Reações adversas paxel

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Nos estudos realizados ocorreram reações de hipersensibilidade em 19% dos ciclos administrados. Reações graves ocorreram em 2% dos pacientes, mesmo tendo recebido medicação prévia, com necessidade de intervenção terapêutica e/ou descontinuação de infusão de Paclitaxel durante o primeiro ou o segundo ciclo do tratamento. Sintomas graves ocorreram normalmente dentro da primeira hora de infusão. As manifestações mais frequentes foram dispnéia e hipotensão, com necessidade de tratamento e dores no peito. Em três casos, a interrupção da infusão foi a única medida necessária. Broncodilatadores (albuterol ou teofilina), epinefrina, anti-histamínicos e corticosteróides foram usados como agentes únicos ou associados no tratamento de alguns pacientes. Destes pacientes (70%) toleraram a terapia com Paclitaxel posteriormente. Além destes, 39% dos pacientes tiveram manifestações menores, sendo as mais frequentes: rubor (32%), erupções (9%) e dispnéia (9%). A proporção de pacientes que desenvolveram uma reação primária diminui de 25% durante o primeiro ciclo para 10% durante o segundo ciclo e para menos que 5% após o mesmo. Nos casos de reações menores não houve necessidade da interrupção do tratamento, nem impedimento da conclusão do mesmo.
CARDIOVASCULAR:
Observou-se hipotensão em 25% dos pacientes e bradicardia em 12%. A maior parte (10%) dos episódios de bradicardia ocorreu durante a infusão e nenhum destes episódios necessitou de tratamento específico. Entre os episódios de hipotensão, 23% apresentaram a reação durante a infusão. A bradicardia e a hipotensão geralmente não ocorrem durante o mesmo ciclo.
A maioria dos episódios foi assintomática e não necessitou de tratamento, exceto em 2 casos de hipotensão associada a reações de hipersensibilidade graves. Seis eventos cardiovasculares graves, aproximadamente 1,5% dos pacientes, possivelmente relacionados com a administração do produto, foram identificados durante o estudo realizado com o Paclitaxel. Cerca de 0,1% dos pacientes apresentaram arritmias, taquicardia ventricular assintomática, bigeminismo, dois episódios de síncope e foram relatados 2 casos de bloqueio átrio-ventricular total, necessitando de implantação de marca-passo. Não ficou totalmente definido em todos os casos se os eventos foram causados pela infusão de Paxel.
Durante o estudo, constatou-se ECG anormal em 30% dos pacientes. Alterações no ECG foram observadas em 19% dos pacientes que possuíam, por ocasião do início do estudo, o traçado normal, comparados a 57% que já tinham ECG basal normal e desenvolveram distúrbios da repolarização não específica (29%), taquicardia sinusal (19%) e batimentos precoces (7%). A relação entre a administração de Paxel e as alterações do ECG não está definida, visto que não houve monitorização dos grupos controle. De 30% dos pacientes que apresentaram alterações no ECG, somente 2% necessitaram de intervenção terapêutica.
NEUROLÓGICAS:
A neuropatia periférica foi relatada em 62% do total de pacientes, com ocorrência mais frequentemente de parestesia leve. Sintomas neurológicos graves foram constatados em 4% do total de pacientes. A neuropatia periférica foi dose – dependente em 42% dos pacientes que receberam as doses recomendadas e em 69% dos que receberam doses maiores. A gravidade dos sintomas é também aumentada com a dose, sendo que não houve sintomas graves nos pacientes recebendo doses recomendadas contra 6% de ocorrência, nos pacientes recebendo doses maiores. Sintomas neurológicos surgiram em 31% dos pacientes que receberam Paxel nas doses recomendadas e em 49% dos que receberam doses maiores após o primeiro ciclo, tendendo a piorar com o aumento da exposição ao produto. A incidência de sintomas neurológicos foi comparável nos subgrupos de pacientes previamente tratados com Cisplatina (57%). A neuropatia periférica raramente levou à descontinuação do tratamento com Paxel (2%). Sintomas sensoriais melhoraram ou desapareceram em alguns meses após a interrupção do medicamento. Neuropatias preexistentes resultantes de terapias anteriores não são contra-indicações à terapia com Paxel.
Além da neuropatia periférica, a única manifestação neurológica grave foi um caso de ataque epiléptico tipo grande mal, durante a infusão do produto, que reapareceu com uma nova administração de Paxel.
ARTRALGIA / MIALGIA:
Artralgia/Mialgia foram relatadas em 55% dos pacientes, normalmente manifestando-se como dores nas articulações maiores dos braços e pernas. Os sintomas foram normalmente transitórios ocorrendo 2 ou 3 dias após a administração de Paclitaxel e desaparecendo em poucos dias. A incidência e a gravidade da artralgia/mialgia foi claramente dose – dependente e mais frequente em pacientes recebendo G-CSF.

GASTRINTESTINAL:
Náuseas e vômitos, diarréia e mucosite.
HEPÁTICAS:
Testes de alteração da função hepática mostraram relação com a dose empregada de Paxel.
A análise isolada dos pacientes com função basal normal mostrou que 8% dos pacientes apresentaram aumento dos níveis de bilirrubina, 23% registraram aumento de fosfatase alcalina, 16% de AST (TGO) e 33% de ALT (TGP).
Parece que há uma relação dose – dependente em todos os casos; exceto para a TGP.
OUTROS EVENTOS CLÍNICOS:
A alopecia foi observada em quase todos os pacientes. Efeitos colaterais gastrintestinais foram relatados, tais como náuseas (53%), vômitos (43%), diarréia e mucosite (39%). Estas manifestações foram normalmente leves a moderadas, nas doses recomendadas.