfusão de plaquetas. Ocorreu anemia em 62% dos pacientes, que foi grave (Hb < 8 g/dl) em 6% dos mesmos. A incidência e a gravidade da anemia estavam relacionadas com o nível basal de hemoglobina. Transfusões de eritrócitos foram necessárias em 13% dos pacientes (6% dos quais com níveis basais de hemoglobina normais). - Reações de Hipersensibilidade: Reações graves de hipersensibilidade ocorreram em 1% dos pacientes tratados nas doses e nos esquemas posológicos recomendados, mesmo com medicação prévia. Estas reações ocorreram, geralmente, nos primeiros ciclos de tratamento e dentro da primeira hora de infusão. As manifestações mais frequentes foram dispnéia, rubor, dor no peito e taquicardia. A dosagem ou o esquema posológico de ONXEL não interfere na frequência das reações de hipersen-sibilidade. Nos pacientes que receberam a dose recomendada de paclitaxel nos esquemas posológicos recomendados, 21% dos ciclos de tratamento estavam relacionados com reações de hipersensibilidade. A maioria das reações foram de menor importância; as manifestações mais frequentes foram rubor em 28%, erupções cutâneas em 14% e hipotensão em 3% dos pacientes. - Cardiovasculares: Durante a infusão de paclitaxel, observou-se hipotensão (24%) ou bradicardia (4%). A bradicardia e a hipotensão geralmente não ocorrem durante o mesmo ciclo. A maioria dos episódios foi assintomática e não necessitou de tratamento. Ocorreram três eventos cardiovasculares graves, possivelmente relacionados com a administração do produto, incluindo hipertensão, trombose venosa e taquicardia; não foi necessário descon-tinuar o tratamento. (Na experiência global de 812 pacientes, ocorreram 10 casos de eventos cardiovasculares graves, incluindo distúrbios do ritmo cardíaco e síncope). Durante os estudos clínicos, constatou-se ECG anormal em 13% dos pacientes recebendo o paclitaxel na dose e no esquema posológico recomendado. Alterações no ECG foram observadas em 8% dos pacientes que possuíam, por ocasião do início do estudo, o traçado normal. Na experiência dos 812 pacientes, as alterações mais frequentemente relatadas foram distúrbios da repolarização não-específica, bradicardia sinusal, taquicardia sinusal e batimentos precoces. Na maioria dos casos, nenhuma relação evidente entre a administração de paclitaxel e as alterações do ECG está definida e estas alterações não têm ou são de mínima relevância clínica. Além do descrito acima, casos de infarto do miocárdio foram raramente registrados. A insuficiência cardíaca congestiva é relatada tipicamente em pacientes que receberam outras quimioterapias, principalmente com antraciclinas. - Neurológicas: A neuropatia periférica é dose-dependente, sendo que 60% dos pacientes assintomáticos por ocasião do início do tratamento apresentaram sintomas durante o tratamento; em 4% dos pacientes recebendo as doses recomendadas, os sintomas foram graves. Sintomas neurológicos podem surgir após o primeiro ciclo e a frequência dos sintomas pode aumentar com o aumento da exposição ao paclitaxel. Sintomas sensoriais normalmente melhoraram ou desapareceram em alguns meses após a interrupção do medicamento. Neuropatias pré-existentes resultantes de terapias anteriores não são contra-indicações à terapia com ONXEL. Outros eventos neurológicos raros relatados após a administração de paclitaxel são ataque epilético tipo grande mal, síncope, ataxia e encefalopatia. Além do descrito acima, têm-se relatado neuro-patia motora resultando em fraqueza distal de pequena intensidade e neuropatia autonômica resultando em íleo paralítico e hipotensão ortos-tática. Foram relatados também distúrbios do nervo óptico e/ou visuais (escotomas cintilantes), em particular naqueles pacientes que receberam doses mais altas que as recomendadas. Estes efeitos foram, em geral, reversíveis. - Hepáticas: Em pacientes com função basal normal, foram detectados níveis de bilirrubina aumentados em 4%, aumento da fosfatase alcalina em 18% e de AST (TGO) em 18%. Necrose hepática e encefalopatia hepática levando ao óbito têm sido raramente relatados a partir dos estudos de segurança em andamento. - Artralgia/Mialgia: Artralgia/mialgia foram relatadas em 54% dos pacientes, normalmente manifestando-se como dores nas articulações maiores nos braços e pernas; sintomas graves foram relatados em 12% dos pacientes. Os sintomas foram normalmente transitórios, ocorrendo 2 ou 3 dias após a administração de paclitaxel e desaparecendo em poucos dias. - Reações no local da aplicação: Pode ocorrer flebite após administração i.v. de ONXEL. O extravasamento durante a administração i.v. pode resultar em edema, dor, eritema e rigidez; às vezes, o extravasamento pode levar ao aparecimento de celulite. Descoloração da pele também pode ocorrer. A recorrência de reações cutâneas no local de um extravasamento prévio após administração de paclitaxel em um outro acesso venoso foi raramente relatada. O tratamento específico para os casos de extravasamento não é conhecido até o momento. - Outras: A alopécia foi observada em quase todos os pacientes. Alterações transitórias e leves na pele e unhas foram observadas. Relatos raros de anormalidades dermatológicas relacionadas a efeitos radioterápicos têm sido recebidos nos estudos de segurança que estão sendo realizados. Efeitos colaterais gastrintestinais, tais como náusea/vômitos, diarréia e mucosite ocorreram em 44%, 25% e 20%, respectivamente, dos pacientes tratados com as doses recomendadas. Estas manifestações foram, geralmente, leves a moderadas. Observa-se, também, enterocolite neutropênica, obstruções/perfurações do intestino e colite isquêmica em pacientes tratados com paclitaxel. Pneumonite por radiação tem sido relatada em pacientes recebendo radioterapia concomitante.