Advertências prezista

PREZISTA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de PREZISTA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com PREZISTA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Os pacientes devem ser informados que o tratamento anti-retroviral não cura o HIV e não se mostrou capaz de prevenir a transmissão do HIV. As precauções apropriadas para evitar a transmissão do HIV devem ser adotadas. Até o momento, os dados disponíveis são insufi cientes para recomendar uma dose no tratamento anti-retroviral de pacientes virgens ao tratamento e em crianças. Pacientes idosos: uma vez que a informação sobre o uso de Prezista™/ritonavir em pacientes com idade ? 65 anos é limitada, recomenda-se cautela ao administrar o medicamento a pacientes idosos, refl etindo a maior freqüência de função hepática diminuída e de doença concomitante ou outro tratamento (vide Propriedades Farmacocinéticas). A biodisponibilidade oral absoluta de uma única dose de 600 mg de Prezista™ isolado foi, aproximadamente, 37% e aumentou para aproximadamente 82% na presença de 100 mg de ritonavir duas vezes ao dia. O efeito geral de potencialização farmacocinética pelo ritonavir foi um aumento de aproximadamente 14 vezes na exposição sistêmica ao darunavir quando uma única dose de 600 mg de Prezista™ foi administrado por via oral com 100 mg de ritonavir duas vezes ao dia. Portanto, Prezista™ só deve ser utilizado em combinação com 100 mg de ritonavir como um potencializador farmacocinético (vide Propriedades Farmacocinéticas). O aumento da dose de ritonavir não afeta de forma signifi cante as concentrações de darunavir e não é recomendado. Em estudos clínicos (n=3.063), a ocorrência de rash (todos os graus, independente da causalidade) foi observada em 10,3% dos pacientes tratados com Prezista™. As ocorrências de rash foram na maioria das vezes de leve a moderada, ocorrendo freqüentemente nas primeiras quatro semanas de tratamento e desaparecendo com a administração contínua. A taxa de descontinuação devido a rash em pacientes tratados com Prezista™/ritonavir foi de 0,5%. Rash grave, que pode vir acompanhado de febre e/ou elevações das transaminases, foi relatado em 0,4% dos pacientes. A Síndrome de Stevens-Johnson foi raramente relatada (< 0,1%). O tratamento com o Prezista™ deve ser descontinuado se houver o desenvolvimento de rash grave. O darunavir contém uma porção sulfonamida. Prezista™ deve ser usado com cautela em pacientes com alergia conhecida a sulfonamida. Em estudos clínicos com Prezista™/ritonavir, a incidência e a gravidade do rash foram semelhantes em pacientes com ou sem história de alergia a sulfonamida. Pacientes com condições coexistentes Insufi ciência hepática Não há dados relacionados ao uso de Prezista™/ritonavir quando co-administrados a pacientes com insufi ciência hepática grave, portanto, recomendações específi cas de dosagem não podem ser feitas. Prezista™/ritonavir devem ser administrados com precaução em pacientes com insufi ciência hepática grave. Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insufi ciência hepática leve a moderada, com base em dados que demonstraram que os parâmetros farmacocinéticos no estado de equilíbrio de darunavir em pacientes com insufi ciência hepática leve à moderada foram comparáveis com àqueles em indivíduos saudáveis (vide Posologia e Propriedades Farmacocinéticas). Pacientes com história de disfunção hepática, incluindo hepatite crônica ativa B ou C, têm um risco aumentado de alterações da função hepática incluindo eventos adversos hepáticos graves durante a terapia anti-retroviral combinada e devem ser monitorados adequadamente. Se houver evidência de agravamento da doença hepática em tais pacientes, a interrupção ou descontinuação do tratamento deve ser considerada. Insufi ciência renal Considerando que a depuração renal do darunavir é limitada, uma redução na depuração total do organismo não é esperada em pacientes com disfunção renal. Uma vez que o darunavir e o ritonavir estão amplamente ligados às proteínas plasmáticas, não é provável que eles sejam removidos de forma signifi cante pela hemodiálise ou pela diálise peritoneal (vide Posologia e Propriedades Farmacocinéticas). Pacientes hemofílicos Tem havido relatos de aumento de hemorragias, incluindo hematomas cutâneos e hemoartrose em pacientes com hemofi lia do tipo A e B tratados com inibidores de protease. Em alguns pacientes foi administrado fator VIII adicional. Em mais da metade dos casos relatados, o tratamento com inibidores de protease foi mantido ou reintroduzido caso tenha sido descontinuado. Uma relação causal foi sugerida, embora o mecanismo de ação não tenha sido elucidado. Portanto, os pacientes hemofílicos devem ser informados sobre a possibilidade de aumento de sangramento. Hiperglicemia A ocorrência de diabetes mellitus, hiperglicemia ou descompensação de diabetes mellitus preexistente tem sido relatada em pacientes recebendo terapia anti-retroviral, incluindo inibidores de protease. Em alguns desses pacientes a hiperglicemia era grave e em alguns casos também estava associada com cetoacidose. Muitos pacientes tinham condições médicas graves, algumas das quais necessitaram de tratamento com agentes associados com o desenvolvimento de diabetes mellitus ou hiperglicemia. Distribuição lipídica e transtornos metabólicos A terapia anti-retroviral combinada tem sido associada com a redistribuição da gordura corporal (lipodistrofi a) em pacientes infectados pelo HIV. As consequências a longo prazo desses eventos são desconhecidas e o conhecimento do mecanismo de ação é incompleto. Foi levantada a hipótese de uma conexão entre lipomatose visceral e inibidores de protease e lipoatrofi a e ITRNs. Um maior risco de lipodistrofi a foi associado com fatores individuais, tais como idade avançada e fatores relacionados ao fármaco, tais como maior duração do tratamento anti-retroviral e transtornos metabólicos associados. O exame clínico deve incluir a avaliação para sinais físicos de redistribuição da gordura. Deve-se levar em consideração a medida dos lipídeos séricos e a glicemia em jejum. As alterações em lipídeos devem ser gerenciadas como clinicamente apropriado (vide Reações Adversas). Síndrome de reativação imunológica Em pacientes infectados pelo HIV com defi ciência imunológica grave no momento da instituição da terapia antiretroviral combinada, uma reação infl amatória à patógenos que estavam assintomáticos ou infecções oportunistas residuais pode surgir e causar condições clínicas graves ou piora dos sintomas. Tipicamente, tais reações têm sido observadas nas primeiras semanas ou meses do tratamento com terapia anti-retroviral combinada. Exemplos relevantes são: retinite por citomegalovírus, infecções micobacterianas generalizadas e/ou focais e pneumonia por Pneumocystis carinii. Quaisquer sintomas infl amatórios devem ser avaliados e o tratamento instituído quando necessário.