Características farmacológicas proviron

PROVIRON com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de PROVIRON têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com PROVIRON devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Propriedades farmacodinâmicas
Proviron® (mesterolona) compensa o déficit da formação de androgênio, a qual se reduz gradualmente com o avanço da idade. Proviron ® (mesterolona) é bem tolerado pelo fígado.

Propriedades farmacocinéticas
Após administração oral, a mesterolona é rápida e quase completamente absorvida no intervalo de dose de 25 a 100 mg. O nível sérico máximo de 3,1 ± 1,1 ng/mL é alcançado em 1,6 ± 0,6 horas após a ingestão de Proviron (mesterolona). Posteriormente, o nível sérico diminui com meia-vida terminal de 12 a 13 horas. Aproximadamente 98% da mesterolona liga-se às proteínas plasmáticas, sendo que 40 % ligam-se à albumina e 58% à SHBG (globulinas transportadoras de hormônios sexuais).
A mesterolona é rapidamente metabolizada e sua taxa de depuração metabólica sérica é de 4,4 ± 1,6 mL/min/kg. A mesterolona não é excretada por via renal na forma inalterada. Seu principal metabólito é a 1a-metil-androsterona, que na forma conjugada corresponde a 55 – 70 % dos metabólitos excretados na urina. O metabólito principal conjuga-se com o glicuronídio na razão aproximada de 12:1 em relação a sua conjugação com o sulfato. Outro metabólito identificado é o 1a-metil-5a-androstano-3a,17b-diol, o qual corresponde a aproximadamente 3% dos metabólitos eliminados por via renal. Não foi observada conversão metabólica em estrogênios ou corticosteroides. Aproximadamente 80% da mesterolona administrada são excretados na forma de metabólitos na urina e 13% nas fezes. No intervalo de sete dias, 93% da dose administrada são eliminados, sendo que metade destes é eliminada na urina dentro de 24 horas.
A biodisponibilidade absoluta da mesterolona é de aproximadamente 3% da dose oral.
A ingestão diária de Proviron (mesterolona) promove um aumento de aproximadamente 30% nos níveis séricos da droga.

Dados pré-clínicos de segurança
Em estudos de tolerância sistêmica após administração repetida de Proviron (mesterolona), não foram observados achados que indiquem objeções quanto ao seu uso na dose de terapia recomendada.
Não foram conduzidas investigações experimentais sobre os possíveis efeitos de sensibilização de Proviron (mesterolona).
Não foram conduzidas investigações sobre o efeito embriotóxico de Proviron (mesterolona) uma vez que este medicamento é prescrito somente para uso em pacientes do sexo masculino. Não foram conduzidos estudos de fertilidade para esclarecer possíveis efeitos deletérios nas células do esperma.
Com base em estudos de longa duração de tolerância sistêmica, os resultados não indicaram efeito tóxico nas células do esperma, mas sim uma inibição central mediada da espermatogênese. Apesar de ser geralmente conhecido em experimentos em animais, este efeito não foi observado em humanos mesmo após anos do uso de Proviron (mesterolona) nos níveis de dose terapêutica recomendados.
Não foram conduzidos experimentos para verificar o efeito mutagênico. Com base em resultados negativos com outros hormônios esteroides em testes de mutagenicidade in vivo e in vitro, esse potencial não é esperado.
Estudos de tolerância sistêmica após administração repetida em ratos e cães por um período de 6 a 12 meses não produziram qualquer indicação de efeito tumorigênico relacionado ao medicamento. Portanto, não foram conduzidos caracterizações adicionais relacionadas a possibilidade de potencial tumorigênico. Entretanto, deve-se manter em mente que hormônios sexuais podem promover o cresci mento de certos tecidos hormônio-dependentes e tumores hormônio-dependentes.
No geral, os resultados das investigações toxicológicas não levantaram objeções à prescrição de Proviron (mesterolona) em humanos para as indicações e nas doses recomendadas.