Características farmacológicas plastistine c

PLASTISTINE C com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de PLASTISTINE C têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com PLASTISTINE C devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Propriedades Farmacodinâmicas
A cisplatina é um agente antineoplásico composto de platina. Embora o mecanismo de ação não tenha sido conclusivamente determinado, acredita-se que a ação é similar à dos agentes alquilantes bifuncionais, como uma possível ligação cruzada e interferência com a função do DNA. O principal efeito farmacodinâmico da cisplatina é representado pela inibição do crescimento celular, que aparenta ser ciclo e fase não-específicos. Além das células tumorais, os tecidos-alvos são principalmente aqueles caracterizados pela rápida proliferação celular como medula óssea, mucosa gastrintestinal e gônadas.

Propriedades Farmacocinéticas
Absorção
A cisplatina é geralmente administrada por via intravenosa, preferencialmente por infusão IV de 6 a 8 horas. Durante infusão IV convencional, os níveis plasmáticos de platina total, aumentam gradualmente e o pico ocorre no final da infusão.

Distribuição
A platina é amplamente distribuída pelos fluídos e tecidos corporais, com maior concentração nos rins, fígado e próstata. A cisplatina e seus metabólitos de platina ligam-se rápida e extensivamente aos tecidos e às proteínas plasmáticas, incluindo a albumina, gama-globulina e transferina. Três horas após a injeção em bolus e duas horas após o final de uma infusão de três horas, 90% da platina plasmática encontra-se ligada às proteínas plasmáticas. Após repetidos tratamentos, a platina parece acumular-se nos tecidos corpóreos e foi detectada em alguns tecidos por, pelo menos, 6 meses após a última dose do medicamento.

Metabolismo
A rota metabólica da cisplatina ainda não foi completamente elucidada. Ocorre biotransformação pela conversão rápida não enzimática em metabólitos inativos, que não foram ainda identificados completamente.

Excreção
Estudos feitos com o objetivo de determinar a meia-vida de eliminação da platina total plasmática mostraram uma enorme variação interindividual e Inter estudos: 2 a 72 horas em indivíduos normais e 1 a 240 horas em pacientes em fase final da doença renal. A excreção ocorre principalmente pelos rins. Ainda não foram completamente avaliados os efeitos da insuficiência renal na eliminação da cisplatina e de compostos de platina. A cisplatina pode ser eliminada da circulação sistêmica por diálise, mas apenas 3 horas após administração e em extensões limitadas.
A relação entre a concentração plasmática da cisplatina ou da platina e a atividade terapêutica ou toxicidade clínica não foram claramente estabelecidas. No entanto, resultados de estudos in vitro sugeriram que apenas a cisplatina não ligada às proteínas ou produtos compostos de platina são citotóxicos. Também existe evidência que pacientes com alteração da função renal podem ter aumento nos níveis plasmáticos de platina não ligada às proteínas.

Dados de Segurança Pré-clínicos
A cisplatina é mutagênica e causa anormalidades cromossômicas em culturas de células animais. Carcinogenicidade da cisplatina é possível mas não provada.