Características farmacológicas propan

PROPAN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de PROPAN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com PROPAN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Sua ação eutrófica e estimulante do crescimento e desenvolvimentos orgânicos são explicadas pela atividade de seus componentes:
A buclizina, um derivado piperazínico com ações orexígena, anti-histamínica e antiemética, possui acentuado efeito orexígeno, a semelhança de alguns outros anti-histamínicos. O mecanismo dessa ação estimulante do apetite ocorre devido à alteração da atividade serotoninérgica no centro do apetite no hipotálamo. Sua leve ação sedativa contribui também para reforçar o efeito orexígeno. A buclizina possui ainda um discreto efeito antimuscarínico central (CASTELAR, 1966).

A lisina, um aminoácido essencial, é de máxima importância para o anabolismo proteico e equilíbrio nitrogenado, sobretudo durante o crescimento (CAMILO-COURA, 1968).

A tiamina (Vit. B1) ajuda a liberar energia dos carboidratos, necessária para o bom funcionamento das células nervosas e do coração. Auxilia também na formação de hormônios e glóbulos vermelhos. A tiamina tem como metabólito ativo o pirofosfato de tiamina, que age no metabolismo dos carboidratos como coenzima na descarboxilação dos alfacetoácidos, como piruvato e alfacetoglutarato e na utilização da pentose no desvio da hexose monofosfato. A necessidade está relacionada com a velocidade metabólica e é aumentada quando o carboidrato é a fonte de energia. Sua absorção gastrintestinal é dependente de transporte ativo, podendo ser por difusão passiva em grandes concentrações. Sua excreção, quando ultrapassada sua capacidade de absorção, é pela urina (MARTINDALE, 2009).

A riboflavina (Vit. B2), na mucosa intestinal é transformada em flavina mononucleotídeo (FMN) que, no fígado, é convertido à flavina adenina dinucleotídeo (FAD). FMN e FAD atuam como coenzimas, que são necessárias para a respiração tecidual normal. A riboflavina participa também na ativação da piridoxina e conversão do triptofano em ácido nicotínico. Pode estar compreendida na manutenção da integridade dos eritrócitos. O excedente da riboflavina que não foi absorvido é eliminado intacto pela urina e também pelas bactérias intestinais (MARTINDALE,2009).

O cloridrato de piridoxina (Vit. B6) exerce importante papel no metabolismo dos ácidos graxos essenciais, assim com no metabolismo de vários aminoácidos, especialmente triptofano. Tem um nível de absorção sérico, após ingestão oral, em torno de 1,25 horas. Sua absorção ocorre na porção jejunal d o tubo gastrintestinal e possui uma meia-vida longa de aproximadamente 15 a 20 dias. Sua excreção é urinária. (MARTINDALE,2009).

A cianocobalamina (Vit. B12) atua como coenzima em várias funções metabólicas, incluindo o metabolismo de gorduras e carboidratos e a síntese de proteínas. É necessária no crescimento, replicação celular, hematopoese e síntese de nucleo proteínas e mielina, devido seus efeitos sobre o metabolismo de metionina, ácido fólico e ácido melônico. É absorvida facilmente no trato gastrintestinal, exceto em casos de síndrome de má absorção. A eliminação ocorre predominantemente pelas fezes, já que a eliminação pela urina é processa-se lentamente (SILVA, 1998).

O ácido nicotínico é convertido, in vivo, à nicotinamida. Esta é componente de duas coenzimas: nicotinamida adenina dinucleotídio (NAD) e nicotinamida adenina dinucleotídio fosfato (NADP). Estas coenzimas são necessárias para a respiração tecidual, glicogenólise e metabolismo de lipídios, aminoácidos, proteínas e purinas. É absorvida em todas as porções do trato intestinal e é distribuída para todos os tecidos. Sua excreção é urinária. (MARTINDALE, 2009).