Informações reutrexato

REUTREXATO com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de REUTREXATO têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com REUTREXATO devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



REUTREXATO contém metotrexato que possui o mecanismo de ação de inibição competitiva da enzima redutase do ácido fólico. O ácido fólico deve ser reduzido a ácido tetraidrofólico por esta enzima no processo de síntese de DNA e replicação celular. O metotrexato inibe a redução do ácido fólico e interfere na reprodução celular do tecido. Em artrite reumatóide, o mecanismo de ação é desconhecido; pode afetar a função imunológica. Em pacientes com artrite reumatóide, os efeitos de metotrexato na dor podem ser observados em 3 a 6 semanas. Embora o metotrexato melhore claramente os sintomas de inflamação (dor, inchaço e rigidez), não há evidência de que induza à remissão da artrite nem que o efeito benéfico tenha sido demonstrado nas erosões ósseas e outras alterações radiológicas que resultam em prejuízo funcional das articulações e deformidade. A maioria dos estudos de metotrexato em pacientes com artrite reumatóide são relativamente de curto prazo (3 a 6 semanas). Dados a partir de estudos a longo prazo indicam que a melhora clínica inicial é mantida, pelo menos, por dois anos com terapia continuada. Farmacocinética Absorção: Em adultos, a absorção oral do metotrexato parece ser dose-dependente. Níveis de pico sérico são alcançados em 1 a 2 horas. Em doses de 30 mg/m2 ou menores, metotrexato é geralmente absorvido com a biodisponibilidade média de cerca de 60%. Distribuição: O metotrexato é rapidamente distribuído por todo o organismo. Em um estudo em pacientes oncológicos, metotrexato foi distribuído em todo o organismo em uma hora seguindo doses intravenosas ou pequenas doses orais. Metotrexato compete com os folatos reduzidos por transporte ativo através das membranas celulares por meio de processo de transporte ativo mediado por um único carreador. Em concentrações séricas maiores do que 100 micromolar, a difusão passiva torna-se o caminho mais importante pelo qual as concentrações intracelulares efetivas podem ser alcançadas. Metotrexato em soro se liga a proteínas em aproximadamente 50%. Estudos laboratoriais demonstram que a ligação do metotrexato à albumina plasmática é comprometida por vários compostos, incluindo sulfonamidas, salicilatos, tetraciclinas, cloranfenicol e fenitoína. O metotrexato não penetra na barreira hematoliquórica na dose terapêutica, quando administrado oralmente. Em cães, as concentrações no fluido sinovial após dose oral foram maiores nas articulações inflamadas do que nas não inflamadas. Embora os salicilatos não interfiram com essa penetração, tratamento anterior com prednisona reduziu a penetração do fármaco nas articulações inflamadas para níveis de concentração semelhantes às normais. Metabolismo: Após absorção, o metotrexato passa por metabolismo hepático e intracelular para formas poliglutamadas que podem ser convertidas, novamente, em metotrexato por enzimas hidrolisantes. Esses poliglutamatos agem como inibidores das enzimas diidrofolato redutase e da timidilato sintetase. Pequenas quantidades de metotrexato poliglutamatos podem permanecer nos tecidos por períodos prolongados. A retenção e a ação prolongada da droga decorrente desses metabólitos ativos variam entre diferentes células, tecidos e tumores. O metotrexato é parcialmente metabolizado pela flora intestinal após administração oral. Excreção: A meia-vida relatada para metotrexato é de aproximadamente 3 a 10 horas para pacientes recebendo tratamento para psoríase ou artrite reumatóide ou terapia antineoplásica com doses baixas (menos de 30 mg/m2). A excreção renal é a via primária de eliminação e é dependente da dose e da via de administração. Com administração intravenosa, 58 a 92% de uma dose de 0,1 mg/kg foi excretada na urina em 24 horas. A administração oral demonstrou somente taxas ligeiramente baixas de excreção. Doses repetidas diárias resultam em níveis séricos mais sustentáveis e alguma retenção de metotrexato após cada período de 24 horas, que pode resultar no acúmulo de droga no tecido. Existe uma limitada excreção biliar chegando a 10% ou menos da dose administrada. A circulação êntero-hepática do metotrexato foi proposta. A excreção renal ocorre pela filtração glomerular e secreção tubular e secreção tubular ativa. Eliminação não-linear devido à saturação da reabsorção tubular renal tem sido observada em pacientes com psoríase nas doses entre 7,5 mg e 30 mg. Disfunção renal, bem como o uso de medicamentos, tais como ácidos orgânicos fracos, que também podem sofrer secreção tubular, podem aumentar muito os níveis séricos do metotrexato. Correlação excelente tem sido relatada entre a depuração (clearance) de metotrexato e da creatinina endógena. A taxa de depuração (clearance) de metotrexato varia amplamente e é, em geral, diminuída com altas doses. A depuração (clearance) retardada da droga tem sido responsabilizada como um dos fatores mais importantes, responsáveis pela toxicidade do metotrexato. Tem sido postulado que a toxicidade do metotrexato em tecidos normais é mais dependente da duração de exposição à droga do que ao nível de pico atingido. Quando o paciente tem o retardo da eliminação da droga devido ao comprometimento da função renal, difusão do terceiro espaço, ou outras causas, as concentrações séricas permanecem elevadas por períodos prolongados. O potencial de toxicidade da excreção retardada é reduzido pela administração de leucovorina durante a fase final de eliminação de metotrexato do plasma. A monitorização farmacocinética das concentrações séricas de metotrexato pode ajudar a identificar estes pacientes com alto risco de toxicidade pelo metotrexato e ajuda no ajuste apropriado da dose de leucovorina. O metotrexato tem sido detectado no leite materno. A maior razão de concentração do leite humano para o plasma foi de 0,08:1.