Características farmacológicas prostavasin

PROSTAVASIN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de PROSTAVASIN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com PROSTAVASIN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Propriedades farmacológicas
PROSTAVASIN contém prostaglandina E (INN: alprostadil) na forma de um composto de inclusão com a- ciclodextrina / alfaciclodextrina (INN: alfadex), um oligômero cíclico de glicose. A complexação com alfadex proporciona uma melhora notória da estabilidade química e da solubilidade em água da prostaglandina E1.
A Prostaglandina E1 está inserida no anel alfadex e, desta forma, estabilizada em um ambiente hidrofóbico. Em solução, o complexo dissocia-se nos seus componentes, e a prostaglandina E1 livre torna-se efetiva.
O composto possui alta atividade biológica e seu efeito terapêutico é decorrente do aumento do fluxo sanguíneo por vasodilatação direta; estabilização da hemostasia por ativação da fibrinólise; redução da agregação plaquetária e da formação de trombos pela inibição da ativação de plaquetas resultante não apenas na elevação da concentração de cAMP, mas também associada à inibição da mobilização intracelular de cálcio e melhora da interação plaqueta- parede vascular; prevenção dos efeitos danosos ao tecido pela inibição da ativação de neutrófilos; melhora da microcirculação e oxigenação pela modificação do eritrócito com restauração do mecanismo isquêmico devido à melhor utilização de oxigênio e glicose, além de possuir efeito antiaterosclerótico.
A PGE1 também mostrou evidências experimentais de seu efeito antiaterosclerótico pela inibição da proliferação de células musculares lisas cultivadas de artérias de bovinos e aorta de coelhos, além da inibição da atividade mitótica de células musculares lisas de aorta de coelhos e restauração do mecanismo isquêmico devido à melhor utilização de oxigênio e glicose.
A PGE1 é um potente vasodilatador em humanos, demonstrando em estudos experimentais que ela melhorava o fluxo sangüíneo colateral e promovia o desenvolvimento de vasos pré-existentes. Na parede vascular, a PGE1 apresenta vários efeitos que contribuem para seu efeito antisquêmico, além da vasodilatação, a qual resulta de efeito direto sobre os músculos vasculares: antagonismo do efeito vasoconstritor de leucotrieno D4, redução da liberação PAF- induzida de tromboxanos e leucotrieno. A PGE1 induziu, em estudos laboratoriais, não apenas relaxamento vascular e aumentos no fluxo sangüíneo, mas também efeitos metabólicos diretos que poderiam ser responsáveis pelos efeitos observados durante os tratamentos com PGE1.
Os resultados observados como: desaparecimento da dor de repouso, cicatrização de úlcera, remissão para um estágio anterior de doença arterial oclusiva (diminuição da claudicação intermitente) ainda são observados após o fim do tratamento de infusão.
Pacientes diabéticos respondem tão bem ao tratamento quanto não-diabéticos.

Propriedades farmacocinéticas
PROSTAVASIN é administrado via intravenosa ou intra-arterial. Ao preparar a solução reconstituída, o composto de inclusão (PGE1 – alfa-ciclodextrina) se dissocia nos componentes PGE1 e α-CD (alfa-ciclodextrina). Assim, a farmacocinética de ambas as drogas são independentes.
A PGE1 é uma substância endógena com uma meia-vida extremamente curta. Após infusão intravenosa de 60mcg de PROSTAVASIN/2 horas em voluntários sadios, foram medidos níveis plasmáticos máximos cerca de 5pg/ml acima dos valores basais (valor basal de 2 a 3 pg/ml). Após cessação da infusão, a concentração caiu para os valores basais em 10 segundos (estimados). Devido à curta meia-vida, as concentrações em estado estável foram alcançadas pouco tempo depois do início da infusão.
A PGE1 sofre biotransformação predominantemente nos pulmões. Durante a passagem pelos pulmões, 60 a 90% são metabolizados, onde os principais metabólitos são a 15-ceto-PGE1, PGE0 e 15-ceto-PGE0. Destes, o PGE0 é equipotente ao PGE1 em vários testes biológicos. Em experimentos com animais, a PGE0 foi 14% a 41% tão potente quanto o PGE1. Os outros metabólitos são menos ativos.
O PGE0 é encontrado no plasma e sua meia-vida é de 1 minuto (fase α) e 30 minutos (fase β). Após degradação oxidativa, os principais metabólitos são eliminados pela urina (88%) e fezes (12%) em 72 horas.