Reações adversas proleukin

PROLEUKIN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de PROLEUKIN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com PROLEUKIN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Em um estudo com 255 pacientes com câncer renal metastático recebendo Proleukin® isoladamente, constatou-se uma incidência de morte de 4% relacionados ao uso do medicamento. Na avaliação de um grupo de 270 pacientes com melanoma metastático, foi observada uma incidência de morte de 2% relacionados ao uso do medicamento. Demonstrou-se que a frequência e gravidade das reações adversas estão relacionadas à dose e esquema posológico empregados.
A maioria das reações adversas são auto-limitadas e são usualmente, mas não invariavelmente, reversíveis em 2 a 3 dias após descontinuação da droga.
Exemplos de reações adversas com sequelas permanentes incluem: infarto do miocárdio, perfuração/infarto intestinal e gangrena.
As reações adversas graves mais frequentemente relatadas incluem hipotensão, disfunção renal com oligúria/anúria, dispneia ou congestão pulmonar e alterações no estado mental (ex.: letargia, sonolência, confusão e agitação).
Outros eventos adversos graves incluem isquemia do miocárdio, miocardite, gangrena, insuficiência respiratória necessitando de entubação, hemorragia gastrointestinal requerendo cirurgia, perfuração intestinal/íleo, coma, convulsões, septicemia e comprometimento renal requerendo diálise.
Os dados de reações adversas listados abaixo estão baseados em 525 pacientes (255 com câncer renal e 270 com melanoma metastático) tratados com o esquema posológico recomendado.
Dados envolvendo órgão ou sistema nos quais as reações ocorreram em número significativo estão enumerados na Tabela 1.

Tabela 1 – Ocorrência de reações adversas em >10% dos pacientes* (n=525)

SISTEMA/ÓRGÃO % DE PACIENTES SISTEMA/ÓRGÃO % DE PACIENTES
Gerais   Distúrbios Metabólico e Nutricional  
Calafrio 52 Bilirrubinemia 40
Febre 29 Elevação da creatinina 33
Mal-estar 27 Edema periférico 28
Astenia 23 Elevação do AST 23
Infecção13 13 Ganho de peso 16
Dor 12 Edema 15
Dor Abdominal 11 Acidose 12
distensão abdominal 10 Hipomagnesemia 12
Cardiovascular   Hipocalemia 11
Hipotensão 71 Aumento da fosfatase alcalina 10
Taquicardia 23 Nervoso  
Vasodilatação 13 Confusão 34
Taquicardia supraventricular 12 Sonolência 22
Distúrbio cardiovascular (a) 11 Ansiedade 12
Arritmia 10 Vertigem 11
Digestivo   Respiratório  
Diarreia 67 Dispneia 43
Vômito 50 Distúrbio pulmonar (b) 24
Náusea 35 Distúrbio respiratório (c) 11
Estomatite 22
Aumento da tosse
11
Anorexia 20 Rinite 10
    Pele e anexos  
Náusea e Vômito 19 Erupção 42
Hematológico   Prurido 4
Trombocitopenia 37 Dermatite esfoliativa 18
Anemia 29 Urogenital  
Leucopenia 16 Oligúria 63



(a) Distúrbio Cardiovascular: flutuações na pressão sanguínea, alterações assintomáticas do ECG e insuficiência cardíaca.
(b) Distúrbio Pulmonar: achados físicos associados com congestão pulmonar, estertores e roncos.
© Distúrbio Respiratório: SARA, infiltrados pulmonares (achados pulmonares) e alterações inespecíficas pulmonares.

Tabela 2 – Reações adversas com risco de morte (grau 4) (n= 525)

SISTEMA/ÓRGÃO Nº e (%) de PACIENTES SISTEMA/ÓRGÃO Nº e (%) de PACIENTES
Gerais   Distúrbio Metabólico e Nutricional  
Febre 5 (1%) Bilirrubinemia 13 (2%)
Infecção 7 (1%) Elevação da creatinina 5 (1%)
Sepse 6 (1%) Elevação do AST 3 (1%)
Cardiovascular   Acidose 4 (1%)
Hipotensão 15 (3%) Nervoso  
Taquicardia supraventricular 3 (1%) Confusão 5 (1%)

Distúrbio cardiovascular (a)

7 (1%) Estupor 3 (1%)
Infarto do miocárdio 7 (1%) Coma 8 (2%)
Taquicardia ventricular 5 (1%) Psicose 7 (1%)
Parada cardíaca 4 (1%) Respiratório  
Digestivo   Dispneia 5 (1%)
Diarreia 10 (2%) Distúrbio respiratório (c) 14 (3%)
Vômito 7 (1%) Apneia 5 (1%)
Hematológico e linfático   Urogenital  
Trombocitopenia 5 (1%) Oligúria 33 (6%)
Distúrbios da coagulação (b) 4 (1%) Anúria 25 (5%)
    Insuficiência Renal Aguda 3 (1%)



(a)Distúrbio cardiovascular: flutuações na pressão sanguínea
(b)Distúrbio da coagulação: coagulopatia intravascular.
© Distúrbio Respiratório: SARA, insuficiência respiratória, intubação.
De acordo com a gravidade das reações adversas, as doses de Proleukin® devem ser suspensas e reiniciadas conforme parâmetros contidos na Tabela 3.

Tabela 3 – Suspender e reiniciar as doses de Proleukin® (aldesleucina/interleucina-2r) conforme esquema

Órgão/sistema Suspender dose devido à Doses subsequentes podem ser dadas se
Cardiovascular

Fibrilação atrial, taquicardia, supraventricular, ou bradicardia que requeira tratamento ou é recorrente ou persistente

P.A. sistólica < 90 mm Hg com aumento da necessidade de vasopressores

Qualquer alteração no ECG consistente com infarto do miocárdio ou isquemia com ou sem dor torácica; suspeita de isquemia cardíaca.

 

Paciente está assintomático com recuperação plena para ritmo sinusal normal

P.A. sistólica ≥ 90 mm Hg estável ou diminuindo a necessidade de vasopressores.

Paciente está assintomático, I.A.M e miocardite foram descartadas, suspeita clínica de angina é baixa; não há evidência de hipocinesia ventricular

Pulmonar Saturação de O2 < 94% respirando ar ambiente ou <90% com 2 litros O2, através de catéter nasal Saturação O2 ≥ 94% respirando ar ambiente ou ≥ 90% com 2 litros de O2, através de catéter nasal.
Sistema Nervoso Central Alteração no estado mental, incluindo moderada confusão ou agitação Alterações no estado mental completamente resolvidas
Sistêmico Sepse, paciente está clinicamente instável Sepse foi resolvida, paciente está clinicamente estável, infecção em tratamento
Urogenital

Creatinina sérica ≥ 4,5 mg/dL ou creatinina sérica de 4 mg/dL na presença de gravesobrecarga de volume, acidose ou hiperpotassemia

Persistente oligúria, diurese ≤ 10 mL/h por 16 a 24 horas com aumento da creatinina sérica

Creatinina sérica < 4 mg/dL e o estado hidro-eletrolítico está estável.

Diurese > 10 mL/h com diminuição da creatinina sérica > 1,5 mg/dL ou normalização da creatinina sérica

Digestivo Sinais de insuficiência hepática incluindo encefalopatia, ascite, dor hepática e hipoglicemia. Todos os sinais de insuficiência hepática estiverem normalizados (*)
Sangue oculto nas fezes > 3-4+ repetidamente Sangue oculto nas fezes negativo.
Pele Dermatite bolhosa ou piora notável das condições pré-existentes da pele (evitar terapia com corticoide tópico) Resolução de todos os sinais de dermatite bolhosa



(*) Descontinuar todo tratamento posterior para aquele curso. Considerar o início de novo curso de tratamento, ao menos 7 semanas, após cessar as reações adversas e a alta hospitalar.
Outros eventos adversos sérios foram derivados de estudos clínicos envolvendo mais de 1.800 pacientes tratados com IL-2r usando uma variedade de doses e esquemas. Cada um destes eventos ocorreu com uma frequência < 1% e incluem: insuficiência renal e hepática resultando em morte, úlcera duodenal, perfuração intestinal fatal, necrose intestinal, parada cardíaca, miocardite, taquicardia supraventricular, cegueira transitória ou permanente secundária à neurite ótica, hipertermia maligna, AVC, ataque isquêmico transitório, meningite, edema cerebral, pericardite, nefrite intersticial alérgica, fístula traqueo-esofágica, embolia pulmonar fatal, quadro depressivo grave conduzindo ao suicídio.
Exacerbação da doença auto-imune pré-existente (doença de Crohn e doença tireoideana) e reações adversas tardias ao contraste iodado. Em investigações clínicas tem sido observado vitiligo persistente, mas não progressivo, em pacientes com melanoma maligno tratados com IL-2r.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.